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Compreendendo o Balanço Hídrico

Balanço Hídrico

O balanço hídrico tem a função essencial de controlar a volemia do paciente mediante inserção dos dados pela equipe de enfermagem na folha de controle.  O balanço hídrico é obtido através da monitoração detalhada de liquido administrados e eliminados pelo paciente em determinado período, geralmente 24 horas.
  • Por exemplo: Um homem adulto, em condições normais pode ganhar líquidos por via oral, alimentos e água endógena e, perder pela diurese, fezes e insensíveis (pulmões e pele).

Compreendendo melhor:

  • As medicações que forem administradas devem ser incluídos como ganhos!
  • As drenagens verificadas em vômitos, drenos e sondas devem ser incluídas como perdas.

A diferença entre o ganho e perda pode resultar em: balanço positivo: retenção de líquidos ou balanço negativo: perda de líquidos ou pode igualar, a mesma quantidade de volume recebido é a mesma quantidade de volume perdido, também chamamos de balanço zerado.

perda excessiva de líquidos corpóreos ocasiona a desidratação; a retenção de líquidos ocasiona o edema que por sua vez, sobrecarrega o aparelho cardiovascular.

Patologias que mais Demandam Balanço Hídrico

Várias patologias requerem como parte do tratamento o controle do balanço hídrico;

  • Insuficiência cardíaca congestiva;
  • Insuficiência renal aguda;
  • Situações de pós operatório de grandes cirurgias;

Objetivos do Balanço Hídrico

Através do balanço hídrico, é possível monitorar os parâmetros que permitam acompanhar o equilíbrio hídrico do paciente. O objetivo do balanço hídrico é realizar um controle rígido sobre as infusões x as eliminações para avaliação da evolução clinica do paciente, diante do tratamento proposto, considerando o seu estado patológico, renal e/ou cardíaco.
ATENÇÃO: 
  • Por isto, os profissionais de enfermagem devem estar atentos ao registro correto do balanço hídrico. Pois é através desses registros que poderemos obter dados da melhora ou piora da patologia do paciente.
Para facilitar a mensuração nas 24 horas dos líquidos introduzidos ou dos eliminados, existe um formulário que é anexado ao prontuário do paciente chamado de folha de balanço hídrico. Esse documento varia de instituição para instituição, porém, as informações pertinentes sempre estão presentes.

O que pode ser considerado como Ganhos?

  •  Soros;
  • Medicações EV;
  • Diluição de medicações
  • Hemoderivados;
  • Medicações VO líquidas (óleo mineral, dipirona, etc);
  • Controle de líquidos pela copa ( ver coerência em relação à aceitação);
  • Sonda nasoenteral (dieta infundida e a quantidade de água que lavou a sonda);
  • Nutrição Parenteral;

O que pode ser considerado como Perdas?

  • Eliminações Vesicais;
  • Eliminação Instestinal (diarréia);
  • Emêse;
  • Drenagens (débito de sonda gástrica, drenos, ostomias);
  • Tratamento dialítico;
  • Pesar os curativos quando houver sangramentos ou exsudato em grande quantidade;
  • Sudorese;
  • Linfa.

Material necessário:

– Impresso próprio da instituição.
– Calculadora s/n.

Descrição da Técnica:

Em um período de 24 horas, devemos computar os ganhos e as perdas do paciente de modo rigoroso e fidedigno e após esse período, devemos somar o total de ganhos e perdas e subtrair um do outro, obtendo assim o valor do balanço hídrico.
Exemplo:

 

Vamos a outro exemplo? 

2. O cliente recebeu 1.500 ml entre dieta e medicações e eliminou 1.900 ml entre diurese e drenagens. Qual a resposta correta? 

1.500 ml – 1.900 ml = -400 ml
O Balanço das 24 horas neste caso é negativo, pois o cliente teve mais perdas do que ganhos.
Anotar o resultado final na folha de Controles, comunicando ao enfermeiro de plantão qualquer alteração.
  • O balanço hídrico parcial deverá ser somado no final do período (plantão de 6 horas e 12 horas), neste cálculo deverá conter a soma de todo volume infundido no paciente e de todo volume drenado pelo paciente. 
  • Na resposta, deve conter sempre o sinal + ou –
  • Ao término de 24 horas será realizado o balanço hídrico TOTAL do período, com a soma de todos os balanços parciais;
  • O balanço parcial é fechado ao final de cada período de 6 horas;
  • O balanço total é feito ao final das 24 horas;

Considerar na avaliação do balanço hídrico

  • Peso
  • Turgor da pele, tensão do globo ocular, umidade da mucosa bucal
  • Edemas
  • Pressão arterial
  • Pressão venosa central (PVC)
  • Ausculta pulmonar
  • Exames laboratoriais: avaliar hematócrito, níveis plasmáticos de eletrólito.

Cuidados da equipe de enfermagem

  •  É dever do Técnico e Auxiliar de enfermagem anotar todas as medicações administradas, dietas oferecidas, eliminações e drenagens durante o turno de trabalho de modo correto;
  •  É dever da equipe de enfermagem realizar o somatório e calcular a variação entre ganhos e perdas. Este dado deve estar incluso na Evolução de Enfermagem dos clientes/pacientes sob sua responsabilidade, contribuindo assim com o processo de análise e conclusão sobre o estado de saúde e, sustentar as ações definidas no Plano de Cuidados de Enfermagem em relação.

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Arrumação do leito hospitalar e tipos de leitos

A arrumação do leito compreende as trocas de roupas de cama:

  • Após o banho;
  • Após alta do paciente;
  • Quando o paciente é encaminhado para procedimento cirúrgico;
  • Ou todas as vezes que se faz necessário.

Em todas as situações, o profissional de enfermagem deve estar atento para o conforto do paciente e a facilidade para transferi-lo da maca para a cama.

Seguindo a padronização da NR32, citada anteriormente, existe parte de um parágrafo destinado a conservação de colchão e segurança do profissional ao transportar o paciente:

32.2.4.13 Os colchões, colchonetes e demais almofadas devem ser revestidos de material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização.

32.2.4.13.1 O revestimento não pode apresentar furos, rasgos, sucos ou reentrâncias. 

32.10.12 Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser: capacitados para adotar mecânica corporal correta, na movimentação de pacientes ou de materiais, de forma a preservar a sua saúde e integridade física. 

Baseado nessas informações, a arrumação do leito é um procedimento que pode ser realizado pelo setor de hotelaria ou de enfermagem de uma instituição. 

Cama fechada

É considerada cama fechada, o leito que está preparado para receber o paciente quando ele é admitido no setor. É feita após higienização da cama e limpeza do quarto. 

Material

  • 2 Lençóis
  •  Fronhas
  • Travesseiro
  • Colcha
  • Edredom ou cobertor

Procedimento

1. Reúna todo o material

2. Com a cama já limpa, começamos a arrumar o leito do seguinte modo:

  • Lençol de baixo, se possível, preferencialmente com elástico, caso contrário, poderá ser utilizado a técnica de envelope ou amarrar as pontas do lençol;
  • Lençol superior;
  •  Travesseiro;
  • Colcha e edredom, se necessário.

3. Durante a arrumação, atente-se para a limpeza das roupas e não utilize em casos de sujidade. 

4. Deixe o quarto em ordem.

5. Libere o quarto para Internação.

Cama de Operado

É a arrumação de leito destinado a receber o receber o paciente no pós-operatório imediato. Apresenta como características as roupas ficarem posicionadas lateralmente na cama, do lado oposto à entrada do paciente no leito, facilitando, assim, a transferência da maca para a cama. 

Material

  • 2 Lençóis.
  • Fronha.
  • Travesseiro, se permitido.
  • Lençol para travessa.
  • Impermeável, se necessário.
  • Forro para região da cabeça.
  • Colcha.
  • Edredom ou cobertor.
  • Luvas de procedimento.
  • Material para higienização do leito.

Procedimento

  1. Reúna todo o material;
  2. Higienize as mãos;
  3. Calce as luvas de procedimento;
  4. Realize a assepsia na cama;
  5. Estique o lençol inferior sobre a cama;
  6. Coloque  lençol impermeável na altura do quadril do paciente;
  7.  Coloque o lençol de travessa sobre o impermeável;
  8. Estique o lençol superior juntamente com o cobertor e enrole-os para a lateral da cama, lado oposto a entrada do paciente;
  9. Posicione o forro na altura da cabeça;
  10. Deixe o travesseiro com fronha caso seja autorizado seu uso;
  11. Durante a arrumação do leite, atente-se para a limpeza das roupas de cama e caso haja sujidade, não as utilize!
  12. Organize o leito;
  13. Higienize as mãos;
  14. Libere o leito para receber o paciente.

Cama ocupada

É a arrumação feita no momento do banho de leito ou higienização íntima, quando os lençóis são trocados com o paciente sobre a cama.

Material

  • 2 Lençóis;
  • Fronhas;
  • Travesseiros;
  • Lençol para travessa;
  • Impermeável, se necessário;
  • Colcha;
  • Edredom ou cobertor;
  • Luvas de procedimento;
  • Material para higienização do leito – álcool 70% ou solução utilizada na instituição.

Procedimento

  1. Reúna todo o material;
  2. Higienize as mãos;
  3. Calce as luvas;
  4. Realize a higiene no paciente;
  5. Coloque o paciente lateralizado no leito, apoiado sobre a grade ou por outro profissional;
  6. Empurre o lençol sujo para ficar embaixo do paciente;
  7. Higiene a parte do leito onde não está o paciente;
  8. Estique o lençol inferior;
  9. Coloque o impermeável na altura do quadril do paciente, se necessário;
  10. Coloque a travessa sobre o impermeável;
  11. Movimente o paciente no leito, trazendo-o para o outro lado da cama, de modo que ele fique sobre os lençóis limpos;
  12. Retire os lençóis sujos;
  13. Higienize o lado oposto da cama;
  14. Estique o lençol inferior, impermeável e travessa sobre o colchão;
  15. Posicione o paciente em decúbito dorsal;
  16. Vista-o com pijama ou camisola;
  17. Coloque sobre o paciente o lençol superior o cobertor ou edredom e a colcha.
  18. Caso o paciente faça uso de travesseiros ou coxins, não esqueça de colocar! 

Cama aberta

É a arrumação realizada na cama quando a cama está sendo ocupada por um paciente, mas ele não permanece no leito o tempo todo. No momento da arrumação do leito, o paciente não está ocupando-a.

Material

  • 2 Lençóis
  • Fronha
  • Travesseiro
  • Colcha
  • Edredom ou cobertor

Procedimento

  1. Reúna todo o material
  2. Com a cama já higienizada, realize a arrumação da cama na seguinte ordem: lençol de baixo > lençol superior > travesseiro > colcha e edredom se necessário.
  3. Realizar dobra no lençol superior como envelope para facilitar o acesso do paciente ao leito.

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Luva de procedimento x Luva estéril. Conheça as diferenças!

No ambiente hospitalar, o risco de infecção é muito elevado, e o uso de luvas é indicado, tanto para a proteção do profissional como para a proteção do paciente.

Basicamente, utilizamos dois tipos de luvas:

  • Luvas não estéreis.
  • Luvas estéreis ou de procedimento.

Luvas não estéreis ou de procedimento:

As luvas não estéreis ou de procedimento, são destinadas à proteção do profissional e/ou do paciente nos casos em que não é necessária a manutenção de ambiente estéril. Elas deverão ser utilizadas sempre que o profissional apresentar o risco de contato com fluídos e secreções corpóreas.

São exemplos de situações nas quais a luva de procedimento é indicada:

  • Banho do paciente
  • Arrumação do leito
  • Punção venosa periférica etc.

Ela também deverá ser utilizada durante a realização de limpeza e/ou desinfecção de artigos e equipamentos, contato com roupas sujas, além do contato com resíduos sólidos que apresentem risco de contaminação.

O uso de luvas deverá ser precedido da higienização das mãos. Após a realização da atividade e retirada das luvas, o profissional também deve higienizar as mãos.

As luvas não estéreis podem ser encontradas em embalagens individuais ou em caixas com vários pares. Normalmente seu tamanho é classificado como: pequeno, médio e grande. E as luvas tem como características sem ambidestra, ou seja, não há diferenciação da mão direita para a esquerda.

Elas não apresentam boa aderência as mãos pois não são destinadas a atividades de curta duração.

É necessário a troca de luvas ao mudar-se de atividade ou de pacientes. O seu uso é único, devendo ser descartada após sua utilização.

Luvas estéreis

As luvas estéreis são destinadas a proteção do paciente em situações em que é necessário manter o ambiente estéril, como passagem de sonda vesical, aspiração de vias aéreas superiores, procedimentos cirúrgicos, entre outros.

São classificados de acordo com o tamanho da mão seguindo a numeração que varia de 6,0 a 9,0, sendo o tamanho 6,0 para mãos pequenas e 9,0 para mãos grandes.

Outra características é sua embalagem individual (par) e ser diferenciada para mão direita e esquerda. Normalmente essa luva apresenta uma maior aderência ás mãos e seu cano (parte que fica no braço – punho) é mais longo que na luva de procedimento. Sua colocação requer técnica específic e treinamento pela necessidade de manter a luva estéril.

Técnica para colocação de luva estéril

  1. Separar a luva de acordo com a numeração e o tamanho de suas mãos;
  2. Higienizar as mãos;
  3. Utilizar máscara cirúrgica preferencialmente. Não converse durante o procedimento;
  4. Abra o envelope apoiando-o sobre uma superfície rígida, como uma mesa, por exemplo;
  5. Posicione a luva de modo que o desenho fique  posicionado de acordo com suas mãos, exemplo: desenho da mão direita na direção da mão direita;
  6. Abra o envelope sem encostar suas mãos nas luvas;
  7. Comece a calçar pela sua mão dominante, pegando a luva (mão dominante) pela sua parte interna. Ajuste a luva em sua mão tocando apenas na sua parte não estéril. Caso não consiga ajustá-la perfeitamente, aguarde calçar a outra mão para poder realizar o ajuste.
  8. Com a mão enluvada, posicioná-la na dobra da outra luva permitindo a entrada da mão que ainda está sem luva.
  9. Calce a outra luva e proceder aos ajustes necessários, mantendo contato apenas de luva com luva garantindo a esterilidade.
  10. Realize o procedimento mantendo técnica asséptica.

Retirando as luvas após o uso

  1. Inicie a retirada da luva por qualquer uma das duas mãos. Puxar a luva mantendo o contato apenas de luva com luva, sem encostá-la na sua pele.
  2. Puxe a luva enrolando-a de modo que permaneça na palma de sua mão.
  3. Com a mão que está sem a luva, inicie a retirada da outra luva, puxando-a pela sua parte interna. A mão sem luva deverá manter contato com a luva.
  4. Continue puxando a luva de modo que ela envolva a que está na palma de sua mão formando uma “bolinha”.
  5. Despreze a luva em local adequado
  6. Higienize suas mãos.

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Cateterismo ou Sondagem Vesical de Demora

O Cateterismo ou sondagem Vesical é um procedimento comum em setores como UTI, PA, PS, Centro Cirúrgico e alas. 

Compreendendo o procedimento

O cateterismo vesical é um procedimento invasivo e estéril, onde é introduzido uma sonda no meato uretral até a bexiga, com a finalidade de drenar a urina presente ali e sua permanência é prolongada.

Contraindicações

Esse procedimento não é indicado para pacientes que possuem lesões uretrais.

Riscos

O principal risco deste procedimento sem dúvidas é a ITU -Infecção do Trato Urinário, pode ocorrer caso o procedimento seja contaminado em algum momento e durante a passagem da sonda ocorra a introdução de microrganismos no trato urinário. 

A sonda

A sonda utilizada para este procedimento é a sonda de Folley. O material que é constituído, pode ser de látex ou silicone.

A sonda pode ter duas ou três vias. Na sonda de duas vias, uma é utilizada para insuflar o balão e a outra via para drenagem. Na de três vias, uma delas é igualmente utilizada para o balão, outra via para drenagem e a terceira via, para irrigação.

 

 

 

Objetivos

Os objetivos do cateterismo vesical são:

  • Aliviar a retenção urinária;
  • Realizar controle e proporcionar alívio aos pacientes que sofrem de incontinência urinária;
  • Avaliar débito urinário;
  • Monitorar o balanço hídrico, principalmente perdas com maior precisão;
  • Medir volume residual;
  • Promover a restrição pós-operatória para pacientes que não tem possibilidade de se locomover até o banheiro);
  • Coletar amostras de urina para exames;
  • Irrigação da bexiga;
  • Instilação de medicamentos;
  • Cirurgias urológicas.

Tipos

O cateterismo vesical pode ser de três tipos, são eles: 

  1. Sistema Aberto – Intermitente ou alívio;
  2. Sistema Fechado – Sondagem vesical de demora;
  3. Via Suprapúbica.

Material

  • Bandeja
  • Biombo para fornecer privacidade ao paciente;
  • Material para higiene íntima com solução degermante (Clorexidina ou PVPI).
  • Material de cateterismo vesical (cuba-rim, cúpula, pinça, gaze e campo fenestrado).
  • Luvas estéreis.
  • EPIS (Óculos, luvas de procedimento e máscara)
  • Sonda Folley estéril descartável nº 16,18 ou 20 – Analisar anteriormente a anatomia do paciente.
  • Compressas de gaze estéril.
  • Lidocaína gel.
  • Agulhas 40mm X 12mm.
  • Coletor de urina de sistema fechado.
  • Seringa de 10 ou 20 ml.
  • Água destilada – ampola.
  • Adesivo hipoalergênico para fixação de acordo com rotina institucional.
  • Saco plástico para resíduos.

Técnica

  1. Higienize as mãos;
  2. Reúna os materiais na bandeja;
  3.  Confira a pulseira de identificação e explique ao paciente o procedimento e a importância da sua colaboração, conforme o grau de compreensão;
  4. Calce as luvas de procedimento, óculos de proteção e máscara descartável;
  5. Posicione o paciente: decúbito dorsal, joelhos fletidos e afastados, quanto possível; posição ginecológica (feminino). Importante neste momento, não esquecer de favorecer a privacidade do paciente. Observar se há boa iluminação, usar o
    foco de luz se necessário.
  6. Realize a higiene íntima com água e sabão ou clorexidina degermante.
  7. Retire as luvas.
  8. Higienize as mãos novamente.
  9. (Higiene Feminina) Irrigue a vulva com água morna. Molhe a luva de banho ou gaze, ensaboe e lave a região vulvar por fora, de cima para baixo (direção do períneo para o reto), em um movimento único;
  10. Retire as luvas;
  11. Higienize as mãos;
  12. Abra o campo estéril na mesa auxiliar se paciente do sexo masculino e não colaborativo. Se paciente do sexo feminino e colaborativo pode-se abrir o
    campo sobre o leito, com uma das pontas sob a região glútea, abra o restante do material sobre o campo conforme sequência de uso;
  13. Coloque a solução antisséptica aquosa (Clorexidina Aquosa 0,5% ) na cúpula;
    Abra a embalagem do coletor e coloque-á sobre o campo estéril;
  14. Abra a xylocaína e dispense a quantidade necessária em uma gaze.
  15. Realizar a desinfecção da ampola de água destilada com swab de álcool, abrir e deixar sobre a mesa.
  16. Calce as luvas estéreis
  17. Aspire a água destilada com auxílio da seringa e agulha, sem tocar na ampola;
  18. Teste o balão da sonda, com água destilada, de acordo com sua capacidade, nunca ultrapassando o volume máximo sugerido; esvaziar o balão deixando o volume injetado na seringa.
  19. Conecte o coletor sistema fechado à sonda vesical e certifique-se sobre a
    completa conexão entre sonda e coletor.
  20. Proceder a anti-sepsia com Clorexedina aquoso.    Feminino: 
    Com a mão dominante, realize a anti-sepsia com bolas de algodão montadas (em pinça cheron – adulto), embebidas em Clorexedina aquoso, afastando os grandes lábios com a mão não dominante
    1- grandes lábios D
    2 – grandes lábios E
    3 – pequenos lábios D
    4 – pequenos lábios e
    Movimentos unidirecionais, de cima para baixo, vulva para anus.
    Utilizar uma bola de algodão para cada movimento, que deve ser único
    5 – Visualizar o meato uretral. Mantenha a posição da mão não dominante até a introdução da sonda; Lubrificar a sonda com xilocaína gel.
    Masculino:
    Coloque o campo fenestrado e afaste com a mão não dominante o prepúcio e segure o pênis perpendicularmente ao corpo. Proceda com a outra mão, a anti-sepsia das pregas do prepúcio, glande e meato uretral, com bolas de algodão embebidas em Clorexedina aquoso; em movimento e sentido únicos, de cima
    para baixo, em seguida, insira toda a xylocaína gel diretamente no meato uretral
    lentamente. Introduza toda a extensão da sonda no meato uretral até refluir
    urina.
  21. Caso haja introdução inadvertida da sonda na vagina a mesma deverá ser desprezada, providenciada nova sonda e novo par de luva.
  22. Insufle o balão lentamente com o volume de água indicado na sonda, SOMENTE após observar o refluxo da urina.
  23. Atenção: interrompa a insuflação caso o paciente sinta dor ou tenha resistência
    pois a sonda pode não estar na bexiga.
  24. Nos homens: tracione lentamente a sonda até encontrar resistência;
  25. Realize o enxágue da região perineal com água, para a retirada do excesso de Clorexedina aquoso;
  26. Retire as luvas.
  27.  Fixe a sonda na face interna da coxa com fita adesiva.
  28. Despreze o material descartável no saco plástico e o perfurocortante na caixa rígida coletora;
  29. Higienize as mãos;
  30. Realize sua anotação de enfermagem.

O que anotar?

Igualmente a todos os procedimentos que realizamos, é necessário após o procedimento anotar o que foi feito. Montei um esqueminha do que não pode faltar!​

  • Horário;
  • Procedimento realizado;​
  • Tipo e calibre da sonda utilizada;​
  • Volume de líquido no balão​;
  • Aspecto e cor da urina drenada;​
  • Intercorrências​;
  • Nome/cargo/COREN.

 

Cuidados de enfermagem

  • Fixar o cateter de modo adequado (meso);​
  • Esvaziar a bolsa coletora de acordo com rotina institucional, por exemplo, em alguns setores esvaziamos ao atingir 2/3 de sua capacidade em outros, como na UTI por exemplo, esvaziamos a cada duas horas;
  • Caso o paciente sinta dor durante a insuflação do balão, interromper pois a sonda pode estar não estar localizada na bexiga​
  • Higienizar a região perineal, com água e sabão, incluindo a junção do cateter com o meato uretral três vezes ao dia;
  • Higienizar as mãos antes e após o manuseio do cateter e/ou tubo e/ou bolsa coletora; ​
  • Manter a bolsa coletora sempre abaixo do nível da bexiga para manter fluxo contínuo de drenagem de urina por gravidade. 
  • Não deixar  bico da SVD encostar no cálice ao esvaziar a bolsa.

Esvaziamento da bolsa coletora

Materiais

  • EPI (máscara e óculos); ​
  • Recipiente graduado individualizado ​

 Técnica

  • Higienizar as mãos com água e sabão ;​
  • Colocar os óculos de proteção, máscara descartável e calçar luvas de procedimento; ​
  • Retirar o tubo de drenagem do seu protetor posicionando-o para o recipiente que irá receber a urina, evitando o contato de ambas superfícies durante todo o processo; ​
  •  Abrir a pinça do tudo de drenagem; ​
  • Acompanhar o esvaziamento espontâneo da urina da bolsa coletora no frasco de uso individualizado; ​
  • Fechar a pinça do tubo de drenagem; ​
  • Utilizar desinfecção, com álcool 70%, da superfície externa e ponta do tubo de drenagem (é protocolo em algumas instituições);
  • Colocar o tubo de drenagem no seu protetor; ​
  • Após medir o volume, desprezar a urina no vaso sanitário; ​
  • Retirar e desprezar a luva de procedimento no lixo comum, higienizar as mãos e proceder as anotações, registrando coloração, aspecto, volume de diurese e orientações aos paciente e familiar. ​

 Como retirar a SVD

Os materiais necessários, são:

  • Máscara e óculos de proteção; ​
  • Seringa de 20 ml;​
  • Luvas de procedimento.

Técnica:

  • Higienizar as mãos; ​
  • Reunir todo o material necessário e estar com a bolsa coletora vazia; ​
  • Certificar-se que o paciente identificado é o paciente a ser submetido ao procedimento, por meio da leitura da pulseira de identificação; ​
  • Orientar o paciente / familiares sobre o procedimento a ser realizado; ​
  • Colocar máscara descartável, óculos de proteção e calçar as luvas de procedimento; ​
  • Posicionar o paciente; ​
  • Conectar a seringa na via do balão e aspirar todo o conteúdo líquido do balão;​
  • Atentar para a retirada do volume descrito da capacidade do balão; ​
  • Tracionar suavemente a sonda em direção a região externa, até a saída total da sonda Foley. ​
  • Deixar o paciente confortável; ​
  • Recolher o material utilizado; ​
  • Retirar as luvas,óculos e máscara descartável e higienizar as mãos; 
  • Recompor a unidade;​
  • Calçar a luva de procedimento; ​
  • Levar a bandeja e os materiais utilizados para o expurgo desprezando-os no lixo infectante; ​
  • Realizar desinfecção da bandeja no expurgo; ​
  •  Higienizar as mãos; ​
  • Realizar anotação de enfermagem, registrando nº da sonda de folley retirada e intercorrências no procedimento. ​

Terminologias:

  • Anúria: menor que 100ml em 24 horas​
  • Oligúriamenor que 400ml em 24 horas​
  • Poliúria: volume maior que o normal da urina​
  • Nictúriamicção durante a noite​
  • Disúria: dificuldade ou desconforto ao urinar​
  • Hematúriaurina com sangue​
  • Piúria: urina com pus​
  • Incontinência: incapacidade de controlar a eliminação urinária ​

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Noções básicas de Nutrição!

Noções básicas:

Alimento: todo material nutritivo consumido para equilibrar as funções vitais diárias. Promove o crescimento, desenvolvimento e energia. Contém nutrientes.

Nutrientes: substâncias químicas que compõem os alimentos, e que exercem funções.As células utilizam para o crescimento,manutenção e reparo. A digestão química transforma os alimentos em nutrientes. São eles: proteínas; carboidratos; lipídios; sais minerais; vitaminas, água.   

O alimento e o corpo

O alimento que ingerimos é nossa única fonte de energia para desempenharmos nossas funções biológicas. Também fornece substâncias essenciais que não podemos sintetizar.

Os nutrientes absorvidos pelo trato gastrointestinal são usadas para fornecer energia para os processos vitais, servem como componentes estruturais na síntese de moléculas complexas ou são armazenadas para uso posterior.

A maioria dos adolescentes e adultos necessita de 1600 a 2800 quilocalorias diárias. A pirâmide alimentar indica: 50 a 60 % de carboidratos,30% ou menos de gorduras,12 a 15% de proteínas.

Metabolismo

Metabolismo é o conjunto de reações químicas que ocorre na célula e que lhe permite manter-se viva, crescer e se dividir.

Em resumo, podemos dizer que o metabolismo refere-se a todos os processos bioquímicos de construção e quebra de moléculas que ocorrem nos organismos.

Divide –se em:

  • Anabolismo – síntese de substâncias simples em mais complexas.
  • Catabolismo – degradação dos compostos complexos em mais simples.

Classificação dos Nutrientes:

1- Quanto a composição química:

  • Orgânicos – reino animal e vegetal.
  • Inorgânico – água e sais minerais.

2- Quanto ao reino:

  • Animal;
  • Vegetal;
  • Mineral.

3- Quanto a função:

  • Plástico;
  • Energético;
  • Reguladores.

Funções dos nutrientes:

a)Construtora ou plástica: formam a massa muscular, repõem e regeneram tecidos, formação de defesa.

    Ex: proteínas, sais minerais, água

b) Reguladora: mantém a ordem dos processos do organismo, para a saúde (crescimento, controle hormonal).

Ex: vitaminas, água e sais minerais.

c) Energética: Fornecem energia.

Ex: gordura, carboidratos.    

Vitaminas:

  • Função reguladora – Crescimento, desenvolvimento, reprodução.
  • Classificação – Lipossolúveis (A,D,E.K), Hidrossolúveis (complexo B).

Vitamina A 

  • Crescimento, visão,pele e defesa.
  • Deficiência: distúrbio de crescimento e da visão.
  • Fonte: alimentos de origem animal (peixe, fígado, manteiga, leite e gema de ovo).

Vitamina D

  • Promove absorção de Ca e P, crescimento e calcificação do dentes e ossos.
  • A deficiência causa raquitismo(em criança), osteomalacia(adulto), enfraquecimento e desmineralização dos ossos.
  • Fonte: óleo de fígado, peixe, gema de ovo.

Vitamina K

  • Promove a síntese da protrombina e eficiente na coagulação.
  • Fonte : folhas verdes

Vitamina B1 = tiamina

  • Mantém a função do tecido nervoso e músculos.
  • Carência: beribéri (fadiga, apatia, náuseas e distúrbios psíquicos).
  • Fonte: leite, ovos, legumes, folhas verdes.

Vitamina B12 = cianocobalamina

  • Combate a anemia e melhora a degeneração do SNC.
  • Fonte: fígado, rins, leite, ovos, queijo, legumes.

Vitamina B6= piridoxina

  • Auxilia no raciocínio e memória.
  • Fonte: fígado, feijão, soja, milho e carne.

Vitamina C

  • Previne escorbuto, ajuda no crescimento e na saúde dos dentes (escorbuto = hemorragia tecidos, fragilidade dos ossos, mudança na estrutura dos dentes),cicatrização e defesa.
  • Carência: diminui a resistência e promove o escorbuto.
  • Fonte: limão, laranja, caju, kiwi.

Lipídeos: 

Substâncias orgânicas denominadas graxas ou  gorduras .

1- Simples: gorduras, óleos, ceras.(triglicérides)

2- Compostos: fosfolipídios, glicolipídios.

3- Esteróis: colesterol.

Gorduras

  • São absorvidas após ação digestiva;
  • São emulsionados no intestino delgado pela bile;
  • São armazenados nas células do tecido adiposo;
  • São energéticos, transportam vit. A,D,E,K, protegem contra o frio.

Colesterol

  • Fonte: gema de ovo, leite, queijo, manteiga.
  • O excesso promove arteriosclerose e obesidade.

A gordura é um termo genérico para uma classe de lipídeos. As gorduras são sintetizadas pela união de três ácidos graxos a uma molécula de glicerol, formando um triéster, chamadas de triglicerídeos, triglicerides ou mais corretamente de triacilgliceróis.

As gorduras podem ser sólidas ou líquidas em temperatura ambiente, dependendo de sua estrutura e de sua composição. Usualmente o termo “gordura“ se refere aos triglicerídeos em seu estado sólido, enquanto que o termo óleo, ao triglicerídeos no estado líquido.

As gorduras podem ser diferenciadas em gordura saturada e gordura insaturada.

As gorduras saturadas são encontradas normalmente nos animais, no coco e no óleo de palma, enquanto as insaturadas nos demais vegetais.

Gordura Insaturada

O que é – Existente principalmente em vegetais, ela é líquida em temperatura ambiente. Há a monoinsaturada (com apenas uma ligação dupla de carbono) e a poliinsaturada (com mais de uma ligação dupla de carbono).

Onde é encontrada – Azeite de oliva, óleo de canola e de milho, amêndoa, castanha-do-pará, abacate, semente de linhaça, truta e salmão.

Efeitos no corpo – Ajuda a reduzir o colesterol ruim, o triglicérides (tipo de gordura que, em níveis elevados, pode causar doenças coronarianas) e a pressão arterial.

Gordura Saturada 

O que é – Um tipo de gordura encontrado principalmente em produtos de origem animal e que, em temperatura ambiente, apresenta-se em estado sólido.

Onde é encontrada – Carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê.

Efeitos no corpo – Aumenta o colesterol ruim (LDL), que se deposita nas artérias, elevando o risco de problemas no coração.

Gordura Trans 

O que é – Um tipo de gordura formada por um processo químico (hidrogenação), no qual óleos vegetais líquidos são transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida.

Onde é encontrada – Margarina, biscoitos, batatas fritas, sorvete e salgadinhos de pacote.

Efeitos no corpo – Não faz nada bem à saúde: aumenta o colesterol ruim e, ao mesmo tempo, reduz o bom.

Hidratos de Carbono (glicídios)

São compostos químicos formados nos vegetais pela fotossíntese e utilizados como energia nos animais. A glicose é a unidade fundamental.

Classificação:

1- Monossacarídeos = glicose, frutose, galactose.

2- Dissacarídeos = sacarose, maltose, lactose.

3- Polissacarídeos = amido, celulose.

  • Os glicídios devem ser reduzidos à forma de glicose antes se serem utilizados.
  • A glicose é armazenada na forma de glicogênio.
  • Fonte: cereais, açúcares, mel, frutas e vegetais.
  • Dieta deficiente = magreza.
  • Dieta excesso = obesidade.
  • São regulados pela insulina e glucagon.

Proteínas:

São fontes de imunoglobulinas, enzimas e hormônios.

  • Formados por aminoácidos, que podem ser essenciais (fornecido por alimentos) e não essenciais (produzidos pelo organismo).
  • Funções: formação de tecidos, enzimas e anticorpos.
  • Fonte: leite, ovos, carnes, feijão, soja, espinafre.

Sais Minerais:

Formados por sódio, potássio, cloro, cálcio, magnésio, flúor.

  • Função: regulam os processos vitais,a atividade das enzimas  e do equilíbrio ácido-básico.

Cálcio

  • Formação de ossos e dentes, contração muscular.
  • Deficiência causa raquitismo, cárie e ossos fracos.
  • Fonte: leite.

Flúor

  • Constitui ossos e dentes.
  • Previne cáries.
  • Fonte: água potável.

Cloro e sódio

  • Regulam equilíbrio ácido-básico.
  • Manutenção dos fluídos orgânicos.
  • Fonte: sal de cozinha.
  • Excesso – hipertensão arterial.

Água

  • É indispensável.
  • A carência provoca desidratação.

Dieta alimentar Balanceada

É uma dieta com finalidade preventiva e terapêutica. O organismo necessita de energia suficiente para seu trabalho e manutenção da temperatura corporal. A dieta deve fornecer a quantidade de energia para a satisfação das exigências energéticas. Assim, o regime alimentar deve ser completo em alimentos nutritivos e deve seguir os critérios:

  • Quantidade diária de nutrientes;
  • Qualidade completa na sua composição;
  • Proporção: 10% a 15% proteína. 25% a 30% lipídios. 55% a 60% HC.
  • A dieta deve ser adequada ao organismo.

Dietoterapia:

É a parte da nutrição que estuda as dietas para o tratamento das patologias.  A finalidade básica da dietoterapia é oferecer ao organismo debilitado os nutrientes adequados.

Finalidades:

  • Restabelecer condições de nutrição;
  • Curar o cliente;
  • Manter controle de patologias crônicas;
  • Prevenir alterações no pré e pós operatório.

Funções da equipe de enfermagem: 

  • Notificar o SND sobre a admissão, alta, transferência ou óbito do cliente;
  • Proporcionar ambiente agradável no momento da refeição, evitando odores e procedimentos desagradáveis;
  • Facilitar o acesso ao alimento;
  • Orientar sobre o uso da prótese dentária e higiene oral;
  • Administrar dietas (sonda);
  • Comunicar o SND alterações nas prescrições das dietas;
  • Quando possível, atender solicitações do cliente;
  • Registrar no prontuário ocorrências relativas às refeições como recusa, vômito.

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MEGA AULA – Curativos! Parte II

Agora que já estudamos a introdução de curativos (se você perdeu, clica AQUI para conferir), vamos aprender a técnica correta, os instrumentos para realizar e quais produtos podemos utilizar.

Pinças para curativo:

Utilizamos as pinças Kocher e Dente de rato para retirar o curativo anterior e as pinças Anatômicas e Kelly para limpeza, tratamento e oclusão da ferida.

Técnica:

  1. Cheque a prescição de enfermagem e observe o curativo a ser realizado e os materiais necessários.
  2. Higienize as mãos, reuna o material e leve para junto do paciente. Cheque pulseira de identificação.
  3. Explique ao paciente o procedimento e sobre sua participação ativa ou passiva, conforme o grau de compreensão;
  4. Coloque o paciente em posição confortável e exponha o local da lesão; Coloque a mesa ao lado da cama próxima ao local em que será feito o curativo pois irá facilitar o gerenciamento do campo e materiais estéreis.
  5. Higienize as mãos novamente; Coloque a máscara e óculos de proteção.
  6. Abra o kit curativo com técnica asséptica e coloque as pinças com os cabos voltados para fora do campo estéril; Se curativo com luva estéril: abrir luva estéril e fazer da própria embalagem seu campo estéril.
  7. Coloque gazes no campo estéril em quantidade adequada ao tamanho do curativo;
  8. Para retirada do curativo sujo utilize: luvas de procedimento (para curativos com luva estéril) ou pinça dente de rato e luva de procedimento ( curativo com pinça).
  9. Após, despreze as luvas de procedimento, higienize as mãos novamente; (Se necessário, utilize vaselina líquida ou SF0,9% para remoção dos adesivos quando muito aderidos e despreze-o no saco plástico)
  10. Abra a embalagem do Soro Fisiológico 0,9%; realize a desinfecção do ejetor de borracha com swab alcoólico e introduza a agulha 40×12 de forma asséptica;
  11. Dobre a gaze estéril utilizando as pinças do kit curativo, ou luva estéril quando necessário. Umedeça-a com Soro Fisiológico 0,9% e realize a limpeza conforme o tipo de ferida, séptica ou asséptica.
    Feridas Sépitcas: de fora para dentro
    Feridas Assépticas: de dentro para fora
  12. Se necessário, aplique a cobertura prescrita e cubra a região com gaze estéril e adesivo hipoalergênico de forma oclusiva. Deixe o paciente confortável e em segurança.
  13. Despreze o material utilizado (exceto perfuro cortantes) em saco plástico – lixo infectante.
  14. Limpe a mesa auxiliar com álcool a 70%; Higienize suas mãos;
  15. Registre todo o procedimento. Anote as condições do curativo e comportamento do paciente durante o procedimento, comunique qualquer alteração.

Tipos de cobertura para curativos:

Soro Fisiológico:

Mantém a umidade da ferida e favorece a formação de do tecido de granulação, amolece tecidos desvitalizados, absorve o exsudato e estimula o debridamento autolítico.  ferida úmida e importante na formação do tecido de
granulação.

Indicação: Limpeza de todo tipo de ferida e manutenção da umidade. Pode ser utilizado para todo tipo de ferida. 

Ácidos Graxos Essenciais: 

Mantém a ferida úmida, acelera o processo de granulação, é facilmente absorvido pela pele e forma uma película de proteção. Correspondem a uma classe de óleo vegetal formado por triglicerídeos de cadeia média, vitamina A,E e lecitina de soja.
É importante para a manutenção da integridade das membranas das células. Possui ação hidratante e auxilia a restauração da pele. A vitamina E é antioxidante, protegendo a membrana celular contra radicais livres, e a vitamina A participa como importante cofator na cicatrização.  

É indicado para lesões abertas não intactas, e profilaxia de lesão por pressão.
Modo de usar: Aplicar no local afetado utilizando uma gaze e sua troca deverá ser a cada 12 à 24 horas.

Sulfadiazina de Prata:

Possui características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais. Para manter sua ação deve ser trocado a cada 12 h. É muito utilizado em queimaduras. É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%. Pode ser associada: nitrato de cério, acido hialurônico.
Mecanismo de ação: Prata- confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, provoca precipitação protéica e age diretamente na membrana citoplasmática bacteriana.

Hidrogel

É um desbridante autolítico. Composição: carboximetilcelulose + propilenoglico + água (70 a 90%)

Mecanismo de ação:  

Umidade: Proporciona meio úmido e facilita a migração celular, favorece a angiogênese. 
Desbridamento autolítico: amolece o tecido desvitalizado, facilitando sua remoção;
alivia a dor; protege e hidrata terminações nervosas. 

Ação: debridamento autolitico/ remove crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas.

Hidrocolóide 

Absorve o exsudato e mantém a ferida úmida, protegida de traumas e contaminação. É indicada para ferida com pequena quantidade de exsudação.
Composição: carboximetilcelulose + gelatina + pectina.
Não indicada para feridas com exposição de tecido ósseo, músculos e tendões. 
Ação: é hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá manter a umidade da ferida.

Papaína

Composição: enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya.
Presente em forma de: pó, gel ou pasta.
Possui atuação desbridante (enzimático) não traumática, anti-inflamatória, bactericida, estimula a força tensil das cicatrizes, pH ótimo de 3 – 12, atua apenas em tecidos lesados, devido a anti-protease plasmática (alfa anti-tripsina).
Observações: diluições: 10% para necrose, 4 a 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação.
É fotossensível, por isso, cuidados com seu armazenamento e substancias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio), manter em geladeira.

Fibrinolisina: 

Composição: fibrinolisina (plasma bovino) e desoxorribonuclease (pâncreas bovino).
Forma de apresentação: pomada
Ação: através da dissolução do exsudato e dos tecidos necróticos, pela ação lítica da fibrinolisina e do ácido desoxorribonucleico e da enzima desoxorribonuclease.
Observações: monitorar a sensibilidade do paciente.

Alginato de cálcio e sódio:

Transforma a exsudação da ferida em gel, mantendo a ferida úmida, ajuda a preencher a cavidade e cotrolar sangramentos. 
É indicado para feridas infectadas, exsudativas e hemorrágicas.
Composição: 80% íon cálcio + 20% íon sódio + ácidos gulurônico e manurônico (derivados de algas marinhas).
Forma de apresentação: cordão e placa
Ação: hemostasia, debridamento osmótico, grande absorção de exsudato, umidade (formação de gel).

Filmes transparentes: 

(Opsite, Bioclusive, Hydrofilm, Tegaderm, Aquagard, Blisterfilm, Mefilm, Poliskin)
Composição: filme de Poliuretano, aderente (adesivo), transparente, elástico e semi-permeável.
Ação: umidade, permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos.
Observação: pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 dias.

Hidropolímero

(Allevyn,Polymen,PolyWic,Tielle Askina Transorbent)
Composto por almofadas que possuem três camadas sobrepostas, sendo uma central de hidropolímero , que se expande delicadamente à medida que absorve o
exsudato , e duas outras, formadas por camadas de não tecido não aderente, o que evita agressão aos tecidos na remoção.
Entre suas propriedades, temos: absorção, mantém meio úmido, evita maceração, barreira bacteriana (adesivo), isolamento térmico.
Indicação: feridas abertas não infectadas com baixa ou moderada exsudação.
Contra-indicação: feridas infectadas e com grande quantidade de exsudação.

Gaze de Acetato impregnada com Petrolatum (ADAPTIC)

Composição: tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de petrolatum, hidrossolúvel.
Ação: proporciona a não aderência da ferida.
Indicação: áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e lacerações.
Contra-indicação: alergia

Carvão ativado e prata 

Composição: carvão ativado com prata à 0,15%, envolto por não tecido de nylon poroso, selado nas quatro bordas.
Ação: absorve exsudato, absorve os microorganismos, filtra odor, bactericida (prata).
Indicações: feridas fétidas, infectadas ou com grande quantidade de exsudato.
Contra indicações: feridas com exposição ósteo-tendinosas, em assistidos/clientes que apresentem hipersensibilidade ao material.
Observação: não pode ser cortado. Pode ser associado a outros produtos, como: alginato de cálcio e sódio. Frequência de troca segundo a saturação, em média com 48  a 72 horas.

Produtos deveridas de Iodo

Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)
Ação: penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucléico, através da oxidação.
Indicação: antissepsia de pele e mucosas peri-cateteres.
Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Observações: é neutralizado na presença de matéria orgânica, em lesões abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e reduz a forca tensil do tecido.

Clorexidina

Composição: Di-glucanato de clorexidina
Ação: atividade germicida por destruição de membrana citoplasmática bacteriana.
Indicação: antissepsia de pele e mucosa peri-cateteres.
Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Observações: a atividade germicida se mantém mesmo na presença de matéria orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual.

Colagenase: 

Possui ação desbridante autolítica. Indicado para desbridamento enzimático suave e não invasivo de lesões isquêmicas. O produto deve ser aplicado somente no local da ferida devido a sua atuação. 

Leia também: MEGA AULA – Curativos! Parte I

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Compreendendo o Monitor Multiparâmetros! Parte I

A monitorização multiparâmetros pode ser utilizada de modo diagnóstico, terapêutico ou até mesmo para prognóstico. Esse tipo de monitorização permite a equipe multiprofissional reconhecer e avaliar as possíveis complicações do estado hemodinâmico do paciente, realizar intervenções em tempo hábil e principalmente prevenir complicações.

É bastante utilizada em unidades de internação, ambulatório, cuidados críticos (UTI/PA/PS), semicríticos (semiintensiva) e centro cirúrgico.

O monitor multiparâmetros, como o próprio nome já diz, nos fornece parâmetros vitais do paciente, sendo possível prestar uma assistência qualificada de acordo com suas necessidades. Os dados fornecidos, podem ser invasivos ou não invasivos, sendo eles:

Não Invasivos: 

  • Monitorização Eletrocardiográfica e Frequência Cardíaca;
  • Oximetria de pulso (SatO2);
  • Pressão Arterial (PANI);
  • Temperatura (T°C);
  • Frequência respiratória (FR);
  • Capnografia (PCO2);
  • Indice Bispectral (BIS).

Invasiva

  • Pressão Arterial Invasiva (PAI);
  • Pressão Venosa Central (PVC);
  • Demais parâmetros derivados do cateter de Swan Ganz: Pressão da Artéria Pulmonar (PAP), Pressão do Capilar Pulmonar (PCP).

Monitorização eletrocardiográfica:

É o primeiro parâmetro fornecido pelo monitor. Ele nos trás a representação gráfica sobre a tela da atividade elétrica do coração.
É utilizado para observar, diagnosticar e avaliar o ritmo do coração.
O monitor permite visualizar o valor numérico da frequência cardíaca, como também a onda de traçado eletrocardiográfico.

É extremamente importante, pois, além da verificação da frequência cardíaca, auxilia na identificação de arritmias, anormalidades de condução e no diagnóstico dos distúrbios hidroeletrolíticos.

Pode ser de 3, 4 ou 5 vias de monitorização. 

Material necessário:

Eletrodos e luvas de procedimento. 

Técnica:

  1.  Higienizar as mãos;
  2. Reunir o material, encaminhar ao leito do paciente e explicar o procedimento;
  3. Conferir a pulseira de identificação do paciente;
  4. Retirar os lacres dos eletrodos, colocando estes na região torácica do paciente, conforme determinação exemplificada no monitor;
  5. Conectar os eletrodos aos cabos do monitor;
  6. Ligar o monitor cardíaco;
  7. Estabelecer limites máximo e mínimo de alarme, e manter o alarme sonoro ligado;
  8.  Reunir o material e deixar a unidade em ordem;
  9. Retirar as luvas;
  10. Descartar os materiais;
  11. Higienizar as mãos;
  12. Realizar anotação de enfermagem.

Lembre-se:

Caso seja necessário, realize a tricotomia do tórax. Poderá ser utilizado tricotomizador
elétrico ou lâmina de barbear, para melhor fixação dos eletrodos;
• Não esqueça de estabelecer os limites de alarmes segundo a faixa etária e quadro clínico do paciente.

Conheça mais sobre o exame de Eletrocardiografia, clique AQUI

Cuidados de Enfermagem: 

  • Observar reação alérgica ao gel ou à cola do eletrodo. Deve ser retirado e ser substituído por eletrodo hipoalérgico;
  • Seguir recomendação do fabricante para colocação dos eletrodos;
  • A troca do eletrodo deve ser realizada diariamente após o banho e sempre que
    necessário;
  • Certificar-se do funcionamento adequado do monitor cardíaco;
  • Verificar se os parâmetros para disparar os alarmes estão ajustados;
  • Verificar se o alarme está funcionando corretamente;
  • Certificar-se de que o cabo do monitor está conectado adequadamente aos eletrodos;
  • Observar a integridade da pele no local de colocação dos eletrodos;
  • Pacientes que utilizem marcapasso, é preciso adaptar o monitor multiparâmetros para função de leitura de marcapasso;
  • Manter o paciente e os familiares orientados sobre o procedimento;
  • Alterações no padrão de ECG devem ser comunicadas imediatamente ao médico e/ou enfermeira;
  • Anotar no prontuário do paciente valores encontrados, conforme, rotina da instituição de saúde.

Pressão arterial Não Invasiva (PANI)

O monitor multiparâmetros, pode fornecer os dados da Pressão Arterial Não Invasiva ou não.

Métodos de Verificação Auscultatório:

Comumente é o método mais utilizado. É um necessário um esfigmomanômetro
e um estetoscópio.

Métodos de verificação Automatizado:

Utilizado nas Unidades de cuidados críticos, semi-críticos e centro cirúrgico.
É necessário um monitor multiparâmetros, um módulo de pressão, um cabo e um manguito.

Cuidados de enfermagem 

  • Manguito de pressão adequado conforme circunferência do braço;
  • Evitar a superinsuflação e consequentemente o garroteamento do membro do paciente;
  • Ao obter uma pressão inaudível com o método auscultatório, solicitar que outro membro da equipe realize a mensuração, confirmando o resultado;
  • Pacientes com acesso venoso periférico, proceder a aferição da pressão contrário ao acesso venoso;
  • Pacientes mastectomizadas ou com fístula arteriovenosa, aferição deve ser realizada em membro contrário;
  • Método automatizado, atentar-se à programação do aparelho (instabilidade hemodinâmica);
  • Realizar rodízio do manguito de pressão arterial se possível;
  • Atenção à desconexão do equipamento ou afrouxamento do manguito no membro do paciente;
  • Alterações repentinas no valor mensurado, devemos certificar o valor, repetindo o processo;
  • Comunicar ao médico e/ou enfermeira valores alterados da pressão arterial;
  • Realizar a higienização do manguito com álcool a 70% a cada troca de paciente. Unidades de longa permanência, recomenda-se a lavagem do manguito com água e sabão;
  • Calibração dos equipamentos periodicamente;

Temperatura:

A mensuração mais  utilizada é a axilar, com tempo de permanência de 3 minutos, porém existem outras formas de mensuração, vamos conhecer? 

  •  Oral;
  • Retal;
  • Timpânica;
  • Esofágica.

0 termômetro digital deve ser higienizado com álcool a 70% a cada uso;
A sonda retal pode ser lavada com água e sabão (somente a extremidade) e depois
higienizada com alcool a 70% ou higienização conforme rotina institucional.

Cuidados de Enfermagem 

  • A sonda esofágica deve ser esterilizada a cada uso;
  • A sonda do termômetro esofágico deve ser fixada com fita microporosa. Realizar a troca da fixação diariamente após o banho e quando necessário;
  • Temperatura automática através de termômetro esofágico e/ou retal, deve-se estar atento a diferença de valores de referência (verificar protocolo da institucional);
  • A sonda do termômetro retal deve ser fixada com fita microporosa no glúteo do paciente;
  • Cuidado nas trocas de fralda para a mobilização do termômetro. Recolocar com
    anestésico local caso seja necessário;
  • Valores alterados na sonda esofágica e/ou retal, deve-se verificar seu possível deslocamento. Em geral, sondas retais tendem a deslocar nas
    evacuações.
  • Estar atento aos cuidados aos pacientes febris, em especial as crianças que facilmente apresentam crise convulsiva por hipertermia.
  • Ao encontrar valores alterados, comunicar imediatamente ao médico e/ou a enfermeira.

Frequência Respiratória:

Outro parâmetro fornecido pelo monitor é a frequência respiratória. 

Cuidados de Enfermagem

  • Equipe de enfermagem deve possuir conhecimento técnico para atender prontamente as alterações significativas para o estado clinico
    do paciente.
  • Valor normal: 16 a 20 mrpm;
  • Pacientes com dispneia devem ser mantidos em posição Fowler;
  • Observar e anotar em prontuário o padrão respiratório (ritmo, profundidade, simetria do tórax);
  • Observar o cansaço aos mínimos esforços e procurar não exigir do paciente nenhuma atividade sem o auxílio de oxigenoterapia;
  • Estar atento a qualquer enfisema subcutâneo, abaulamento, assimetria da respiração, em especial após procedimentos de punção próximo a região torácica;
  • Administrar oxigenoterapia conforme a prescrição médica;
  • Ao encontrar valores ou padrão respiratório alterados, comunicar imediatamente ao médico e/ou a enfermeira.

Capnografia (CO2)

É a monitorização do gás carbônico. É utilizada nas unidades de cuidados críticos para pacientes graves. Em geral, manipulada por fisioterapeutas e anestesistas. Ainda assim, a  enfermagem deve possuir conhecimentos para prestar os cuidados adequados.

Compreendendo melhor: 

É o registro do gás carbônico no final da expiração e juntamente com a capnometria, constituem a essência da monitorização da função respiratória.

Conhecimentos necessários: 

  • É aferida por um detector que é colocado no final do tubo endotraqueal;
  • Nos fornece a analíse da pressão parcial de CO2;
  • Sua unidade de medida é: mmHg;
  • Valores normais: 35 a 45 mmHg.

Cuidados de Enfermagem: 

  • Realizar a higiene do sensor com álcool a 70% a cada troca do equipamento por paciente;
  • Evitar a condensação de vapor de água no circuito do ventilador para que as leituras não sejam falsamente elevadas;
  • Ao encontrar valores alterados, comunicar imediatamente ao médico e/ou enfermeira.

Oximetria de Pulso (SPO2)

É utilizado nas Unidades de Clínica médica, cirúrgica, centro cirúrgico e unidades de
cuidados críticos e semi-críticos;
É colocado um sensor de oximetria, ligado ao monitor multiparâmetros que nos fornece a visualização de uma onda de pulso e o valor mensurado da saturação de oxigênio e o pulso cardíaco.

Saturação de O2:

Seu valor normal é acima de 94%! Alterações e falsas leituras da saturação de oxigênio, são causadas geralmente por: 

  • Hipotensão;
  • Edema;
  • Perfusão periférica prejudicada.

Vantagens:

  • É um método não invasivo;
  • Fornece informação instantânea e contínua de alterações fisiológicas e rápida atuação em situações de hipóxia;
  • Possui pequena margem de erro.

Indicações: 

  • Permite ajustar a FiO2 e PEEP de acordo com a necessidade do paciente;
  • Auxílio no ajuste do ventilador mecânico e do desmame ventilatório;
  • Detecção de hipóxia;
  • Avaliação rápida da disfunção respiratória.

 A oximetria de pulso é um método de interpretação da relação da oxi-hemoglobina e da desoxi-hemoglobina medida por pletismografia óptica e espectroscopia por transiluminação do leito capilar pulsátil.

Deu pra entender? Vamos simplificar então?

É utilizado um sensor colocado no dedo ou no lóbulo da orelha do paciente e este transmite comprimentos de onda, sendo possível determinar a Taxa de concentração de oxigênio por meio da absorção.

Material: 

  • Monitor multiparâmetros;
  • Cabo de oxímetro do monitor;
  • Sensor de oxímetro (modelo de acordo com faixa etária);

Técnica: 

  • Higienizar as mãos e explicar o procedimento ao paciente/família;
  • Conectar o cabo de SpO2 ao monitor;
  • Ligar o monitor;
  • Fixar o dedal apropriadamente no dedo do paciente, oposto ao cateter intra-arterial;
  • Selecionar/tocar a tela na opção desejada para ajuste do alarme visando alterar os parâmetros, se necessário;
  • Manter alarme sempre ligado;

Lembrando que: 

  • A higienização das mãos e o descarte de material seguem padronização do SCIH de cada instituição de saúde.
  • O tipo e o tamanho de sensor de oxímetro corretos são definidos de acordo com o tipo de paciente a ser monitorizado.
  • Um mínimo fluxo arterial deve estar presente para que sejam obtidos níveis de saturação, a luz infravermelha seja emitida e o foto-detector estejam um oposto do outro.
  • Devemos fazer rodízio do local de colocação do sensor de oxímetro, evitando-se assim lesões e queimaduras;

Funcionamento do Oxímetro: 

O equipamento utilizado para mensurar os valores de saturação de oxigênio no sangue é
denominado oxímetro. Este pode ser manual (portátil) ou fixo ao leito (normalmente acoplado a monitor de multiparâmetros).
O sensor é formado por um par de pequenos diodos emissores de luz e é colocado em uma parte do corpo do paciente que seja translúcida, como a ponta dos
dedos ou o lóbulo da orelha. A intensidade com que a luz emitida pelo sensor
consegue atravessar o tecido determinará a saturação de oxigênio no sangue;
O mecanismo de leitura pelo oxímetro e automático, e o valor é expresso no monitor.

Vantagens: 

  • Facilidade para mensurar os valores;
  • Procedimento não invasivo;
  • Correlaciona-se bem com as medidas de saturação da hemoglobina;
  • Indica adequado suprimento de O2 aos tecidos;
  • Pode indicar o status do fluxo sanguíneo aos órgãos vitais e a capacidade de carrear do sangue.
  • Em pacientes hospitalizados em Unidades de Terapia intensiva, o oxímetro está associado aos monitores multiparâmetros, ou seja, no mesmo equipamento é possível monitorar a frequência cardíaca, a frequência respiratória e
    a pressão arterial de modo não invasivo e invasivo;
  •  É possível também visualizar o traçado elétrico do paciente;

Cuidados de enfermagem: 

  • Se as extremidades do paciente estiverem frias, procurar aquecê-las, pois a hipoperfusão distal provocará interferência nos valores de saturação de oxigênio no sangue;
  • Remover esmaltes coloridos, pois impossibilitam a leitura óptica infravermelha;
  • Certificar-se do posicionamento adequado do sensor;
  • Certificar-se de que o sensor não está fazendo pressão exagerada sobre os dedos ou o lóbulo da orelha;
  • Certificar-se de que o cabo do oxímetro está conectado adequadamente ao sensor;
  • Certificar-se de que o oxímetro esta funcionando corretamente;
  • Certificar-se de que os parâmetros para disparo do alarme estão ajustados;
  • Certificar-se de que o alarme esta funcionando corretamente;
  • Alternar o local de posicionamento do sensor, a fim de evitar lesões de pele;
  • Observar a integridade da pele no local de colocação do sensor;
  • Orientar o paciente e os familiares para o não manuseio do sensor;
  • Manter o paciente e os familiares orientados sabre o procedimento;
  • Anotar no prontuário do paciente valores encontrados, conforme rotina da instituição de saúde;
  • Manter o paciente confortável.

Ficou com dúvida de algum dos parâmetros acima? Leia nosso artigo sobre Sinais Vitais, clique AQUI

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Entendendo sobre Oxigenoterapia! Definições e tipos!

Definição:

Consiste na administração de oxigênio, de modo terapêutico,  numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia.

Esta técnica possui como principal objetivo aumentar o nível de oxigênio que é trocado entre o sangue e os tecidos.

Objetivos:

  1. Corrigir e reduzir os sintomas relacionados à hipoxemia e melhorar a difusão do Oxigênio;
  2. Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com dificuldades de transporte de oxigênio;
  3. Facilitar a absorção de ar nas cavidades orgânicas;
  4. Minimizar a carga de trabalho cárdio-pulmonar;
  5. Manter PaO2 entre 80 a 100 mmHg e saturação de O2 entre 90 a 100%.

Indicações:

Segundo a “American Association for Respiratory Care” (AARC), as indicações básicas de oxigenoterapia são:

  • PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente);
  • Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de
    doenças cardiorrespiratórias;
  • IAM;
  • Intoxicação por gases (monóxido de carbono);
  • Envenenamento por cianeto. 

 

Benefícios: 

  • Melhora a troca gasosa;
  • Vasodilatação arterial pulmonar;
  • Baixa sobrecarga de trabalho miocárdico;

Métodos da oxigenoterapia:

Cateter nasal:

É ofertado ao paciente uma concentração que varia de 25 a 45% e com um fluxo de 0,5 até 5L/mim.

Vantagens: Permite o paciente falar e se alimentar e fazer atividades diárias sem interromper a oxigenoterapia.

Desvantagens: Não conhecer o fluxo exato da FiO2; ressecamento da mucosa, irritação cutânea (dermatites de contato) e vazamentos.

Atenção: Para fluxos superiores à 4L/mim é necessário utilizar umidificação.

Máscara facial e Nebulização:  

Também não oferecem concentrações fixas de ar inspirado. Devem ser anatômicas, transparentes e resistentes.

Vantagens: Consegue fornecer maiores concentrações de oxigênio.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Máscaras com reservatório de oxigênio

É uma máscara com as mesmas características da máscara facial, porém com uma bolsa onde o oxigênio é armazenado e liberado durante as inspirações do paciente.

Vantagens: Consegue fornecer maiores concentrações de oxigênio.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Máscaras de Venturi 

Dos métodos de oxigenoterapia não invasivo, é considerado o método mais seguro, pois fornece uma FiOconhecida.

O sistema Venturi é baseado na passagem de um alto fluxo de oxigênio a orifícios no corpo da máscara, cuja escala de concentração de oxigênio varia de 24% a 50% (FiO 2de 24, 28, 31, 35, 40 e 50%).

Esse tipo de máscara é utilizado em ambiente hospitalar, principalmente pós extubação.

Vantagens: Consegue fornecer uma FiO2 conhecida ao paciente.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Tenda facial 

É uma máscara constituída de material maleável e transparente, geralmente utilizada com crianças, principalmente neonatos.

Este tipo de máscara oferece uma concentração elevada de oxigênio.

CPAP

É um aparelho que envia um fluxo de ar contínuo para as vias respiratórias, por meio de uma máscara, evitando a apneia do sono. A quantidade do fluxo de ar enviado é determinada pela pressão informada no exame de polissonografia.

Vantagens: A autorregulação do fluxo de ar oferecido ao paciente. Por conta dessa característica, o aparelho é indicado nos casos em que não há recomendação de uso de uma pressão fixa, como acontece com a apneia obstrutiva do sono.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Invasivos:

Traqueostomia:

É uma pequena intervenção cirúrgica que consiste na abertura de um orifício na traqueia e na colocação de uma cânula para passagem de ar.

Vantagens: menos lesão da orofaringe e traqueia do paciente , mais facilidade e eficiência de limpeza e secreção de aspirações.

Desvantagens: Como todo procedimento cirúrgico , por mais simples que seja, existe possibilidade de distúrbios de cicatrização e infecção local. 

Intubação Orotraqueal (ou endotraqueal)

É um procedimento de suporte avançado de vida onde o médico, com um laringoscópio, visualiza a laringe e através dela introduz um tubo na traqueia (tubo endotraqueal).

Vantagens: Prevenir a aspiração de conteúdo gástrico e de corpos estranhos. Possibilitar uso de ventilação com pressões mais altas, sem risco maior de distensão gástrica, facilitando assim a ventilação e a oxigenação alveolar. 

Desvantagens: Lesões na mucosa.

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Sonda Nasoenteral – Definição, passagem e cuidados de enfermagem!

Há 03 vias possíveis de administração de calorias e nutrientes aos pacientes, são elas:

  • Oral;
  • Enteral;
  • Parenteral.

Sonda Nasoenteral:

É a progressão da sonda através da narina até o sentido pré-pilórico (no estômago) ou pós-pilórico (no intestino, duodeno ou jejuno) para a administração de nutrientes pelo trato gastrintestinal.

É desejável que a ponta progrida até a parte distal do duodeno ou proximal do jejuno. É utilizada para administrar alimentação e medicação via enteral. É indicada quando o cliente não quer comer, não pode comer, não consegue comer.

A sonda:

A sonda de Dobbhoff é radiopaca, de silicone ou poliuretano, e por serem desse material, não sofrem alterações com o pH ácido, tem maior durabilidade e irritam menos a mucosa.

São extremamente maleáveis e possuem um fio guia para serem introduzidas que só são retirados após confirmação da sonda através do exame de raio-x.

As sondas de nº 12, 14, 16 ou 18 French são utilizadas para adultos e as de nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade.

Possui um adaptador em uma de suas extremidades onde é possível conectar equipos e seringas.

É desejável que a sonda seja de menor calibre para não causar desconforto.

Objetivo:

  • Garantir ao paciente nutrição adequada;
  • Suprir demanda metabólica decorrente de diversas patologias e situações de estresse.
  • Corrigir desnutrição aguada ou crônica e hipoproteinemia.

Equipe multiprofissional em Terapia Nutricional:

Médico: Indica e prescreve a melhor nutrição enteral para cada paciente de acordo com suas necessidades.

Enfermeiro: Responsável pela passagem de sonda nasoenteral e pela continuidade da terapia nutricional.

Técnico de Enfermagem: juntamente com o enfermeiro, é responsável pela manutenção e permeabilidade da sonda. Também é responsável pela troca das dietas e computar sua infusão no balanço hídrico.

Nutricionista: Avaliação do estado nutricional dos pacientes e suas necessidades.

Farmacêutico: Realiza todas as operações de desenvolvimento, preparo, avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte de nutrientes.

Indicação:

  • Anorexia severa;
  • Inconsciência;
  • Lesões orais;
  • Traumas;
  • Intervenções cirúrgicas.
  • Disfagia
  • Estados hiper catabólicos.

Contra-Indicações:

  • Diarréia / vômito
  • Íleo paralítico
  • Obstrução intestinal
  • Refluxo gástrico
  • Sangramento GI
  • Doença inflamatória intestinal
  • Intolerância persistente a dieta (diarreia, vômitos e náuseas).

Complicações

As complicações da nutrição enteral podem ser classificadas, em três grupos distintos:
  •  As complicações mecânicas, as quais se relacionam com a introdução e manutenção da sonda nasoentérica;
  • Complicações gastrointestinais, as quais estão relacionadas com a infusão da dieta no tubo digestivo;
  • E as complicações metabólicas, as quais estão relacionadas com os efeitos metabólicos da dieta após a sua absorção.

Vias de Administração: 

  • Nasoentérica (SNE): Uso para períodos curtos, até 45 dias.
  • Nasogástrica (SNG): Uso para períodos curtos, até 45 dias
  • Gastrostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias
  • Jejunostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias. Não pode administrar medicações VO por essa via.

Métodos de Administração: 

  • Intermitente (volume 350ml);
  • Contínua;
  • Bolos (criança).

O procedimento: 

  1. Verificar na PM a solicitação de passagem de SNE.

5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.

6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos.

7. Colocar os equipamentos de proteção individual.

8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.

9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra sujidades.

10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.

11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o procedimento.

15. Verificar se a sonda não se encontra enrolada na boca;

16. Observar sinais de cianose, tosse ou desconforto respiratório, neste caso retirar, pausar enquanto o paciente se acalme e prosseguir a passagem.

Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!

17. Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:

Imagem relacionada

Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo gástrico.

Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.

 18. Em seguida devemos fixar a sonda na narina sem tracioná-la.

19. Posicionar o paciente confortável, agradecer pela colaboração;

20. Deixar a unidade e o material em ordem;

21. Retirar as luvas, óculos e mascara;

22. Lavar as mãos;

23.  Fazer anotação de enfermagem (hora, tamanho e tipo da sonda, narina que foi introduzida, medida da parte exteriorizada, volume e aspecto da secreção drenada, intercorrências.)

Atenção: A sonda só poderá ser utilizada após confirmação de localização através do exame de raio-x e confirmação do médico.

Materiais necessários para troca do sistema:

  • 01 seringa oral pack;
  • 01 frasco de nutrição enteral;
  • 01 equipo para dieta enteral;
  • 01 rótulo para dieta;
  • Água mineral.

Procedimento de retirada da sonda

  • Confirmar se o procedimento está prescrito;
  • Explicar o procedimento ao cliente;
  • Avaliar o funcionamento intestinal auscultando para ver se há peristaltismo ou flatos;
  • Ajudar o cliente a assumir a posição semi-Fowler;
  • Lavar as mãos e calce luvas;
  • Usar uma seringa com 10 ml de soro fisiológico a 0,9%, para irrigar a sonda;
  • Certificar de que a sonda não está com conteúdo gástrico;
  • Soltar a fixação da sonda;
  • Fechar a sonda, dobrando-a em sua mão;
  • Pedir ao cliente para prender a respiração, para fechar a epiglote;
  • Cobrir e retirar imediatamente a sonda;
  • Ajudar o cliente a fazer uma higiene bucal completa;
  • Anotar a data e a hora de retirada da sonda. 

Cuidados de Enfermagem: 

  • Observar a permeabilidade da via;
  • Antes de iniciar a dieta, realizar teste de posicionamento da sonda;
  • Atentar-se a fixação da sonda, se estiver em mau estado, realizar troca imediata;
  • Lavar antes, durante e após medicações com 20 ml de água.

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Salinizar ou Heparinizar cateteres venosos periféricos?

A terapia intravenosa é um importante recurso terapêutico, sendo indicada para a maioria dos pacientes hospitalizados, sendo condição prioritária para o seu atendimento. E um evento frequentemente observado é a obstrução dos cateteres venosos devido à formação de coágulos ou precipitado de fármacos.

Salinizar ou Heparinizar?

Segundo o parecer do COREN-SP, o uso do SF 0,9% para salinização dos cateteres venosos periféricos tem sido muito recomendado para manutenção da permeabilidade e prevenção de complicações decorrentes de associação medicamentosa.

Apresentando como vantagem menor custo que a heparinização, além de ser um procedimento mais simples e de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluções administradas. Além disso, elimina o risco de alergia, trombocitopenia e hemorragia.

A heparina interage com a antitrombina, formando um complexo ternário que inativa várias enzimas da coagulação, tais como os fatores da coagulação (II, IX e X) e mais significativamente a trombina.

Assim recomenda-se que sua concentração seja a menor possível para manter a permeabilidade do cateter. A escolha do método depende das rotinas das instituições e se for indicado o uso da heparina, recomenda-se que a concentração não cause anticoagulação sistêmica, aumentando o risco de hemorragias.

Estudos feitos com base em uma revisão sistemática com meta análise e uso da solução salina e heparina, evidenciou não haver diferença na permeabilidade e prevenção de obstrução de cateteres,  com uso de SF 0,9% e heparina em acessos venosos. Porém nos acessos arteriais o uso da heparina prolonga o tempo de permeabilidade e redução dos coágulos.

Independente da solução, é importante exercer uma pressão positiva na hora de injetar a solução e fechamento rápido do sistema ou uso de dispositivo com válvula antirefluxo na luz do cateter.

Vale ressaltar que além da infusão intermitente, o uso de lavagens (flush) em cateteres de infusão contínua também é recomendado, com o objetivo de manter a permeabilidade do cateter e evitar infecções de corrente sanguínea relacionada ao cateter através da redução do biofilme.

A prescrição da salinização e heparinização dos cateteres podem ser feitas pelo enfermeiro, desde que haja previsão no protocolo institucional, conforme legislação do exercício profissional.

Quanto à execução da Permeabilização do Cateter Venoso Periférico:

Indicações:

  • Antes e após a cada administração de medicamentos;
  • Após a administração de sangue e derivados;
  • Quando converter de infusão continua para intermitente;
  • A cada 12 horas quando o dispositivo não for usado.

Material Necessário (salinização):

  • 01 Par de luvas de procedimento;
  • 01 ampola de S.F. 0,9%;
  • 01 seringa de 10ml;
  • 01 agulha 40X12;
  • 02 álcool Swab;
  • 01 bandeja;
  • Película para Fixação ou Micropore.

Técnica:

  1. Realizar a higienização das mãos;
  2. Separar o material necessário;
  3. Aspirar a solução fisiológica a 0,9% na seringa de 10 ml;
  4. Fazer a desinfecção da via com álcool swab;
  5. Aspirar o dispositivo para confirmar o fluxo do cateter;
  6. Administrar um volume mínimo de ao menos 2 (duas) vezes o volume da capacidade do cateter (priming);
  7. Fazer a desinfecção da via após o procedimento com álcool swab;
  8. Fechar a via com oclusor (tampinhas) estéreis (conector valvulado para manter sistema fechado);
  9. Desprezar o material utilizado em local apropriado;
  10. Realizar a higienização das mãos;
  11. Realizar checagem e anotações em prontuário.

Fonte: Coren

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