Lorena Prazeres

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Aprenda tudo sobre Insulinas!

Existem diferentes tipos de insulina disponíveis, cada uma com características específicas em relação ao tempo de ação, momento de utilização e cuidados de enfermagem. Abaixo estão os principais tipos de insulina, suas diferenças e orientações para enfermagem:

  1. Insulina de Ação Rápida (Regular):
    • Tempo de Início de Ação: Cerca de 30 minutos a 1 hora após a aplicação.
    • Pico de Ação: Entre 2 a 4 horas após a aplicação.
    • Duração da Ação: De 4 a 6 horas.
    • Utilização: É utilizada antes das refeições para controlar a glicemia pós-prandial.
    • Cuidados de Enfermagem: Certifique-se de que o paciente irá se alimentar após a aplicação para evitar hipoglicemia. Instrua sobre sinais de hipoglicemia e a necessidade de monitoramento frequente da glicemia.
  2. Insulina de Ação Intermediária (NPH):
    • Tempo de Início de Ação: Cerca de 1 a 2 horas após a aplicação.
    • Pico de Ação: Entre 4 a 12 horas após a aplicação, dependendo da marca.
    • Duração da Ação: De 12 a 18 horas.
    • Utilização: Geralmente é utilizada como insulina basal, fornecendo cobertura durante um período mais longo.
    • Cuidados de Enfermagem: Instrua o paciente sobre a importância de manter uma rotina alimentar e monitorar a glicemia regularmente. Ensine a técnica correta de mistura, se for o caso de misturar com insulina de ação rápida.
  3. Insulina de Ação Longa (Basal):
    • Exemplos: Insulina Glargina, Insulina Detemir.
    • Tempo de Início de Ação: Cerca de 1 a 2 horas após a aplicação (Glargina) ou mais rápido (Detemir).
    • Pico de Ação: Não possui um pico pronunciado.
    • Duração da Ação: Glargina pode durar até 24 horas, enquanto Detemir pode durar entre 12 a 24 horas, dependendo da dose.
    • Utilização: É utilizada como insulina basal, fornecendo controle contínuo da glicemia ao longo do dia.
    • Cuidados de Enfermagem: Ensine o paciente sobre a importância de aplicar a insulina no mesmo horário todos os dias. Oriente sobre a técnica de aplicação e a necessidade de rotação dos locais de injeção para evitar lipodistrofia.
  4. Insulina de Ação Ultra-Rápida (Análogos de Insulina):
    • Exemplos: Insulina Lispro, Insulina Aspart, Insulina Glulisina.
    • Tempo de Início de Ação: Cerca de 5 a 15 minutos após a aplicação.
    • Pico de Ação: Entre 30 minutos a 1 hora após a aplicação.
    • Duração da Ação: De 3 a 5 horas.
    • Utilização: É utilizada para controle rápido da glicemia, especialmente antes das refeições.
    • Cuidados de Enfermagem: Oriente o paciente sobre a necessidade de se alimentar logo após a aplicação para evitar hipoglicemia. Instrua sobre a importância de monitorar a glicemia frequentemente após a administração.
  5. Insulina Pré-Misturada (Combinação de Insulinas de Ação Rápida e Intermediária):
    • Exemplos: Insulina Biphasic 30, Insulina Biphasic 50.
    • Tempo de Início de Ação: Varia de acordo com a proporção de insulinas na mistura.
    • Pico de Ação: Pode ter um pico duplo dependendo da proporção das insulinas.
    • Duração da Ação: De acordo com a mistura específica.
    • Utilização: Geralmente utilizada em regimes de múltiplas injeções para fornecer cobertura tanto basal quanto prandial.
    • Cuidados de Enfermagem: Certifique-se de que o paciente entende a proporção de insulinas na mistura e o momento correto de aplicação, seguindo as orientações médicas.

É fundamental que os enfermeiros estejam bem informados sobre as características de cada tipo de insulina, sua utilização adequada e os cuidados necessários para garantir uma administração segura e eficaz, evitando complicações como hipoglicemia e hiperglicemia. Além disso, a educação e o suporte aos pacientes são essenciais para promover a adesão ao tratamento e o controle adequado da glicemia.

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As 10 Temas Mais Comuns em Concursos Públicos para Técnico de Enfermagem

órgãos governamentais. Preparar-se adequadamente para essas provas é essencial para obter um bom desempenho e alcançar a aprovação. Abaixo estão as 10 temas mais comuns encontradas nesses concursos:

  1. Legislação em Enfermagem: Questões relacionadas às leis, normas e regulamentos que regem o exercício da enfermagem no Brasil, como a Lei do Exercício Profissional, Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, entre outros.
  2. Anatomia e Fisiologia Humana: Perguntas sobre a estrutura e funcionamento do corpo humano, incluindo sistemas como o cardiovascular, respiratório, digestório, entre outros, e suas interações.
  3. Higiene e Segurança no Trabalho: Questões sobre medidas de higiene, biossegurança, prevenção de infecções, uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e normas de segurança no ambiente de trabalho.
  4. Assistência de Enfermagem em Clínica Médica: Perguntas relacionadas aos cuidados prestados a pacientes em unidades de clínica médica, como administração de medicamentos, monitoramento de sinais vitais, realização de curativos e procedimentos básicos.
  5. Cuidados de Enfermagem em Saúde da Mulher e do Recém-Nascido: Questões sobre assistência pré-natal, parto, puerpério, aleitamento materno, cuidados com o recém-nascido e prevenção de complicações na saúde da mulher.
  6. Ética Profissional: Questões éticas e deontológicas envolvendo o exercício da enfermagem, conduta profissional, sigilo das informações do paciente, respeito à autonomia e dignidade do paciente, entre outros.
  7. Farmacologia Aplicada à Enfermagem: Perguntas sobre medicamentos comuns utilizados na prática de enfermagem, suas indicações, efeitos colaterais, interações medicamentosas e cuidados na administração.
  8. Urgência e Emergência: Questões sobre procedimentos e cuidados de enfermagem em situações de urgência e emergência, como primeiros socorros, suporte básico de vida, identificação e manejo de sinais de deterioração do paciente.
  9. Saúde Coletiva e Prevenção de Doenças: Perguntas relacionadas à promoção da saúde, prevenção de doenças, vacinação, controle de infecções, epidemiologia e participação em programas de saúde pública.
  10. Cuidados de Enfermagem em Pacientes Cirúrgicos: Questões sobre preparo pré-operatório, assistência durante o ato cirúrgico, cuidados pós-operatórios, prevenção de complicações cirúrgicas e manuseio de equipamentos específicos.

É importante ressaltar que além do conteúdo teórico, é fundamental revisar questões práticas e situações clínicas que podem ser abordadas nas provas, como resolução de casos clínicos, interpretação de exames e tomada de decisões em situações reais de enfermagem. O estudo constante e a prática de simulados são estratégias eficazes para se preparar de forma abrangente e aumentar as chances de aprovação nos concursos para Técnico de Enfermagem.

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Propriedades Gerais das Respostas Imunológicas

Quando pensamos em um processo de defesa do nosso organismo contra os microrganismos, precisamos saber que esse processo ocorre a partir de respostas em sequência e de forma coordenada a organismos infecciosos chamados de patógenos.

A eliminação de um patógeno não é uma tarefa tão simples assim, isso porque esse processo de eliminação não deve provocar danos ao hospedeiro. Dessa forma, o sistema imune deve ser capaz de diferenciar os patógenos e células hospedeiras.

Para causar uma doença ou infecção, primeiramente, o patógeno deverá entrar no organismo e posteriormente se replicar e disseminar. O corpo possui barreiras físicas, químicas e bioquímicas que impedem a entrada desses patógenos.

Barreiras físicas são as seguintes:

  •  Pele e mucosas: pele íntegra e mucosas previnem a entrada de microrganismos;
  • Muco: secretado pelas células dos tratos respiratório, digestório e geniturinário, possui a propriedade de aderência e viscosidade que aprisionam microrganismos para que esses possam ser eliminados;
  •  Cílios: revestem o trato respiratório e propelem pequenas partículas em direção à garganta, na qual serão expelidos por espirro ou tosse.

Defesas químicas e bioquímicas são as seguintes:

  •  Ácidos: como o ácido clorídrico, secretado pelo estômago, que tem a capacidade de matar várias bactérias; e na vagina, ácido láctico e propiônico, os quais deixam o pH mais baixo e inibem a multiplicação de bactérias;
  • Ácidos graxos: na pele, as glândulas sebáceas produzem ácidos graxos com propriedades microbicidas que lisam as bactérias;
  • Lisozimas: são enzimas que têm a função de degradar o peptideoglicano que é um constituinte da parede celular das bactérias. Essas enzimas estão presentes no suor, nas lágrimas e em outras secreções;
  • Peptídeos antimicrobianos: são pequenos peptídeos com atividade antimicrobiana, como as defensinas, as catelicidinas e as colectinas.

Essas barreiras são muito eficientes e previnem a entrada de patógenos no corpo humano ou ainda conseguem eliminá-los. Porém, quando essas barreiras estão danificadas, como no caso de queimaduras, cortes, feridas, mordida de animais, permitem a entrada de patógenos e o início da sua multiplicação.

A partir de sua entrada, os patógenos se disseminam pelo corpo de formas diferentes. A forma mais rápida e comum de disseminação deles é através da corrente sanguínea, isso porque todos os órgãos e tecidos necessitam de suprimento sanguíneo. Alguns microrganismos podem se disseminar por cavidades como o peritônio ou no caso específico de vírus diretamente de célula para célula.

Embora estejamos falando de patógenos que causam doenças, existem alguns microrganismos, chamados comensais, que vivem no interior ou na superfície do hospedeiro sem causar danos ou algumas vezes podendo trazer até benefícios.

Aqueles microrganismos que são patogênicos podem causar as doenças por diferentes mecanismos. Algumas bactérias têm a capacidade de secretar toxinas que serão responsáveis pelas doenças, como é o caso do tétano, do botulismo, da cólera e da escarlatina. Outros podem causar a morte da célula infectada ou ainda causar doenças graves devido à sua presença.

Existem então uma variedade de patógenos, com diferentes formas de vida e de como causam infecções, e assim vemos a dificuldade que o nosso organismo enfrenta ao tentar nos proteger dessas infecções.

Essas respostas são denominadas imunidade inata (ou natural) e imunidade adaptativa (ou adquirida). A imunidade inata é muito importante nas primeiras horas ou dias após a infecção, sendo constituída por mecanismos que já existem no nosso organismo antes mesmo de ocorrer a infecção, provocando respostas rápidas contra os microrganismos invasores. A imunidade adaptativa é estimulada devido à presença dos microrganismos e que aumenta em cada um dos contatos posteriores.

Essa resposta se adapta a cada tipo de infecção e por isso é chamada de imunidade adaptativa, que reconhece e reage a uma grande variedade de substâncias estranhas denominadas antígenos.

O sistema imune é formado por um conjunto de células e moléculas que juntos têm a função de proteger o nosso organismo contra os patógenos e manter a integridade dos nossos tecidos. Essa função de proteção do sistema imune é baseada em duas principais atividades: o reconhecimento dos organismos estranhos que invadem o nosso corpo, e a remoção desses corpos estranhos através das ações das células e moléculas que conheceremos logo adiante.

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Diferença entre Limpeza Concorrente e Terminal em Ambiente Hospitalar

A limpeza é uma parte essencial dos cuidados de enfermagem em ambientes hospitalares, e existem diferentes tipos de limpeza que são realizados com objetivos específicos. Duas dessas modalidades são a limpeza concorrente e a limpeza terminal, cada uma desempenhando um papel importante na manutenção da higiene e segurança dos pacientes. Vamos explorar a diferença entre esses dois tipos de limpeza:

1. Limpeza Concorrente:

A limpeza concorrente, também conhecida como limpeza de rotina ou limpeza diária, é realizada de forma contínua ao longo do dia, durante a rotina de cuidados com o paciente. Algumas características da limpeza concorrente incluem:

  • Frequência: Realizada regularmente e conforme necessário, muitas vezes várias vezes ao dia, dependendo da área e das condições do paciente.
  • Objetivo: Manter a limpeza e a ordem no ambiente imediato do paciente, garantindo a remoção de sujeiras visíveis, derramamentos, restos de alimentos e outros resíduos.
  • Áreas Alvo: Inclui a limpeza de superfícies de contato frequentemente tocadas, como mesas de cabeceira, corrimãos, interruptores de luz, entre outros, além da higienização de áreas de preparo e administração de medicamentos.
  • Equipamentos e Produtos: São utilizados equipamentos e produtos de limpeza de uso regular, como panos limpos, soluções desinfetantes de uso hospitalar e equipamentos de proteção individual (EPI) adequados.

A limpeza concorrente é essencial para manter um ambiente hospitalar limpo e seguro para os pacientes, evitando a propagação de micro-organismos e reduzindo o risco de infecções cruzadas.

2. Limpeza Terminal:

A limpeza terminal, também conhecida como limpeza de alta ou limpeza completa, é realizada após a alta do paciente ou a transferência para outra área ou unidade. Algumas características da limpeza terminal incluem:

  • Frequência: Realizada de forma menos frequente do que a limpeza concorrente, geralmente após a desocupação do leito pelo paciente.
  • Objetivo: Realizar uma limpeza profunda e completa de todas as superfícies e áreas do ambiente hospitalar, removendo sujeiras, resíduos orgânicos, micro-organismos e preparando o ambiente para o próximo paciente.
  • Áreas Alvo: Inclui a desinfecção de todas as superfícies do quarto do paciente, mobiliário, equipamentos, pisos e paredes, além da substituição de lençóis, cortinas e outros itens descartáveis.
  • Equipamentos e Produtos: São utilizados produtos de limpeza hospitalar mais potentes, como desinfetantes de amplo espectro, máquinas de limpeza a vapor, aspiradores de pó industriais e EPI adequados para lidar com resíduos biológicos.

A limpeza terminal é fundamental para garantir a segurança e a qualidade do ambiente hospitalar, preparando adequadamente o espaço para receber o próximo paciente e minimizando o risco de transmissão de doenças e infecções.

Em resumo, enquanto a limpeza concorrente é realizada de forma contínua durante a rotina de cuidados, a limpeza terminal é uma limpeza mais profunda e abrangente realizada após a desocupação do leito pelo paciente. Ambos os tipos de limpeza são essenciais para manter um ambiente hospitalar limpo, seguro e propício à recuperação dos pacientes.

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Procedimento de Punção Venosa: Técnica Adequada e Cuidados Especiais

A punção venosa é um procedimento comum realizado por profissionais de enfermagem para acessar a corrente sanguínea e administrar medicamentos, fluidos intravenosos e realizar exames laboratoriais. Garantir uma técnica adequada e cuidados especiais durante o procedimento é essencial para evitar complicações e garantir a segurança do paciente. Abaixo, apresentamos uma descrição passo a passo da técnica adequada e os cuidados especiais a serem tomados:

Preparação:

  1. Identificação do Paciente: Verifique a identidade do paciente usando, no mínimo, dois identificadores exclusivos.
  2. Seleção do Local de Punção: Escolha um local apropriado para a punção venosa, geralmente nas veias dos membros superiores, como a veia cefálica, basílica ou mediana cubital.
  3. Preparação do Material: Reúna todo o material necessário, incluindo luvas, garrote, álcool ou clorexidina – conforme protocolo da sua instituição, atadura adesiva ou curativo próprio, dispositivo agulhado (jelco, nexiva, scalp), equipo de infusão e solução salina para flush.

Procedimento:

  1. Higienização das Mãos: Lave as mãos cuidadosamente com água e sabão ou use uma solução antisséptica à base de álcool para garantir a assepsia.
  2. Posicionamento do Paciente: Posicione o paciente confortavelmente, com o membro a ser puncionado estendido e apoiado em uma superfície plana.
  3. Aplicação do Garrote: Aplique o garrote firmemente cerca de 10 a 15 cm acima do local de punção para aumentar a pressão venosa e facilitar a visualização das veias.                                           O que preciso saber para fazer a punção acesso venoso periférico? - Sanar Medicina
  4. Preparação da Pele: Limpe a área de punção com uma solução antisséptica, como álcool ou clorexidina, e aguarde a secagem completa para reduzir o risco de contaminação.
  5. Técnica de Punção: Segure a agulha com firmeza e insira-a na veia com um ângulo de aproximadamente 15 a 30 graus em relação à pele. Ao entrar na veia, avance suavemente o bisel da agulha e observe o retorno sanguíneo na seringa ou no equipo de infusão.     
  6. Fixação do Cateter: Após o sucesso da punção, avance o cateter para dentro da veia e remova a agulha. Fixe o cateter no lugar com uma atadura adesiva ou curativo apropriado. 
  7. Conexão do Equipo de Infusão: Conecte o equipo de infusão ao cateter e inicie a administração de fluidos ou medicamentos conforme prescrito pelo médico.

Cuidados de enfermagem:

  1. Monitoramento Contínuo: Monitore o local de punção para sinais de infiltração, extravasamento ou reação adversa, como dor, edema ou vermelhidão.
  2. Manutenção da Higiene: Mantenha a assepsia durante todo o procedimento e troque curativos ou ataduras conforme necessário para prevenir infecções.
  3. Avaliação da Circulação: Verifique regularmente o fluxo sanguíneo no cateter e a permeabilidade da veia para garantir a administração adequada de fluidos e medicamentos.
  4. Educação ao Paciente: Forneça orientações ao paciente sobre os cuidados a serem tomados com o local de punção, sinais de complicação e quando procurar assistência médica.
  5. Documentação Adequada: Registre detalhadamente o procedimento de punção venosa, incluindo o local de punção, tamanho do cateter utilizado, quantidade e tipo de solução administrada e quaisquer complicações ou observações relevantes.

Seguindo uma técnica adequada e adotando cuidados especiais durante o procedimento de punção venosa, os profissionais de enfermagem podem garantir uma administração segura de medicamentos e fluidos, promovendo assim o bem-estar e a recuperação do paciente.

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Diabetes Mellitus Tipo 2: Enfermagem no Controle e Monitoramento

O Diabetes Mellitus Tipo 2 é uma condição crônica que requer uma abordagem abrangente e cuidados especializados para garantir um controle eficaz e prevenir complicações a longo prazo. Neste artigo, vamos explorar a abordagem de enfermagem no controle e monitoramento do Diabetes Mellitus Tipo 2, destacando estratégias-chave e cuidados essenciais.

Educação e Orientação ao Paciente:

  • Fornecer informações detalhadas sobre a fisiopatologia do Diabetes Mellitus Tipo 2, incluindo a importância da regulação dos níveis de glicose no sangue.
  • Orientar sobre a importância da dieta saudável, controle do peso, atividade física regular e monitoramento frequente da glicemia.
  • Instruir sobre o uso adequado de medicamentos prescritos, incluindo administração, dosagem e possíveis efeitos colaterais.

Controle da Glicemia:

  • Auxiliar o paciente na realização de testes de glicemia capilar de acordo com as recomendações médicas.
  • Interpretar e analisar os resultados dos testes de glicemia para ajustar a dieta, atividade física e medicação conforme necessário.
  • Ensinar técnicas de autoadministração de insulina, se aplicável, e fornecer suporte emocional durante o processo de aprendizado.

Monitoramento de Complicações:

  • Realizar avaliações regulares dos pés para detectar sinais precoces de neuropatia periférica ou úlceras diabéticas.
  • Educar o paciente sobre a importância da higiene bucal e do monitoramento da saúde oral para prevenir complicações como doença periodontal.
  • Monitorar a pressão arterial e os níveis de lipídios para avaliar o risco de complicações cardiovasculares associadas ao Diabetes Mellitus Tipo 2.

Apoio Psicossocial:

  • Oferecer apoio emocional e psicossocial ao paciente para lidar com o estresse e as preocupações relacionadas ao manejo da doença.
  • Encorajar a participação em grupos de apoio ou programas de educação para pacientes com diabetes para promover o autocuidado e a adesão ao tratamento.

Colaboração Interdisciplinar:

  • Trabalhar em estreita colaboração com outros membros da equipe de saúde, incluindo médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e endocrinologistas, para garantir uma abordagem abrangente no cuidado ao paciente com Diabetes Mellitus Tipo 2.
  • Participar de reuniões de equipe multidisciplinares para revisar o plano de cuidados do paciente e ajustar as intervenções conforme necessário.

Registro e Documentação:

  • Manter registros precisos e atualizados das avaliações, intervenções e resultados de monitoramento do paciente.
  • Documentar as metas de tratamento estabelecidas em colaboração com o paciente e seu progresso em direção a essas metas ao longo do tempo.

A abordagem de enfermagem no controle e monitoramento do Diabetes Mellitus Tipo 2 desempenha um papel crucial na promoção da saúde, prevenção de complicações e melhoria da qualidade de vida do paciente. Ao fornecer educação, suporte e cuidados personalizados, os enfermeiros podem ajudar os pacientes a alcançar um melhor controle da doença e a viver uma vida plena e saudável.

 

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Prevenção de Lesão por Pressão: Estratégias Essenciais para Enfermagem

As lesões por pressão, também conhecidas como úlceras de pressão ou escaras, são um problema comum em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida e podem resultar em dor, desconforto e complicações graves. Neste artigo, vamos explorar estratégias essenciais para a prevenção de lesões por pressão, destacando o papel crucial da enfermagem nesse processo.

1. Avaliação de Risco: Realize uma avaliação de risco inicial para todos os pacientes, considerando fatores como mobilidade, estado nutricional, sensibilidade cutânea e condições médicas subjacentes.

2. Mudança de Posição: Promova a mudança de posição regularmente, especialmente para pacientes acamados ou em cadeira de rodas, para aliviar a pressão sobre áreas vulneráveis da pele.

Feridas Crônicas

 

3. Uso de Superfícies de Suporte Adequadas: Utilize colchões e almofadas adequados para distribuir uniformemente a pressão corporal e reduzir o atrito e a fricção na pele.

4. Hidratação e Nutrição Adequadas: Mantenha os pacientes bem hidratados e nutridos para promover a saúde da pele e facilitar a cicatrização de lesões existentes.

Data reforça a importância de prevenir a lesão por pressão - Portal  Hospital de Clínicas de Porto Alegre

5. Inspeção da Pele: Realize inspeções regulares da pele para identificar áreas de vermelhidão, calor ou inchaço, que podem indicar o início de uma lesão por pressão.

6. Cuidados com a Pele: Mantenha a pele limpa, seca e livre de umidade excessiva ou irritação. Utilize produtos de cuidados da pele adequados, conforme indicado.

7. Utilização de Dispositivos de Alívio de Pressão: Considere o uso de dispositivos de alívio de pressão, como almofadas de gel, colchões de ar ou sistemas de rotação automática, para reduzir a pressão sobre áreas específicas do corpo.

8. Educação ao Paciente e Cuidadores: Forneça orientações claras e educativas aos pacientes e seus cuidadores sobre a importância da prevenção de lesões por pressão e as medidas específicas a serem tomadas.

9. Registro e Documentação Precisos: Registre todas as intervenções de prevenção de lesões por pressão realizadas, incluindo a avaliação de risco, mudanças de posição, inspeções da pele e cuidados fornecidos.

10. Comunicação Interdisciplinar: Mantenha uma comunicação eficaz com outros membros da equipe de saúde, incluindo médicos, fisioterapeutas e assistentes sociais, para coordenar os cuidados e abordagens de prevenção de lesões por pressão.

A prevenção de lesões por pressão é uma responsabilidade fundamental da equipe de enfermagem, e a implementação dessas estratégias essenciais pode ajudar a reduzir significativamente o risco de ocorrência dessas lesões em pacientes vulneráveis. Ao adotar uma abordagem proativa e abrangente, os enfermeiros desempenham um papel crucial na promoção da saúde da pele e no bem-estar geral dos pacientes.

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Administração Segura de Medicamentos: Protocolos e Boas Práticas

A administração de medicamentos é uma das responsabilidades mais importantes dos profissionais de enfermagem, e garantir a segurança do paciente durante esse processo é fundamental. Neste artigo, vamos abordar os protocolos e as boas práticas para garantir uma administração segura de medicamentos.

1. Verificação de Identidade do Paciente: Antes de administrar qualquer medicamento, é essencial confirmar a identidade do paciente através de, no mínimo, dois identificadores únicos, como nome completo e data de nascimento.

2. Conferência de Prescrição Médica: Certifique-se de que a prescrição médica esteja completa, legível e correta. Verifique também se há alergias conhecidas ou contraindicações ao medicamento prescrito.

3. Preparação Adequada do Medicamento: Prepare o medicamento em um ambiente limpo e adequado, seguindo as instruções de dosagem e diluição conforme prescrito. Evite distrações durante o processo de preparação.

4. Checagem de Dosagem e Administração: Antes da administração, verifique a dosagem do medicamento e compare-a com a prescrição médica. Certifique-se de usar a rota e o método de administração corretos.

5. Identificação do Paciente: Antes de administrar o medicamento, novamente confirme a identidade do paciente. Peça ao paciente para se identificar e compare com os registros hospitalares.

6. Monitoramento de Reações Adversas: Fique atento a qualquer reação adversa após a administração do medicamento. Observe sinais como erupções cutâneas, dificuldade respiratória, náuseas ou tonturas.

7. Registro Completo e Preciso: Registre todas as etapas do processo de administração de medicamentos de forma completa e precisa. Isso inclui a hora da administração, a dosagem, a via de administração e quaisquer observações relevantes.

8. Comunicação Interprofissional: Mantenha uma comunicação clara e eficaz com outros membros da equipe de saúde, incluindo médicos, farmacêuticos e outros enfermeiros. Relate quaisquer preocupações ou problemas relacionados à administração de medicamentos.

9. Educação ao Paciente: Forneça orientações claras e compreensíveis ao paciente sobre os medicamentos que estão sendo administrados, incluindo dosagem, horários e possíveis efeitos colaterais.

10. Atualização e Treinamento Contínuos: Mantenha-se atualizado sobre as melhores práticas de administração de medicamentos através de treinamentos e educação continuada. Esteja sempre disposto a aprender e aprimorar suas habilidades.

Seguir esses protocolos e boas práticas é essencial para garantir uma administração segura de medicamentos e para a promoção da segurança e bem-estar dos pacientes. Como profissionais de enfermagem, é nossa responsabilidade garantir que cada etapa do processo seja realizada com precisão e cuidado, minimizando o risco de erros e garantindo a eficácia do tratamento medicamentoso.

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Medicações Cardíacas usadas na Enfermagem

A farmacologia cardíaca desempenha um papel crucial no tratamento e na gestão de condições cardíacas, como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, arritmias e angina. Hoje vamos estudar sobre as principais medicações cardíacas utilizadas na prática de enfermagem, seus mecanismos de ação, indicações, efeitos colaterais e cuidados de enfermagem associados.

1. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA):

  • Mecanismo de Ação: Bloqueiam a enzima conversora de angiotensina, reduzindo a formação de angiotensina II e levando à vasodilatação e à diminuição da retenção de água e sódio.
  • Indicações: Tratamento da hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e proteção renal em pacientes diabéticos.
  • Exemplos: Enalapril, Captopril, Lisinopril.
  • Cuidados de Enfermagem: Monitorar a pressão arterial e os eletrólitos séricos, especialmente potássio. Alertar o médico sobre sinais de hipotensão e hipercalemia.

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2. Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II (BRA):

  • Mecanismo de Ação: Bloqueiam os receptores de angiotensina II, resultando em vasodilatação e redução da retenção de água e sódio.
  • Indicações: Tratamento da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.
  • Exemplos: Losartan, Valsartan, Irbesartan.
  • Cuidados de Enfermagem: Monitorar a pressão arterial e os eletrólitos séricos. Observar sinais de hipotensão e hipercalemia.

Como agem os bloqueadores de receptores de angiotensina?

3. Beta-Bloqueadores:

  • Mecanismo de Ação: Bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos, diminuindo a frequência cardíaca, a contratilidade cardíaca e a pressão arterial.
  • Indicações: Tratamento da hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, angina e prevenção de eventos cardiovasculares.
  • Exemplos: Metoprolol, Carvedilol, Atenolol.
  • Cuidados de Enfermagem: Monitorar a frequência cardíaca e a pressão arterial. Observar sinais de bradicardia, broncoconstrição e insuficiência cardíaca descompensada.

4. Diuréticos:

  • Mecanismo de Ação: Aumentam a excreção de água e eletrólitos pelos rins, reduzindo o volume de líquido circulante e a pressão arterial.
  • Indicações: Tratamento da hipertensão arterial, edema e insuficiência cardíaca.
  • Exemplos: Furosemida, Hidroclorotiazida, Espironolactona.
  • Cuidados de Enfermagem: Monitorar os eletrólitos séricos, especialmente potássio e sódio. Avaliar a função renal e observar sinais de desidratação e hipovolemia.

Diureticos - Farmacologia I

5. Anticoagulantes:

  • Mecanismo de Ação: Inibem a coagulação sanguínea, prevenindo a formação de trombos e embolias.
  • Indicações: Prevenção e tratamento de eventos tromboembólicos, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto do miocárdio.
  • Exemplos: Varfarina, Heparina, Rivaroxabana.
  • Cuidados de Enfermagem: Monitorar os parâmetros de coagulação, como o tempo de protrombina (INR) e o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa). Observar sinais de sangramento e hematomas.

Este guia completo oferece uma visão abrangente das principais medicações cardíacas utilizadas na prática de enfermagem. É essencial que os enfermeiros compreendam os mecanismos de ação, indicações, efeitos colaterais e cuidados de enfermagem associados a esses medicamentos para garantir uma administração segura e eficaz, contribuindo assim para a promoção da saúde cardiovascular e o bem-estar dos pacientes.

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10 Principais Sintomas de Infarto: Reconhecimento e Atuação da Enfermagem

O infarto agudo do miocárdio, comumente conhecido como ataque cardíaco, é uma emergência médica que requer intervenção rápida e eficaz. Neste artigo, abordaremos os 10 principais sintomas de infarto, a importância do reconhecimento precoce por parte da enfermagem e as medidas de tratamento e cuidados essenciais.

O que é o Infarto Agudo do Miocárdio?

O infarto agudo do miocárdio ocorre quando há uma obstrução súbita de uma ou mais artérias coronárias, resultando na falta de oxigênio e nutrientes para o músculo cardíaco. Isso leva à morte das células cardíacas e pode resultar em danos permanentes ao coração.

HCI - Hemodinâmica e Cardiologia Invasiva - Ver Artigo

Inimigo silencioso, infarto do miocárdio mata 80 mil pessoas por ano no  Brasil - Uai Saúde

Causas do Infarto:

  • A principal causa do infarto é a formação de placas de gordura (aterosclerose) nas artérias coronárias, que podem se romper e obstruir o fluxo sanguíneo.
  • Outros fatores de risco incluem hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, colesterol elevado, obesidade e histórico familiar de doença cardíaca.

Tratamento do Infarto:

  • O tratamento imediato visa restaurar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco afetado e prevenir complicações.
  • Terapias incluem a administração de medicamentos antiplaquetários, trombolíticos e vasodilatadores.
  • Em alguns casos, pode ser necessário realizar procedimentos invasivos, como angioplastia coronária com colocação de stent ou cirurgia de bypass coronário.

Cuidados de Enfermagem:

  1. Avaliação Rápida: A enfermagem deve estar atenta aos sinais e sintomas de infarto, realizando uma avaliação inicial rápida e precisa.
  2. Monitoramento Contínuo: Monitorar os sinais vitais, ECG e saturação de oxigênio para identificar alterações que indiquem complicações.
  3. Administração de Medicamentos: Administração correta e oportuna de medicamentos prescritos, incluindo analgésicos, antiplaquetários e vasodilatadores.
  4. Oxigenioterapia: Fornecer oxigenioterapia conforme necessário para garantir uma oxigenação adequada.
  5. Suporte Emocional: Oferecer apoio emocional ao paciente e seus familiares durante o período de crise e tratamento.
  6. Educação ao Paciente: Educar o paciente sobre a importância de seguir o plano de tratamento prescrito, fazer mudanças no estilo de vida e participar de programas de reabilitação cardíaca.
  7. Prevenção de Complicações: Implementar medidas para prevenir complicações, como arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e tromboembolismo.
  8. Comunicação Interdisciplinar: Trabalhar em equipe com outros profissionais de saúde para garantir uma abordagem abrangente e coordenada no cuidado ao paciente com infarto.
  9. Acompanhamento Pós-Alta: Agendar consultas de acompanhamento para monitorar a recuperação do paciente e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.
  10. Promoção da Adesão ao Tratamento: Incentivar a adesão do paciente ao tratamento medicamentoso, mudanças no estilo de vida e participação em programas de reabilitação cardíaca para reduzir o risco de eventos futuros.

Reconhecer os sinais e sintomas de infarto e agir rapidamente pode fazer a diferença entre a vida e a morte. A enfermagem desempenha um papel crucial na identificação precoce, tratamento e cuidado compassivo dos pacientes com infarto, contribuindo para melhores resultados e qualidade de vida.

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