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Compreendendo Distúrbios Eletrolíticos em Enfermagem: Causas, Exemplos e Cuidados Essenciais

Distúrbios eletrolíticos são desequilíbrios nos níveis de eletrólitos no corpo, como sódio, potássio, cálcio e magnésio. Esses desequilíbrios podem ter um impacto significativo na saúde do paciente. Neste artigo, exploraremos o que são distúrbios eletrolíticos, suas causas, exemplos comuns e 10 cuidados de enfermagem fundamentais ao lidar com essas condições.

O que são Distúrbios Eletrolíticos?

Os eletrólitos desempenham um papel crucial nas funções celulares, nervosas e musculares do corpo. Distúrbios eletrolíticos ocorrem quando os níveis dessas substâncias no sangue se desviam dos valores normais, levando a complicações de saúde.

Causas dos Distúrbios Eletrolíticos:

  1. Desidratação: Perda excessiva de fluidos, como na diarreia ou vômito, pode resultar em desequilíbrios eletrolíticos.
  2. Insuficiência Renal: Problemas nos rins podem afetar a regulação dos eletrólitos no corpo.
  3. Medicamentos: Alguns medicamentos, como diuréticos, podem influenciar os níveis de eletrólitos.
  4. Doenças Crônicas: Condições como diabetes ou doença de Addison podem contribuir para distúrbios eletrolíticos.

Exemplos de Distúrbios Eletrolíticos:

  • Hipernatremia: Aumento dos níveis de sódio no sangue.
  • Hiponatremia: Redução dos níveis de sódio no sangue.
  • Hipercalemia: Aumento dos níveis de potássio no sangue.
  • Hipocalemia: Redução dos níveis de potássio no sangue.
  • Hipercalcemia: Aumento dos níveis de cálcio no sangue.
  • Hipocalcemia: Redução dos níveis de cálcio no sangue.
  • Hipermagnesemia: Aumento dos níveis de magnésio no sangue.
  • Hipomagnesemia: Redução dos níveis de magnésio no sangue.

10 Cuidados de Enfermagem:

  1. Monitoramento Constante: Acompanhe os níveis de eletrólitos do paciente por meio de exames de sangue regulares.
  2. Administração de Eletrólitos: Administre suplementos de eletrólitos conforme prescrito, com atenção às taxas de infusão.
  3. Avaliação dos Sintomas: Esteja atento aos sintomas de distúrbios eletrolíticos, como fraqueza muscular e confusão.
  4. Eletrocardiograma (ECG): Realize ECGs para monitorar a atividade cardíaca, especialmente em distúrbios que afetam o coração.
  5. Restrição Dietética: Colabore com os nutricionistas para controlar a ingestão de eletrólitos na dieta do paciente.
  6. Hidratação Adequada: Garanta que o paciente mantenha uma hidratação adequada, especialmente em distúrbios que envolvem a perda de fluidos.
  7. Educação do Paciente: Eduque o paciente sobre os fatores que podem levar a distúrbios eletrolíticos e a importância de seguir o plano de tratamento.
  8. Identificação das Causas: Identifique e trate as causas subjacentes dos distúrbios eletrolíticos.
  9. Prevenção de Complicações: Esteja atento a possíveis complicações, como arritmias cardíacas, e tome medidas para preveni-las.
  10. Colaboração Interdisciplinar: Trabalhe em conjunto com a equipe médica e outros profissionais de saúde para garantir o tratamento adequado e coordenado.

O manejo adequado de distúrbios eletrolíticos é fundamental para a saúde do paciente. Compreender suas causas, sintomas e cuidados de enfermagem é essencial para fornecer um tratamento eficaz e garantir o bem-estar do paciente.

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Compreendendo a Hipercalemia: Causas, Sintomas e Cuidados de Enfermagem

A hipercalemia é uma condição médica caracterizada pela elevada concentração de potássio no sangue. Para estudantes e profissionais de enfermagem, é fundamental entender essa condição, já que o equilíbrio do potássio desempenha um papel vital na saúde do paciente. Neste artigo, exploraremos o que é a hipercalemia, suas causas, exemplos de sintomas e os cuidados de enfermagem necessários para pacientes que a enfrentam.

O que é Hipercalemia?

A hipercalemia ocorre quando os níveis de potássio no sangue excedem o valor normal, que geralmente varia de 3,5 a 5,0 mEq/L. O potássio é essencial para funções como a transmissão de impulsos nervosos e a contração muscular. Quando esses níveis se tornam excessivos, pode representar um risco significativo para a saúde do paciente.

Causas da Hipercalemia:

  1. Insuficiência Renal: A disfunção renal é uma das principais causas de hipercalemia, já que os rins desempenham um papel crucial na excreção de potássio.
  2. Má Função Adrenal: Condições como a insuficiência adrenal podem afetar a regulação do potássio no corpo.
  3. Medicamentos: Alguns medicamentos, como diuréticos poupadores de potássio e inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA), podem levar à hipercalemia.
  4. Trauma Muscular: Lesões musculares graves, como rabdomiólise, podem liberar grandes quantidades de potássio nos tecidos.
  5. Acidose: Distúrbios metabólicos, como a acidose, podem aumentar os níveis de potássio no sangue.

Exemplos de Sintomas de Hipercalemia:

Os sintomas da hipercalemia podem variar de leves a graves e incluem:

  • Fraqueza muscular.
  • Palpitações cardíacas irregulares.
  • Náuseas e vômitos.
  • Dormência ou formigamento.
  • Respiração difícil.
  • Paralisia.
  • Batimentos cardíacos lentos ou irregulares.

Cuidados de Enfermagem:

Ao cuidar de um paciente com hipercalemia, os enfermeiros desempenham um papel crítico na gestão da condição. Aqui estão alguns cuidados de enfermagem essenciais:

  1. Monitoramento Regular: Avalie os níveis de potássio no sangue do paciente para monitorar qualquer alteração.
  2. Restrição Dietética: Colabore com os nutricionistas para controlar a ingestão de potássio na dieta do paciente.
  3. Administração de Medicamentos: Administre medicamentos prescritos, como quelantes de potássio, para ajudar a reduzir os níveis de potássio no sangue.
  4. Eletrocardiograma (ECG): Realize ECGs frequentes para monitorar a atividade cardíaca e identificar irregularidades.
  5. Diuréticos: Em alguns casos, diuréticos específicos podem ser usados para aumentar a excreção de potássio pelos rins.
  6. Educação do Paciente: Eduque o paciente sobre a importância de evitar alimentos ricos em potássio e de aderir ao plano de tratamento prescrito.
  7. Hemodiálise: Em casos graves, a hemodiálise pode ser necessária para remover o excesso de potássio do sangue.
  8. Vigilância de Sintomas: Esteja atento aos sintomas de hipercalemia e tome medidas imediatas em caso de emergência.

A hipercalemia é uma condição que requer uma abordagem interdisciplinar e cuidados atentos por parte dos enfermeiros para garantir o bem-estar e a segurança dos pacientes. Compreender suas causas, sintomas e estratégias de tratamento é fundamental para fornecer o melhor cuidado possível aos pacientes com hipercalemia.

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Patologias respiratórias frequentes em UTI

Algumas patologias respiratórias são as maiores causas de internação em Unidades de Terapia Intensiva – UTI. A maior parte delas requer suporte ventilatório invasivo devido a instabilidade que muitas vezes o paciente se encontra. Vamos conhecer algumas das patologias mais frequentes em UTI.

1. Insuficiência Respiratória Aguda

A insuficiência respiratória aguda é um dos motivos mais frequentes de internação em UTI.

Nessa patologia , o sistema respiratório torna-se incapaz de atender a manutenção da oxigenação do paciente. Em consequência disso, o sangue venoso não é suficientemente oxigenado e, portanto, o dióxido de carbono não é eliminado adequadamente.

Esse processo é agudo, ou seja, apresenta início súbito.

O resultado gasométrico apresenta PaO2 <50mmHg e/ou Pa CO2 >50mmHg, com PH <7,35.

Sinais e sintomas

O paciente poderá apresentar sinais e sintomas, como:

  • Agitação;
  • Cefaléia;
  • Convulsões e/ou tremores;
  • Alterações de amplitude respiratória;
  • Alteração de ritmo respiratório;
  • Alteração de frequência respiratória;
  • Alteração de padrão respiratório;
  • Apneia;
  • Sudorese;
  • Cianose;
  • Uso da musculatura acessória;
  • Roncos;
  • Sibilos;
  • Estretores;
  • Ausência de murmúrio vesicular;
  • Taquicardia;
  • Bradicardia;
  • Arritmias;
  • Hiper ou hipotensão;
  • Parada cardiorrespiratória.

Causas:

As causas da insuficiência respiratória aguda, são:

Tipo I: Caracterizada por déficit de oxigenação:

  • Desequilíbrio da ventilação/perfusão;
  • Shunt;
  • Hipoxemia de origem circulatória;
  • Alteração de difusão.

Tipo II: caracterização por déficit de ventilação:

  • Disfunções do Sistema Nervoso Central (Traumatismo cranioencefálico, intoxição exógena, acidente vascular encefálico etc.);
  • Disfunções do Sistema Neuromuscular (trauma cervical, poliomielite, miastenia grave etc.);
  • Disfunção da caixa torácica (escoliose, trauma);
  • Disfunção das vias aéreas intra e extratorácicas (aspiração de corpo estranho, tumores);
  •  Problemas pleurais (hidropneumotórax e/ou fibrose).

A maioria dos pacientes portadores de insuficiência respiratória aguda necessita de intubação e ventilação mecânica.2

2. Hipoxemia

Situação em que a concentração de oxigênio no sangue está abaixo do valor considerado normal. Os valores de pressão arterial de oxigênio no sangue abaixo de 80mmHg são indicativos de hipoxemia, sendo valores abaixo de 60mmHg característicos de hipoxemia severa.

Várias situações podem levar à hipoxemia, entre elas:

  • Congestão e/ou edema agudo de pulmão;
  • Atelectasias;
  • Pneumonias;
  • Discrasias;
  • Anemias;
  • Inabilidade da musculatura respiratória;
  • Bloqueio do sistema nervoso central por drogas como sedativos e curare.

Causas:

Os sinais e sintomas mais frequentes são:

  • Confusão mental;
  • Agitação psicomotora;
  • Taquicardia;
  • Arritmias;
  • Dispneia;
  • Taquipneia;
  • Alteração respiratória com sinais de esforço;
  • Cianose;
  • Sudorese.

O diagnóstico pode ser feito mediante histórico do paciente, exame físico e gasometria (pressão arterial de oxigênio menor de 80mmHg).

3. Edema Agudo de Pulmão

O Edema agudo de pulmão (EAP) é uma situação de emergência caracterizada por acúmulo anormal de líquidos no interstício e nos alvéolos pulmonares (congestão pulmonar). 

Esse acúmulo de líquidos é causado pelo aumento da pressão sanguínea nos capilares, acarretando deslocamento de líquidos do sangue para o interstício e depois, para os alvéolos pulmonares.

Causas

As principais causas são:

  • Estenose mitral;
  • Insuficiência ventricular esquerda;

A Insuficiência ventricular esquerda pode ser causada por:

  • Doença arterial coronariana;
  • Cardiopatias isquêmicas crônicas;
  • Angina instável;
  • Infarto Agudo do Miocardio
  • Hipertensão arterial;
  • Doenças das válculas cardíacas, além de estenose mitral;
  • Miocardiopatias;
  • Arritmias cardíacas;
  • Distúrbios de condução elétrica;
  • Infusão excessiva de líquidos;

Sinais e sintomas:

Os principais sinais e sintomas, são:

  • Dispneia súbita ou progressiva;
  • Dificuldade respiratória ao dormir;
  • Sibilos;
  • Sensação de estar em afogamento;
  • Presença de secreção rósea na boca;
  • Agitação psicomotora;
  • Alteração de nível de consciência, podendo ser confusão ou rebaixamento do nível de consciência;
  • Pele fria;
  • Palidez cutânea;
  • Cianose;
  • Diaforese;
  • Utilização da musculatura acessória;
  • Taquicardia;
  • Ritmo cardíaco de galope;
  • Estretores crepitantes;
  • Hipertensão ou hipotensão;
  • Dificuldade para respirar quando em posição dorsal;

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de:

  1. Histórico do paciente;
  2. Exame físico;
  3. Presença de sinais e sintomas característicos;
  4. Radiografia de tórax;
  5. Ecocardiograma.

4. Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA)

A Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA), é definida como um quadro de lesão pulmonar aguda associada a um edema agudo de pulmão, não cardiogênico, e hipoxemia severa.

Os fatores de risco associados à SARA são:

  • Aspiração;
  • Infecção pulmonar difusa;
  • Inalação tóxica;
  • Contusão pulmonar;
  • Embolia gordurosa;
  • Toxicidade pelo oxigênio;
  • Síndrome séptica;
  • Politraumatismo;
  • Politransfusão;
  • Choque;
  • Grandes queimados;
  • Pancreatite;
  • By-pass cardiopulmonar
  • Intoxicação exógena;
  • Coagulação intravascular disseminada
  • Excesso de fluídos.

Sinais e sintomas:

Os principais sinais e sintomas, são:

  • Taquipneia;
  • Dispneia;
  • Cianose;
  • Estretores respiratórios finos.

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DNA e a Dupla Hélice

O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é uma das moléculas mais notáveis e essenciais da vida, contendo a incrível informação genética que governa a hereditariedade e a composição de todos os seres vivos. Descoberto em 1953 por James Watson e Francis Crick, o DNA revelou sua estrutura fundamental como uma dupla hélice, lançando as bases da moderna genética e revolucionando nossa compreensão do funcionamento da vida. Neste post, embarcaremos em uma jornada fascinante pelo mundo do DNA e sua dupla hélice.

O DNA e sua Importância Biológica:

O DNA é uma macromolécula que atua como um arquivo de informações genéticas, armazenando as instruções necessárias para o desenvolvimento, crescimento e funcionamento de todos os organismos vivos. É composto por quatro nucleotídeos diferentes: adenina (A), timina (T), citosina (C) e guanina (G). A sequência única e ordenada desses nucleotídeos é responsável pela grande diversidade da vida e pelas características hereditárias transmitidas de geração em geração.

A Descoberta da Dupla Hélice:

Em 1953, James Watson e Francis Crick, juntamente com a contribuição crucial de Rosalind Franklin e Maurice Wilkins, desvendaram a estrutura da dupla hélice do DNA. Eles propuseram que a molécula de DNA é composta por duas cadeias de nucleotídeos enroladas em torno de um eixo comum, como uma escada em espiral. As bases nitrogenadas, A, T, C e G, formam os “degraus” dessa escada, ligando-se em pares complementares (A com T e C com G) através de pontes de hidrogênio. Esse emparelhamento complementar garante que a informação genética seja replicada e transmitida com precisão durante a divisão celular e a reprodução.

Replicação e Transcrição:

A estrutura da dupla hélice do DNA também desempenha um papel fundamental na replicação e transcrição genética. Durante a replicação, as duas cadeias de DNA se separam e servem como moldes para a síntese de novas cadeias complementares, formando duas moléculas de DNA idênticas. Na transcrição, o DNA é usado como modelo para a síntese do RNA mensageiro (mRNA), que transporta a informação genética do núcleo para o citoplasma, onde é traduzida em proteínas essenciais para a vida.

Avanços na Genética:

A descoberta da dupla hélice do DNA inaugurou uma era de avanços na genética. Hoje, a compreensão do DNA nos permite explorar doenças genéticas, criar terapias inovadoras e desenvolver a edição genética, abrindo novas possibilidades para a medicina e a biotecnologia.

Em conclusão, o DNA e sua dupla hélice representam um dos mais notáveis e complexos mistérios da natureza. Essa molécula de informação genética é a base da vida e nos inspira a explorar e compreender os segredos da existência. O estudo do DNA nos proporciona uma visão profunda sobre o funcionamento dos seres vivos e nos impulsiona a explorar novas fronteiras na ciência e na saúde.

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Bulário – Abacavir

Abacavir

A medicação Abacavir é um fármaco utilizado pela medicina como antirretroviral, contra o HIV. Foi aprovado pelo FDA para uso em adultos e crianças no ano de 1999. Essa medicação só deve ser utilizada com consentimento médico. 

Ação da medicação:

Incorpora o DNA do HIV-1 através da inibição da transcriptase reversa e impede que a cadeia viral de DNA se multiplique. 

Grupo farmacológico  Antirretrovirótico inibidor da transcriptase reversa
Nome comercial  Ziagenavir
Apresentações Comprimidos revestidos de 300 mg. 

Frascos plásticos de 240 ml (20 mg/ml) de solução oral + seringa plástica dosadora 

Ação farmacólogica Antirretroviral para tratamento de HIV em adultos e crianças.

Cuidados de enfermagem:

  • Realizar os 9 certos da medicação (clique aqui e conheça mais sobre os nove certos da medicação)
  •  Orientar e monitorar episódios de náuseas e vômitos;
  • A medicação deve ser administrada em associação com um outro antirretroviral;
  • Monitorar a temperatura corporal;
  • Antes da administração avaliar cuidadosamente a dose, a concentração e a via para evitar reações fatais;
  • Informar ao paciente o objetivo da medicação para facilitar tanto a compreensão do seu diagnóstico como também a sua colaboração no tratamento.
  • A medicação deve ser usada cuidadosamente nos casos de disfunção hepática ou renal, desta forma, deve-se avaliar a função hepática e renal antes de iniciar seu uso.

Contra-indicações:

  • Gravidez;
  • Amamentação: não se sabe se é excretado no leite, mas a amamentação não é recomendada em mães HIV- positivo, devido ao risco de transmissão do vírus.
  • Hipersensibilidade grave ao medicamento.

Efeitos colaterais:

  • Diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Fadiga;
  • Insônia;
  • Perda do apetite;
  • Hipernsesibilidade;
  • Pancreatite;
  • Hepatotoxicidade.

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Higiene oral

A higiene oral deve ser realizada em todos os pacientes estando eles conscientes ou não. Em pacientes que estejam recebendo dieta por via oral, a higiene deve ser realizada após as refeições ou, no mínimo, três vezes ao dia.

Conceito

É a remoção mecânica de sujidade para garantir a limpeza da cavidade oral. Como a cavidade oral é repleta de microorganismos, e é muito importante assegurar uma frequente e rigorosa higienização para conservar os dentes e para uma saudável condição bucal.

Material

  • Escova de dente macia ou espátula com gaze
  • Creme dental
  • Copo descartável com água
  • Toalha de rosto
  • Cuba-rim
  • Luvas de procedimento
  • Solução antisséptica bucal
  • Lubrificante labial (Bepantol labial, Manteiga de cacau, vaselina)

Procedimento

  • Higienizar as mãos.
  • Reunir o material.
  • Orientar o paciente/cliente e familiares com relação ao procedimento.
  • Posicionar o paciente em posição de Fowler e na impossibilidade, lateralizar a cabeça.
  • Calçar as luvas de procedimento.
  • Proteger o tórax do paciente com a toalha de rosto.
  • Colocar o creme dental na escova de dente ou umedecê-la com solução antisséptica.
  • Escovar os dentes do paciente/cliente com movimentos circulares sempre no sentido da raiz para a coroa. Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental, com pressão constante na escova.
  • Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a língua com a espátula protegida com gaze, se necessário.
  • Oferecer um copo de água se necessário para realizar bochechos (se possível, oferecer um canudo para facilitar).
  • Posicionar a cuba-rim abaixo do queixo do paciente/cliente para que ele possa esvaziar o conteúdo da boca.
  • Enxugar os lábios e região perilabial do paciente/cliente.
  • Aplicar o lubrificante labial.
  • Deixá-lo confortável.
  • Recolher o material e manter a unidade em ordem.
  • Registrar o procedimento.

Paciente/cliente inconsciente

  • Higienizar as mãos.
  • Reunir o material.
  • Orientar o paciente/cliente e familiares com relação ao procedimento.
  • Posicionar o paciente em posição de Fowler e na impossibilidade, lateralizar a cabeça.
  • Calçar as luvas de procedimento.
  • Proteger o tórax do paciente com a toalha de rosto.
  • Umedecer a espátula envolta com a gaze em solução antisséptica bucal.
  • Higienizar os dentes com movimentos circulares, sempre no sentido da raiz para a coroa, limpar também as gengivas.
  • Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental.
  • Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a língua com a espátula protegida com gaze. (Limpar a língua, palato, bochechas e lábios).
  • Enxugar os lábios e região perilabial do paciente/cliente.
  • Aplicar o lubrificante labial.
  • Deixá-lo confortável.
  • Recolher o material e manter a unidade em ordem.
  • Registrar o procedimento.

Paciente/Cliente com prótese dentária

  • Higienizar as mãos.
  • Reunir o material.
  • Orientar o paciente/cliente e familiares com relação ao procedimento.
  • Posicionar o paciente em posição de Fowler e na impossibilidade, lateralizar a cabeça.
  • Calçar as luvas de procedimento.
  • Proteger o tórax do paciente com a toalha de rosto.
  • Pedir ao paciente que retire a prótese ou faça por ele caso haja dificuldade.
  • Coloque-a na cuba-rim com solução antisséptica bucal.
  • Limpe a língua, bochechas, palato, lábios e gengivas com espátulas envoltas de gaze embebida em solução antisséptica bucal.
  • Oferecer um copo de água se necessário para realizar bochechos (se possível, oferecer um canudo para facilitar).
  • Posicionar a cuba-rim abaixo do queixo do paciente/cliente para que ele possa esvaziar o conteúdo da boca.
  • Enxugar a boca do paciente/cliente.
  • Escovar a prótese dentária com creme dental ou solução antisséptica.
  • Enxaguar a prótese dentária com água e recolocá-la na boca do paciente/cliente.
  • Enxugar os lábios e região perilabial do paciente/cliente.
  • Aplicar o lubrificante labial.
  • Deixá-lo confortável.
  • Recolher o material e manter a unidade em ordem.
  • Registrar o procedimento.

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Higiene capilar ou Higiene do couro cabeludo


A higiene capilar – ou também chamada de higiene do cabelo ou couro cabeludo – em paciente/cliente internados, nada mais é que a remoção mecânica da sujidade do cabelo e do couro cabeludo e isso também inclui: pentear os cabelos, a fim de proporcionar uma boa aparência ao paciente/cliente.

Essa higiene deve ser realizada durante o banho no leito juntamente com a higiene oral. Quando possível, a equipe de enfermagem deve sempre priorizar o banho de aspersão. 

A frequência do cuidado dos cabelos não deve exceder o tempo máximo de uma semana entre as lavagens.  

Material:

  • Luvas de procedimento;
  • Sabonete ou preferencialmente, xampu;
  • Jarro com água morna;
  • Bacia;
  • Forro impermeável;
  • Algodão para proteção dos ouvidos;
  • Pente e/ou escova;
  • 2 Toalhas de banho;
  • Hamper;
  • Balde;
  • Cobertor;
  • Saco plástico para lixo;
  • Biombo
  • Secador de cabelo, se possível. 

Procedimento

 

  • Higienizar as mãos;
  • Reunir o material;
  • Orientar o paciente/cliente e familiar quanto ao procedimento a ser realizado;
  • Fechar portas, janelas e isolar a cama com biombo para fornecer privacidade.
  • Dispor o material na mesa de cabeceira;
  • Colocar o paciente/cliente em posição dorsal;
  • Retirar o travesseiro e colocá-lo sob o ombro do paciente/cliente, para criar um apoio e facilitar a a colocação da bacia abaixo da cabeça; 
  • Colocar um forro impermeável e uma toalha sobre a cabeça do paciente/cliente;
  • Higienizar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
  • Colocar algodão no conduto auditivo externo do paciente/cliente;
  • Colocar a bacia sob a cabeça;
  • Derramar água morna sobre os cabelos, até que eles fiquem completamente molhados;
  • Aplicar uma quantidade equivalente ao cabelo de xampu;
  • Ensaboar e massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos, com delicadeza, começando pelo contorno do couro cabeludo e prosseguir para à parte posterior do pescoço.  
  • Levantar ligeiramente com uma das mãos a cabeça do paciente/cliente, para lavar a parte posterior e bilateral da cabeça;
  • Enxaguar o cabelo; 
  • Desprezar a água da bacia no balde;
  • Repetir a lavagem, se necessário;
  • Envolver os cabelos do paciente/cliente com toalha para secar;
  • Retirar o algodão do conduto auditivo externo do paciente/cliente;
  • Elevar o decúbito do leito;
  • Pentear os cabelos para remover embaraços e nós e após secar os cabelos com auxílio de secador, se possível. 
  • Seguir com a técnica de banho no leito. 

Cuidados de enfermagem

  • Observar a temperatura da água;
  • Evitar que o procedimento seja excessivamente demorado para evitar que o paciente/cliente sinta frio;
  • Ter cuidado ao manusear o cabelo do paciente/cliente;
  • Observar se há Lesões de pele no couro cabeludo;
  • Observar a presença de pediculose ou seborréia;
  • Atentar-se para não deixar cair água no canal auditivo do paciente/cliente.

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Aplicação de Calor e Frio

A aplicação de calor e frio é utilizada como tratamento medicinal há muitos anos. Inclusive, é uma das práticas mais antigas existentes. Atualmente, continua válida e é muito utilizada em várias ocasiões. 

Tanto o calor como o frio podem ser úmidos ou secos, e deve-se ser criterioso no seu uso. 

Aplicação de Calor

A aplicação de calor pode ser através de bolsas ou compressas quentes ou também através de fonte de luz. 

Pode ser realizado através de:

  • Bolsas de água quente;
  • bolsas elétricas;
  • almofadas elétricas;
  • bolsas com aquecimento químico;
  • lâmpadas específicas.

Objetivo:

O principal objetivo é  proporcionar aquecimento e aliviar a dor e espasmo local, facilitar processos supurativos e dar conforto ao paciente.

A aplicação do calor produz vasodilatação periférica e aumenta a pressão nos vasos sanguíneos.

A vasodilatação promove aumento do metabolismo celular favorecendo:

  • Leucocitose;
  • supurações;
  • drenagens;
  • cicatrizações;
  • redução da dor tipo espasmo muscular;
  • redução da congestão de órgãos viscerais profundos.

A aplicação de calor tem como finalidade:

  • Relaxar a musculatura;
  • Aquecer o paciente/cliente;
  • Aumentar a circulação;
  • Aliviar a dor;
  • Fluidificar os exsudatos.  

Pode ser aplicado:

  • Calor seco:  bolsa de água quente (temperatura morna, sempre avaliando o quanto o paciente/cliente suporta); lâmpadas de raios infravermelhos e lâmpadas ultravioletas.
  • Calor úmido: compressas quentes (temperatura morna, sempre avaliando o quanto o paciente/cliente suporta).

Material

  • Bolsa escolhida
  • Toalha
  • Fita adesiva se for necessário fixar a bolsa
  • Termômetro
  • Compressa de tecido para proteção da pele
  • Luva de procedimento em casos de lesões de pele.

Procedimento

  • Reunir o material.
  • Orientar o paciente sobre o procedimento.
  • Higienizar as mãos.
  • Descobrir a área corporal onde será aplicada o calor.
  • Verificar a temperatura caso o calor seja indicado para elevação geral da temperatura.
  • Posicionar a bolsa colocando a compressa entre a bolsa e a pele do paciente.
  • Fixar a bolsa para mantê-la no local adequado.
  • Manter a bolsa pelo tempo determinado pelo médico, colocando mais água quente, se necessário.
  • Verificar constantemente a pele onde está sendo aplicado o calor para avaliar suas condições.
  • Após o tempo determinado, retirar a bolsa.
  • Se necessário, secar o paciente.
  • Deixar o paciente confortável.
  • Desprezar o material.
  • Higienizar as mãos.
  • Registrar o procedimento.

Material

  • Luva de procedimento
  • Bacia inox
  • Água quente
  • Compressas de tecido ou toalhas
  • Lençol
  • Protetor impermeável para lençol.

Procedimento

  • Reunir o material.
  • Orientar o paciente sobre o procedimento.
  • Higienizar as mãos.
  •  Calçar as luvas.
  • Descobrir o paciente na área onde será aplicado o calor.
  • Forrar o local próximo a área de aplicação com lençol e impermeável.
  • Colocar a compressa na água.
  • Torcer a compressa para a retirada do excesso de água.
  • Fazer a aplicação local.
  • Manter a compressa até ficar mais fria do que morna.
  • Trocar a compressa e repetir o procedimento por aproximadamente 20 minutos, ou tempo determinado pelo médico.
  • Observar constantemente a pele para avaliar suas condições.
  • Ao término do procedimento, retirar as compressas.
  • Secar o paciente.
  • Retirar o forro e o lençol.
  • Deixar o paciente confortável.
  • Desprezar o material.
  • Higienizar as mãos.
  • Registrar em prontuário.

Calor irradiado – Material

  • Lâmpada especial
  • Fita métrica para medir a distância correta entre a lâmpada e o paciente.

Procedimento

  • Reunir o material.
  • Orientar ao paciente sobre o procedimento.
  • Higienizar as mãos.
  • Descobrir a aérea corporal onde será aplicado o calor.
  • Manter o paciente em posição confortável.
  • Verificar a distância entre a lâmpada e o paciente, a qual irá variar de acordo com a potência da lâmpada, de 35 cm até 75 cm.
  • Manter a aplicação pelo tempo determinado em Prescrição médica.
  • Observar constantemente a pele para avaliar suas condições.
  • Ao término do procedimento, desligar a lâmpada.
  • Deixar o paciente confortável.
  • Higienizar as mãos.
  • Registrar tudo em prontuário.

Aplicação de frio

A aplicação de frio tem por finalidade diminuir a circulação pela contração dos vasos sanguíneos. As aplicações prolongadas podem causar necrose (morte) dos tecidos, que se manisfesta inicialmente por cianose, acompanhada de adormecimento.

Dessa forma, a bolsa de gelo ou placa de gelo reciclável deve ser envolvida em tecido ou compressa, evitando o contato direto com a pele.

As aplicações de frio são contraindicadas quando o paciente/cliente apresenta deficiência circulatória, lesão de pele, idosos, desnutridos e crianças.

Finalidade:

  • Diminuir a hipertermia.
  • Estancar hemorragias.
  • Diminuir a congestão e processos inflamatórios.

Objetivo:

A aplicação de frio promove:

  • Contração de vasos sanguíneos;
  • Inibição da circulação;
  • Inibição do metabolismo celular;
  • Desaceleração da atividade microbiana;
  • Redução da temperatura corporal;
  • Anestesia por períodos curtos;
  • Redução de edemas;
  • Desaceleração de sangramentos.

O frio pode ser aplicado seco ou úmido. A aplicação direta de gelo sobre o tecido não é recomendada por causa do risco de lesão no tecido. Os materiais utilizados, são:

  • Bolsas de gelo;
  • Bolsas elétricas com a função de promover frio;
  • Bolsas de resfriamento químico.

Material

  • Bolsa escolhida.
  • Água gelada para a bolsa de gelo, ou pedras de gelo.
  • Toalha.
  • Luvas de procedimento.
  • Compressas para proteção da pele.

Procedimento

  • Reunir o material.
  • Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
  • Calçar luvas de procedimento.
  • Descobrir a área corporal onde será feita a aplicação.
  • Colocar compressa entre a bolsa e a pele, para proteção.
  • Colocar gelo e aguá gelada, se for bolsa de gelo.
  • Verificar a temperatura (face interna do braço).
  • Manter a bolsa pelo tempo prescrito pelo médico.
  • Observar constantemente a pele para verificação de suas condições.
  • Após o tempo determinado, retirar a bolsa.
  • Secar o paciente, se necessário.
  • Deixar o paciente confortável.
  • Desprezar o material.
  • Higienizar as mãos.
  • Registrar o procedimento em prontuário.

Aplicação de frio úmido – Material

  • Bacia inox.
  • Água gelada.
  • Pedras de gelo
  • Luvas de procedimento.
  • Protetor impermeável e lençol.
  • Toalhas.
  • Compressas.

Procedimento

  • Reunir o material.
  • Orientar o paciente sobre o procedimento.
  • Higienizar as mãos.
  • Calçar luvas de procedimento.
  • Descobrir a área corporal onde será aplicada a compressa fria.
  • Forrar o leito com impermeável e lençol.
  • Colocar a compressa na água e torcer para retirar o excesso de água.
  • Aplicar a compressa na área indicada.
  • Manter a compressa, trocando-a quando a temperatura ficar mais elevada.
  • Após o período prescrito pelo médico, retirar a compressa.
  • Secar o paciente.
  • Retirar o lençol e o impermeável.
  • Deixar o paciente confortável.
  • Higienizar as mãos.
  • Registrar o procedimento no prontuário.

Cuidados de enfermagem

  • O procedimento deverá ser prescrito.
  • Atentar-se para a temperatura tanto de calor quanto frio pois pode gerar lesões na pele do paciente.
  • Sempre observar a área de aplicação. E caso o paciente apresente qualquer alteração na pele e queixas, suspender o procedimento imediatamente e comunicar o enfermeiro/médico;
  • Caso a aplicação seja em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos ou crianças devemos estar atentos ao limite de tempo de exposição da temperatura, devido à maior sensibilidade da pele;
  • Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente, para evitar compressão excessiva da mesma, pois resulta em vazamento e queimaduras ao paciente;
  • Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos, devido ao risco de causar necrose.

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Conhecendo as Drogas Vasoativas (DVA) – Parte II

Já estudamos sobre a definição, classificação e cuidados de enfermagem das Drogas Vasoativas, agora vamos conhecer melhor cada droga! Se você não conferiu o primeiro post sobre Drogas Vasoativas, clique AQUI para conferir!

Catecolaminas:

Noradrenalina

É o neurotransmissor do sistema nervoso simpático e precursor da adrenalina. A noradrenalina possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1 adrenérgico, com pouca ação sobre receptores beta 2.

Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da frequência cardíaca e importante vasoconstrição periférica, com aumento da pressão arterial.

A noradrenalina é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica. É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar, e deve ser usada com prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar.

Por outro lado, é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes.

Adrenalina:

É um potente estimulador alfa e beta adrenérgico, cujo efeito vasopressor é muito conhecido. O mecanismo da elevação da pressão arterial causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da freqüência cardíaca e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas).

Na musculatura lisa, sua ação predominante é de relaxamento através da ativação de receptores alfa e beta adrenérgicos.

A droga exerce também broncodilatação, pela interação com receptores beta 2 do músculo liso bronquial, combinada à inibição da degranulação de mastócitos. A adrenalina também eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da secreção de insulina) e do lactato sérico.

As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório que não respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga. Recomenda-se esta droga no tratamento de brocoespamos severos.

É também indicada no tratamento da anafilaxia e, durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz.

Dopamina:

É o precursor imediato da noradrenalina. Possui inúmeros efeitos, pois estimula todos os tipos de receptores, sendo estes dose-dependentes. Em baixas doses, possui efeito dopaminérgico predominante, causando aumento do débito cardíaco; diminuição da resistência vascular sistêmica e vasodilatação renal e mesentérica.

Em doses médias, possui um efeito beta predominante, aumentando o débito cardíaco; a pressão arterial e a diurese. Em doses elevadas, o efeito predominante é o alfa, causando aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial e diminuição do fluxo sanguíneo renal.

Assim, as indicações principais da dopamina estão relacionadas aos estados de baixo débito com volemia controlada ou aumentada (efeito beta adrenérgico). Pelo fato de essa droga vasoativa possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador renal, é também indicada em situações nas quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, porém com oligúria persistente (efeito dopaminérgico).

Ela pode, também, ser utilizada em condições de choque com resistência periférica diminuída (efeito alfa adrenérgico).

Dobutamina

É uma droga simpatomimética sintética, com ação predominantemente beta 1 agonista. Esta droga possui baixa afinidade por receptores beta 2 e é quase desprovida de efeitos alfa adrenérgicos.

A dobutamina apresenta poucos efeitos sobre a frequência cardíaca, aumenta a contratilidade miocárdica e o índice cardíaco, não agindo sobre a resistência vascular periférica.

A droga é utilizada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco, em pacientes nos quais a disfunção ventricular acarreta diminuição no volume sistólico e no débito cardíaco como por exemplo, choque cardiogênico e insuficiência cardíaca congestiva.

O consumo de oxigênio do miocárdio, sob o uso da dobutamina, é menor do que sob a ação de outras catecolaminas.

Dopexamina

É uma catecolamina sintética com atividade dopaminérgica e beta 2 agonista, com fraco efeito beta 1 adrenérgico e ausência de efeitos em receptores alfa.

Quando comparada à dopamina, a dopexamina tem menor potência ao estimular receptores dopaminérgicos, ao passo que seus efeitos beta 2 são cerca de sessenta vezes mais potentes.

Assim, o estímulo de receptores beta resulta em aumento no débito cardíaco, queda da resistência vascular sistêmica e aumento no volume urinário e na excreção de sódio, por estimulação dopaminérgica.

Além disso, a droga potencializa os efeitos da noradrenalina endógena, pelo bloqueio da recaptação da mesma. A dopexamina pode ser utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca aguda e congestiva e nos pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca, que evoluem com baixo débito.

Além disso, a dopexamina pode, também, ser utilizada no choque séptico, em associação com a noradrenalina, na tentativa de prevenção da insuficiência renal aguda e no incremento do fluxo mesentérico e da perfusão gastrintestinal.

Isoproterenol:

É uma catecolamina sintética, de estrutura semelhante à adrenalina. É um potente agonista beta adrenérgico, com afinidade muito baixa pelos receptores alfa. Portanto, exerce efeitos potentes no sistema cardiovascular, como aumento da contratilidade, freqüência e velocidade de condução do estímulo elétrico cardíaco.

Observa-se um aumento no débito cardíaco e no consumo de oxigênio do miocárdio. A estimulação dos receptores beta adrenérgicos resulta num relaxamento da musculatura lisa vascular ao mesmo tempo em que a resistência vascular sistêmica e a pressão diastólica caem.

O músculo liso da via aérea brônquica e vascular pulmonar também são relaxados pelo isoproterenol, ocasionando uma diminuição da resistência vascular pulmonar e reversão de broncoespamos.

Está indicado principalmente nas síndromes de baixo débito com pressões de enchimento elevadas e resistência periférica e pulmonar também elevadas (choque cardiogênico). É também indicado para tratar os casos de bradicardia com repercussão hemodinâmica até que uma terapia definitiva (marcapasso) seja utilizada.

VASODILATADORES:

Nitroprussiato de sódio:

É um vasodilatador misto, com efeitos sobre os territórios arterial e venoso. Age diretamente na musculatura lisa vascular. Não apresenta efeito direto sobre as fibras musculares cardíacas, sendo seu incremento no débito cardíaco devido à ação vasodilatadora.

O fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular são mantidos e a secreção de renina, pelo organismo, é aumentada. A droga promove então, diminuição da resistência periférica total, da pressão arterial e do consumo de oxigênio do miocárdio, pouca alteração da frequência cardíaca e diminuição da resistência vascular pulmonar.

O metabólito ativo da droga é o óxido nítrico, que parece ser o responsável pela ação vasodilatadora. O nitroprussiato de sódio é uma molécula instável, que sofre decomposição em condições alcalinas e quando exposto à luz.

É indicado no tratamento das emergências hipertensivas e como droga auxiliar nos estados de choque circulatório, com pressões de enchimento ventricular e resistência periférica aumentadas.

Os estados de baixo débito, associados à disfunção celular grave são de ocorrência relativamente comum nas Unidades de Terapia Intensiva. O emprego das drogas vasoativas é de importância vital para a reversão desta situação, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.

Essas drogas possuem, em geral, ação rápida e potente, porém seu índice terapêutico é baixo, devendo ser administradas mediante adequada monitorização hemodinâmica e laboratorial.

Nitroglicerina:

A nitroglicerina é um derivado do nitrato orgânico que se metaboliza rapidamente no fígado por uma nitrato-redutase. A droga atua sobre as veias sistêmicas e as grandes artérias.

Em angina pectoris aumenta a capacidade das veias, o que diminui o retorno venoso ao coração e a pressão diastólica no VE, razão pela qual as necessidades de oxigênio são menores. Na circulação arterial coronária, dilata os vasos de pouca resistência, o que dá origem a uma distribuição do fluxo coronário.

Se o ateroma estiver localizado excentricamente, dilata as estenoses arteroscleróticas. Também dilata o leito arteriocular, com diminuição da resistência vascular sistêmica. É indicado em casos de Angina pectoris, como monoterapia ou em combinação com outros antianginosos, como beta-bloqueadores ou antagonistas dos canais do cálcio.

Insuficiência cardíaca em pacientes que não respondem ao tratamento convencional com digital e outros fármacos inotrópicos positivos e diuréticos.

HORMÔNIO ANTI-DIURÉTICO:

Vasopressina: é um hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume da urina.

Este hormônio é chamado de vasopressina, pois aumenta a pressão sanguínea ao induzir uma vasoconstrição moderada sobre as arteríolas do corpo. O medicamento atua no néfron, favorecendo a abertura dos canais de água (aquaporinas) nas células do túbulo de conexão e túbulo coletor.

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Causas da Parada Cardiorrespiratória – Os 5Hs e 5Ts

Antes de falarmos das causas da Parada Cardíaca (5Hs e 5Ts) vamos entender melhor o que é a Parada Cardiorrespiratória!

Definição:

A parada cardiorrespiratória é uma situação súbita e inesperada, e caracteriza-se por:

  • Parada dos batimentos cardíacos de forma eficaz;
  • Inconsciência;
  • Ausência de respostas a estímulos;
  • Respiração agônica (gasping) ou Apnéia;
  • Ausência de pulso palpável.

Pode ser originada por quatro ritmos cardíacos:

  • Assistolia;
  • Atividade elétrica sem pulso (AESP);
  • Fibrilação ventricular (FV) e
  • Taquicardia ventricular (TV) sem pulso.

Ou seja, o coração não exerce sua função como “bomba”, o que resulta em alterações em da sua atividade mecânica e elétrica, diminuindo o débito cardíaco (DC), que incluirá em variações nas ondas de excitação elétrica através do miocárdio, resultando em alterações dinâmicas no volume e pressão de sangue nas câmaras cardíacas. Na parada cardíaca, irá haver uma grave anormalidade no sistema de ritmicidade da condução, resultante da parada de todos os impulsos rítmicos cardíacos, logo, nenhum ritmo espontâneo permanece!

Deu pra esclarecer? Agora que já entendemos o que é a Parada Cardiorrespiratória, vamos entender quais são os fatores que predispõe e seus tratamentos!

Os 5Hs!

Pode ser causada por:

  • Hipovolemia
  • Hipóxia
  • Hidrogênio (acidose)
  • Hipotermia
  • Hipo/ Hipercalemia

Os 5Ts!

Pode ser causada por:

  • Trombose coronária;
  • TEP – Tromboembolismo Pulmonar;
  • Tensão torácica – Pneumotórax;
  • Tóxicos;
  • Tamponamento cardíaco.

 

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