Categoria: Cardiologia

10 Principais Sintomas de Infarto: Reconhecimento e Atuação da Enfermagem

O infarto agudo do miocárdio, comumente conhecido como ataque cardíaco, é uma emergência médica que requer intervenção rápida e eficaz. Neste artigo, abordaremos os 10 principais sintomas de infarto, a importância do reconhecimento precoce por parte da enfermagem e as medidas de tratamento e cuidados essenciais.

O que é o Infarto Agudo do Miocárdio?

O infarto agudo do miocárdio ocorre quando há uma obstrução súbita de uma ou mais artérias coronárias, resultando na falta de oxigênio e nutrientes para o músculo cardíaco. Isso leva à morte das células cardíacas e pode resultar em danos permanentes ao coração.

HCI - Hemodinâmica e Cardiologia Invasiva - Ver Artigo

Inimigo silencioso, infarto do miocárdio mata 80 mil pessoas por ano no  Brasil - Uai Saúde

Causas do Infarto:

  • A principal causa do infarto é a formação de placas de gordura (aterosclerose) nas artérias coronárias, que podem se romper e obstruir o fluxo sanguíneo.
  • Outros fatores de risco incluem hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, colesterol elevado, obesidade e histórico familiar de doença cardíaca.

Tratamento do Infarto:

  • O tratamento imediato visa restaurar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco afetado e prevenir complicações.
  • Terapias incluem a administração de medicamentos antiplaquetários, trombolíticos e vasodilatadores.
  • Em alguns casos, pode ser necessário realizar procedimentos invasivos, como angioplastia coronária com colocação de stent ou cirurgia de bypass coronário.

Cuidados de Enfermagem:

  1. Avaliação Rápida: A enfermagem deve estar atenta aos sinais e sintomas de infarto, realizando uma avaliação inicial rápida e precisa.
  2. Monitoramento Contínuo: Monitorar os sinais vitais, ECG e saturação de oxigênio para identificar alterações que indiquem complicações.
  3. Administração de Medicamentos: Administração correta e oportuna de medicamentos prescritos, incluindo analgésicos, antiplaquetários e vasodilatadores.
  4. Oxigenioterapia: Fornecer oxigenioterapia conforme necessário para garantir uma oxigenação adequada.
  5. Suporte Emocional: Oferecer apoio emocional ao paciente e seus familiares durante o período de crise e tratamento.
  6. Educação ao Paciente: Educar o paciente sobre a importância de seguir o plano de tratamento prescrito, fazer mudanças no estilo de vida e participar de programas de reabilitação cardíaca.
  7. Prevenção de Complicações: Implementar medidas para prevenir complicações, como arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e tromboembolismo.
  8. Comunicação Interdisciplinar: Trabalhar em equipe com outros profissionais de saúde para garantir uma abordagem abrangente e coordenada no cuidado ao paciente com infarto.
  9. Acompanhamento Pós-Alta: Agendar consultas de acompanhamento para monitorar a recuperação do paciente e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.
  10. Promoção da Adesão ao Tratamento: Incentivar a adesão do paciente ao tratamento medicamentoso, mudanças no estilo de vida e participação em programas de reabilitação cardíaca para reduzir o risco de eventos futuros.

Reconhecer os sinais e sintomas de infarto e agir rapidamente pode fazer a diferença entre a vida e a morte. A enfermagem desempenha um papel crucial na identificação precoce, tratamento e cuidado compassivo dos pacientes com infarto, contribuindo para melhores resultados e qualidade de vida.

Estude mais sobre Infarto com a nossa MEGA AULA! CLIQUE AQUI

Link permanente para este artigo: https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2024/02/22/2783/

Cateterismo Cardíaco: Aprenda sobre o procedimento até os Cuidados de Enfermagem

Introdução:

O cateterismo cardíaco é um procedimento diagnóstico crucial para avaliação das condições do sistema cardiovascular. Neste post, abordaremos quando e onde realizar o procedimento, as vias de acesso, o processo em si e os cuidados essenciais de enfermagem antes, durante e após o cateterismo cardíaco.

Quando Realizar o Cateterismo Cardíaco:

  1. Investigação de Doença Arterial Coronariana:
    • Avaliação da presença de obstruções nas artérias coronárias.
  2. Diagnóstico de Anomalias Cardíacas:
    • Identificação de malformações cardíacas ou outras condições anômalas.
  3. Avaliação de Insuficiência Cardíaca:
    • Determinação da função cardíaca e identificação de possíveis causas de insuficiência cardíaca.
  4. Exame Prévio a Intervenções Cardíacas:
    • Como parte do preparo para procedimentos como angioplastia ou cirurgia cardíaca.

Onde Realizar o Cateterismo Cardíaco:

  1. Laboratórios de Hemodinâmica:
    • Geralmente realizado em laboratórios especializados equipados para intervenções cardíacas.
  2. Ambiente Hospitalar:
    • Pode ser realizado em hospitais com estrutura para procedimentos cardíacos.

Vias de Acesso:

  1. Via Femoral:
    • Inserção do cateter através da artéria femoral na virilha.
  2. Via Radial:
    • Inserção do cateter através da artéria radial no pulso.

Como é Feito o Cateterismo Cardíaco:

  1. Preparo do Paciente:
    • Jejum prévio e avaliação de alergias e histórico médico.
  2. Anestesia Local:
    • Administração de anestesia local no local da inserção do cateter.
  3. Inserção do Cateter:
    • Introdução do cateter pela via escolhida até as artérias coronárias.
  4. Injeção de Contraste:
    • Injeção de contraste para visualização das artérias no raio-X.
  5. Avaliação Hemodinâmica:
    • Monitoramento da pressão e fluxo sanguíneo no coração.

Cuidados de Enfermagem durante o Procedimento:

  1. Monitoramento Contínuo:
    • Acompanhamento dos sinais vitais durante todo o procedimento.
  2. Assistência ao Médico:
    • Colaboração ativa com o cardiologista durante o cateterismo.
  3. Administração de Medicamentos:
    • Administração de medicamentos conforme prescrito, como anticoagulantes.

Cuidados Pós-Procedimento:

  1. Controle de Hemorragias:
    • Monitoramento rigoroso do local de inserção para prevenir hemorragias.
  2. Observação de Complicações:
    • Vigilância para complicações como hematoma, infecção ou reações alérgicas.
  3. Hidratação Adequada:
    • Promoção da hidratação para ajudar na eliminação do contraste.
  4. Repouso:
    • Recomendação de repouso e restrição de atividades após o procedimento.
  5. Educação ao Paciente:
    • Orientação sobre os cuidados domiciliares, sinais de alerta e a importância do acompanhamento médico.

O cateterismo cardíaco desempenha um papel fundamental na avaliação e tratamento de condições cardíacas. A atuação cuidadosa da equipe de enfermagem antes, durante e após o procedimento é crucial para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.

Link permanente para este artigo: https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2024/01/10/cateterismo-cardiaco-aprenda-sobre-o-procedimento-ate-os-cuidados-de-enfermagem/

Ritmos chocáveis x Ritmos não chocáveis na PCR

Antes de aprender sobre os ritmos, vamos relembrar o que é uma Parada Cardíaca:

https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2018/04/25/parada-cardiaca-x-infarto-entenda-a-diferenca/

A PCR pode acontecer nos seguintes ritmos existentes:

Chocáveis

  • Fibrilação Ventricular (FV)
  • Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP)

Não chocáveis

  • Assistolia
  • Atividade Elétrica sem Pulso (AESP)

Na parada cardiorrespiratória (PCR), é crucial distinguir entre ritmos cardíacos chocáveis e não chocáveis, pois a terapia adequada depende do tipo de ritmo observado. Aqui estão os principais ritmos chocáveis e não chocáveis na PCR:

Ritmos Chocáveis:

  1. Fibrilação Ventricular (FV): A FV é um ritmo cardíaco caótico no qual os ventrículos do coração tremem rapidamente, não permitindo a ejeção de sangue. É considerada uma das causas mais comuns de PCR e é tratada com desfibrilação elétrica, que fornece um choque elétrico para tentar restaurar o ritmo normal.
  2. Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP): Na TVSP, os ventrículos do coração se contraem rapidamente, mas não é perceptível um pulso detectável. Embora seja um ritmo grave, pode ser tratado com desfibrilação, principalmente se evoluir para FV.

Ritmos Não Chocáveis:

  1. Assistolia: A assistolia é a ausência completa de atividade elétrica no coração. Não há contração cardíaca visível e nenhum pulso detectável. Não é responsiva à desfibrilação, e o tratamento se concentra em medidas avançadas de suporte de vida, como compressões torácicas eficazes e administração de medicamentos.
  2. Atividade Elétrica sem Pulso (AESP): AESP ocorre quando há alguma atividade elétrica no ECG, mas não há pulso detectável. Essa condição pode ter várias causas subjacentes e requer tratamento da causa subjacente, como hipovolemia ou hipoxemia, além de suporte avançado de vida.

É crucial que nós da equipe de enfermagem, socrristas e profissionais de saúde no geral que respondem a uma PCR sejamos capazes de identificar rapidamente o tipo de ritmo e tomar as medidas apropriadas. A desfibrilação é eficaz apenas para ritmos chocáveis, enquanto ritmos não chocáveis requerem intervenções diferentes e abordagens específicas, incluindo a resolução da causa subjacente. O reconhecimento e a resposta rápidos são fundamentais para melhorar as chances de sobrevivência do paciente em uma PCR.

Link permanente para este artigo: https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2023/08/30/ritmos-chocaveis-x-ritmos-nao-chocaveis-na-pcr/