Categoria: Obstetrícia

Pós-Parto: Puerpério!

O Puerpério 

O puerpério é a fase pós-parto, logo após o nascimento do bebê, também conhecido como 4º período ou período de Greenberg!

O período de Greenberg inicia-se após a dequitação da placenta e termina após a primeira hora pós parto.

Ele dura de 6 a 8 semanas pós-parto durante o qual o corpo da mulher sofre uma série de alterações para retornar ao estado pré-gravidez.

Classificação do Puerpério

🔹Imediato: vai do fim da dequitação até as 12 primeiras horas após o parto.

🔹Mediato: vai das 12 primeiras horas até o 10º dia.

🔹Tardio: vai do 10º dia até a volta do organismo ao seu estado normal.

🔹Remoto: além do 45º dia, até retornar a função reprodutiva da mulher.

   Sinais e Sintomas no Puerpério Imediato:

  • Cansaço
  • Sono
  • Fome
  • Fraqueza
  • Bradicardia
  • Hipotensão
  • Hipotermia
  • Calafrio
  • Poliúria ou retenção urinária
  • Cólica
  • Involução uterina
  • Dor 
  • Loquiação 

Loquios

Após o nascimento do bebê, ocorre uma descarga vaginal designada por lóquios. Trata-se da eliminação de restos de sangue, muco e tecidos provenientes do útero à medida que ele se contrai até voltar ao tamanho normal.

Tipos de Lóquios:

  • Lóquio Rubro: Essa secreção é de aspecto vermelho e dura até 3º dia;
  • Lóquio Fusca: Essa secreção é de aspecto serosanguinolento e dura do 3º ao 10º dia;
  • Lóquio Flava: Essa secreção tem aspecto amarelado e dura do 10º ao 20º dia;
  • Lóquio Alba: Essa secreção tem aspecto esbranquiçado, semelhante a secreção normal vaginal, a partir do 21º dia.

Assistência de Enfermagem no Puerpério Imediato:

  • Orientar a puérpera sobre a importância da recuperação pós parto.
  • Proporcionar um ambiente tranquilo (Indicado: Sala de Recuperação Pós Parto ou Pós Anestésica).
  • Oferer um cobertor para aquecê-la.
  • Trocar a camisola e/ou roupa de cama se úmidas ou sujas de sangue.
  • Instalar monitorização cardíaca na primeira hora pós parto (se necessário).
  • Controlar os SSVV (Sinais Vitais) a cada 30 minutos.
  • Observar loquiação rigorosamente através de forro branco.
  • Acompanhar a involução uterina: palpar o globo de segurança de Pinard (fundo do útero), observando a consistência (contraído ou amolecido) e a altura (acima ou abaixo da cicatriz umbilical). Se caso o útero permanecer amolecido (hipotonia) e/ou acima da cicatriz umbilical chamar o médico ou enfermeira obstétrica para avaliação imediata.
  • Preparar e administrar cuidadosamente as drogas prescritas pelo médico, como: ocitocina (estimula a contração uterina e diminui sangramento vaginal), analgésico (diminuir a dor), anti-inflamatório (evitar inflamação/dor devido ferida operatória ou episiorrafia), antibiótico (prevenir infecções ou tratar a existente), sulfato ferroso (reposição de ferro devido perdas sanguíneas) e outros se necessário.
  • Realizar a coleta de exames laboratoriais, como por exemplo, o hemograma quando sangramento vaginal aumentado.
  • Ofertar hidratação oral e dieta somente quando bem acordada e liberação médica.
  • Atentar-se aos sinais e sintomas como: palidez, sudorese, sangramento excessivo, sonolência, pois a paciente pode ter um choque hipovolêmico em questão de segundos.
  • Observar presença de hematoma e/ou edema na ferida operatória ou episiorrafia, comunicando o obstetra.
  • Em caso de cesariana, observar o débito urinário pelo coletor de urina, registrando volume e aspecto.
  • A puérpera só será liberada para o quarto após 2 horas de observação clínica e reavaliação do médico obstetra ou anestesista.
  • Realizar anotação de enfermagem, não esquecendo de colocar sobre a infusão de medicamentos, involução uterina, loquiação, sinais vitais e principalmente intercorrência. 
  • Atentar-se e controlar rigorosamente a infusão de ocitocina, pois a mesmo pode causar sérias complicações.
  • A amamentação nesse período ocorre quando protocolo da Instituição ser alojamento conjunto, caso contrario o RN (Recém Nascido) será encaminhado ao berçário. 

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Teste de APGAR : o que é?

O que é o Teste de APGAR?

É um teste que tem como objetivo avaliar os cinco sinais vitais do recém-nascido em três determinados momentos, são eles:

  1. No primeiro minuto para determinar o grau de tolerância do bebê ao parto;
  2. No quinto minuto para avaliar o grau de adaptação do bebê à vida extra uterina e
  3. No décimo minuto após o nascimento.

Como surgiu o teste?

O teste de Apgar foi criado em 1952 pela anestesista norte-americana Virginia Apgar. Ela foi uma médica que se especializou em obstetrícia e anestesiologia. Foi líder em vários campos da anestesiologia e, efetivamente, foi a responsável pela criação do que viria a ser a neonatologia.

Para o público em geral, ela foi mais conhecida como a responsável pelo desenvolvimento da Escala de Apgar,  um método fácil e confiável para determinar os primeiros cuidados com o bebês que reduziu drasticamente a mortalidade infantil em todo o mundo.

A cada um dos sinais é atribuída uma pontuação de 0 a 2 de acordo com a condição observada.

 Porque realizamos o Teste de APGAR?

Para identificar se o recém-nascido necessita de alguma assistência médica imediata. Esse teste, trata-se de um método simples, indolor e eficiente de mensurar a saúde do bebê.

Com ele também podemos identificar se o bebê precisa de algum auxilio para respirar ou se está com alguma problema no coração.

O que é avaliado?

O índice de APGAR avalia a vitalidade do bebê através da pontuação de 5 parâmetros:

  1. Frequência cardíaca;
  2. Respiração;
  3. Tônus muscular;
  4. Irritabilidade reflexa;
  5. Cor da pele.

Cada categoria é marcada com 0, 1 ou 2, dependendo da condição observada.

 O esforço da respiração:

  • Se a criança não estiver respirando, a pontuação respiratória é 0.
  • Se as respirações forem lentas ou irregulares, a pontuação do bebê em esforço respiratório é 1.
  • Se o bebê chora normalmente, a pontuação respiratória é 2.

A frequência cardíaca é avaliada com um estetoscópio. Esta é a avaliação mais importante:

  • Se não há batimento cardíaco, a pontuação para a frequência cardíaca é 0.
  • Se o ritmo cardíaco for inferior a 100 batimentos por minuto, a pontuação para a frequência cardíaca é 1.
  • Se o ritmo cardíaco for superior a 100 batimentos por minuto, a pontuação para  frequência cardíaca é 2.

 O tônus muscular é avaliado pelos movimentos do bebê:

  •  Se os músculos estão soltos e flexíveis, a pontuação do bebê em tônus muscular é 0.
  •  Se houver algum tônus muscular, a pontuação do bebé é 1.
  •  Se houver movimento ativo, a pontuação do tônus muscular é 2.

A irritabilidade reflexa é um termo que descreve a resposta a estímulos táteis:

  •  Se não houver reação, a pontuação é 0 em reflexo de irritabilidade.
  • Se houver uma careta, a pontuação é 1 em reflexo de irritabilidade.
  •  Se houver caretas e uma tosse, espirro ou choro vigoroso, a pontuação do bebé é 2 para irritabilidade reflexa.

 Cor da pele diz muito a respeito do estado do sistema respiratório:

  •  Se a cor da pele é azul pálido, a pontuação é 0 em cor.
  •  Se o corpo estiver rosado e as extremidades são azuis, a pontuação é 1 para a cor.
  •  Se o todo o corpo estiver rosado, a pontuação é 2 para cor.

Cada um destes itens recebe uma nota entre 0 e 2 para se chegar a um total geral. Grande parte dos recém-nascidos recebe entre 7 e 10, não requerendo nenhum tratamento imediato, como, por exemplo, auxílio para respirar.

recém nascido

Classificação e resultados do Teste de APGAR:

Resultados normais:

Quanto maior a pontuação do bebê no exame, melhor estará a sua saúde.

Quanto mais próximo de 10 (dez) for a pontuação, melhor será a vitalidade do bebê e melhor será a sua adaptação à vida extra-uterina. A pontuação de sete, oito ou nove é normal e é sinal de que o recém-nascido está em perfeitas condições de saúde.

Uma pontuação de dez, especialmente ao primeiro minuto, é muito incomum, já que quase todos os recém-nascidos perdem um ponto devido às mãos e pés azuis, característica usual após o nascimento

Quando o resultado não é bom?

Um índice inferior a 7 (sete) é um sinal de que o recém-nascido precisa de atenção médica. Quanto menor a pontuação, mais ajuda precisa para se ajustar à vida extra uterina. Uma pontuação inferior pode ter como causa:

  • Um parto com complicações;
  • Uma cesariana (provocada por complicações no parto ou por observação de sinais de sofrimento do bebê);
  • Presença de fluido nas vias respiratórias do recém-nascido;
  • Um recém-nascido com um índice de Apgar baixo necessita de auxílio para respirar de modo a que o ritmo cardíaco regularize para valores considerados normais.

O resultado do teste x o futuro do bebê

Por norma, uma pontuação baixa no primeiro minuto evolui para uma pontuação normal aos cinco minutos.

É importante lembrar que o índice de Apgar é usado mais como um parâmetro e não como uma definição de prognóstico, ou seja, se o bebê tiver um Apgar baixo, não significa necessariamente que terá problemas futuros. E vice-versa.

Uma pontuação baixa não significa que o bebê vá ter problemas de saúde após o nascimento ou no futuro. Por muitos anos acreditou-se nisso porém estudos recentes mostram que isso é mito.

FONTE: WONG, D.(2006) – Enfermagem Pediátrica: elementos essenciais à intervenção efetiva [7ª Ed]. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A

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Mulher tem parto ‘apressado’ de 6º filho em corredor de hospital nos EUA!

A sexta vez que Jessica Hogan, de 31 anos, deu à luz impressionou até mesmo a equipe do hospital. O pequeno Maxwell, seu primeiro filho homem, veio ao mundo em pleno corredor da emergência em uma unidade de saúde do Kansas, nos Estados Unidos, em julho do ano passado.

O momento foi registrado pela fotógrafa Tammy Karin, que publicou uma série de imagens em sua página profissional, “Little Leapling Photography”, no último sábado, que viralizaram.

 A mãe e o pai correram, mas não conseguiram chegar a tempo para ter o bebê no quarto de hospital. O filho nasceu no corredor da emergência. O pequeno Maxwell realmente estava ansioso para chegar ao mundo. O parto ocorreu em 24 de julho do ano passado.

Jesica Wright Hogan, até então mãe de cinco meninas, conta que “desde o início, a gravidez de Max foi no mínimo imprevisível”.

A história do nascimento de Max é narrada pela mãe no blog da fotógrafa. Virando na cama por volta das 2h, ela acordou uma hora depois sentindo uma “estranha, longa contração”. Ela disse que não vê sua história especificamente como algo especial, porque mulheres fazem isso todos os dias. Ela disse que ficou surpresa com o parto por ter tido poucas dificuldades até as 37 semanas. “Não era totalmente tranquila, mas muito mais que as minhas gravidezes anteriores”, disse.

As contrações começaram no dia 19 de julho. Jesica relata, que foi ao hospital por volta das 5h da manhã. As contrações ocorriam a cada 3 minutos, quando surgiram três centímetros de dilatação. “Achamos que estávamos nos estágios iniciais de receber o último bebê da nossa família”, escreveu.

Depois de quatro horas de trabalho na banheira e caminhada pelos salões da emergência, ela e o marido decidiram manter o plano de um nascimento natural e livre de intervenção. Eles escolheram deixar o hospital, já que estavam sem progresso e as contrações ficaram mais espaçadas. Os dias seguintes foram de estimulação.

“Passamos os dias caminhando, indo para a piscina com nossas filhas e completando pequenos projetos ao redor da casa. Tive contrações temporárias todas as noites, que não me deixavam dormir. Eu estava perdendo a fé de que o meu corpo soubesse o que estava fazendo. No domingo (23 de julho), passamos quase todo o dia na piscina e à noite ficamos com a minha sogra, pintando as unhas enquanto assistíamos ‘Game of Thrones'”, completou.

A mãe disse que chegou a avisar o marido que estava tendo novas contrações mais tarde, mas que elas não significavam muita coisa. Jesica ficou acordada até as 2h. Ela disse que chegou a escrever para um grupo de outras grávidas, se queixando das contrações e do medo de não chegar ao hospital a tempo.

“Ah, essa intuição é real. Se eu tivesse dado crédito para essa voz que estava na minha cabeça naquela noite! No lugar disso, decidi finalmente que iria dormir um pouco, certa de que saberia quando era a hora. Afinal, era meu 6º bebê”, escreveu Jesica.

 Ela acordou cerca de 1 hora depois, com uma longa contração. Disse ao marido: “Travis, acho que é isso”. Pediu ajuda para sair da cama, quando a bolsa rompeu. “Meu Deus, não vamos conseguir chegar. Vamos ter esse bebê em casa”, disse no momento.

O pai dirigiu rapidamente até o hospital e a mãe mandou uma mensagem para a fotógrafa, Tammy. Entre sair de casa após a bolsa romper e chegar ao hospital foram menos de 25 minutos. Quando chegou ao local, Jesica disse que pensou: “Deus, ele já está aqui”.

“Comecei a tirar minhas calças porque podia sentir meu corpo empurrando a cabeça do bebê para fora. Abaixei minha mão e senti a cabeça saindo.Olhei para o meu marido e disse: ‘Travis, vá pegá-lo’!

  

 

 

 

As enfermeiras chegaram correndo, ajudaram Jesica a se deitar. Com mais um impulso e com mais ajuda, o resto do corpo do bebê saiu. Max foi colocado no peito da mãe.

 “Estava totalmente apaixonada pela pequena pessoa deitada em mim, e mais apaixonada pelo meu marido que não perdeu a calma e manteve a palavra ao me levar ao hospital. Foi o meu parto mais louco, mas também o mais perfeito. Não foi da forma como planejei, mas terminou sem qualquer intervenção (cirúrgica), com o meu bebê saudável e o maravilhoso apoio das pessoas ao nosso lado. Foi lindo e eu vou para sempre amar cada lembrança disso”, frisou Jesica.

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