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Descomplicando o Cálculo de Penicilina

Penicilina Cristalina 

É um antibiótico de largo espectro utilizado em unidades hospitalares por via endovenosa. Apresenta-se por frascoampola nas concentrações:
  • 5.000.000 UI
  • 10.000.00 UI
Lembrando que UI significa Unidades Internacionais.
A Penicilina Cristalina possui uma característica diferente da maioria das medicações: no seu solvente, devemos considerar o volume do soluto! 

Por exemplo:

No frasco-ampola de 5.000.000 UI o soluto (pó) equivale a 2 ml e o solvente (diluente) será 8 ml! Ou seja, quando acrescentamos 8ml de água destilada no frasco-ampola, teremos uma solução contendo 10 ml! Deu pra entender?
 
No frasco-ampola de 10.000.000 UI o soluto (pó) equivale a 4 ml e o solvente (diluente) será 6 ml! Ou seja, quando acrescentamos 6 ml de água destilada no frasco-ampola de 10.000.000 UI, teremos uma solução contendo 10ml. 

 

Esquematizando: 

  • Se 5.000.000 UI estão para 8 ml AD + 2 ml pó liofilizado (10ml), logo 5.000.000 UI estão para 10 ml;
  • Se 10.000.000 UI estão para 6 ml AD + 4 ml pó liofilizado (10 ml), logo 10.000.000 UI estão para 10 ml
  • Se 10.000.000 UI estão para 16 ml AD + 4 ml pó liofilizado (20 ml), logo 10.000.000 UI estão para 20 ml

Dicas importantes

Caso a quantidade de solvente (Água Destilada) não esteja escrita na prescrição médica, ou não houver orientação do fabricante, quem determina a quantidade do solvente é quem está preparando. 
Utilizamos 8 ml no caso de Penicilina Cristalina de 5.000.000 UI e 6 ml no caso de 
Penicilina Cristalina de 10.000.000 UI, para que tenhamos maior facilidade na hora 
do cálculo. 
 Ao administrar Penicilina Cristalina, lembre-se que esta medicação é colocada 
normalmente em bureta com 50ml ou 100ml, conforme PM.

 Calculando: 

 Foi prescrito Penicilina Cristalina 4.800.000 UI, na unidade tem-se o frasco ampola de 
10.000.000UI. Como proceder? 
Primeiro devemos compreender o que a questão nos pede e colocamos os dados.
PMPenicilina Cristalina: 4.800.000 UI 
Frasco-Ampola – Penicilina Cristalina: 10.000.000 UI
Diluente: 6ml (Não esqueça que quem determina é quem está preparando?)
Coloque sempre a fórmula para nunca errar. 
AP – Dil
PM – X 
A seguir é só substituir com os valores do enunciado.
10.000.0UI – 10ml (6 ml de AD + 4 ml de pó liofilizado)
4.800.000UI – X
 
Lembre – se que o 10ml foi a soma de 6ml de AD +4ml de pó liofilizado
 
Utilizamos a regra de três para calcular. 
X= 4.800.000UI.10
      10.000.000UI
Em seguida, multiplicamos: 
X=48.000.000UI
     10.000.000UI
Após,  realizamos a divisão ou a simplificação. Cortamos as unidades iguais e obtemos o resultado: 
X= 4,8ml
Resposta: Deve-se aspirar da solução 4,8ml que corresponde a 4.800.000UI

Exercícios

Hora de praticar o que aprendemos!

  1. Possuo prescrição de Penicilina Cristalina 500.000 UI, tenho disponível frasco com 5.000.000 UI, como proceder?
  2. Possuo prescrição de Penicilina Cristalina 150.000 UI, tenho disponível frasco com 10.000.000 UI, como proceder?
  3. Possuo prescrição de Penicilina Cristalina 700.000 UI, tenho disponível frasco com 10.000.000 UI, como proceder?
  4. Possuo prescrição de Penicilina Cristalina 600.000 UI, tenho disponível frasco com 5.000.000 UI, como proceder?
  5. Possuo prescrição de Penicilina Cristalina 200.000 UI, tenho disponível frasco com 10.000.000 UI, como proceder?

 

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MEGA AULA – Curativos! Parte II

Agora que já estudamos a introdução de curativos (se você perdeu, clica AQUI para conferir), vamos aprender a técnica correta, os instrumentos para realizar e quais produtos podemos utilizar.

Pinças para curativo:

Utilizamos as pinças Kocher e Dente de rato para retirar o curativo anterior e as pinças Anatômicas e Kelly para limpeza, tratamento e oclusão da ferida.

Técnica:

  1. Cheque a prescição de enfermagem e observe o curativo a ser realizado e os materiais necessários.
  2. Higienize as mãos, reuna o material e leve para junto do paciente. Cheque pulseira de identificação.
  3. Explique ao paciente o procedimento e sobre sua participação ativa ou passiva, conforme o grau de compreensão;
  4. Coloque o paciente em posição confortável e exponha o local da lesão; Coloque a mesa ao lado da cama próxima ao local em que será feito o curativo pois irá facilitar o gerenciamento do campo e materiais estéreis.
  5. Higienize as mãos novamente; Coloque a máscara e óculos de proteção.
  6. Abra o kit curativo com técnica asséptica e coloque as pinças com os cabos voltados para fora do campo estéril; Se curativo com luva estéril: abrir luva estéril e fazer da própria embalagem seu campo estéril.
  7. Coloque gazes no campo estéril em quantidade adequada ao tamanho do curativo;
  8. Para retirada do curativo sujo utilize: luvas de procedimento (para curativos com luva estéril) ou pinça dente de rato e luva de procedimento ( curativo com pinça).
  9. Após, despreze as luvas de procedimento, higienize as mãos novamente; (Se necessário, utilize vaselina líquida ou SF0,9% para remoção dos adesivos quando muito aderidos e despreze-o no saco plástico)
  10. Abra a embalagem do Soro Fisiológico 0,9%; realize a desinfecção do ejetor de borracha com swab alcoólico e introduza a agulha 40×12 de forma asséptica;
  11. Dobre a gaze estéril utilizando as pinças do kit curativo, ou luva estéril quando necessário. Umedeça-a com Soro Fisiológico 0,9% e realize a limpeza conforme o tipo de ferida, séptica ou asséptica.
    Feridas Sépitcas: de fora para dentro
    Feridas Assépticas: de dentro para fora
  12. Se necessário, aplique a cobertura prescrita e cubra a região com gaze estéril e adesivo hipoalergênico de forma oclusiva. Deixe o paciente confortável e em segurança.
  13. Despreze o material utilizado (exceto perfuro cortantes) em saco plástico – lixo infectante.
  14. Limpe a mesa auxiliar com álcool a 70%; Higienize suas mãos;
  15. Registre todo o procedimento. Anote as condições do curativo e comportamento do paciente durante o procedimento, comunique qualquer alteração.

Tipos de cobertura para curativos:

Soro Fisiológico:

Mantém a umidade da ferida e favorece a formação de do tecido de granulação, amolece tecidos desvitalizados, absorve o exsudato e estimula o debridamento autolítico.  ferida úmida e importante na formação do tecido de
granulação.

Indicação: Limpeza de todo tipo de ferida e manutenção da umidade. Pode ser utilizado para todo tipo de ferida. 

Ácidos Graxos Essenciais: 

Mantém a ferida úmida, acelera o processo de granulação, é facilmente absorvido pela pele e forma uma película de proteção. Correspondem a uma classe de óleo vegetal formado por triglicerídeos de cadeia média, vitamina A,E e lecitina de soja.
É importante para a manutenção da integridade das membranas das células. Possui ação hidratante e auxilia a restauração da pele. A vitamina E é antioxidante, protegendo a membrana celular contra radicais livres, e a vitamina A participa como importante cofator na cicatrização.  

É indicado para lesões abertas não intactas, e profilaxia de lesão por pressão.
Modo de usar: Aplicar no local afetado utilizando uma gaze e sua troca deverá ser a cada 12 à 24 horas.

Sulfadiazina de Prata:

Possui características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais. Para manter sua ação deve ser trocado a cada 12 h. É muito utilizado em queimaduras. É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%. Pode ser associada: nitrato de cério, acido hialurônico.
Mecanismo de ação: Prata- confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, provoca precipitação protéica e age diretamente na membrana citoplasmática bacteriana.

Hidrogel

É um desbridante autolítico. Composição: carboximetilcelulose + propilenoglico + água (70 a 90%)

Mecanismo de ação:  

Umidade: Proporciona meio úmido e facilita a migração celular, favorece a angiogênese. 
Desbridamento autolítico: amolece o tecido desvitalizado, facilitando sua remoção;
alivia a dor; protege e hidrata terminações nervosas. 

Ação: debridamento autolitico/ remove crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas.

Hidrocolóide 

Absorve o exsudato e mantém a ferida úmida, protegida de traumas e contaminação. É indicada para ferida com pequena quantidade de exsudação.
Composição: carboximetilcelulose + gelatina + pectina.
Não indicada para feridas com exposição de tecido ósseo, músculos e tendões. 
Ação: é hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá manter a umidade da ferida.

Papaína

Composição: enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya.
Presente em forma de: pó, gel ou pasta.
Possui atuação desbridante (enzimático) não traumática, anti-inflamatória, bactericida, estimula a força tensil das cicatrizes, pH ótimo de 3 – 12, atua apenas em tecidos lesados, devido a anti-protease plasmática (alfa anti-tripsina).
Observações: diluições: 10% para necrose, 4 a 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação.
É fotossensível, por isso, cuidados com seu armazenamento e substancias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio), manter em geladeira.

Fibrinolisina: 

Composição: fibrinolisina (plasma bovino) e desoxorribonuclease (pâncreas bovino).
Forma de apresentação: pomada
Ação: através da dissolução do exsudato e dos tecidos necróticos, pela ação lítica da fibrinolisina e do ácido desoxorribonucleico e da enzima desoxorribonuclease.
Observações: monitorar a sensibilidade do paciente.

Alginato de cálcio e sódio:

Transforma a exsudação da ferida em gel, mantendo a ferida úmida, ajuda a preencher a cavidade e cotrolar sangramentos. 
É indicado para feridas infectadas, exsudativas e hemorrágicas.
Composição: 80% íon cálcio + 20% íon sódio + ácidos gulurônico e manurônico (derivados de algas marinhas).
Forma de apresentação: cordão e placa
Ação: hemostasia, debridamento osmótico, grande absorção de exsudato, umidade (formação de gel).

Filmes transparentes: 

(Opsite, Bioclusive, Hydrofilm, Tegaderm, Aquagard, Blisterfilm, Mefilm, Poliskin)
Composição: filme de Poliuretano, aderente (adesivo), transparente, elástico e semi-permeável.
Ação: umidade, permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos.
Observação: pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 dias.

Hidropolímero

(Allevyn,Polymen,PolyWic,Tielle Askina Transorbent)
Composto por almofadas que possuem três camadas sobrepostas, sendo uma central de hidropolímero , que se expande delicadamente à medida que absorve o
exsudato , e duas outras, formadas por camadas de não tecido não aderente, o que evita agressão aos tecidos na remoção.
Entre suas propriedades, temos: absorção, mantém meio úmido, evita maceração, barreira bacteriana (adesivo), isolamento térmico.
Indicação: feridas abertas não infectadas com baixa ou moderada exsudação.
Contra-indicação: feridas infectadas e com grande quantidade de exsudação.

Gaze de Acetato impregnada com Petrolatum (ADAPTIC)

Composição: tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de petrolatum, hidrossolúvel.
Ação: proporciona a não aderência da ferida.
Indicação: áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e lacerações.
Contra-indicação: alergia

Carvão ativado e prata 

Composição: carvão ativado com prata à 0,15%, envolto por não tecido de nylon poroso, selado nas quatro bordas.
Ação: absorve exsudato, absorve os microorganismos, filtra odor, bactericida (prata).
Indicações: feridas fétidas, infectadas ou com grande quantidade de exsudato.
Contra indicações: feridas com exposição ósteo-tendinosas, em assistidos/clientes que apresentem hipersensibilidade ao material.
Observação: não pode ser cortado. Pode ser associado a outros produtos, como: alginato de cálcio e sódio. Frequência de troca segundo a saturação, em média com 48  a 72 horas.

Produtos deveridas de Iodo

Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)
Ação: penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucléico, através da oxidação.
Indicação: antissepsia de pele e mucosas peri-cateteres.
Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Observações: é neutralizado na presença de matéria orgânica, em lesões abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e reduz a forca tensil do tecido.

Clorexidina

Composição: Di-glucanato de clorexidina
Ação: atividade germicida por destruição de membrana citoplasmática bacteriana.
Indicação: antissepsia de pele e mucosa peri-cateteres.
Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Observações: a atividade germicida se mantém mesmo na presença de matéria orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual.

Colagenase: 

Possui ação desbridante autolítica. Indicado para desbridamento enzimático suave e não invasivo de lesões isquêmicas. O produto deve ser aplicado somente no local da ferida devido a sua atuação. 

Leia também: MEGA AULA – Curativos! Parte I

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Conheça os 9 certos da medicação!

Uma das muitas atribuições da equipe de enfermagem é a administração de medicações. Para evitar erros, existem os 9 certos da medicação muito utilizado pela enfermagem, você conhece? De acordo com o Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, do Ministério da Saúde, os 9 certos são:

Os 9 certos da medicação

1. Paciente certo

Antes de administrar qualquer medicação é extremamente importante que o profissional de saúde se certifique de que irá administrar a medicação no paciente correto. Nesse momento, devemos solicitar que o paciente nos informe alguns dados, como por exemplo:

  • Devemos utilizar dois identificadores, nesse caso, pode ser o nome do paciente e data de nascimento;
  • Devemos questionar ao paciente, confirmar com a pulseira de identificação.

– Qual o seu nome? Sua data de nascimento

Não esqueça de verificar se o nome corresponde ao nome identificado no leito, nome identificado no prontuário e nome identificado na PRESCRIÇÃO MÉDICA.

Devemos ter sempre o cuidado de evitar (dentro do possível) internar duas pessoas com nomes similares no mesmo local.

Ex.: João Carlos Santos

      João Gustavo Silva 

Evitar também que o mesmo funcionário preste assistência de enfermagem a dois pacientes com nomes similares.

2. Medicamento certo

Nesta etapa devemos conferir a medicação que iremos administrar! Preferencialmente, realizar a conferência em três momentos:

  1. Ao pegar a medicação
  2. Antes de aspirar a medicação
  3. Antes de descartar o frasco da medicação.

Em todos esses momentos devemos conferir com a prescrição médica se está correto. 

Nessa etapa, também devemos averiguar alergias com o paciente ou familiares e sempre deixar essa informação registrada no prontuário. Pacientes que tenham alergia a alguma medicação devem ser identificados com pulseira para sinalizar.

Se houver associação de medicamentos (buscopam composto= dipirona + escopolamina), deve-se certificar-se de que o paciente não é alérgico a nenhum dos componentes.

3. Via certa

Em relação a via certa, devemos:

  • Verificar se a via de administração prescrita é a via tecnicamente recomendada para administrar o medicamento.
  • Verificar se o diluente (tipo e volume) está prescrito.
  • Analisar se o medicamento tem compatibilidade com a via prescrita.
  • Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos  utilizados para sua administração (seringas, cateteres, sondas, equipos) A Noradrenalina por exemplo é uma medicação fotossensível, portanto, devemos usar equipo e proteção fotossensível.
  • E o mais importante: JAMAIS administrar a medicação sem conhecê-la.

4. Hora certa

Um fator importante na recuperação do paciente é a administração de medicamentos, porém, os mesmos devem ser administrados na correta do seu aprazamento. Sempre que possível, devemos evitar atrasos! 

Não esqueça que:

  •  Preferencialmente, a medicação deve ser preparada beira leito quando será administrada.
  • Em caso de medicações administradas após algum tempo do preparo devemos atentar para o período de estabilidade (como quimioterápicos) e também para a forma de armazenamento.
  • A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário predefinido somente poderá ser feito com o consentimento do enfermeiro e do prescritor.

5. Dose certa

Temos sempre que ter em mente que a dosagem da medicação, se feita de forma errada, poderá causar danos ao paciente, portanto devemos sempre: 

  • Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento. Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada, conferindo as dúvidas sobre a dose desejada, pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes superiores à desejada.
  • Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso de dúvida ou medidas imprecisas (colher de chá, colher de sopa, ampola), consultar o médico.
  • Conferir a velocidade de gotejamento. Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e programação de bomba para administração de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.

6. Registro certo da administração e compatibilidade

Todas as medicações administradas devem ser registradas, bem como o horário de sua realização. Isso é fundamental na segurança do paciente e na continuidade dos cuidados prestados a ele. Lembre-se, você não estará lá no próximo turno para esclarecer dúvidas! Então anote com atenção, clareza e detalhes importantes. Registre:

  • Na prescrição o horário da administração do medicamento e cheque!

                             Modo correto e incorreto de checar as medicações!

  • Na anotação de enfermagem, devemos registrar  todos os medicamentos que administramos e justificar em casos de adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos.

7. Orientação correta

A orientação correta refere-se tanto ao profissional quanto ao paciente! Qualquer dúvida deve ser esclarecida antes de administrar a medicação. De acordo com os 10 passos para segurança do paciente, o paciente também é uma barreira para prevenir erros e deve ser envolvido na segurança de sua assistência! Devemos informar o paciente sobre qual medicamento está sendo administrado (nome), para que “serve” (indicação), a dose e a frequência que será administrado.

8. Forma certa

Esta etapa está relacionada com a forma farmacêutica do medicamento. Devemos sempre:

  • Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma farmacêutica e via de administração prescrita.
  • Checar se forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão apropriadas à condição clínica do paciente (por exemplo, se o nível de consciência permite administração de medicação por via oral – V.O).

9. Resposta certa (Monitorização)

Nessa última etapa devemos observar cuidadosamente o paciente, para identificar se o medicamento teve o efeito desejado. Registrar em prontuário e informar ao médico, todos os efeitos diferentes (em intensidade e forma) do esperado para o medicamento. Devemos considerar o que o paciente ou familiar relata e nunca menosprezar ou desprezar as informações concedidas.

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Noções básicas de farmacologia!

Vamos aprender os conceitos básicos de Farmacologia?

Conceitos Gerais:

  • Farmacologia: é o estudo dos fármacos em todas as suas funções.
  • Fármaco (pharmacon = remédio): estrutura química conhecida; propriedade de modificar uma função fisiológica já existente.
  • Medicamento (medicamentum = remédio) : fármaco com propriedades benéficas, comprovadas por meio cientifico. Todo medicamento é um fármaco(remédio), mas nem todo fármaco(remédio) é um medicamento.
  • Droga (drug = remédio, medicamento, droga): substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica.
  • Remédio (re = novamente; medior = curar): substância animal,vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência: utilizados em benefício da saúde.
  • Placebo (placeo = agradar): O que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento:

Conceitos importantes sobre dosagem:

  • Posologia: É o estudo das doses de administração dos medicamentos.
  • Dose: é uma quantidade de uma droga que quando administrada no organismo
    produz um efeito terapêutico.

Classificam-se em:

  • Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o
    efeito terapêutico.
  • Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o
    efeito terapêutico. Se esta dose for ultrapassada ocorrerá efeitos tóxicos ao organismo doente.
  • Dose tóxica: é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima,
    causando pertubações, intoxicações ao organismo, até a morte.
  • Dose Letal: é a quantidade de um medicamento que causa a MORTE.

Farmacoterapia:

Conceito:

Refere-se ao uso de medicamentos para o combate de doenças, prevenção e
diagnóstico. Deve-se levar observação, além da escolha do fármaco adequado os fatores
individuais de cada paciente, tais como: idade, função cardiovascular, gastrointestinal, hepática, renal, dieta, doença, interação medicamentosa, entre outros.

Cuidados de Enfermagem na Administração dos medicamentos: 

A responsabilidade em administrar medicamentos é um dos maiores pesos sobre a
equipe de enfermagem.
Para isso o profissional deve conhecer:

  • A ação do fármaco no organismo;
  • A dosagem e os fatores que a modificam;
  • As vias de administração;
  • Absorção e eliminação ( Farmacocinética)
  • Os 9 certos da Enfermagem.

Farmacodinâmica: 

Conceito:

É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que produzem alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A interação, a nível celular, entre um medicamento e certos componentes celulares – proteínas, enzimas ou receptores-alvo,
representa a ação do fármaco. A resposta decorrente dessa ação é o efeito do medicamento.

Tipos de Fármaco:

Fármaco Agonista: Intensifica ou estimula um receptor;
Fármaco Antagonistas: Interage com um receptor mas não estimula, impede as
ações de um agonista.

Podem ser também: 

  • Competitivos: Compete com o agonista pelos sítios receptores;
  • Não-competitivos: Liga-se aos sítios receptores e bloqueia os efeitos do agonista.

 

Farmacocinética: 

Conceito:

 É o caminho que o medicamento faz no organismo. Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação mais sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção, que são: absorção, distribuição, bio-transformação e excreção. Note também que uma vez a droga no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea sendo essa divisão apenas de caráter Didático.

droga. movimento. entra. excreção.

Fases da farmacocinética:

 Absorção

A absorção, é a primeira etapa que começa com a escolha da via de administração
até o momento que a droga entra na corrente sanguínea. Vias de administração como
intra-venosa e intra-arterial não passam por essa etapa, entram direto na circulação
sanguínea.

Existem fatores que interferem nessa etapa, dentre eles temos:

  • O pH do meio;
  • Forma farmacêutica;
  • Patologias (úlceras estomacais, por exemplo);
  • Dose da droga a ser administrada;
  • Concentração da droga na circulação sistêmica;
  • Concentração da droga no local de ação;
  • Distribuição da droga organicamente;
  • E as drogas nos tecidos de distribuição e a eliminação metabolizada ou excretada.

Temos ainda um fator a ser relevado que é a característica química da droga pois esta interfere no processo de absorção.

Efeito de primeira passagem: 

É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela microbiota intestinal, antes
que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração que estão sujeitas
a esse efeito são: via oral e via retal (em proporções bem reduzidas).

Distribuição farmacológica:

Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O
processamento da droga no organismo passa primeiramente nos órgãos de maior
vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de
menos irrigação (tecido adiposo por exemplo).

É nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer baixa concentração de proteínas plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição, hepatite e cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas plasmáticas, reduzindo assim como o nível delas no sangue.

Bio-transformação:

Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a
posterior excreção. A Bio – transformação dá-se em duas fases, são elas:

  • Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise;
  • Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico.

A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga e diferente
da fase 2, obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a
excreção. Essa é a fase que prepara a droga para a excreção.

Excreção:

Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o meio externo.
Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou
secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em
atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa do fármaco.

Os sítios de excreção denominam-se emunctórios e, além do rim, incluem:

• Pulmões,
• Fezes;
• Secreção biliar,
• Suor,
• Lágrimas,
• Saliva,
• Leite materno.

Retirando desta lista os pulmões para os fármacos gasosos ou voláteis, os demais
sítios são quantitativamente menos importantes.

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Conhecendo as Drogas Vasoativas (DVA) – Parte II

Já estudamos sobre a definição, classificação e cuidados de enfermagem das Drogas Vasoativas, agora vamos conhecer melhor cada droga! Se você não conferiu o primeiro post sobre Drogas Vasoativas, clique AQUI para conferir!

Catecolaminas:

Noradrenalina

É o neurotransmissor do sistema nervoso simpático e precursor da adrenalina. A noradrenalina possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1 adrenérgico, com pouca ação sobre receptores beta 2.

Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da frequência cardíaca e importante vasoconstrição periférica, com aumento da pressão arterial.

A noradrenalina é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica. É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar, e deve ser usada com prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar.

Por outro lado, é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes.

Adrenalina:

É um potente estimulador alfa e beta adrenérgico, cujo efeito vasopressor é muito conhecido. O mecanismo da elevação da pressão arterial causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da freqüência cardíaca e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas).

Na musculatura lisa, sua ação predominante é de relaxamento através da ativação de receptores alfa e beta adrenérgicos.

A droga exerce também broncodilatação, pela interação com receptores beta 2 do músculo liso bronquial, combinada à inibição da degranulação de mastócitos. A adrenalina também eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da secreção de insulina) e do lactato sérico.

As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório que não respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga. Recomenda-se esta droga no tratamento de brocoespamos severos.

É também indicada no tratamento da anafilaxia e, durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz.

Dopamina:

É o precursor imediato da noradrenalina. Possui inúmeros efeitos, pois estimula todos os tipos de receptores, sendo estes dose-dependentes. Em baixas doses, possui efeito dopaminérgico predominante, causando aumento do débito cardíaco; diminuição da resistência vascular sistêmica e vasodilatação renal e mesentérica.

Em doses médias, possui um efeito beta predominante, aumentando o débito cardíaco; a pressão arterial e a diurese. Em doses elevadas, o efeito predominante é o alfa, causando aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial e diminuição do fluxo sanguíneo renal.

Assim, as indicações principais da dopamina estão relacionadas aos estados de baixo débito com volemia controlada ou aumentada (efeito beta adrenérgico). Pelo fato de essa droga vasoativa possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador renal, é também indicada em situações nas quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, porém com oligúria persistente (efeito dopaminérgico).

Ela pode, também, ser utilizada em condições de choque com resistência periférica diminuída (efeito alfa adrenérgico).

Dobutamina

É uma droga simpatomimética sintética, com ação predominantemente beta 1 agonista. Esta droga possui baixa afinidade por receptores beta 2 e é quase desprovida de efeitos alfa adrenérgicos.

A dobutamina apresenta poucos efeitos sobre a frequência cardíaca, aumenta a contratilidade miocárdica e o índice cardíaco, não agindo sobre a resistência vascular periférica.

A droga é utilizada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco, em pacientes nos quais a disfunção ventricular acarreta diminuição no volume sistólico e no débito cardíaco como por exemplo, choque cardiogênico e insuficiência cardíaca congestiva.

O consumo de oxigênio do miocárdio, sob o uso da dobutamina, é menor do que sob a ação de outras catecolaminas.

Dopexamina

É uma catecolamina sintética com atividade dopaminérgica e beta 2 agonista, com fraco efeito beta 1 adrenérgico e ausência de efeitos em receptores alfa.

Quando comparada à dopamina, a dopexamina tem menor potência ao estimular receptores dopaminérgicos, ao passo que seus efeitos beta 2 são cerca de sessenta vezes mais potentes.

Assim, o estímulo de receptores beta resulta em aumento no débito cardíaco, queda da resistência vascular sistêmica e aumento no volume urinário e na excreção de sódio, por estimulação dopaminérgica.

Além disso, a droga potencializa os efeitos da noradrenalina endógena, pelo bloqueio da recaptação da mesma. A dopexamina pode ser utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca aguda e congestiva e nos pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca, que evoluem com baixo débito.

Além disso, a dopexamina pode, também, ser utilizada no choque séptico, em associação com a noradrenalina, na tentativa de prevenção da insuficiência renal aguda e no incremento do fluxo mesentérico e da perfusão gastrintestinal.

Isoproterenol:

É uma catecolamina sintética, de estrutura semelhante à adrenalina. É um potente agonista beta adrenérgico, com afinidade muito baixa pelos receptores alfa. Portanto, exerce efeitos potentes no sistema cardiovascular, como aumento da contratilidade, freqüência e velocidade de condução do estímulo elétrico cardíaco.

Observa-se um aumento no débito cardíaco e no consumo de oxigênio do miocárdio. A estimulação dos receptores beta adrenérgicos resulta num relaxamento da musculatura lisa vascular ao mesmo tempo em que a resistência vascular sistêmica e a pressão diastólica caem.

O músculo liso da via aérea brônquica e vascular pulmonar também são relaxados pelo isoproterenol, ocasionando uma diminuição da resistência vascular pulmonar e reversão de broncoespamos.

Está indicado principalmente nas síndromes de baixo débito com pressões de enchimento elevadas e resistência periférica e pulmonar também elevadas (choque cardiogênico). É também indicado para tratar os casos de bradicardia com repercussão hemodinâmica até que uma terapia definitiva (marcapasso) seja utilizada.

VASODILATADORES:

Nitroprussiato de sódio:

É um vasodilatador misto, com efeitos sobre os territórios arterial e venoso. Age diretamente na musculatura lisa vascular. Não apresenta efeito direto sobre as fibras musculares cardíacas, sendo seu incremento no débito cardíaco devido à ação vasodilatadora.

O fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular são mantidos e a secreção de renina, pelo organismo, é aumentada. A droga promove então, diminuição da resistência periférica total, da pressão arterial e do consumo de oxigênio do miocárdio, pouca alteração da frequência cardíaca e diminuição da resistência vascular pulmonar.

O metabólito ativo da droga é o óxido nítrico, que parece ser o responsável pela ação vasodilatadora. O nitroprussiato de sódio é uma molécula instável, que sofre decomposição em condições alcalinas e quando exposto à luz.

É indicado no tratamento das emergências hipertensivas e como droga auxiliar nos estados de choque circulatório, com pressões de enchimento ventricular e resistência periférica aumentadas.

Os estados de baixo débito, associados à disfunção celular grave são de ocorrência relativamente comum nas Unidades de Terapia Intensiva. O emprego das drogas vasoativas é de importância vital para a reversão desta situação, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.

Essas drogas possuem, em geral, ação rápida e potente, porém seu índice terapêutico é baixo, devendo ser administradas mediante adequada monitorização hemodinâmica e laboratorial.

Nitroglicerina:

A nitroglicerina é um derivado do nitrato orgânico que se metaboliza rapidamente no fígado por uma nitrato-redutase. A droga atua sobre as veias sistêmicas e as grandes artérias.

Em angina pectoris aumenta a capacidade das veias, o que diminui o retorno venoso ao coração e a pressão diastólica no VE, razão pela qual as necessidades de oxigênio são menores. Na circulação arterial coronária, dilata os vasos de pouca resistência, o que dá origem a uma distribuição do fluxo coronário.

Se o ateroma estiver localizado excentricamente, dilata as estenoses arteroscleróticas. Também dilata o leito arteriocular, com diminuição da resistência vascular sistêmica. É indicado em casos de Angina pectoris, como monoterapia ou em combinação com outros antianginosos, como beta-bloqueadores ou antagonistas dos canais do cálcio.

Insuficiência cardíaca em pacientes que não respondem ao tratamento convencional com digital e outros fármacos inotrópicos positivos e diuréticos.

HORMÔNIO ANTI-DIURÉTICO:

Vasopressina: é um hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume da urina.

Este hormônio é chamado de vasopressina, pois aumenta a pressão sanguínea ao induzir uma vasoconstrição moderada sobre as arteríolas do corpo. O medicamento atua no néfron, favorecendo a abertura dos canais de água (aquaporinas) nas células do túbulo de conexão e túbulo coletor.

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Descomplicando os cálculos de medicações – Regra de Três!

A maioria dos cálculos de medicações presentes em provas ou exercícios podem ser resolvida através da Regra de Três! E pode ter certeza, que esse assunto cai nas provas!

Regra de três: O que é? 

A regra de três simples é um processo prático para resolver problemas de razão e proporção, que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três. Ou seja, iremos descobrir o quarto valor a partir dos três que a questão nos dá!

ATENÇÃO: A regra de três, serve para relacionar grandezas proporcionais! Ou seja, se a questão lhe trouxer duas grandezas, você precisará converter.

Como converter medidas?

Não sei para vocês, mas essas transformações sempre foram meu terror. Na minha época de curso, quase surtei! rs

Tentei explicar de modo simples, caso vocês não entendam, podem mandar um e-mail ou deixar nos comentários que acho outro meio de explicar, o importante é realmente entender e aprender. Então, vamos lá!

 

Kg → g → mg: Nessa situação sempre iremos multiplicar por 1000 para obter a transformação.

mg → g → Kg: Nessa situação sempre iremos dividir por 1000 para obter a transformação.

L → ml: Nessa situação sempre iremos multiplicar por 1000 para obter a transformação.

ml → L: Nessa situação sempre iremos dividir por 1000 para obter a transformação.

Se liga nesse exemplo:

  • Tenho 3 g  e quero passar pra mg (eu multiplico por 1000!) = 3 x 1000 = 3000mg
  • Tenho 2500 mg e quero passar para g ( eu divido por 1000!) = 2500 : 1000 = 2,5g
  • Tenho 4kg  e quero passar para g (eu multiplico por 1000!) = 4 x 1000 = 4000g
  • Tenho 2700ml e quero passar para L (eu divido por 1000!) = 2700 : 1000 = 2,7 L
  • Tenho 3,5 L e quero passar para ml (eu multiplico por 1000!) = 3,5 x 1000 = 3500ml

Deu pra entender? Agora vamos aos cálculos!

 Como montar os cálculos:

Lembra que falei lá em cima que a questão nos dará 3 valores ou termos e iremos precisar descobrir o quarto?! Para montar a conta você precisará saber:

  • A concentração que tem (em mg);
  • O volume que tem (em ml);
  • A concentração que o médico pede (em mg);
  • E o volume que será necessário para diluir (em ml).

Vamos montar então:

  • A primeira informação que irá colocar será a concentração que a questão nos dá;
  • A segunda informação paralela a ela (a lado) será o volume que temos;
  • A terceira informação será a concentração que pede;
  • E a quarta informação será o valor que precisamos achar representado pelo X!

Concentração que tenho (mg) ______________ Volume que tenho (ml)

Concentração que pede (mg) _______________ Volume que precisamos achar (ml)

Deu pra entender? Como dizem na minha terra, o que é engraçado a gente não esquece, vou ensinar um macete!

Fui Salvo Pela Xuxa!

Para ajudar a montar a conta:

FUI ____ Salvo

PELA ____ XUXA

Onde:

F= frasco ampola disponível mg ___________ S= solução ml
P= prescrição médica (mg) ________________  X (ml)

Após a conta montado, é hora do meio pelos extremos (ou popularmente conhecido por alguns como cruz credo! hahaha)

Isso nada mais é do que traçar um X na sua questão e unir os valores na diagonal! Exemplo:

Então, vamos a mais um exemplo:

  1. Prescrição médica solicita infusão de 20mg de Gentamicina. Temos ampola de 80mg/2mL, quanto iremos administrar?

Lembra do macete? Esse é o momento do Fui salvo pela Xuxa!

 
 
Frasco _____________ Solução
Prescrição _________ X
 
 
80 mg ____ 2 ml
20 mg ____ x
 
 
E agora é hora do cruz credo (ou meio pelos extremos)!
 
80x =20.2
x= 40/80
x = 0,5 ml
 
Resposta: Irei aspirar 0,5 ml que equivale á 20 mg de Gentamicina
 
 
 
 2. Instalado 480mL de hidratação para infusão em seis horas. Após uma hora da instalação, a hidratação venosa foi suspensa. Calcule o volume infundido.
 
  • Para resolver a situação 2, é preciso utilizar uma regra de três envolvendo a relação volume/tempo (mL/hora), nos seguintes termos:
 
  • Volume existente (ml) _____________ Tempo esperado (hora ou minuto)
  • Volume desejado (ml) _____________ Tempo desejado (hora ou minuto)
 
 
 
Aplicando a regra:
 
480ml _____ 6h
x ml _______ 1h
 
 
6x =480.1
x = 480.6
x = 80 ml
 
 
Resposta: Em uma hora, foi infundido 80mL de hidratação venosa.
 
Já conferiu nosso post sobre Cálculos de Gotejamento? Clique AQUI e confira
 
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Conhecendo as Drogas Vasoativas (DVA) – Parte I

Drogas Vasoativas

Conceito:

O termo drogas vasoativas é atribuído às substâncias que apresentam efeitos:

  • Vasculares periféricos;
  • Pulmonares;
  • cardíacos.

Esses efeitos podem ser diretos ou indiretos agindo através de receptores situados no endotélio vascular. Comumente utilizadas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em pacientes graves e hemodinamicamente instáveis para restaurar a perfusão tecidual, principalmente para regular a frequência cardíaca e volume sistólico.

A utilização dessas medicações requer o controle e a utilização hemodinâmica invasiva ou não invasiva para seu manejo.  O equilíbrio hemodinâmico é essencial no processo de controle e reversão da disfunção que pode acometer múltiplos órgãos do paciente independente de sua doença de base. E quando se busca o equilíbrio hemodinâmico, quer-se adequar a oferta tecidual de oxigênio e nutrientes para os tecidos, compensando assim qualquer desequilíbrio existente entre oferta e demanda.

ATENÇÃO: O conhecimento sobre drogas vasoativas, assim como sua indicações, limitações e efeitos hemodinâmicos é primordial para uma utilização consciente e livre de danos ao paciente, evitando iatrogenias.

Classificação das DVAS

As drogas vasoativas podem ser classificadas em:

  • Vasopressoras: elevam a Pressão Arterial através da vasoconstrição arterial e venosa;
  • Vasodilatadoras e Inotrópicas:  Promovem a melhora da contratilidade miocárdica e a melhora do volume de ejecção.

É importante lembrar que dependendo da dose, algumas delas podem exercer diferentes funções e papéis, dependendo da dose prescrita.

Principais DVAS: 

Catecolaminas: Possuem efeitos de acordo com a dose que são administradas, podendo estimular receptores alfa, beta e dopa.  Essas drogas são, então, classificadas em alfa adrenérgicas, beta adrenérgicas e dopaminérgicas ou mistas, de acordo com o predomínio de receptores sensibilizados. também denominadas aminas vasoativas ou drogas simpatomiméticas. Dentre elas, destacam-se:

  • Noradrenalina;
  • Adrenalina;
  • Dopamina;
  • Dobutamina;
  • Isoproterenol.

Vasoconstritor (Hormônio Anti-diurético):

  • Vasopressina.

Vasodilatadores:

  • Nitroprussiato de sódio;
  • Nitroglicerina.

Cuidados gerais:

As drogas devem ser prescritas junto a outras medidas terapêuticas para que possa adequar o equilíbrio hemodinâmico do paciente, por exemplo: reposição volêmica é imprescindível, assim como a correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, correção ácido-básicos e gasometria.

É também necessário o uso de monitorização hemodinâmica invasiva, quando estiver sob uso dessas substâncias, pois suas potentes ações podem determinar mudanças drásticas tanto em parâmetros circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua suspensão ou algo pior ao paciente.

Cuidados de Enfermagem:

  • Preparo, administração e controle das drogas
  • Monitorização de dados vitais
  • Monitorização do débito urinário
  • Monitorização da perfusão sanguínea
  • Cuidados com o acesso venoso
  • Registros de Enfermagem

Preparo, administração e controle das drogas:

  • Estabelecer critérios de diluição das drogas por meio de protocolos institucionais;
  • Observar aspecto da solução antes e durante a administração;
  • Realizar dupla checagem com o enfermeiro antes de administrar;
  • Administrar as drogas com a bomba de infusão;
  • Calcular a dosagem das drogas em ug/Kg/min ou ug/Kg/h, isso varia de acordo com cada droga;
  • Controlar rigorosamente a velocidade de infusão das drogas;
  • Manter o peso do paciente sempre atualizado;
  • Estar atento aos sinais de desidratação antes de iniciar a infusão da droga;
  • Saber a ação, estabilidade e interação medicamentosa da droga que irá administrar;
  • Conhecer as drogas fotossensíveis  e usar equipo e proteção fotossensível para elas;

Monitorização dos dados vitais:

  • Aferir sinais vitais de modo contínuo;
  • Observar alterações do traçado de ECG;
  • Realizar leitura da PVC a cada duas horas ou conforme protocolo instituicional;

Monitorização do débito urinário:

  •  Controlar volume urinário a cada duas horas ou conforme protocolo institucional;
  • Atentar para alterações das função renal como: diminuição ou aumento do débito urinário, acompanhamento dos valores de uréia, creatinina e clarence de creatinina;
  • Realizar balanço hídrico rigoroso;

Monitorização da perfusão sanguínea

  • Acompanhar as variações do pulso e perfusão e temperatura periférica;
  • Manter as extremidades protegidas das perdas de calor (se possível, enfaixamento com algodão hidrófilo e atadura);
  • Observar para não garrotear os membros
  • Realizar rodízio do manguito de pressão arterial –  se possível é mais indicado ao paciente o uso de PAI.
  • Observar e avaliar o enchimento capilar

Cuidados com acesso venoso

  • Preferencialmente este paciente deverá usar cateter venosos central
  • Se possível infusão da droga em via exclusiva
  • Lavar a via com menor volume possível para evitar bolus da medicação;
  • Restringir número de extensões e dispositivos na via da droga;
  • Manter dispositivo venoso sempre pérvio;
  • Preferir veias calibrosas como a cefálica ou basílica em caso de acesso periférico e estar atento a sinais flogísticos e flebite;
  • Não injetar drogas em bolus pela via utilizada para a infusão da droga;
  • Observar sinais de infiltração e sinais de hiperemia local.

Registros de enfermagem

  • Anotar tudo aquilo que foi realizado com o paciente;
  • Anotar intercorrências.

Infusões:

Sobre a infusão é importante saber que:

Deverá sempre ser infusionado em BIC – Bomba de Infusão Contínua!

  • Bolus – menor /igual 1 minuto;
  • Infusão rápida – 1 e 3 minutos;
  • Infusão lenta – 30 e 60 minutos;
  • Infusão contínua -tempo superior a 60 minutos;
  • Infusão Intermitente -tempo superior a 60 minutos não continua.

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Grupos farmacológicos: Antibióticos!

Conceito:

Antibióticos são substâncias produzidas por células vivas que inibem ou matam os
microrganismos, podem ser feitas a partir de: fungos, bactérias, leveduras e de forma
sintética.

Os antibióticos podem ser de amplo espectro (eficaz contra
muitos microrganismos), ou podem ser de baixo espectro (eficaz contra alguns
microrganismos).

Grupos dos Antibióticos:

Penicilinas:

Origem: Primeiro antibiótico descoberto, e é utilizado até os dias atuais. Originado
do fungo: Penicilium.

Tipos:

• Penicilina G Potássica ;
• Penicilina G Procaína;
• Penicilina G Benzatina;
• Penicilina semi-sintética:
• Amoxacilina ácido clavulânico;
• Amoxicilina;
• Ampicilina Sódica;
• Cloridrato de bacampicilina;
• Cloxacilina sódica;
• Dicloxacilina sódica;
• Oxacilina sódica;
• Ticarcilina dissódica e clavulanato de potássio.

Cefalosporina de 1ª Geração:

Origem: Derivado de fungo, são ativos nos microrganismos das vias urinárias, e
contra estafilacocus e estreptococos (algumas cepas);

Tipos:

  • Cefadroxil;
  • Cefalexina;
  • Cefazolina sódica;
  • Cefradina.

Cefalosporina de 2ª Geração:

Origem: Derivado originalmente do fungo, atinge os mesmos da 1 geração e também contra o haemophilus influenzae, invasor comum do ouvido médio e das vias
respiratórias.

Tipos:

  • Cefaclor;
  • Cefotetan dissódico;
  • Cefoxitina sódica;
  • Cefprozil;
  • Ceforuxina Acetil;
  • Ceforuxina sódica;
  • Naftato de cefamandol.

Cefalosporina de 3ª Geração:

Origem: Derivada de fungo eficaz contra estreptococos e pneumococos , é mais
eficaz contra gram negativos do trato gastrointestinal.

Tipos:

  • Cefdinir;
  • Cefixima;
  • Cefoperazona sódica;
  • Cefotaxima sódica;
  • Cefpodoxima sódica;
  • Ceftizoxima sódica;
  • Ceftibuteno.

Tetraciclina:

Origem: originária de fungos , de amplo espectro e eficazes contra muitos
microrganismos, em especial os que invadem o sistema respiratório, e os tecidos moles.

Tipos:

  • Cloridrato de tetraciclina.

Eritromicina:

Origem: antibacteriana, a eritromicina é utilizada frequentemente em infecções por
estafilococo , haemophilus influenzae, mycoplasma pneumoniae, usados em uretrites
não gonocócicas e no acne vulgaris.

Tipos:

  • Eritromicina;
  • Estolato de eritromicina;
  • Azitromicina;
  • Claritromicina;
  • Diritromicina.

Quinolonas:

Origem: antibacteriano de largo espectro, utilizados em microrganismos que
invadem as vias respiratórias , gastrointestinais e urinárias.

Tipos:

  • Cloridrato de ciprofloxacino;
  • Acido Nalidíxico;
  • Levofloxacino;
  • Norfloxacino;
  • Ofloxacina.

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Bulário: Propofol – para que serve, indicações e efeitos colaterais.

O Propofol é uma das principais escolhas para sedativos em hospitais. O seu início de ação verifica-se cerca de 30 segundos após a administração. Usualmente, o recobro da anestesia é rápido. Tal como acontece com todos os anestésicos gerais, o mecanismo de ação deste medicamento é pouco conhecido.

A recuperação da anestesia é geralmente rápida e total com uma incidência baixa de cefaleias, náusea e vômitos pós-operatórios.

Medicamento de referência:  Diprivan.

Indicação:

  • Esse medicamento é um anestésico de curta duração, indicado para indução da anestesia geral e a manutenção da mesma.
  • Manutenção de sedação de doentes em unidades de cuidados intensivos .

Posologia:

  • Seu uso é injetável, por via intravenosa que pode ser em infusão contínua ou em bolus.
  • Medicamento de uso hospitalar, – restritos a médicos especializados.
  • As doses devem ser individualizadas de acordo com  idade e a condição do paciente.
  • Quando administrado na sedação consciente de adultos para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os doentes deverão ser monitorizados permanentemente, tendo em atenção os primeiros sinais de hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessaturação de oxigénio.

Contraindicações:

  • Anestesia obstétrica;
  • Gestantes;
  • Hipersensibilidade ao medicamento;
  • Diprivan contém óleo de soja refinado. Este medicamento não deve ser administrado a doentes alérgicos à soja ou ao amendoim;
  • propofol não está recomendado para a indução da anestesia geral em crianças com menos de 3 anos de idade e na manutenção da anestesia geral em crianças com idade inferior a 2 meses;
  • Pressão intracraniana aumentada ou circulação cerebral prejudicada.

Contraindicações que exigem avaliação (Risco x Benefícios):

  • Distúrbios circulatórios;
  • Distúrbios metabólicos lipídico – pancreatite, hiperlipoproteinemia, hiperlipidemia diabética;
  • Hipovolemia;
  • Insuficiência cardíaca, hepática, renal e respiratória.

Efeitos colaterais:

  • Acidose respiratória;
  • Hiperlipidemia;
  • Cólica abdominal;
  • Contrações musculares;
  • Convulsões;

Cuidados de enfermagem:

  • Uso hospitalar
  • Testar a permeabilidade do acesso venoso antes de administrar o anestésico.
  • Pode ter os efeitos depressores do SNC aumentados por álcool.
  • Antes da administração, o produto pode ser misturado apenas por dextrose a 5% ou lidocaína.
  • Manter o produtto a uma temperatura entre 4 e 22ºC. Não refrigerar.
  • Disponibilizar materiais e medicamentos para os casos de atendimento de emergência, como parada cardiorrespiratória ou choque anafilático;
  • Não utilizar a medicação durante a gestação ou lactação – avaliar risco benefício.
  • Monitorar a pressão arterial pois pode gerar hipotensão.
  • Cuidados a ter no manuseamento: Agitar antes de usar, usar apenas preparações homogêneas e recipientes não danificados.
  • A assepsia deve ser estendida a todo o equipamento de perfusão. O limite de tempo de perfusão não deve exceder as 12 horas (emulsão lipídica). Após este tempo deve ser eliminado e substituído.
  • Os agentes bloqueadores neuromusculares, Atracurium e Mivacurium, não devem ser administrados através da mesma via intravenosa do Propofol, sem primeiro limpar essa via.
  • A duração da administração não deve exceder os 7 dias.

 

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Bulário: HEPARINA – Tudo que você precisa saber!

A Heparina é uma medicação pertencente ao grupo farmacológico dos anticoagulantes e sua principal função é evitar a formação de trombos. É muito utilizado na redução da capacidade de coagulação sanguínea, ajudando assim na prevenção ativa da formação de coágulos.

   Medicamento de referência: Liquemine.

   Indicação:

  • Tratamento: Coagulação intravascular disseminada.
  • Profilaxia: Tromboembolismo
  • Profilaxia e tratamento: Tromboembolismo pulmonar e Trombose venosa profunda (TVP).

Outras indicações:

-Anticoagulante para indução de circulação extracorpórea em cirurgia cardíaca.
-Anticoagulante para auxílio no tratamento da fibrilação atrial (F.A).
-Anticoagulante para utilização em procedimentos de hemodiálise.

-Tratamento de síndromes coronarianas agudas incluindo infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina instável.

Você sabia?

A heparina interage com a antitrombina, formando um complexo ternário que inativa várias enzimas da coagulação, tais como os fatores da coagulação (II, IX e X) e mais significativamente a trombina. Esta interação aumenta em mais de 1000 vezes a atividade intrínseca da antitrombina. Pode-se reverter o efeito da heparina através da administração de um antídoto, chamado protamina.

Atualmente encontra-se disponível no mercado a heparina de baixo peso molecular, que possui maior efetividade e menor incidência de efeitos colaterais.

Como ela age no organismo?

Encontra-se presente nos tecidos que estão em contato com o meio externo, tais como pulmões, pele e mucosa intestinal, ou em órgãos responsáveis pela defesa do organismo, tais como timo e gânglios linfáticos. A heparina encontra-se dentro dos grânulos secretórios dos mastócitos.

Posologia:

Uso injetável (em bolus ou em infusão contínua) ou por via subcutânea. E as suas doses e intervalos devem ser estabelecidos pelas provas de coagulação!

Principais Precauções com o uso de Heparina!

Como o seu efeito útil é de tornar o sangue mais fino e inibe a formação de trombos ou coágulos, e também aumenta as concentrações de lípidos no sangue, é preciso tomar certos cuidados com o uso da heparina. Ele pode causar alguns efeitos adversos como:

-Hemorragias
-Trombocitopenia (diminuição da contagem de plaquetas).
-Queda do cabelo (alopécia) transitória.
-Osteoporose.
-Reações alérgicas.
-Necrose de pele.

É também contraindicada em doentes com hemofilia, trombocitopenia, púrpuras, hipertensão arterial, endocardite, úlcera ou insuficiência hepática ou renal.

 

SE LIGA! Mapa conceitual dessa aula!

É isso pessoal, espero que vocês tenham gostado e não se esqueçam que esse material está disponível para download de modo gratuito! Qualquer dúvida, entre em contato! Até a próxima!

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