Categoria: Cateteres
Link permanente para este artigo: https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2024/01/13/cateter-de-shirley-swan-ganz-na-pratica-de-enfermagem-indicacoes-e-cuidados-essenciais/
10 Cuidados de Enfermagem ao paciente com Sonda Nasogástrica
- Higiene das mãos: Lave as mãos adequadamente antes de lidar com a sonda nasogástrica (SNG). Use luvas estéreis, se necessário, para evitar a contaminação.
- Posicionamento adequado: Certifique-se de que a sonda esteja posicionada corretamente no estômago. Verifique a marcação da sonda e compare-a com a distância do nariz à orelha e da orelha ao umbigo do paciente. Documente essa verificação regularmente.
- Fixação segura: Fixe a sonda nasogástrica de forma segura ao paciente. Utilize fita adesiva ou dispositivos de fixação apropriados, levando em consideração a sensibilidade e a integridade da pele do paciente.
- Verificação da posição: Verifique periodicamente a posição da sonda nasogástrica. Monitore a aspiração gástrica para confirmar a presença de conteúdo gástrico adequado e ausência de sinais de aspiração pulmonar.
- Irrigação e administração de medicações: Siga as orientações do médico ou do protocolo institucional para a irrigação da sonda nasogástrica e administração de medicações via sonda. Lembre-se de usar seringas estéreis e soluções adequadas.
- Registro adequado: Registre de forma precisa todas as ações relacionadas à sonda nasogástrica, como posição, aspiração gástrica, irrigações, administração de medicações e qualquer problema ou preocupação observada.
- Monitoramento de sinais vitais: Observe regularmente os sinais vitais do paciente, incluindo frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura e saturação de oxigênio, para detectar possíveis complicações, como aspiração pulmonar.
- Hidratação e nutrição: Colabore com a equipe de saúde para garantir que o paciente receba hidratação e nutrição adequadas de acordo com as prescrições médicas. Monitore a ingestão e a eliminação de líquidos.
- Prevenção de infecções: Realize cuidados adequados de assepsia ao redor do local de inserção da sonda nasogástrica para prevenir infecções. Mantenha a área limpa e seca.
- Avaliação e conforto do paciente: Observe sinais de desconforto ou irritação relacionados à sonda nasogástrica. Se o paciente estiver relatando dor ou desconforto excessivo, comunique a equipe de saúde para que as medidas adequadas sejam tomadas.
Lembrando que os cuidados com a sonda nasogástrica podem variar de acordo com as políticas institucionais e as necessidades individuais do paciente. Sempre siga as diretrizes e orientações específicas do local de trabalho e consulte a equipe de saúde quando necessário.
Link permanente para este artigo: https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2023/07/09/10-cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-com-sonda-nasogastrica/
PICC – Cateter Central de Inserção Periférica
PICC
O Cateter Central de Inserção Periférica, também conhecido como PICC, é um cateter de longa permanência que possui sua inserção periférica com localização central. Nos últimos anos vem sendo utilizado cada vez mais nos pacientes que necessitam de terapia infusional prolongada.
O cateter
Esse cateter é confeccionado em material macio, flexível que pode ser silicone ou poliuretano e também é radiopaco (pode ser visualizado em radiografias).
Atualmente no mercado temos modelos como:
- Power PICC
- Valvulado
A escolha de quantos lúmens deverá ser observada e decidida mediante a terapia indicada e o caso clínico do paciente. Portanto, eles podem ser:
- Monolúmen
- Duplo lúmen
- Triplo lúmen
Ele é indicado para pacientes em que fazem uso de terapia intravenosa com:
- Drogas vasoativas;
- Soluções vesicantes e irritantes;
- Nutrição parenteral prolongada;
- Antibióticoterapia;
- Infusões hipertônicas
O enfermeiro e o PICC
Quando o assunto é PICC o enfermeiro é o grande protagonista! Você sabia que de acordo com a resolução 258/2011, o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) passou a reconhecer a implantação do PICC, como uma competência do enfermeiro, mediante curso com formação específica? Isso mesmo, é uma atribuição do enfermeiro habilitado.
Indicações
- Obter via pérvia de acesso venoso profundo por tempo prolongado;
- Administrar soluções hiperosmolares (ex: nutrição parenteral, solução glicosada em concentração maior que 12,5%, aminas vasoativas);
- Administrar soluções vesicantes e irritantes.
Contra-indicações:
- Administrar grandes volumes “em bolus” e sob pressão;
- Difícil acesso venoso periférico por punções repetidas com formação de hematoma e trombo no local ou membro da punção;
- Lesões cutâneas no local da inserção.
Benefícios
- Fácil inserção do cateter e manuseio pela equipe;
- Tempo de permanência prolongado;
- Menor risco de infecção em relação a outros dispositivos vasculares centrais;
- Preservação da rede venosa;
- Indicado para terapia domiciliar;
- Redução do estresse causado por múltiplas punções;
- Preservação dos demais acessos venosos;
- Melhor hemodiluição das drogas, diminuindo a agressão ao sistema vascular;
- Não há risco de trombose de sistema porta;
- Menor desconforto e dor para o paciente;
- Menor restrição da mobilidade;
Procedimento:
Escolha do acesso venoso:
Preferencialmente as veias escolhidas são:
- basílica
- cefálica
- mediana cubital.
Características
A veia escolhida deve possuir algumas características, como: serem veias palpáveis, calibrosas, e “retas” o suficiente para a inserção e adequação da agulha introdutória.
A pele sobrejacente à veia escolhida deverá estar íntegra e não apresentar sinais de: hematomas, infecção (flebites, celulites e abscessos), alterações anatômicas.
Escolha do cateter
O cateter a ser utilizado deve ser proporcional ao calibre proporcional ao da veia selecionada e da terapia proposta e sempre deve-se dar preferência a cateter de lúmem único, exceto se paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva.
Material Necessário
Bandeja contendo material estéril:
- 2 cubas redondas
- 1 tesoura
- 1 pinça anatômica pequena não serrilhada
- 1 pinça Pean
- 2 campos simples
- 1 campo fenestrado
- Gaze
- Avental
- Campo estéril
- Gorro
- EPI’s: máscara, óculos e luvas estéreis
Demais materiais:
- Clorexidina degermante e alcoólica
- Soro Fisiológico 0,9%
- Seringas de 10 ml
- Fita métrica não estéril;
- Cateter de calibre adequado (acompanhado de fita métrica, conjunto de agulha e introdutor estéreis);
- Película transparente
- Anestésico local
- Ultrassom
Procedimento
Medidas prévias à inserção do PICC
- Comunicar ao setor de radiologia a necessidade de realizar radiografia imediatamente ao término do procedimento;
- Higienizar as mãos;
- Avaliar as condições clínicas do paciente;
- Reunir/conferir os materiais necessários para a execução do procedimento;
- Posicionar o paciente em decúbito dorsal e colocar o membro selecionado para punção (preferencialmente MSD) em ângulo de 90º em relação ao tórax;
- Garrotear o membro escolhido para a punção;
- Realizar o exame físico dos vasos sangüíneos através da técnica de inspeção e palpação e com auxílio de ultrassom;
- Retirar o garrote após exame físico;
- Mensurar com a fita métrica: perímetro braquial; distância entre o possível ponto de punção e a articulação escápulo-umeral, deste ponto até a fúrcula esternal e em seguida até o 3º espaço intercostal, acrescentar ao valor mensurado, aproximadamente 3cm.
Inserção do cateter:
É necessário que durante esse momento do procedimento, o profissional que executará a punção seja auxiliado por outro profissional.
Profissional que irá auxiliar:
- Paramentar-se com: gorro, máscara e óculos (todos os profissionais envolvidos no procedimento);
- Higienizar as mãos;
- Auxiliar o profissional que irá realizar a punção a paramentar-se.
- Abrir o material estéril;
- Posicionar o ultrassom.
Profissional a executar a punção:
- Paramentar-se com: gorro, máscara e óculos (todos os profissionais envolvidos no procedimento);
- Higienizar as mãos com solução degermante;
- Vestir o avental estéril;
- Calçar as luvas estéreis;
- Com o paciente já posicionado em decúbito dorsal, e membro em ângulo de 90º, realizar anti-sepsia do sítio de inserção com solução degermante por no mínimo 3 minutos, retirar o excesso com solução salina a 0,9% ou clorexidina alcoólico;
- Posicionar os campos simples e fenestrados;
- Lubrificar o cateter com a solução salina a 0,9%, preenchendo o lúmem através do injetor lateral. Para os cateteres que não possuam injetor lateral, sugere-se que sejam imersos em recipiente estéril, contendo solução salina a 0,9%.
- Medir o cateter com a fita métrica estéril e cortá-lo de acordo com a medida realizada anteriormente;
- Executar a punção introduzindo apenas o bisel da agulha com auxílio do ultrassom.
Introduzir aproximadamente 5cm do cateter lentamente na luz do vaso através da agulha ou cateter introdutor, com auxílio da pinça anatômica; - Retirar a agulha ou o cateter introdutor da luz do vaso, pressionando a pele;
- Partir a agulha ou o cateter introdutor conforme orientação do fabricante;
- Retirar o fio guia (se houver);
- Avançar por completo o cateter utilizando a pinça auxiliar até alcançar a medida aferida previamente;
- Testar a permeabilidade do cateter, com solução salina a 0,9%;
- Realizar exame de raio-x para verificar o correto posicionamento do cateter;
- Retirar os campos;
- Realizar a limpeza do sítio de inserção com solução salina a 0,9% ou solução alcoólica;
- Preparar gaze e fita adesiva (se não dispuser de curativo transparente) para fixação do cateter.
- Fixar o cateter da seguinte forma: colocar gaze no sítio de inserção sob e sobre o cateter; colocar sobre a gaze o curativo transparente (se houver);
- Fixar a fita adesiva em chevron sobre o curativo transparente.
- Retirar a paramentação;
- Lavar as mãos com sabonete líquido comum;
Permeabilização do cateter
Diária
- O volume e concentração das soluções utilizadas devem estar determinados na rotina/protocolo de utilização do cateter;
- Realizar flush de solução salina 0,9% ao término da infusão de medicamentos (principalmente: NPT, quimioterápicos, sangue, antibióticos, medicações de horário etc);
- Heparina: 10U/ml (Verificar a protocolo institucional quanto ao uso).
Semanal
- Deverá ser realizada de acordo com a rotina/protocolo pré-estabelecido.
Avaliação do sítio de punção
- Frequência: diária. Atentar-se para os sinais flogísticos na inserção do cateter.
Técnica
- Inspecionar, apalpar o local de inserção e o trajeto da veia, a fim de observar sinais de infecção (dor, rubor, enduração, calor, secreção);
- Aferir as circunferências dos membros. Um aumento nestes valores, quando comparadas às medidas entre o membro puncionado e o contra lateral ou em relação às medidas anteriores, indicará a suspeita de trombose ou extravasamento.
Curativo
- Primeira troca: deverá ser realizada sempre após 24 horas do procedimento ou conforme rotina institucional.
Trocas subsequentes
- Curativo transparente ou convencional: deverá ser trocado, apenas em caso de sujidade, umidade ou desprendimento . Nas trocas subsequentes dos curativos transparentes não é necessária a utilização de gaze. Atentar-se para rotina institucional.
A prematuridade e o PICC
A prematuridade é uma das principais causas de internação na unidades neonatais, responsáveis por elevadas taxas de morbidade no período perinatal.
O PICC é muito utilizado na terapia infusional como medida fundamental para recuperação do neonato, entre suas vantagens, temos:
- Reposição de eletrólitos;
- Administração de nutrição parenteral;
- Antibioticoterapia;
- Evita múltiplas punções culminando em flebotomia.
O PICC vem sendo utilizado em unidades neonatais com uma frequência cada vez maior por ser um dispositivo de longa permanência e com um menor risco de complicações mecânicas e infecciosas.
Nas instituições onde o uso de PICC é implantado, deve ser elaborada uma estratégia de educação continuada que permite capacitar os profissionais quanto à sua manipulação e manutenção.
O cateter central x cateter de linha média
O cateter é considerado posicionado em nível central, quando se localiza dentro dos limites do tórax. A posição ideal da ponta do cateter, é quando este estiver localizado no terço distal da veia cava superior.
O cateter é considerado em posição periférica, quando se localiza fora dos limites do tórax, com a ponta próxima a veia axilar, sendo indicado para casos de hidratação venosa por tempo prolongado. Nesta localização, não se deve ministrar soluções hiperosmolares, irritantes ou vesicantes.
Vale ressaltar que conforme indicação clínica: o PICC poderá ser utilizado como cateter de linha média, porém o cateter de linha média não poderá ser utilizado como PICC.
Esse material foi útil para seus estudos? Que tal comentar o que achou para que possamos sempre melhorar? Se você gostou desse estudo e quer receber nossos artigos semanais, cadastre-se em nossa Lista de Leitores para receber diretamente no seu e-mail. Obrigada e até a próxima!
Link permanente para este artigo: https://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2018/08/16/picc-cateter-central-de-insercao-periferica/