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Arrumação do leito hospitalar e tipos de leitos

A arrumação do leito compreende as trocas de roupas de cama:

  • Após o banho;
  • Após alta do paciente;
  • Quando o paciente é encaminhado para procedimento cirúrgico;
  • Ou todas as vezes que se faz necessário.

Em todas as situações, o profissional de enfermagem deve estar atento para o conforto do paciente e a facilidade para transferi-lo da maca para a cama.

Seguindo a padronização da NR32, citada anteriormente, existe parte de um parágrafo destinado a conservação de colchão e segurança do profissional ao transportar o paciente:

32.2.4.13 Os colchões, colchonetes e demais almofadas devem ser revestidos de material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização.

32.2.4.13.1 O revestimento não pode apresentar furos, rasgos, sucos ou reentrâncias. 

32.10.12 Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser: capacitados para adotar mecânica corporal correta, na movimentação de pacientes ou de materiais, de forma a preservar a sua saúde e integridade física. 

Baseado nessas informações, a arrumação do leito é um procedimento que pode ser realizado pelo setor de hotelaria ou de enfermagem de uma instituição. 

Cama fechada

É considerada cama fechada, o leito que está preparado para receber o paciente quando ele é admitido no setor. É feita após higienização da cama e limpeza do quarto. 

Material

  • 2 Lençóis
  •  Fronhas
  • Travesseiro
  • Colcha
  • Edredom ou cobertor

Procedimento

1. Reúna todo o material

2. Com a cama já limpa, começamos a arrumar o leito do seguinte modo:

  • Lençol de baixo, se possível, preferencialmente com elástico, caso contrário, poderá ser utilizado a técnica de envelope ou amarrar as pontas do lençol;
  • Lençol superior;
  •  Travesseiro;
  • Colcha e edredom, se necessário.

3. Durante a arrumação, atente-se para a limpeza das roupas e não utilize em casos de sujidade. 

4. Deixe o quarto em ordem.

5. Libere o quarto para Internação.

Cama de Operado

É a arrumação de leito destinado a receber o receber o paciente no pós-operatório imediato. Apresenta como características as roupas ficarem posicionadas lateralmente na cama, do lado oposto à entrada do paciente no leito, facilitando, assim, a transferência da maca para a cama. 

Material

  • 2 Lençóis.
  • Fronha.
  • Travesseiro, se permitido.
  • Lençol para travessa.
  • Impermeável, se necessário.
  • Forro para região da cabeça.
  • Colcha.
  • Edredom ou cobertor.
  • Luvas de procedimento.
  • Material para higienização do leito.

Procedimento

  1. Reúna todo o material;
  2. Higienize as mãos;
  3. Calce as luvas de procedimento;
  4. Realize a assepsia na cama;
  5. Estique o lençol inferior sobre a cama;
  6. Coloque  lençol impermeável na altura do quadril do paciente;
  7.  Coloque o lençol de travessa sobre o impermeável;
  8. Estique o lençol superior juntamente com o cobertor e enrole-os para a lateral da cama, lado oposto a entrada do paciente;
  9. Posicione o forro na altura da cabeça;
  10. Deixe o travesseiro com fronha caso seja autorizado seu uso;
  11. Durante a arrumação do leite, atente-se para a limpeza das roupas de cama e caso haja sujidade, não as utilize!
  12. Organize o leito;
  13. Higienize as mãos;
  14. Libere o leito para receber o paciente.

Cama ocupada

É a arrumação feita no momento do banho de leito ou higienização íntima, quando os lençóis são trocados com o paciente sobre a cama.

Material

  • 2 Lençóis;
  • Fronhas;
  • Travesseiros;
  • Lençol para travessa;
  • Impermeável, se necessário;
  • Colcha;
  • Edredom ou cobertor;
  • Luvas de procedimento;
  • Material para higienização do leito – álcool 70% ou solução utilizada na instituição.

Procedimento

  1. Reúna todo o material;
  2. Higienize as mãos;
  3. Calce as luvas;
  4. Realize a higiene no paciente;
  5. Coloque o paciente lateralizado no leito, apoiado sobre a grade ou por outro profissional;
  6. Empurre o lençol sujo para ficar embaixo do paciente;
  7. Higiene a parte do leito onde não está o paciente;
  8. Estique o lençol inferior;
  9. Coloque o impermeável na altura do quadril do paciente, se necessário;
  10. Coloque a travessa sobre o impermeável;
  11. Movimente o paciente no leito, trazendo-o para o outro lado da cama, de modo que ele fique sobre os lençóis limpos;
  12. Retire os lençóis sujos;
  13. Higienize o lado oposto da cama;
  14. Estique o lençol inferior, impermeável e travessa sobre o colchão;
  15. Posicione o paciente em decúbito dorsal;
  16. Vista-o com pijama ou camisola;
  17. Coloque sobre o paciente o lençol superior o cobertor ou edredom e a colcha.
  18. Caso o paciente faça uso de travesseiros ou coxins, não esqueça de colocar! 

Cama aberta

É a arrumação realizada na cama quando a cama está sendo ocupada por um paciente, mas ele não permanece no leito o tempo todo. No momento da arrumação do leito, o paciente não está ocupando-a.

Material

  • 2 Lençóis
  • Fronha
  • Travesseiro
  • Colcha
  • Edredom ou cobertor

Procedimento

  1. Reúna todo o material
  2. Com a cama já higienizada, realize a arrumação da cama na seguinte ordem: lençol de baixo > lençol superior > travesseiro > colcha e edredom se necessário.
  3. Realizar dobra no lençol superior como envelope para facilitar o acesso do paciente ao leito.

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Pressão Arterial Invasiva (PAI)

Como já estudamos aqui no site, temos vários modos de obter parâmetros de Pressão arterial. Os métodos frequentemente utilizados para aferir a pressão arterial são: não invasivos manuais ou automatizados e invasivo. Hoje iremos abordar sobre o método invasivo, a também chamada de PAI ou PAM!

Pressão Arterial Invasiva (PAI)

É um índice hemodinâmico básico, frequentemente utilizado para guiar intervenções terapêuticas, com a vantagem de favorecer valores pressóricos mais fidedignos em pacientes críticos e portadores de hipertensão ou hipotensão arterial severa.

A monitorização da PAI é realizada por meio da canulação/punção ou dissecção de uma artéria (radial, femoral ou pediosa) que é conectada a um sistema de transdutor de pressão. 

 Locais de inserção

Os locais mais comuns para a inserção do cateter são as artérias:

  • Radial;
  • Femoral;
  • Pediosa.

São obtidas pelos métodos de punção percutânea ou dissecção. Sem dúvida, a artéria de primeira escolha é a artéria radial.

O procedimento

É introduzido um cateter na artéria escolhida e após ligado a sistema transdutor de pressão por onde é obtido os parâmetros da pressão arterial.

A canulação arterial é geralmente um procedimento seguro e com grande benefício para o avanço nos cuidados do paciente.

A artéria radial é a primeira opção de acesso arterial, devido a facilidade de punção e ao menor número de complicações deste sítio. Sempre que possível dar preferência para o lado corporal não dominante e realizar o teste de Allen com o objetivo de avaliar a presença de circulação colateral adequada para a mão pela artéria ulnar.  Caso não seja possível, a segunda opção é a femoral e só então a pediosa.

Esse procedimento pode ser realizado a beira leito da UTI desde que seja utilizado técnica estéril. 

PAI - Inserção

PAI – Inserção

Teste de Allen

O teste de Allen, é realizado para verificar a patência das artérias radial e ulnar. É muito importante avaliar a mão antes de procedimentos como gasometria arterial ou punção arterial devido ao risco de isquemia com esses procedimentos. 

Como realizar

Comprime-se as artérias radial e ulnar no nível do punho com as duas mãos e solicita-se ao paciente abrir e fechar a mão. Solta-se uma das artérias e avalia-se a coloração. Em seguida, repetimos o procedimento liberando a outra artéria.  

O teste é positivo quando o enchimento de uma das artérias é lento. Por exemplo: o tempo de enchimento capilar da mão pela artéria ulnar deve ser de 5 a 7 segundo. Tempo maior que 7 a 15 segundos para o retorno significa enchimento capilar ulnar inadequado, portanto a artéria radial não deve ser cateterizada.

Indicação

  • Choque;
  • Cirurgia cardiopulmonar;
  • Grandes cirurgias vasculares, torácicas, abdominais ou neurológicas;
  • Instabilidade hemodinâmica;
  • Uso de monitorização da pressão intracraniana;
  • Emergência hipertensiva associada à dissecção de aorta ou AVC;
  • Necessidade de gasometria arterial mais que três vezes ao dia;
  • Controle rigoroso da pressão arterial para conduta clinica.
  • Pacientes graves com infusão contínua de drogas vasoativas, vasodilatadores, vasopressores ou inotrópicos
  • Parada cardíaca
  • Trauma neurológico ou politrauma
  • Insuficiência respiratória grave
  • Procedimentos cirúrgicos de grande porte
  • Uso de balão intra-aórtico

Contraindicações 

  • Doença vascular periférica;
  • Doenças hemorrágicas;
  • Uso de anticoagulantes e trombolíticos;
  • Áreas infectadas;
  • Queimaduras nos locais de punção.

Complicações

  • Insuficiência vascular;
  • Vasoespasmo;
  • Redução da perfusão capilar;
  • Oclusão arterial;
  • Hemorragia;
  • Hematoma local;
  • Infecção do sítio do cateter;
  • Trombose;
  • Injeção acidental de drogas por via arterial;
  • Isquemia e necrose;
  • Embolização arterial e sistêmica.

A cateterização arterial permite:

  • Monitorização contínua direta da pressão arterial;
  • Retirada frequente de sangue para exames e medição de gases sanguíneos arteriais, evitando-se desconforto e lesão arterial provocados por punções frequentes;
  • Posição de um local para remoção rápida do volume sanguíneo, em situações de sobrecarga volêmica;
  • Mensuração acurada, frequente e contínua da pressão arterial nos pacientes que utilizam drogas vasoativas potentes ( noradrenalina, nitroprussiato de sódio, adrenalina, dopamina, etc).

Compreendendo o Transdutor

Para viabilização da monitorização hemodinâmica contínua, o cateter arterial é conectado a um sistema transdutor de pressão que converte o sinal mecânico em sinal elétrico interpretado pelo monitor que por sua vez registra de forma gráfica e numérica e em tempo real as pressões diastólica, sistólica e média.

Equipamentos - Monitoramento da Pressão Arterial Invasiva

É utilizado um equipo acoplado ao um soro para auxiliar a manter o sistema pressurizado e pérvio. 

A conexão ao transdutor eletrônico é feita por interposição de cateter de polietileno rígido esterilizado, não menor que 30cm nem maior que 120cm de comprimento. 

ATENÇÃO: Não acrescentar tubos intermediários com flexibilidade e tamanho não padronizados, pelo risco de causar interferência no resultado.

Todo o sistema deve ser preenchido com solução salina fisiológica estéril. Em alguns hospitais, utiliza-se SF 0,9% com heparina na proporção de 1 unidade/ml, mas não esqueça que isso varia de acordo com a instituição. 

 A solução glicosada a 5% não deve ser utilizada devido a sua maior viscosidade, o que pode causar alteração no resultado. Qualquer bolha de ar deve ser retirada do sistema para evitar que os resultados não sejam subestimados.

Devemos sempre manter  a bolsa pressurizadora em 300 mmHg quando adultos e 200 mmHg para crianças.

Curiosidade: 

Porque manter o soro pressurizado a 300 ou 200 mmHg?

Após realizado algumas pesquisas, foi verificado que esse parâmetro era suficiente para permitir que o sistema fique pérvio. O sistema pressurizado, infunde continuamente 3ml/h da solução. Esse valor não causa danos a artéria e permite que o sistema mantenha-se pérvio, sem coagulações! 

O sistema deve ser zerado antes do início das medidas. A zeragem é fundamental para garantir o nivelamento do local do sistema circulatório e do transdutor de pressão.

A onda de pressão é captada pelo diafragma do transdutor que transforma o impulso mecânico em impulso elétrico e amplificado por um monitor eletrônico.

A pressão arterial média (PAM) é o valor médio da pressão durante todo um ciclo do pulso de pressão. 

Pressão Arterial Média, o que é?

A PAM – Pressão Arterial Média – pode ser obtida com a pressão arterial invasiva ou não através da fórmula: 

PAM = PAS+PAD x 2
                        3

Onde:

  • PAM = Pressão Arterial Média
  • PAS= Pressão Arterial Sistólica
  • PAD=Pressão Arterial Diastólica

Exemplo:

Foi aferida a PA, da paciente ACL, 65 anos, e obteve-se o seguinte parâmetro: 120x80mmHg. Calcule a PAM usando a fórmula:

PAM = PAS +PAD x 2
                        3

PAM = 120 + 80 x 2
                        3

PAM = 120+160   = 93mmHg
                        3

Material necessário

  • Mesa auxiliar
  • Solução antisséptica
  • Cateter arterial
  • Gaze estéril
  • Máscara descartável
  • Avental estéril
  • Luva estéril
  • Campo estéril – fenestrado
  • Seringa descartável
  • Agulha 13 x 0,38
  • Agulha 40 x 12
  • Anestésico local
  • Solução salina 0,9% – 500 ml
  • Heparina sódica – 5.000 UI/ml (Caso a instituição utilize!)
  • Kit – transdutor de pressão
  • Bolsa pressurizadora
  • Fio de sutura agulhado mononylon
  • Pinça para sutura/porta-agulha

Intervenções de Enfermagem

Atribuições do técnico no procedimento:

  • Posicionar o paciente adequadamente para o procedimento;
  • Selecionar material para punção arterial, selecionar monitor com módulo de PAM, bomba de infusão para o soro fisiológico de manutenção ;
  • Preparar o material para o procedimento (cateter, campos estereis, EPI’s) 
  • Oferecer ao médico material para punção, paramentação e antissepsia;
  • Preparar o sistema conectando o transdutor de pressão ao frasco de da solução salina 0,9% de 500 ml na  bolsa de pressurização, exercer pressão de 300 mmHg e conectar a saída do transdutor ao cabo de pressão ligado ao monitor
  • Retirar o ar do sistema para evitar erros de leitura.
  • Zerar o sistema (linha axilar média – 4º. espaço intercostal) e ativar os alarmes
  • Após a fixação do cateter, realizar curativo oclusivo.
  • Preferencialmente deve ser zerado com cabeceira a 30º, sendo que se a zeragem for outra deverá ser informada e registrada em local visível a equipe;

Cuidados de Enfermagem ao manuseio do sistema:

  •  Estar atento a manutenção do pressurizador: mantê-lo sempre com a permeabilidade do cateter pelo fluxo contínuo de SF 0,9% (500ml) e a bolsa pressurizadora com 300mmHg.
  • Realizar flush de SF 0,9% a cada 6 horas.
  • Atentar para coágulos e permeabilidade do sistema.
  • Acompanhar fixação do cateter, e após realizar curativo estéril, atentando para possibilitar observação da equipe após.
  • Assegurar fixação do membro, prevenindo retirada acidental do cateter.
  • Observar constantemente a curva. Atentar-se para sinais infecção do sítio punção.
  • Sempre higienizar as mãos para manipular o cateter ou sistema.
  • Realizar zeragem do sistema a cada 6 horas ou sempre que alterar o nível da cama.

Cuidados de Enfermagem na manutenção do cateter:

  • Mantenha o membro aquecido e em posição funcional.
  • Monitore as extremidades do membro cateterizado (temperatura, presença de edema, coloração, perfusão capilar e sensibilidade) a cada 4 horas.
  • Monitore a presença de sangramento, principalmente em pacientes portadores de coagulopatia.
  • Inspecione o sítio de inserção do cateter – hiperemia e presença de secreção – infecção pode estar associada ao tempo de permanência do cateter (mais do que 72 horas) ou à falta de assepsia.
  • Mantenha a permeabilidade do cateter – mantenha a bolsa pressurizadora com pressão de 300 mmHg para evitar retorno de sangue e obstrução do cateter.
  • Mantenha as conexões seguras e fixadas adequadamente para prevenir desconexão acidental e hemorragia.
  • Utilize técnica asséptica para a manipulação do sistema.
  • Mantenha a permanência do cateter somente durante o tempo necessário para o controle hemodinâmico, pois o risco de trombose aumenta com o tempo de permanência.
  • Troque o sistema de pressão invasiva conforme protocolo institucional, evitando contaminação.
  • Troque a solução salina sempre que necessário.

Enfermeiros na passagem de PAI

A RESOLUÇÃO COFEN Nº 390/2011 normatiza a execução, pelo enfermeiro, da punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização de pressão arterial invasiva.

Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão.

  • Parágrafo único: O Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a capacitação contínua necessária à sua realização.

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Luva de procedimento x Luva estéril. Conheça as diferenças!

No ambiente hospitalar, o risco de infecção é muito elevado, e o uso de luvas é indicado, tanto para a proteção do profissional como para a proteção do paciente.

Basicamente, utilizamos dois tipos de luvas:

  • Luvas não estéreis.
  • Luvas estéreis ou de procedimento.

Luvas não estéreis ou de procedimento:

As luvas não estéreis ou de procedimento, são destinadas à proteção do profissional e/ou do paciente nos casos em que não é necessária a manutenção de ambiente estéril. Elas deverão ser utilizadas sempre que o profissional apresentar o risco de contato com fluídos e secreções corpóreas.

São exemplos de situações nas quais a luva de procedimento é indicada:

  • Banho do paciente
  • Arrumação do leito
  • Punção venosa periférica etc.

Ela também deverá ser utilizada durante a realização de limpeza e/ou desinfecção de artigos e equipamentos, contato com roupas sujas, além do contato com resíduos sólidos que apresentem risco de contaminação.

O uso de luvas deverá ser precedido da higienização das mãos. Após a realização da atividade e retirada das luvas, o profissional também deve higienizar as mãos.

As luvas não estéreis podem ser encontradas em embalagens individuais ou em caixas com vários pares. Normalmente seu tamanho é classificado como: pequeno, médio e grande. E as luvas tem como características sem ambidestra, ou seja, não há diferenciação da mão direita para a esquerda.

Elas não apresentam boa aderência as mãos pois não são destinadas a atividades de curta duração.

É necessário a troca de luvas ao mudar-se de atividade ou de pacientes. O seu uso é único, devendo ser descartada após sua utilização.

Luvas estéreis

As luvas estéreis são destinadas a proteção do paciente em situações em que é necessário manter o ambiente estéril, como passagem de sonda vesical, aspiração de vias aéreas superiores, procedimentos cirúrgicos, entre outros.

São classificados de acordo com o tamanho da mão seguindo a numeração que varia de 6,0 a 9,0, sendo o tamanho 6,0 para mãos pequenas e 9,0 para mãos grandes.

Outra características é sua embalagem individual (par) e ser diferenciada para mão direita e esquerda. Normalmente essa luva apresenta uma maior aderência ás mãos e seu cano (parte que fica no braço – punho) é mais longo que na luva de procedimento. Sua colocação requer técnica específic e treinamento pela necessidade de manter a luva estéril.

Técnica para colocação de luva estéril

  1. Separar a luva de acordo com a numeração e o tamanho de suas mãos;
  2. Higienizar as mãos;
  3. Utilizar máscara cirúrgica preferencialmente. Não converse durante o procedimento;
  4. Abra o envelope apoiando-o sobre uma superfície rígida, como uma mesa, por exemplo;
  5. Posicione a luva de modo que o desenho fique  posicionado de acordo com suas mãos, exemplo: desenho da mão direita na direção da mão direita;
  6. Abra o envelope sem encostar suas mãos nas luvas;
  7. Comece a calçar pela sua mão dominante, pegando a luva (mão dominante) pela sua parte interna. Ajuste a luva em sua mão tocando apenas na sua parte não estéril. Caso não consiga ajustá-la perfeitamente, aguarde calçar a outra mão para poder realizar o ajuste.
  8. Com a mão enluvada, posicioná-la na dobra da outra luva permitindo a entrada da mão que ainda está sem luva.
  9. Calce a outra luva e proceder aos ajustes necessários, mantendo contato apenas de luva com luva garantindo a esterilidade.
  10. Realize o procedimento mantendo técnica asséptica.

Retirando as luvas após o uso

  1. Inicie a retirada da luva por qualquer uma das duas mãos. Puxar a luva mantendo o contato apenas de luva com luva, sem encostá-la na sua pele.
  2. Puxe a luva enrolando-a de modo que permaneça na palma de sua mão.
  3. Com a mão que está sem a luva, inicie a retirada da outra luva, puxando-a pela sua parte interna. A mão sem luva deverá manter contato com a luva.
  4. Continue puxando a luva de modo que ela envolva a que está na palma de sua mão formando uma “bolinha”.
  5. Despreze a luva em local adequado
  6. Higienize suas mãos.

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Cateterismo ou Sondagem Vesical de Demora

O Cateterismo ou sondagem Vesical é um procedimento comum em setores como UTI, PA, PS, Centro Cirúrgico e alas. 

Compreendendo o procedimento

O cateterismo vesical é um procedimento invasivo e estéril, onde é introduzido uma sonda no meato uretral até a bexiga, com a finalidade de drenar a urina presente ali e sua permanência é prolongada.

Contraindicações

Esse procedimento não é indicado para pacientes que possuem lesões uretrais.

Riscos

O principal risco deste procedimento sem dúvidas é a ITU -Infecção do Trato Urinário, pode ocorrer caso o procedimento seja contaminado em algum momento e durante a passagem da sonda ocorra a introdução de microrganismos no trato urinário. 

A sonda

A sonda utilizada para este procedimento é a sonda de Folley. O material que é constituído, pode ser de látex ou silicone.

A sonda pode ter duas ou três vias. Na sonda de duas vias, uma é utilizada para insuflar o balão e a outra via para drenagem. Na de três vias, uma delas é igualmente utilizada para o balão, outra via para drenagem e a terceira via, para irrigação.

 

 

 

Objetivos

Os objetivos do cateterismo vesical são:

  • Aliviar a retenção urinária;
  • Realizar controle e proporcionar alívio aos pacientes que sofrem de incontinência urinária;
  • Avaliar débito urinário;
  • Monitorar o balanço hídrico, principalmente perdas com maior precisão;
  • Medir volume residual;
  • Promover a restrição pós-operatória para pacientes que não tem possibilidade de se locomover até o banheiro);
  • Coletar amostras de urina para exames;
  • Irrigação da bexiga;
  • Instilação de medicamentos;
  • Cirurgias urológicas.

Tipos

O cateterismo vesical pode ser de três tipos, são eles: 

  1. Sistema Aberto – Intermitente ou alívio;
  2. Sistema Fechado – Sondagem vesical de demora;
  3. Via Suprapúbica.

Material

  • Bandeja
  • Biombo para fornecer privacidade ao paciente;
  • Material para higiene íntima com solução degermante (Clorexidina ou PVPI).
  • Material de cateterismo vesical (cuba-rim, cúpula, pinça, gaze e campo fenestrado).
  • Luvas estéreis.
  • EPIS (Óculos, luvas de procedimento e máscara)
  • Sonda Folley estéril descartável nº 16,18 ou 20 – Analisar anteriormente a anatomia do paciente.
  • Compressas de gaze estéril.
  • Lidocaína gel.
  • Agulhas 40mm X 12mm.
  • Coletor de urina de sistema fechado.
  • Seringa de 10 ou 20 ml.
  • Água destilada – ampola.
  • Adesivo hipoalergênico para fixação de acordo com rotina institucional.
  • Saco plástico para resíduos.

Técnica

  1. Higienize as mãos;
  2. Reúna os materiais na bandeja;
  3.  Confira a pulseira de identificação e explique ao paciente o procedimento e a importância da sua colaboração, conforme o grau de compreensão;
  4. Calce as luvas de procedimento, óculos de proteção e máscara descartável;
  5. Posicione o paciente: decúbito dorsal, joelhos fletidos e afastados, quanto possível; posição ginecológica (feminino). Importante neste momento, não esquecer de favorecer a privacidade do paciente. Observar se há boa iluminação, usar o
    foco de luz se necessário.
  6. Realize a higiene íntima com água e sabão ou clorexidina degermante.
  7. Retire as luvas.
  8. Higienize as mãos novamente.
  9. (Higiene Feminina) Irrigue a vulva com água morna. Molhe a luva de banho ou gaze, ensaboe e lave a região vulvar por fora, de cima para baixo (direção do períneo para o reto), em um movimento único;
  10. Retire as luvas;
  11. Higienize as mãos;
  12. Abra o campo estéril na mesa auxiliar se paciente do sexo masculino e não colaborativo. Se paciente do sexo feminino e colaborativo pode-se abrir o
    campo sobre o leito, com uma das pontas sob a região glútea, abra o restante do material sobre o campo conforme sequência de uso;
  13. Coloque a solução antisséptica aquosa (Clorexidina Aquosa 0,5% ) na cúpula;
    Abra a embalagem do coletor e coloque-á sobre o campo estéril;
  14. Abra a xylocaína e dispense a quantidade necessária em uma gaze.
  15. Realizar a desinfecção da ampola de água destilada com swab de álcool, abrir e deixar sobre a mesa.
  16. Calce as luvas estéreis
  17. Aspire a água destilada com auxílio da seringa e agulha, sem tocar na ampola;
  18. Teste o balão da sonda, com água destilada, de acordo com sua capacidade, nunca ultrapassando o volume máximo sugerido; esvaziar o balão deixando o volume injetado na seringa.
  19. Conecte o coletor sistema fechado à sonda vesical e certifique-se sobre a
    completa conexão entre sonda e coletor.
  20. Proceder a anti-sepsia com Clorexedina aquoso.    Feminino: 
    Com a mão dominante, realize a anti-sepsia com bolas de algodão montadas (em pinça cheron – adulto), embebidas em Clorexedina aquoso, afastando os grandes lábios com a mão não dominante
    1- grandes lábios D
    2 – grandes lábios E
    3 – pequenos lábios D
    4 – pequenos lábios e
    Movimentos unidirecionais, de cima para baixo, vulva para anus.
    Utilizar uma bola de algodão para cada movimento, que deve ser único
    5 – Visualizar o meato uretral. Mantenha a posição da mão não dominante até a introdução da sonda; Lubrificar a sonda com xilocaína gel.
    Masculino:
    Coloque o campo fenestrado e afaste com a mão não dominante o prepúcio e segure o pênis perpendicularmente ao corpo. Proceda com a outra mão, a anti-sepsia das pregas do prepúcio, glande e meato uretral, com bolas de algodão embebidas em Clorexedina aquoso; em movimento e sentido únicos, de cima
    para baixo, em seguida, insira toda a xylocaína gel diretamente no meato uretral
    lentamente. Introduza toda a extensão da sonda no meato uretral até refluir
    urina.
  21. Caso haja introdução inadvertida da sonda na vagina a mesma deverá ser desprezada, providenciada nova sonda e novo par de luva.
  22. Insufle o balão lentamente com o volume de água indicado na sonda, SOMENTE após observar o refluxo da urina.
  23. Atenção: interrompa a insuflação caso o paciente sinta dor ou tenha resistência
    pois a sonda pode não estar na bexiga.
  24. Nos homens: tracione lentamente a sonda até encontrar resistência;
  25. Realize o enxágue da região perineal com água, para a retirada do excesso de Clorexedina aquoso;
  26. Retire as luvas.
  27.  Fixe a sonda na face interna da coxa com fita adesiva.
  28. Despreze o material descartável no saco plástico e o perfurocortante na caixa rígida coletora;
  29. Higienize as mãos;
  30. Realize sua anotação de enfermagem.

O que anotar?

Igualmente a todos os procedimentos que realizamos, é necessário após o procedimento anotar o que foi feito. Montei um esqueminha do que não pode faltar!​

  • Horário;
  • Procedimento realizado;​
  • Tipo e calibre da sonda utilizada;​
  • Volume de líquido no balão​;
  • Aspecto e cor da urina drenada;​
  • Intercorrências​;
  • Nome/cargo/COREN.

 

Cuidados de enfermagem

  • Fixar o cateter de modo adequado (meso);​
  • Esvaziar a bolsa coletora de acordo com rotina institucional, por exemplo, em alguns setores esvaziamos ao atingir 2/3 de sua capacidade em outros, como na UTI por exemplo, esvaziamos a cada duas horas;
  • Caso o paciente sinta dor durante a insuflação do balão, interromper pois a sonda pode estar não estar localizada na bexiga​
  • Higienizar a região perineal, com água e sabão, incluindo a junção do cateter com o meato uretral três vezes ao dia;
  • Higienizar as mãos antes e após o manuseio do cateter e/ou tubo e/ou bolsa coletora; ​
  • Manter a bolsa coletora sempre abaixo do nível da bexiga para manter fluxo contínuo de drenagem de urina por gravidade. 
  • Não deixar  bico da SVD encostar no cálice ao esvaziar a bolsa.

Esvaziamento da bolsa coletora

Materiais

  • EPI (máscara e óculos); ​
  • Recipiente graduado individualizado ​

 Técnica

  • Higienizar as mãos com água e sabão ;​
  • Colocar os óculos de proteção, máscara descartável e calçar luvas de procedimento; ​
  • Retirar o tubo de drenagem do seu protetor posicionando-o para o recipiente que irá receber a urina, evitando o contato de ambas superfícies durante todo o processo; ​
  •  Abrir a pinça do tudo de drenagem; ​
  • Acompanhar o esvaziamento espontâneo da urina da bolsa coletora no frasco de uso individualizado; ​
  • Fechar a pinça do tubo de drenagem; ​
  • Utilizar desinfecção, com álcool 70%, da superfície externa e ponta do tubo de drenagem (é protocolo em algumas instituições);
  • Colocar o tubo de drenagem no seu protetor; ​
  • Após medir o volume, desprezar a urina no vaso sanitário; ​
  • Retirar e desprezar a luva de procedimento no lixo comum, higienizar as mãos e proceder as anotações, registrando coloração, aspecto, volume de diurese e orientações aos paciente e familiar. ​

 Como retirar a SVD

Os materiais necessários, são:

  • Máscara e óculos de proteção; ​
  • Seringa de 20 ml;​
  • Luvas de procedimento.

Técnica:

  • Higienizar as mãos; ​
  • Reunir todo o material necessário e estar com a bolsa coletora vazia; ​
  • Certificar-se que o paciente identificado é o paciente a ser submetido ao procedimento, por meio da leitura da pulseira de identificação; ​
  • Orientar o paciente / familiares sobre o procedimento a ser realizado; ​
  • Colocar máscara descartável, óculos de proteção e calçar as luvas de procedimento; ​
  • Posicionar o paciente; ​
  • Conectar a seringa na via do balão e aspirar todo o conteúdo líquido do balão;​
  • Atentar para a retirada do volume descrito da capacidade do balão; ​
  • Tracionar suavemente a sonda em direção a região externa, até a saída total da sonda Foley. ​
  • Deixar o paciente confortável; ​
  • Recolher o material utilizado; ​
  • Retirar as luvas,óculos e máscara descartável e higienizar as mãos; 
  • Recompor a unidade;​
  • Calçar a luva de procedimento; ​
  • Levar a bandeja e os materiais utilizados para o expurgo desprezando-os no lixo infectante; ​
  • Realizar desinfecção da bandeja no expurgo; ​
  •  Higienizar as mãos; ​
  • Realizar anotação de enfermagem, registrando nº da sonda de folley retirada e intercorrências no procedimento. ​

Terminologias:

  • Anúria: menor que 100ml em 24 horas​
  • Oligúriamenor que 400ml em 24 horas​
  • Poliúria: volume maior que o normal da urina​
  • Nictúriamicção durante a noite​
  • Disúria: dificuldade ou desconforto ao urinar​
  • Hematúriaurina com sangue​
  • Piúria: urina com pus​
  • Incontinência: incapacidade de controlar a eliminação urinária ​

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Entendendo sobre Oxigenoterapia! Definições e tipos!

Definição:

Consiste na administração de oxigênio, de modo terapêutico,  numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia.

Esta técnica possui como principal objetivo aumentar o nível de oxigênio que é trocado entre o sangue e os tecidos.

Objetivos:

  1. Corrigir e reduzir os sintomas relacionados à hipoxemia e melhorar a difusão do Oxigênio;
  2. Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com dificuldades de transporte de oxigênio;
  3. Facilitar a absorção de ar nas cavidades orgânicas;
  4. Minimizar a carga de trabalho cárdio-pulmonar;
  5. Manter PaO2 entre 80 a 100 mmHg e saturação de O2 entre 90 a 100%.

Indicações:

Segundo a “American Association for Respiratory Care” (AARC), as indicações básicas de oxigenoterapia são:

  • PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente);
  • Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de
    doenças cardiorrespiratórias;
  • IAM;
  • Intoxicação por gases (monóxido de carbono);
  • Envenenamento por cianeto. 

 

Benefícios: 

  • Melhora a troca gasosa;
  • Vasodilatação arterial pulmonar;
  • Baixa sobrecarga de trabalho miocárdico;

Métodos da oxigenoterapia:

Cateter nasal:

É ofertado ao paciente uma concentração que varia de 25 a 45% e com um fluxo de 0,5 até 5L/mim.

Vantagens: Permite o paciente falar e se alimentar e fazer atividades diárias sem interromper a oxigenoterapia.

Desvantagens: Não conhecer o fluxo exato da FiO2; ressecamento da mucosa, irritação cutânea (dermatites de contato) e vazamentos.

Atenção: Para fluxos superiores à 4L/mim é necessário utilizar umidificação.

Máscara facial e Nebulização:  

Também não oferecem concentrações fixas de ar inspirado. Devem ser anatômicas, transparentes e resistentes.

Vantagens: Consegue fornecer maiores concentrações de oxigênio.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Máscaras com reservatório de oxigênio

É uma máscara com as mesmas características da máscara facial, porém com uma bolsa onde o oxigênio é armazenado e liberado durante as inspirações do paciente.

Vantagens: Consegue fornecer maiores concentrações de oxigênio.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Máscaras de Venturi 

Dos métodos de oxigenoterapia não invasivo, é considerado o método mais seguro, pois fornece uma FiOconhecida.

O sistema Venturi é baseado na passagem de um alto fluxo de oxigênio a orifícios no corpo da máscara, cuja escala de concentração de oxigênio varia de 24% a 50% (FiO 2de 24, 28, 31, 35, 40 e 50%).

Esse tipo de máscara é utilizado em ambiente hospitalar, principalmente pós extubação.

Vantagens: Consegue fornecer uma FiO2 conhecida ao paciente.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Tenda facial 

É uma máscara constituída de material maleável e transparente, geralmente utilizada com crianças, principalmente neonatos.

Este tipo de máscara oferece uma concentração elevada de oxigênio.

CPAP

É um aparelho que envia um fluxo de ar contínuo para as vias respiratórias, por meio de uma máscara, evitando a apneia do sono. A quantidade do fluxo de ar enviado é determinada pela pressão informada no exame de polissonografia.

Vantagens: A autorregulação do fluxo de ar oferecido ao paciente. Por conta dessa característica, o aparelho é indicado nos casos em que não há recomendação de uso de uma pressão fixa, como acontece com a apneia obstrutiva do sono.

Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.

Invasivos:

Traqueostomia:

É uma pequena intervenção cirúrgica que consiste na abertura de um orifício na traqueia e na colocação de uma cânula para passagem de ar.

Vantagens: menos lesão da orofaringe e traqueia do paciente , mais facilidade e eficiência de limpeza e secreção de aspirações.

Desvantagens: Como todo procedimento cirúrgico , por mais simples que seja, existe possibilidade de distúrbios de cicatrização e infecção local. 

Intubação Orotraqueal (ou endotraqueal)

É um procedimento de suporte avançado de vida onde o médico, com um laringoscópio, visualiza a laringe e através dela introduz um tubo na traqueia (tubo endotraqueal).

Vantagens: Prevenir a aspiração de conteúdo gástrico e de corpos estranhos. Possibilitar uso de ventilação com pressões mais altas, sem risco maior de distensão gástrica, facilitando assim a ventilação e a oxigenação alveolar. 

Desvantagens: Lesões na mucosa.

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Qual a sequência correta para coletar exames laboratoriais?

Durante muito tempo, os laboratórios utilizam tubos de vidro em suas coletas. E para que os resultados fossem confiáveis e fidedignos, haviam diretrizes para a ordem coleta de cada tubo para evitar a contaminação com aditivos de um tubo para o outro.

Atualmente, os laboratórios passaram a utilizar em suas coletas tubos de plástico, e isso levou a atualização das antigas diretrizes de como coletar. Vamos aprender corretamente como coletar amostra de sangue tanto para tubos de plástico, quanto para tubos de vidro. 

Tubos plásticos:

  1. Frascos para hemocultura.
  2. Tubos com citrato (tampa azul-claro).
  3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador (tampa vermelha ou amarela).
  4. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde).
  5. Tubos com EDTA (tampa roxa).
  6. Tubos com fluoreto (tampa cinza).

Tubos de vidro:

  1. Frascos para hemocultura.
  2. Tubos para soro vidro-siliconizados (tampa vermelha).
  3. Tubos com citrato (tampa azul-claro).
  4. Tubos para soro com ativador de coágulo com gel separador (tampa amarela).
  5. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde).
  6. Tubos com EDTA (tampa roxa).
  7. Tubos com fluoreto (tampa cinza).

Cuidados de enfermagem na coleta de sangue:

Imediatamente após a coleta, não esqueça de homogeneizar os tubos sem chacoalhar, evite hemolise!

Você conhece quais são os tubos para coleta de sangue e a sua finalidade? Se ainda não, confira a nossa postagem onde falamos tudo sobre CLIQUE AQUI!

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Referências:

Bowen RAR, Remaley AT. Interferences from blood collection tube components on clinical chemistry assays. Biochemia Medica. 2014;24(1):31-44. doi:10.11613/BM.2014.006.

CLSI H3-A6, Procedures for the Collection of Diagnostic Blood Specimens by Venipunctures; Approved Standard, 6thed.

Nikolac N, Šupak-Smolčić V, Šimundić A-M, Ćelap I. Croatian Society of Medical Biochemistry and Laboratory Medicine: national recommendations for venous blood sampling. Biochemia Medica. 2013;23(3):242-254.

Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.

 

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Sonda Nasoenteral – Definição, passagem e cuidados de enfermagem!

Há 03 vias possíveis de administração de calorias e nutrientes aos pacientes, são elas:

  • Oral;
  • Enteral;
  • Parenteral.

Sonda Nasoenteral:

É a progressão da sonda através da narina até o sentido pré-pilórico (no estômago) ou pós-pilórico (no intestino, duodeno ou jejuno) para a administração de nutrientes pelo trato gastrintestinal.

É desejável que a ponta progrida até a parte distal do duodeno ou proximal do jejuno. É utilizada para administrar alimentação e medicação via enteral. É indicada quando o cliente não quer comer, não pode comer, não consegue comer.

A sonda:

A sonda de Dobbhoff é radiopaca, de silicone ou poliuretano, e por serem desse material, não sofrem alterações com o pH ácido, tem maior durabilidade e irritam menos a mucosa.

São extremamente maleáveis e possuem um fio guia para serem introduzidas que só são retirados após confirmação da sonda através do exame de raio-x.

As sondas de nº 12, 14, 16 ou 18 French são utilizadas para adultos e as de nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade.

Possui um adaptador em uma de suas extremidades onde é possível conectar equipos e seringas.

É desejável que a sonda seja de menor calibre para não causar desconforto.

Objetivo:

  • Garantir ao paciente nutrição adequada;
  • Suprir demanda metabólica decorrente de diversas patologias e situações de estresse.
  • Corrigir desnutrição aguada ou crônica e hipoproteinemia.

Equipe multiprofissional em Terapia Nutricional:

Médico: Indica e prescreve a melhor nutrição enteral para cada paciente de acordo com suas necessidades.

Enfermeiro: Responsável pela passagem de sonda nasoenteral e pela continuidade da terapia nutricional.

Técnico de Enfermagem: juntamente com o enfermeiro, é responsável pela manutenção e permeabilidade da sonda. Também é responsável pela troca das dietas e computar sua infusão no balanço hídrico.

Nutricionista: Avaliação do estado nutricional dos pacientes e suas necessidades.

Farmacêutico: Realiza todas as operações de desenvolvimento, preparo, avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte de nutrientes.

Indicação:

  • Anorexia severa;
  • Inconsciência;
  • Lesões orais;
  • Traumas;
  • Intervenções cirúrgicas.
  • Disfagia
  • Estados hiper catabólicos.

Contra-Indicações:

  • Diarréia / vômito
  • Íleo paralítico
  • Obstrução intestinal
  • Refluxo gástrico
  • Sangramento GI
  • Doença inflamatória intestinal
  • Intolerância persistente a dieta (diarreia, vômitos e náuseas).

Complicações

As complicações da nutrição enteral podem ser classificadas, em três grupos distintos:
  •  As complicações mecânicas, as quais se relacionam com a introdução e manutenção da sonda nasoentérica;
  • Complicações gastrointestinais, as quais estão relacionadas com a infusão da dieta no tubo digestivo;
  • E as complicações metabólicas, as quais estão relacionadas com os efeitos metabólicos da dieta após a sua absorção.

Vias de Administração: 

  • Nasoentérica (SNE): Uso para períodos curtos, até 45 dias.
  • Nasogástrica (SNG): Uso para períodos curtos, até 45 dias
  • Gastrostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias
  • Jejunostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias. Não pode administrar medicações VO por essa via.

Métodos de Administração: 

  • Intermitente (volume 350ml);
  • Contínua;
  • Bolos (criança).

O procedimento: 

  1. Verificar na PM a solicitação de passagem de SNE.

5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.

6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos.

7. Colocar os equipamentos de proteção individual.

8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.

9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra sujidades.

10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.

11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o procedimento.

15. Verificar se a sonda não se encontra enrolada na boca;

16. Observar sinais de cianose, tosse ou desconforto respiratório, neste caso retirar, pausar enquanto o paciente se acalme e prosseguir a passagem.

Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!

17. Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:

Imagem relacionada

Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo gástrico.

Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.

 18. Em seguida devemos fixar a sonda na narina sem tracioná-la.

19. Posicionar o paciente confortável, agradecer pela colaboração;

20. Deixar a unidade e o material em ordem;

21. Retirar as luvas, óculos e mascara;

22. Lavar as mãos;

23.  Fazer anotação de enfermagem (hora, tamanho e tipo da sonda, narina que foi introduzida, medida da parte exteriorizada, volume e aspecto da secreção drenada, intercorrências.)

Atenção: A sonda só poderá ser utilizada após confirmação de localização através do exame de raio-x e confirmação do médico.

Materiais necessários para troca do sistema:

  • 01 seringa oral pack;
  • 01 frasco de nutrição enteral;
  • 01 equipo para dieta enteral;
  • 01 rótulo para dieta;
  • Água mineral.

Procedimento de retirada da sonda

  • Confirmar se o procedimento está prescrito;
  • Explicar o procedimento ao cliente;
  • Avaliar o funcionamento intestinal auscultando para ver se há peristaltismo ou flatos;
  • Ajudar o cliente a assumir a posição semi-Fowler;
  • Lavar as mãos e calce luvas;
  • Usar uma seringa com 10 ml de soro fisiológico a 0,9%, para irrigar a sonda;
  • Certificar de que a sonda não está com conteúdo gástrico;
  • Soltar a fixação da sonda;
  • Fechar a sonda, dobrando-a em sua mão;
  • Pedir ao cliente para prender a respiração, para fechar a epiglote;
  • Cobrir e retirar imediatamente a sonda;
  • Ajudar o cliente a fazer uma higiene bucal completa;
  • Anotar a data e a hora de retirada da sonda. 

Cuidados de Enfermagem: 

  • Observar a permeabilidade da via;
  • Antes de iniciar a dieta, realizar teste de posicionamento da sonda;
  • Atentar-se a fixação da sonda, se estiver em mau estado, realizar troca imediata;
  • Lavar antes, durante e após medicações com 20 ml de água.

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Sondagem Nasogástrica e os Cuidados de Enfermagem

A sondagem nasogástrica é frequentemente utilizada no ambiente hospitalar. Neste procedimento, utilizamos uma sonda de Levine onde introduzimos a mesma através da boca ou nariz até o estômago com a finalidade de estabelecer via pérvia para alimentação e/ou administração de medicamentos ou para alívio de distensão abdominal por meio de drenagem de conteúdo gástrico.

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A sonda nasogástrica é feita de PVC e é transparente, flexível e atóxico. Ela não é radiopaca e não possui fio guia.

Indicação:

  • Descompressão estomacal;
  • Diagnosticar motilidade intestinal;
  • Prevenção de distensão abdominal no pós cirúrgico;
  • Administração de dietas ou medicações;
  • Obter amostras de materiais gástricos para exames;
  • Remover substâncias tóxicas ingeridas;
  • Remover gás e secreções do estômago;
  • Controlar sangramento gástrico;
  • Dificuldade para deglutição.

Pode ser utilizada:

Aberta: drenagem de conteúdo gástrico e gases.

Fechada: Administração de medicamentos e dietas.

Contraindicações:

  • Atresisas e estenoses de esôfago;
  • Varizes esofagianas sem sangramento (a sonda pode ferir as varizes ou deslocar coágulos tamponantes);
  • Pós operatório de cirurgia realizada via transnasal;
  • Traumas de base de crânio;
  • Fraturas de face;
  • Fístulas nasais;
  • Restrições anatômicas;
  • Lesões de mucosas orais ou nasais por ingestão cáustica.

Quem passa a SNG?

Conforme a Ressolução do COFEN 453/2014, a passagem de SNG passou a ser competência do Enfermeiro devido a sua complexidade e cabendo aos técnicos e auxiliares a sua manutenção.

Materiais:

  • EPI’S (Óculos de proteção, máscara, luvas de procedimento);
  • Sonda de calibre adequado (nº 12, 14,16 ou 18 French para adulto normal e nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade);
  • Lubrificante hidrossolúvel (xilocaína a 2% sem vasoconstritor);
  • Gazes;
  • Seringa de 20 ml;
  • Toalha;
  • Recipiente com água;
  • Estetoscópio;
  • Luvas de Procedimento;
  • Tiras de fita adesiva (micropore, etc)
  • Coletor s/n.

Como passar a SNG:

  1. Verificar na PM a solicitação de passagem de SNG.

5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.

6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos.

7. Colocar os equipamentos de proteção individual.

8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.

9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra sujidades.

10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.

11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o procedimento.

Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!

Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:

Imagem relacionada

Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo gástrico.

Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.

Em seguida devemos fixar a sonda na narina sem tracioná-la. 

Em seguida deixe o paciente confortável e não se esqueça de descartar os materiais e anotar o procedimento!

Cuidados de enfermagem: 

  • Realizar meso para evitar o tracionamento da sonda;
  • Observar o volume e aspecto do líquido drenado e anotar;
  • Sempre testar o posicionamento da sonda antes de administrar nutrientes ou medicações;
  • A seringa para ministrar medicações e nutrientes deve estar sem agulha;
  • lavar a sonda antes, durante a após a administração de medicações;
  • Antes de ser aberta a sonda deve ser pinçada para evitar a entrada de ar;
  • Após administrar medicações via sonda, a mesma deve permanecer fechada por 30 mim e só então ser aberta;
  • Sempre observar se a sonda não está exteriorizada.

 

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