A punção venosa é um procedimento comum realizado por profissionais de enfermagem para acessar a corrente sanguínea e administrar medicamentos, fluidos intravenosos e realizar exames laboratoriais. Garantir uma técnica adequada e cuidados especiais durante o procedimento é essencial para evitar complicações e garantir a segurança do paciente. Abaixo, apresentamos uma descrição passo a passo da técnica adequada e os cuidados especiais a serem tomados:
Preparação:
Identificação do Paciente: Verifique a identidade do paciente usando, no mínimo, dois identificadores exclusivos.
Seleção do Local de Punção: Escolha um local apropriado para a punção venosa, geralmente nas veias dos membros superiores, como a veia cefálica, basílica ou mediana cubital.
Preparação do Material: Reúna todo o material necessário, incluindo luvas, garrote, álcool ou clorexidina – conforme protocolo da sua instituição, atadura adesiva ou curativo próprio, dispositivo agulhado (jelco, nexiva, scalp), equipo de infusão e solução salina para flush.
Procedimento:
Higienização das Mãos: Lave as mãos cuidadosamente com água e sabão ou use uma solução antisséptica à base de álcool para garantir a assepsia.
Posicionamento do Paciente: Posicione o paciente confortavelmente, com o membro a ser puncionado estendido e apoiado em uma superfície plana.
Aplicação do Garrote: Aplique o garrote firmemente cerca de 10 a 15 cm acima do local de punção para aumentar a pressão venosa e facilitar a visualização das veias.
Preparação da Pele: Limpe a área de punção com uma solução antisséptica, como álcool ou clorexidina, e aguarde a secagem completa para reduzir o risco de contaminação.
Técnica de Punção: Segure a agulha com firmeza e insira-a na veia com um ângulo de aproximadamente 15 a 30 graus em relação à pele. Ao entrar na veia, avance suavemente o bisel da agulha e observe o retorno sanguíneo na seringa ou no equipo de infusão.
Fixação do Cateter: Após o sucesso da punção, avance o cateter para dentro da veia e remova a agulha. Fixe o cateter no lugar com uma atadura adesiva ou curativo apropriado.
Conexão do Equipo de Infusão: Conecte o equipo de infusão ao cateter e inicie a administração de fluidos ou medicamentos conforme prescrito pelo médico.
Cuidados de enfermagem:
Monitoramento Contínuo: Monitore o local de punção para sinais de infiltração, extravasamento ou reação adversa, como dor, edema ou vermelhidão.
Manutenção da Higiene: Mantenha a assepsia durante todo o procedimento e troque curativos ou ataduras conforme necessário para prevenir infecções.
Avaliação da Circulação: Verifique regularmente o fluxo sanguíneo no cateter e a permeabilidade da veia para garantir a administração adequada de fluidos e medicamentos.
Educação ao Paciente: Forneça orientações ao paciente sobre os cuidados a serem tomados com o local de punção, sinais de complicação e quando procurar assistência médica.
Documentação Adequada: Registre detalhadamente o procedimento de punção venosa, incluindo o local de punção, tamanho do cateter utilizado, quantidade e tipo de solução administrada e quaisquer complicações ou observações relevantes.
Seguindo uma técnica adequada e adotando cuidados especiais durante o procedimento de punção venosa, os profissionais de enfermagem podem garantir uma administração segura de medicamentos e fluidos, promovendo assim o bem-estar e a recuperação do paciente.
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Higiene das mãos: Lave as mãos adequadamente antes de lidar com a sonda nasogástrica (SNG). Use luvas estéreis, se necessário, para evitar a contaminação.
Posicionamento adequado: Certifique-se de que a sonda esteja posicionada corretamente no estômago. Verifique a marcação da sonda e compare-a com a distância do nariz à orelha e da orelha ao umbigo do paciente. Documente essa verificação regularmente.
Fixação segura: Fixe a sonda nasogástrica de forma segura ao paciente. Utilize fita adesiva ou dispositivos de fixação apropriados, levando em consideração a sensibilidade e a integridade da pele do paciente.
Verificação da posição: Verifique periodicamente a posição da sonda nasogástrica. Monitore a aspiração gástrica para confirmar a presença de conteúdo gástrico adequado e ausência de sinais de aspiração pulmonar.
Irrigação e administração de medicações: Siga as orientações do médico ou do protocolo institucional para a irrigação da sonda nasogástrica e administração de medicações via sonda. Lembre-se de usar seringas estéreis e soluções adequadas.
Registro adequado: Registre de forma precisa todas as ações relacionadas à sonda nasogástrica, como posição, aspiração gástrica, irrigações, administração de medicações e qualquer problema ou preocupação observada.
Monitoramento de sinais vitais: Observe regularmente os sinais vitais do paciente, incluindo frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura e saturação de oxigênio, para detectar possíveis complicações, como aspiração pulmonar.
Hidratação e nutrição: Colabore com a equipe de saúde para garantir que o paciente receba hidratação e nutrição adequadas de acordo com as prescrições médicas. Monitore a ingestão e a eliminação de líquidos.
Prevenção de infecções: Realize cuidados adequados de assepsia ao redor do local de inserção da sonda nasogástrica para prevenir infecções. Mantenha a área limpa e seca.
Avaliação e conforto do paciente: Observe sinais de desconforto ou irritação relacionados à sonda nasogástrica. Se o paciente estiver relatando dor ou desconforto excessivo, comunique a equipe de saúde para que as medidas adequadas sejam tomadas.
Lembrando que os cuidados com a sonda nasogástrica podem variar de acordo com as políticas institucionais e as necessidades individuais do paciente. Sempre siga as diretrizes e orientações específicas do local de trabalho e consulte a equipe de saúde quando necessário.
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A arrumação do leito compreende as trocas de roupas de cama:
Após o banho;
Após alta do paciente;
Quando o paciente é encaminhado para procedimento cirúrgico;
Ou todas as vezes que se faz necessário.
Em todas as situações, o profissional de enfermagem deve estar atento para o conforto do paciente e a facilidade para transferi-lo da maca para a cama.
Seguindo a padronização da NR32, citada anteriormente, existe parte de um parágrafo destinado a conservação de colchão e segurança do profissional ao transportar o paciente:
32.2.4.13 Os colchões, colchonetes e demais almofadas devem ser revestidos de material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização.
32.2.4.13.1 O revestimento não pode apresentar furos, rasgos, sucos ou reentrâncias.
32.10.12 Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser: capacitados para adotar mecânica corporal correta, na movimentação de pacientes ou de materiais, de forma a preservar a sua saúde e integridade física.
Baseado nessas informações, a arrumação do leito é um procedimento que pode ser realizado pelo setor de hotelaria ou de enfermagem de uma instituição.
Cama fechada
É considerada cama fechada, o leito que está preparado para receber o paciente quando ele é admitido no setor. É feita após higienização da cama e limpeza do quarto.
Material
2 Lençóis
Fronhas
Travesseiro
Colcha
Edredom ou cobertor
Procedimento
1. Reúna todo o material
2. Com a cama já limpa, começamos a arrumar o leito do seguinte modo:
Lençol de baixo, se possível, preferencialmente com elástico, caso contrário, poderá ser utilizado a técnica de envelope ou amarrar as pontas do lençol;
Lençol superior;
Travesseiro;
Colcha e edredom, se necessário.
3. Durante a arrumação, atente-se para a limpeza das roupas e não utilize em casos de sujidade.
4. Deixe o quarto em ordem.
5. Libere o quarto para Internação.
Cama de Operado
É a arrumação de leito destinado a receber o receber o paciente no pós-operatório imediato. Apresenta como características as roupas ficarem posicionadas lateralmente na cama, do lado oposto à entrada do paciente no leito, facilitando, assim, a transferência da maca para a cama.
Material
2 Lençóis.
Fronha.
Travesseiro, se permitido.
Lençol para travessa.
Impermeável, se necessário.
Forro para região da cabeça.
Colcha.
Edredom ou cobertor.
Luvas de procedimento.
Material para higienização do leito.
Procedimento
Reúna todo o material;
Higienize as mãos;
Calce as luvas de procedimento;
Realize a assepsia na cama;
Estique o lençol inferior sobre a cama;
Coloque lençol impermeável na altura do quadril do paciente;
Coloque o lençol de travessa sobre o impermeável;
Estique o lençol superior juntamente com o cobertor e enrole-os para a lateral da cama, lado oposto a entrada do paciente;
Posicione o forro na altura da cabeça;
Deixe o travesseiro com fronha caso seja autorizado seu uso;
Durante a arrumação do leite, atente-se para a limpeza das roupas de cama e caso haja sujidade, não as utilize!
Organize o leito;
Higienize as mãos;
Libere o leito para receber o paciente.
Cama ocupada
É a arrumação feita no momento do banho de leito ou higienização íntima, quando os lençóis são trocados com o paciente sobre a cama.
Material
2 Lençóis;
Fronhas;
Travesseiros;
Lençol para travessa;
Impermeável, se necessário;
Colcha;
Edredom ou cobertor;
Luvas de procedimento;
Material para higienização do leito – álcool 70% ou solução utilizada na instituição.
Procedimento
Reúna todo o material;
Higienize as mãos;
Calce as luvas;
Realize a higiene no paciente;
Coloque o paciente lateralizado no leito, apoiado sobre a grade ou por outro profissional;
Empurre o lençol sujo para ficar embaixo do paciente;
Higiene a parte do leito onde não está o paciente;
Estique o lençol inferior;
Coloque o impermeável na altura do quadril do paciente, se necessário;
Coloque a travessa sobre o impermeável;
Movimente o paciente no leito, trazendo-o para o outro lado da cama, de modo que ele fique sobre os lençóis limpos;
Retire os lençóis sujos;
Higienize o lado oposto da cama;
Estique o lençol inferior, impermeável e travessa sobre o colchão;
Posicione o paciente em decúbito dorsal;
Vista-o com pijama ou camisola;
Coloque sobre o paciente o lençol superior o cobertor ou edredom e a colcha.
Caso o paciente faça uso de travesseiros ou coxins, não esqueça de colocar!
Cama aberta
É a arrumação realizada na cama quando a cama está sendo ocupada por um paciente, mas ele não permanece no leito o tempo todo. No momento da arrumação do leito, o paciente não está ocupando-a.
Material
2 Lençóis
Fronha
Travesseiro
Colcha
Edredom ou cobertor
Procedimento
Reúna todo o material
Com a cama já higienizada, realize a arrumação da cama na seguinte ordem: lençol de baixo > lençol superior > travesseiro > colcha e edredom se necessário.
Realizar dobra no lençol superior como envelope para facilitar o acesso do paciente ao leito.
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Como já estudamos aqui no site, temos vários modos de obter parâmetros de Pressão arterial. Os métodos frequentemente utilizados para aferir a pressão arterial são: não invasivos manuais ou automatizados e invasivo. Hoje iremos abordar sobre o método invasivo, a também chamada de PAI ou PAM!
Pressão Arterial Invasiva (PAI)
É um índice hemodinâmico básico, frequentemente utilizado para guiar intervenções terapêuticas, com a vantagem de favorecer valores pressóricos mais fidedignos em pacientes críticos e portadores de hipertensão ou hipotensão arterial severa.
A monitorização da PAI é realizada por meio da canulação/punção ou dissecção de uma artéria (radial, femoral ou pediosa) que é conectada a um sistema de transdutor de pressão.
Locais de inserção
Os locais mais comuns para a inserção do cateter são as artérias:
Radial;
Femoral;
Pediosa.
São obtidas pelos métodos de punção percutânea ou dissecção. Sem dúvida, a artéria de primeira escolha é a artéria radial.
O procedimento
É introduzido um cateter na artéria escolhida e após ligado a sistema transdutor de pressão por onde é obtido os parâmetros da pressão arterial.
A canulação arterial é geralmente um procedimento seguro e com grande benefício para o avanço nos cuidados do paciente.
A artéria radial é a primeira opção de acesso arterial, devido a facilidade de punção e ao menor número de complicações deste sítio. Sempre que possível dar preferência para o lado corporal não dominante e realizar o teste de Allen com o objetivo de avaliar a presença de circulação colateral adequada para a mão pela artéria ulnar. Caso não seja possível, a segunda opção é a femoral e só então a pediosa.
Esse procedimento pode ser realizado a beira leito da UTI desde que seja utilizado técnica estéril.
PAI – Inserção
Teste de Allen
O teste de Allen, é realizado para verificar a patência das artérias radial e ulnar. É muito importante avaliar a mão antes de procedimentos como gasometria arterial ou punção arterial devido ao risco de isquemia com esses procedimentos.
Como realizar
Comprime-se as artérias radial e ulnar no nível do punho com as duas mãos e solicita-se ao paciente abrir e fechar a mão. Solta-se uma das artérias e avalia-se a coloração. Em seguida, repetimos o procedimento liberando a outra artéria.
O teste é positivo quando o enchimento de uma das artérias é lento. Por exemplo: o tempo de enchimento capilar da mão pela artéria ulnar deve ser de 5 a 7 segundo. Tempo maior que 7 a 15 segundos para o retorno significa enchimento capilar ulnar inadequado, portanto a artéria radial não deve ser cateterizada.
Indicação
Choque;
Cirurgia cardiopulmonar;
Grandes cirurgias vasculares, torácicas, abdominais ou neurológicas;
Instabilidade hemodinâmica;
Uso de monitorização da pressão intracraniana;
Emergência hipertensiva associada à dissecção de aorta ou AVC;
Necessidade de gasometria arterial mais que três vezes ao dia;
Controle rigoroso da pressão arterial para conduta clinica.
Pacientes graves com infusão contínua de drogas vasoativas, vasodilatadores, vasopressores ou inotrópicos
Parada cardíaca
Trauma neurológico ou politrauma
Insuficiência respiratória grave
Procedimentos cirúrgicos de grande porte
Uso de balão intra-aórtico
Contraindicações
Doença vascular periférica;
Doenças hemorrágicas;
Uso de anticoagulantes e trombolíticos;
Áreas infectadas;
Queimaduras nos locais de punção.
Complicações
Insuficiência vascular;
Vasoespasmo;
Redução da perfusão capilar;
Oclusão arterial;
Hemorragia;
Hematoma local;
Infecção do sítio do cateter;
Trombose;
Injeção acidental de drogas por via arterial;
Isquemia e necrose;
Embolização arterial e sistêmica.
A cateterização arterial permite:
Monitorização contínua direta da pressão arterial;
Retirada frequente de sangue para exames e medição de gases sanguíneos arteriais, evitando-se desconforto e lesão arterial provocados por punções frequentes;
Posição de um local para remoção rápida do volume sanguíneo, em situações de sobrecarga volêmica;
Mensuração acurada, frequente e contínua da pressão arterial nos pacientes que utilizam drogas vasoativas potentes ( noradrenalina, nitroprussiato de sódio, adrenalina, dopamina, etc).
Compreendendo o Transdutor
Para viabilização da monitorização hemodinâmica contínua, o cateter arterial é conectado a um sistema transdutor de pressão que converte o sinal mecânico em sinal elétrico interpretado pelo monitor que por sua vez registra de forma gráfica e numérica e em tempo real as pressões diastólica, sistólica e média.
É utilizado um equipo acoplado ao um soro para auxiliar a manter o sistema pressurizado e pérvio.
A conexão ao transdutor eletrônico é feita por interposição de cateter de polietileno rígido esterilizado, não menor que 30cm nem maior que 120cm de comprimento.
ATENÇÃO: Não acrescentar tubos intermediários com flexibilidade e tamanho não padronizados, pelo risco de causar interferência no resultado.
Todo o sistema deve ser preenchido com solução salina fisiológica estéril. Em alguns hospitais, utiliza-se SF 0,9% com heparina na proporção de 1 unidade/ml, mas não esqueça que isso varia de acordo com a instituição.
A solução glicosada a 5% não deve ser utilizada devido a sua maior viscosidade, o que pode causar alteração no resultado. Qualquer bolha de ar deve ser retirada do sistema para evitar que os resultados não sejam subestimados.
Devemos sempre manter a bolsa pressurizadora em 300 mmHg quando adultos e 200 mmHg para crianças.
Curiosidade:
Porque manter o soro pressurizado a 300 ou 200 mmHg?
Após realizado algumas pesquisas, foi verificado que esse parâmetro era suficiente para permitir que o sistema fique pérvio. O sistema pressurizado, infunde continuamente 3ml/h da solução. Esse valor não causa danos a artéria e permite que o sistema mantenha-se pérvio, sem coagulações!
O sistema deve ser zerado antes do início das medidas. A zeragem é fundamental para garantir o nivelamento do local do sistema circulatório e do transdutor de pressão.
A onda de pressão é captada pelo diafragma do transdutor que transforma o impulso mecânico em impulso elétrico e amplificado por um monitor eletrônico.
A pressão arterial média (PAM) é o valor médio da pressão durante todo um ciclo do pulso de pressão.
Pressão Arterial Média, o que é?
A PAM – Pressão Arterial Média – pode ser obtida com a pressão arterial invasiva ou não através da fórmula:
PAM = PAS+PAD x 2 3
Onde:
PAM = Pressão Arterial Média
PAS= Pressão Arterial Sistólica
PAD=Pressão Arterial Diastólica
Exemplo:
Foi aferida a PA, da paciente ACL, 65 anos, e obteve-se o seguinte parâmetro: 120x80mmHg. Calcule a PAM usando a fórmula:
PAM = PAS +PAD x 2 3
PAM = 120 + 80 x 2 3
PAM = 120+160 = 93mmHg 3
Material necessário
Mesa auxiliar
Solução antisséptica
Cateter arterial
Gaze estéril
Máscara descartável
Avental estéril
Luva estéril
Campo estéril – fenestrado
Seringa descartável
Agulha 13 x 0,38
Agulha 40 x 12
Anestésico local
Solução salina 0,9% – 500 ml
Heparina sódica – 5.000 UI/ml (Caso a instituição utilize!)
Kit – transdutor de pressão
Bolsa pressurizadora
Fio de sutura agulhado mononylon
Pinça para sutura/porta-agulha
Intervenções de Enfermagem
Atribuições do técnico no procedimento:
Posicionar o paciente adequadamente para o procedimento;
Selecionar material para punção arterial, selecionar monitor com módulo de PAM, bomba de infusão para o soro fisiológico de manutenção ;
Preparar o material para o procedimento (cateter, campos estereis, EPI’s)
Oferecer ao médico material para punção, paramentação e antissepsia;
Preparar o sistema conectando o transdutor de pressão ao frasco de da solução salina 0,9% de 500 ml na bolsa de pressurização, exercer pressão de 300 mmHg e conectar a saída do transdutor ao cabo de pressão ligado ao monitor
Retirar o ar do sistema para evitar erros de leitura.
Zerar o sistema (linha axilar média – 4º. espaço intercostal) e ativar os alarmes
Após a fixação do cateter, realizar curativo oclusivo.
Preferencialmente deve ser zerado com cabeceira a 30º, sendo que se a zeragem for outra deverá ser informada e registrada em local visível a equipe;
Cuidados de Enfermagem ao manuseio do sistema:
Estar atento a manutenção do pressurizador: mantê-lo sempre com a permeabilidade do cateter pelo fluxo contínuo de SF 0,9% (500ml) e a bolsa pressurizadora com 300mmHg.
Realizar flush de SF 0,9% a cada 6 horas.
Atentar para coágulos e permeabilidade do sistema.
Acompanhar fixação do cateter, e após realizar curativo estéril, atentando para possibilitar observação da equipe após.
Assegurar fixação do membro, prevenindo retirada acidental do cateter.
Observar constantemente a curva. Atentar-se para sinais infecção do sítio punção.
Sempre higienizar as mãos para manipular o cateter ou sistema.
Realizar zeragem do sistema a cada 6 horas ou sempre que alterar o nível da cama.
Cuidados de Enfermagem na manutenção do cateter:
Mantenha o membro aquecido e em posição funcional.
Monitore as extremidades do membro cateterizado (temperatura, presença de edema, coloração, perfusão capilar e sensibilidade) a cada 4 horas.
Monitore a presença de sangramento, principalmente em pacientes portadores de coagulopatia.
Inspecione o sítio de inserção do cateter – hiperemia e presença de secreção – infecção pode estar associada ao tempo de permanência do cateter (mais do que 72 horas) ou à falta de assepsia.
Mantenha a permeabilidade do cateter – mantenha a bolsa pressurizadora com pressão de 300 mmHg para evitar retorno de sangue e obstrução do cateter.
Mantenha as conexões seguras e fixadas adequadamente para prevenir desconexão acidental e hemorragia.
Utilize técnica asséptica para a manipulação do sistema.
Mantenha a permanência do cateter somente durante o tempo necessário para o controle hemodinâmico, pois o risco de trombose aumenta com o tempo de permanência.
Troque o sistema de pressão invasiva conforme protocolo institucional, evitando contaminação.
Troque a solução salina sempre que necessário.
Enfermeiros na passagem de PAI
A RESOLUÇÃO COFEN Nº 390/2011 normatiza a execução, pelo enfermeiro, da punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização de pressão arterial invasiva.
Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão.
Parágrafo único: O Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a capacitação contínua necessária à sua realização.
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No ambiente hospitalar, o risco de infecção é muito elevado, e o uso de luvas é indicado, tanto para a proteção do profissional como para a proteção do paciente.
Basicamente, utilizamos dois tipos de luvas:
Luvas não estéreis.
Luvas estéreis ou de procedimento.
Luvas não estéreis ou de procedimento:
As luvas não estéreis ou de procedimento, são destinadas à proteção do profissional e/ou do paciente nos casos em que não é necessária a manutenção de ambiente estéril. Elas deverão ser utilizadas sempre que o profissional apresentar o risco de contato com fluídos e secreções corpóreas.
São exemplos de situações nas quais a luva de procedimento é indicada:
Banho do paciente
Arrumação do leito
Punção venosa periférica etc.
Ela também deverá ser utilizada durante a realização de limpeza e/ou desinfecção de artigos e equipamentos, contato com roupas sujas, além do contato com resíduos sólidos que apresentem risco de contaminação.
O uso de luvas deverá ser precedido da higienização das mãos. Após a realização da atividade e retirada das luvas, o profissional também deve higienizar as mãos.
As luvas não estéreis podem ser encontradas em embalagens individuais ou em caixas com vários pares. Normalmente seu tamanho é classificado como: pequeno, médio e grande. E as luvas tem como características sem ambidestra, ou seja, não há diferenciação da mão direita para a esquerda.
Elas não apresentam boa aderência as mãos pois não são destinadas a atividades de curta duração.
É necessário a troca de luvas ao mudar-se de atividade ou de pacientes. O seu uso é único, devendo ser descartada após sua utilização.
Luvas estéreis
As luvas estéreis são destinadas a proteção do paciente em situações em que é necessário manter o ambiente estéril, como passagem de sonda vesical, aspiração de vias aéreas superiores, procedimentos cirúrgicos, entre outros.
São classificados de acordo com o tamanho da mão seguindo a numeração que varia de 6,0 a 9,0, sendo o tamanho 6,0 para mãos pequenas e 9,0 para mãos grandes.
Outra características é sua embalagem individual (par) e ser diferenciada para mão direita e esquerda. Normalmente essa luva apresenta uma maior aderência ás mãos e seu cano (parte que fica no braço – punho) é mais longo que na luva de procedimento. Sua colocação requer técnica específic e treinamento pela necessidade de manter a luva estéril.
Técnica para colocação de luva estéril
Separar a luva de acordo com a numeração e o tamanho de suas mãos;
Utilizar máscara cirúrgica preferencialmente. Não converse durante o procedimento;
Abra o envelope apoiando-o sobre uma superfície rígida, como uma mesa, por exemplo;
Posicione a luva de modo que o desenho fique posicionado de acordo com suas mãos, exemplo: desenho da mão direita na direção da mão direita;
Abra o envelope sem encostar suas mãos nas luvas;
Comece a calçar pela sua mão dominante, pegando a luva (mão dominante) pela sua parte interna. Ajuste a luva em sua mão tocando apenas na sua parte não estéril. Caso não consiga ajustá-la perfeitamente, aguarde calçar a outra mão para poder realizar o ajuste.
Com a mão enluvada, posicioná-la na dobra da outra luva permitindo a entrada da mão que ainda está sem luva.
Calce a outra luva e proceder aos ajustes necessários, mantendo contato apenas de luva com luva garantindo a esterilidade.
Realize o procedimento mantendo técnica asséptica.
Retirando as luvas após o uso
Inicie a retirada da luva por qualquer uma das duas mãos. Puxar a luva mantendo o contato apenas de luva com luva, sem encostá-la na sua pele.
Puxe a luva enrolando-a de modo que permaneça na palma de sua mão.
Com a mão que está sem a luva, inicie a retirada da outra luva, puxando-a pela sua parte interna. A mão sem luva deverá manter contato com a luva.
Continue puxando a luva de modo que ela envolva a que está na palma de sua mão formando uma “bolinha”.
Despreze a luva em local adequado
Higienize suas mãos.
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O Cateterismo ou sondagem Vesical é um procedimento comum em setores como UTI, PA, PS, Centro Cirúrgico e alas.
Compreendendo o procedimento
O cateterismo vesical é um procedimento invasivo e estéril, onde é introduzido uma sonda no meato uretral até a bexiga, com a finalidade de drenar a urina presente ali e sua permanência é prolongada.
Contraindicações
Esse procedimento não é indicado para pacientes que possuem lesões uretrais.
Riscos
O principal risco deste procedimento sem dúvidas é a ITU -Infecção do Trato Urinário, pode ocorrer caso o procedimento seja contaminado em algum momento e durante a passagem da sonda ocorra a introdução de microrganismos no trato urinário.
A sonda
A sonda utilizada para este procedimento é a sonda de Folley. O material que é constituído, pode ser de látex ou silicone.
A sonda pode ter duas ou três vias. Na sonda de duas vias, uma é utilizada para insuflar o balão e a outra via para drenagem. Na de três vias, uma delas é igualmente utilizada para o balão, outra via para drenagem e a terceira via, para irrigação.
Objetivos
Os objetivos do cateterismo vesical são:
Aliviar a retenção urinária;
Realizar controle e proporcionar alívio aos pacientes que sofrem de incontinência urinária;
Avaliar débito urinário;
Monitorar o balanço hídrico, principalmente perdas com maior precisão;
Medir volume residual;
Promover a restrição pós-operatória para pacientes que não tem possibilidade de se locomover até o banheiro);
Coletar amostras de urina para exames;
Irrigação da bexiga;
Instilação de medicamentos;
Cirurgias urológicas.
Tipos
O cateterismo vesical pode ser de três tipos, são eles:
Sistema Aberto – Intermitente ou alívio;
Sistema Fechado – Sondagem vesical de demora;
Via Suprapúbica.
Material
Bandeja
Biombo para fornecer privacidade ao paciente;
Material para higiene íntima com solução degermante (Clorexidina ou PVPI).
Material de cateterismo vesical (cuba-rim, cúpula, pinça, gaze e campo fenestrado).
Luvas estéreis.
EPIS (Óculos, luvas de procedimento e máscara)
Sonda Folley estéril descartável nº 16,18 ou 20 – Analisar anteriormente a anatomia do paciente.
Compressas de gaze estéril.
Lidocaína gel.
Agulhas 40mm X 12mm.
Coletor de urina de sistema fechado.
Seringa de 10 ou 20 ml.
Água destilada – ampola.
Adesivo hipoalergênico para fixação de acordo com rotina institucional.
Saco plástico para resíduos.
Técnica
Higienize as mãos;
Reúna os materiais na bandeja;
Confira a pulseira de identificação e explique ao paciente o procedimento e a importância da sua colaboração, conforme o grau de compreensão;
Calce as luvas de procedimento, óculos de proteção e máscara descartável;
Posicione o paciente: decúbito dorsal, joelhos fletidos e afastados, quanto possível; posição ginecológica (feminino). Importante neste momento, não esquecer de favorecer a privacidade do paciente. Observar se há boa iluminação, usar o foco de luz se necessário.
Realize a higiene íntima com água e sabão ou clorexidina degermante.
Retire as luvas.
Higienize as mãos novamente.
(Higiene Feminina) Irrigue a vulva com água morna. Molhe a luva de banho ou gaze, ensaboe e lave a região vulvar por fora, de cima para baixo (direção do períneo para o reto), em um movimento único;
Retire as luvas;
Higienize as mãos;
Abra o campo estéril na mesa auxiliar se paciente do sexo masculino e não colaborativo. Se paciente do sexo feminino e colaborativo pode-se abrir o campo sobre o leito, com uma das pontas sob a região glútea, abra o restante do material sobre o campo conforme sequência de uso;
Coloque a solução antisséptica aquosa (Clorexidina Aquosa 0,5% ) na cúpula; Abra a embalagem do coletor e coloque-á sobre o campo estéril;
Abra a xylocaína e dispense a quantidade necessária em uma gaze.
Realizar a desinfecção da ampola de água destilada com swab de álcool, abrir e deixar sobre a mesa.
Calce as luvas estéreis
Aspire a água destilada com auxílio da seringa e agulha, sem tocar na ampola;
Teste o balão da sonda, com água destilada, de acordo com sua capacidade, nunca ultrapassando o volume máximo sugerido; esvaziar o balão deixando o volume injetado na seringa.
Conecte o coletor sistema fechado à sonda vesical e certifique-se sobre a completa conexão entre sonda e coletor.
Proceder a anti-sepsia com Clorexedina aquoso. Feminino: Com a mão dominante, realize a anti-sepsia com bolas de algodão montadas (em pinça cheron – adulto), embebidas em Clorexedina aquoso, afastando os grandes lábios com a mão não dominante 1- grandes lábios D 2 – grandes lábios E 3 – pequenos lábios D 4 – pequenos lábios e Movimentos unidirecionais, de cima para baixo, vulva para anus. Utilizar uma bola de algodão para cada movimento, que deve ser único 5 – Visualizar o meato uretral. Mantenha a posição da mão não dominante até a introdução da sonda; Lubrificar a sonda com xilocaína gel. Masculino: Coloque o campo fenestrado e afaste com a mão não dominante o prepúcio e segure o pênis perpendicularmente ao corpo. Proceda com a outra mão, a anti-sepsia das pregas do prepúcio, glande e meato uretral, com bolas de algodão embebidas em Clorexedina aquoso; em movimento e sentido únicos, de cima para baixo, em seguida, insira toda a xylocaína gel diretamente no meato uretral lentamente. Introduza toda a extensão da sonda no meato uretral até refluir urina.
Caso haja introdução inadvertida da sonda na vagina a mesma deverá ser desprezada, providenciada nova sonda e novo par de luva.
Insufle o balão lentamente com o volume de água indicado na sonda, SOMENTE após observar o refluxo da urina.
Atenção: interrompa a insuflação caso o paciente sinta dor ou tenha resistência pois a sonda pode não estar na bexiga.
Nos homens: tracione lentamente a sonda até encontrar resistência;
Realize o enxágue da região perineal com água, para a retirada do excesso de Clorexedina aquoso;
Retire as luvas.
Fixe a sonda na face interna da coxa com fita adesiva.
Despreze o material descartável no saco plástico e o perfurocortante na caixa rígida coletora;
Higienize as mãos;
Realize sua anotação de enfermagem.
O que anotar?
Igualmente a todos os procedimentos que realizamos, é necessário após o procedimento anotar o que foi feito. Montei um esqueminha do que não pode faltar!
Horário;
Procedimento realizado;
Tipo e calibre da sonda utilizada;
Volume de líquido no balão;
Aspecto e cor da urina drenada;
Intercorrências;
Nome/cargo/COREN.
Cuidados de enfermagem
Fixar o cateter de modo adequado (meso);
Esvaziar a bolsa coletora de acordo com rotina institucional, por exemplo, em alguns setores esvaziamos ao atingir 2/3 de sua capacidade em outros, como na UTI por exemplo, esvaziamos a cada duas horas;
Caso o paciente sinta dor durante a insuflação do balão, interromper pois a sonda pode estar não estar localizada na bexiga
Higienizar a região perineal, com água e sabão, incluindo a junção do cateter com o meato uretral três vezes ao dia;
Higienizar as mãos antes e após o manuseio do cateter e/ou tubo e/ou bolsa coletora;
Manter a bolsa coletora sempre abaixo do nível da bexiga para manter fluxo contínuo de drenagem de urina por gravidade.
Não deixar bico da SVD encostar no cálice ao esvaziar a bolsa.
Esvaziamento da bolsa coletora
Materiais
EPI (máscara e óculos);
Recipiente graduado individualizado
Técnica
Higienizar as mãos com água e sabão ;
Colocar os óculos de proteção, máscara descartável e calçar luvas de procedimento;
Retirar o tubo de drenagem do seu protetor posicionando-o para o recipiente que irá receber a urina, evitando o contato de ambas superfícies durante todo o processo;
Abrir a pinça do tudo de drenagem;
Acompanhar o esvaziamento espontâneo da urina da bolsa coletora no frasco de uso individualizado;
Fechar a pinça do tubo de drenagem;
Utilizar desinfecção, com álcool 70%, da superfície externa e ponta do tubo de drenagem (é protocolo em algumas instituições);
Colocar o tubo de drenagem no seu protetor;
Após medir o volume, desprezar a urina no vaso sanitário;
Retirar e desprezar a luva de procedimento no lixo comum, higienizar as mãos e proceder as anotações, registrando coloração, aspecto, volume de diurese e orientações aos paciente e familiar.
Reunir todo o material necessário e estar com a bolsa coletora vazia;
Certificar-se que o paciente identificado é o paciente a ser submetido ao procedimento, por meio da leitura da pulseira de identificação;
Orientar o paciente / familiares sobre o procedimento a ser realizado;
Colocar máscara descartável, óculos de proteção e calçar as luvas de procedimento;
Posicionar o paciente;
Conectar a seringa na via do balão e aspirar todo o conteúdo líquido do balão;
Atentar para a retirada do volume descrito da capacidade do balão;
Tracionar suavemente a sonda em direção a região externa, até a saída total da sonda Foley.
Deixar o paciente confortável;
Recolher o material utilizado;
Retirar as luvas,óculos e máscara descartável e higienizar as mãos;
Recompor a unidade;
Calçar a luva de procedimento;
Levar a bandeja e os materiais utilizados para o expurgo desprezando-os no lixo infectante;
Realizar desinfecção da bandeja no expurgo;
Higienizar as mãos;
Realizar anotação de enfermagem, registrando nº da sonda de folley retirada e intercorrências no procedimento.
Terminologias:
Anúria: menor que 100ml em 24 horas
Oligúria: menor que 400ml em 24 horas
Poliúria: volume maior que o normal da urina
Nictúria: micção durante a noite
Disúria: dificuldade ou desconforto ao urinar
Hematúria: urina com sangue
Piúria: urina com pus
Incontinência: incapacidade de controlar a eliminação urinária
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Uma das muitas atribuições da enfermagem é a realização de curativos. Porém, existem várias formas de fazê-lo, e vários materiais a serem utilizados, como veremos.
O carrinho de Curativo:
Um bom curativo começa com uma boa preparação do carro de curativos. Este deve ser completamente limpo. Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre a esterilidade do material que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado. Deve verificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente
Definições importantes:
Curativo:
É o tratamento utilizado para promover a cicatrização da ferida, proporcionando um meio adequado para esse processo. A escolha do curativo depende do tipo de ferida.
Ferida:
São o resultado visível de lesão ou morte das células dos tecidos, causando ruptura da integridade de um tecido. Podem envolver parcial ou totalmente a espessura da pele, podendo atingir subcutâneo, músculo ou até mesmo comprometendo tecidos e órgãos profundos.
Podem ser:
Ferida não cirúrgica: é a decorrente de doenças, traumatismos, dentre outros;
Ferida cirúrgica: é realizada pelo cirurgião por meio de instrumentos especializados. As vezes, podem acontecer complicações como: sangramento, infecção, exsudação (purulenta, serosa), deiscência dos pontos, aumento da extensão e/ou profundidade da ferida.
São classificadas em:
Feridas assépticas – não contaminada: ferida cirúrgica;
O curativo ideal deve manter alta umidade entre a ferida e o curativo.
Remover o excesso de exsudação, evitando a maceração dos tecidos próximos;
Permitir a troca gasosa;
Fornecer isolamento térmico;
Ser impermeável as bactérias;
Estar insento de substâncias tóxicas;
Permitir sua retirada sem ocasionar lesão por aderência.
Funções dos Curativos:
Prevenir e tratar a infecção das lesões contaminadas;
Evitar a contaminação das feridas limpas;
Promover a cicatrização;
Remover exsudatos;
Promover a hemostasia;
Proteger o leito da ferida;
Aliviar a dor;
Manter medicamentos no local;
Manter um ambiente umedecido;
Remover corpos estranhos;
Proteger contra traumas;
Reaproximar bordas separadas;
Preencher espaço morto;
Remover tecido necrótico;
Reduzir o edema;
Fornecer isolamento térmico;
Dar conforto psicológico;
Permitir as trocas gasosas;
Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida.
Lembrando que:
Curativo Infectado: limpeza de fora para dentro! Curativo Limpo: limpeza de dentro para fora!
Cicatrização das feridas:
O processo de cicatrização, transforma o tecido de granulação em tecido cicatricial, sendo a cicatriz a etapa final deste processo.
Fisiopatologia da cicatrização:
Estágios da cicatrização:
Reação inflamatória- hemostasia, edema e atração de leucócitos. Dura por volta de 03 dias.
Reepitelização– células epidérmicas se reproduzem;
Proliferação- células epiteliais cobre a superfície da ferida,aparece o tecido de granulação que consiste de colágeno, capilares,macrófagos e fibroblastos;
Maturação –final da cicatrização, tecido organizado.
Tipos de cicatrização:
Primeira intenção: é quando as bordas das feridas tem suas superfícies aproximadas por sutura, fita adesiva ou outros mecanismos;
Segunda intenção ou granulação: é quando não acontece aproximação das superfícies, e nesse espaço proliferam as granulações, que, por sua vez, serão recobertas pelo epitélio.
Terceira intenção: ocorre quando as bordas da ferida são unidas por uma sutura posteriormente.
Fatores que afetam a cicatrização:
Nível nutricional: Um dieta pobre em elementos protéicos, vitamina C e desidratação são os principais causadores do retardo da cicatrização;
Condições de vascularização: como o sangue fornece os elementos cicatrizantes, quanto melhor a circulação, mais eficiente será a cicatrização.
Idade: O processo cicatricial é mais retardado nos idosos;
Edema: Causa alterações na derme o que dificulta a união das extremidades da ferida e diminui a vascularização local.
Administração de drogas: medicamentos que escondem a presença de infecção.
Técnica de curativo: Um dos principais motivos de complicações é o modo como é feito o curativo, exemplo: troca insuficiente, falhas de técnica asséptica, curativo apertado demais impedindo a circulação.
Glicose: A alteração da taxa de glicose sanguínea prejudica diretamente a cicatrização.
Classificação dos Curativos:
Como já mencionamos, o tipo de curativo a ser utilizado, irá depender da ferida que iremos tratar. Como critérios para escolha, devemos levar em consideração:
A ferida: se está seca, com crosta, se apresenta exsudato ou se possui necrose.
Onde está localizada a ferida;
Qual o tamanho desta ferida;
E o formato da ferida: se é superficial ou profunda.
Curativo aberto:
É utilizado em feridas sem infecção que após tratamento permanecem abertos – sem proteção oclusiva. Não há necessidade dos ferimentos serem ocluídos. •Algumas feridas cirúrgicas (após 24 horas) •Cortes pequenos ou escoriações •Queimaduras de 1º grau
Semi-Oclusivo:
Curativo que oclui parcialmente a lesão e absorve secreções, sendo semi-permeável ao ar e a água. Também permite a exposição da ferida ao ar, absorve exsudato da ferida e isola o exsudato da pele saudável adjacente.
Oclusivo:
Curativo que oclui totalmente o leito da ferida e não permite a passagem de ar ou fluidos, sendo uma barreira contra bactérias. Tem como vantagens: •Vedar a ferida, a fim de impedir pneumotórax; •Impede a perda de fluidos; •Promove o isolamento térmico e de terminações nervosas; •Impede a formação de crostas.
Compressivo:
É utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, ou promover estase, e ajudar na aproximação das extremidades do ferimento. Após a limpeza do leito da ferida e aplicação de medicamentos (as vezes) é ocluído.
Com irrigação:
Alguns ferimentos que possui infecção dentro da cavidade ou fístula,possui indicação de irrigação com SF 0,9% ou antisséptico, sendo realizado com seringa.
Com Drenagem:
Nos ferimentos com grande quantidade de exsudação, utiliza-se nessas situações, coloca-se um dreno de Penrose, Kehr, tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
Sutura com Fita Adesiva:
Após limpeza da ferida, as bordas do tecido seccionado são unidas e fixa-se a fita adesiva. Este tipo de curativo é apropriado para cortes superficiais e de pequena extensão.
ATENÇÃO: Para que a aula não fica demasiadamente grande e cansativa, dividimos esse post em dois, não deixe de conferir também o MEGA AULA – Curativos Parte II, onde abordamos sobre a técnica correta do curativo, quais as pinças que utilizamos e os tipos de curativos presente no mercado!
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Agora que já estudamos a introdução de curativos (se você perdeu, clica AQUI para conferir), vamos aprender a técnica correta, os instrumentos para realizar e quais produtos podemos utilizar.
Pinças para curativo:
Utilizamos as pinças Kocher e Dente de rato para retirar o curativo anterior e as pinças Anatômicas e Kelly para limpeza, tratamento e oclusão da ferida.
Técnica:
Cheque a prescição de enfermagem e observe o curativo a ser realizado e os materiais necessários.
Higienize as mãos, reuna o material e leve para junto do paciente. Cheque pulseira de identificação.
Explique ao paciente o procedimento e sobre sua participação ativa ou passiva, conforme o grau de compreensão;
Coloque o paciente em posição confortável e exponha o local da lesão; Coloque a mesa ao lado da cama próxima ao local em que será feito o curativo pois irá facilitar o gerenciamento do campo e materiais estéreis.
Higienize as mãos novamente; Coloque a máscara e óculos de proteção.
Abra o kit curativo com técnica asséptica e coloque as pinças com os cabos voltados para fora do campo estéril; Se curativo com luva estéril: abrir luva estéril e fazer da própria embalagem seu campo estéril.
Coloque gazes no campo estéril em quantidade adequada ao tamanho do curativo;
Para retirada do curativo sujo utilize: luvas de procedimento (para curativos com luva estéril) ou pinça dente de rato e luva de procedimento ( curativo com pinça).
Após, despreze as luvas de procedimento, higienize as mãos novamente; (Se necessário, utilize vaselina líquida ou SF0,9% para remoção dos adesivos quando muito aderidos e despreze-o no saco plástico)
Abra a embalagem do Soro Fisiológico 0,9%; realize a desinfecção do ejetor de borracha com swab alcoólico e introduza a agulha 40×12 de forma asséptica;
Dobre a gaze estéril utilizando as pinças do kit curativo, ou luva estéril quando necessário. Umedeça-a com Soro Fisiológico 0,9% e realize a limpeza conforme o tipo de ferida, séptica ou asséptica. Feridas Sépitcas: de fora para dentro Feridas Assépticas: de dentro para fora
Se necessário, aplique a cobertura prescrita e cubra a região com gaze estéril e adesivo hipoalergênico de forma oclusiva. Deixe o paciente confortável e em segurança.
Despreze o material utilizado (exceto perfuro cortantes) em saco plástico – lixo infectante.
Limpe a mesa auxiliar com álcool a 70%; Higienize suas mãos;
Registre todo o procedimento. Anote as condições do curativo e comportamento do paciente durante o procedimento, comunique qualquer alteração.
Tipos de cobertura para curativos:
Soro Fisiológico:
Mantém a umidade da ferida e favorece a formação de do tecido de granulação, amolece tecidos desvitalizados, absorve o exsudato e estimula o debridamento autolítico. ferida úmida e importante na formação do tecido de granulação.
Indicação: Limpeza de todo tipo de ferida e manutenção da umidade. Pode ser utilizado para todo tipo de ferida.
Ácidos Graxos Essenciais:
Mantém a ferida úmida, acelera o processo de granulação, é facilmente absorvido pela pele e forma uma película de proteção. Correspondem a uma classe de óleo vegetal formado por triglicerídeos de cadeia média, vitamina A,E e lecitina de soja. É importante para a manutenção da integridade das membranas das células. Possui ação hidratante e auxilia a restauração da pele. A vitamina E é antioxidante, protegendo a membrana celular contra radicais livres, e a vitamina A participa como importante cofator na cicatrização.
É indicado para lesões abertas não intactas, e profilaxia de lesão por pressão.
Modo de usar: Aplicar no local afetado utilizando uma gaze e sua troca deverá ser a cada 12 à 24 horas.
Sulfadiazina de Prata:
Possui características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais. Para manter sua ação deve ser trocado a cada 12 h. É muito utilizado em queimaduras. É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%. Pode ser associada: nitrato de cério, acido hialurônico.
Mecanismo de ação: Prata- confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, provoca precipitação protéica e age diretamente na membrana citoplasmática bacteriana.
Hidrogel
É um desbridante autolítico. Composição: carboximetilcelulose + propilenoglico + água (70 a 90%)
Mecanismo de ação:
Umidade: Proporciona meio úmido e facilita a migração celular, favorece a angiogênese. Desbridamento autolítico: amolece o tecido desvitalizado, facilitando sua remoção; alivia a dor; protege e hidrata terminações nervosas.
Ação: debridamento autolitico/ remove crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas.
Hidrocolóide
Absorve o exsudato e mantém a ferida úmida, protegida de traumas e contaminação. É indicada para ferida com pequena quantidade de exsudação.
Não indicada para feridas com exposição de tecido ósseo, músculos e tendões.
Ação: é hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá manter a umidade da ferida.
Papaína
Composição: enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya.
Presente em forma de: pó, gel ou pasta.
Possui atuação desbridante (enzimático) não traumática, anti-inflamatória, bactericida, estimula a força tensil das cicatrizes, pH ótimo de 3 – 12, atua apenas em tecidos lesados, devido a anti-protease plasmática (alfa anti-tripsina).
Observações: diluições: 10% para necrose, 4 a 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação.
É fotossensível, por isso, cuidados com seu armazenamento e substancias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio), manter em geladeira.
Fibrinolisina:
Composição: fibrinolisina (plasma bovino) e desoxorribonuclease (pâncreas bovino).
Forma de apresentação: pomada
Ação: através da dissolução do exsudato e dos tecidos necróticos, pela ação lítica da fibrinolisina e do ácido desoxorribonucleico e da enzima desoxorribonuclease.
Observações: monitorar a sensibilidade do paciente.
Alginato de cálcio e sódio:
Transforma a exsudação da ferida em gel, mantendo a ferida úmida, ajuda a preencher a cavidade e cotrolar sangramentos.
É indicado para feridas infectadas, exsudativas e hemorrágicas.
Composição: 80% íon cálcio + 20% íon sódio + ácidos gulurônico e manurônico (derivados de algas marinhas).
Forma de apresentação: cordão e placa
Ação: hemostasia, debridamento osmótico, grande absorção de exsudato, umidade (formação de gel).
Composto por almofadas que possuem três camadas sobrepostas, sendo uma central de hidropolímero , que se expande delicadamente à medida que absorve o
exsudato , e duas outras, formadas por camadas de não tecido não aderente, o que evita agressão aos tecidos na remoção. Entre suas propriedades, temos: absorção, mantém meio úmido, evita maceração, barreira bacteriana (adesivo), isolamento térmico.
Indicação: feridas abertas não infectadas com baixa ou moderada exsudação.
Contra-indicação: feridas infectadas e com grande quantidade de exsudação.
Gaze de Acetato impregnada com Petrolatum (ADAPTIC)
Composição: tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de petrolatum, hidrossolúvel.
Ação: proporciona a não aderência da ferida.
Indicação: áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e lacerações.
Contra-indicação: alergia
Carvão ativado e prata
Composição: carvão ativado com prata à 0,15%, envolto por não tecido de nylon poroso, selado nas quatro bordas.
Ação: absorve exsudato, absorve os microorganismos, filtra odor, bactericida (prata).
Indicações: feridas fétidas, infectadas ou com grande quantidade de exsudato.
Contra indicações: feridas com exposição ósteo-tendinosas, em assistidos/clientes que apresentem hipersensibilidade ao material.
Observação: não pode ser cortado. Pode ser associado a outros produtos, como: alginato de cálcio e sódio. Frequência de troca segundo a saturação, em média com 48 a 72 horas.
Produtos deveridas de Iodo
Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)
Ação: penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucléico, através da oxidação.
Indicação: antissepsia de pele e mucosas peri-cateteres.
Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Observações: é neutralizado na presença de matéria orgânica, em lesões abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e reduz a forca tensil do tecido.
Clorexidina
Composição: Di-glucanato de clorexidina
Ação: atividade germicida por destruição de membrana citoplasmática bacteriana.
Indicação: antissepsia de pele e mucosa peri-cateteres.
Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Observações: a atividade germicida se mantém mesmo na presença de matéria orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual.
Colagenase:
Possui ação desbridante autolítica. Indicado para desbridamento enzimático suave e não invasivo de lesões isquêmicas. O produto deve ser aplicado somente no local da ferida devido a sua atuação.
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Consiste na administração de oxigênio, de modo terapêutico, numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia.
Esta técnica possui como principal objetivo aumentar o nível de oxigênio que é trocado entre o sangue e os tecidos.
Objetivos:
Corrigir e reduzir os sintomas relacionados à hipoxemia e melhorar a difusão do Oxigênio;
Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com dificuldades de transporte de oxigênio;
Facilitar a absorção de ar nas cavidades orgânicas;
Minimizar a carga de trabalho cárdio-pulmonar;
Manter PaO2 entre 80 a 100 mmHg e saturação de O2 entre 90 a 100%.
Indicações:
Segundo a “American Association for Respiratory Care” (AARC), as indicações básicas de oxigenoterapia são:
PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente);
Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de
doenças cardiorrespiratórias;
IAM;
Intoxicação por gases (monóxido de carbono);
Envenenamento por cianeto.
Benefícios:
Melhora a troca gasosa;
Vasodilatação arterial pulmonar;
Baixa sobrecarga de trabalho miocárdico;
Métodos da oxigenoterapia:
Cateter nasal:
É ofertado ao paciente uma concentração que varia de 25 a 45% e com um fluxo de 0,5 até 5L/mim.
Vantagens: Permite o paciente falar e se alimentar e fazer atividades diárias sem interromper a oxigenoterapia.
Desvantagens: Não conhecer o fluxo exato da FiO2; ressecamento da mucosa, irritação cutânea (dermatites de contato) e vazamentos.
Atenção: Para fluxos superiores à 4L/mim é necessário utilizar umidificação.
Máscara facial e Nebulização:
Também não oferecem concentrações fixas de ar inspirado. Devem ser anatômicas, transparentes e resistentes.
Vantagens: Consegue fornecer maiores concentrações de oxigênio.
Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.
Máscaras com reservatório de oxigênio
É uma máscara com as mesmas características da máscara facial, porém com uma bolsa onde o oxigênio é armazenado e liberado durante as inspirações do paciente.
Vantagens: Consegue fornecer maiores concentrações de oxigênio.
Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.
Máscaras de Venturi
Dos métodos de oxigenoterapia não invasivo, é considerado o método mais seguro, pois fornece uma FiO2 conhecida.
O sistema Venturi é baseado na passagem de um alto fluxo de oxigênio a orifícios no corpo da máscara, cuja escala de concentração de oxigênio varia de 24% a 50% (FiO 2de 24, 28, 31, 35, 40 e 50%).
Esse tipo de máscara é utilizado em ambiente hospitalar, principalmente pós extubação.
Vantagens: Consegue fornecer uma FiO2 conhecida ao paciente.
Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.
Tenda facial
É uma máscara constituída de material maleável e transparente, geralmente utilizada com crianças, principalmente neonatos.
Este tipo de máscara oferece uma concentração elevada de oxigênio.
CPAP
É um aparelho que envia um fluxo de ar contínuo para as vias respiratórias, por meio de uma máscara, evitando a apneia do sono. A quantidade do fluxo de ar enviado é determinada pela pressão informada no exame de polissonografia.
Vantagens: A autorregulação do fluxo de ar oferecido ao paciente. Por conta dessa característica, o aparelho é indicado nos casos em que não há recomendação de uso de uma pressão fixa, como acontece com a apneia obstrutiva do sono.
Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia.
Invasivos:
Traqueostomia:
É uma pequena intervenção cirúrgica que consiste na abertura de um orifício na traqueia e na colocação de uma cânula para passagem de ar.
Vantagens: menos lesão da orofaringe e traqueia do paciente , mais facilidade e eficiência de limpeza e secreção de aspirações.
Desvantagens: Como todo procedimento cirúrgico , por mais simples que seja, existe possibilidade de distúrbios de cicatrização e infecção local.
Intubação Orotraqueal (ou endotraqueal)
É um procedimento de suporte avançado de vida onde o médico, com um laringoscópio, visualiza a laringe e através dela introduz um tubo na traqueia (tubo endotraqueal).
Vantagens: Prevenir a aspiração de conteúdo gástrico e de corpos estranhos. Possibilitar uso de ventilação com pressões mais altas, sem risco maior de distensão gástrica, facilitando assim a ventilação e a oxigenação alveolar.
Desvantagens: Lesões na mucosa.
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Há 03 vias possíveis de administração de calorias e nutrientes aos pacientes, são elas:
Oral;
Enteral;
Parenteral.
Sonda Nasoenteral:
É a progressão da sonda através da narina até o sentido pré-pilórico (no estômago) ou pós-pilórico (no intestino, duodeno ou jejuno) para a administração de nutrientes pelo trato gastrintestinal.
É desejável que a ponta progrida até a parte distal do duodeno ou proximal do jejuno. É utilizada para administrar alimentação e medicação via enteral. É indicada quando o cliente não quer comer, não pode comer, não consegue comer.
A sonda:
A sonda de Dobbhoff é radiopaca, de silicone ou poliuretano, e por serem desse material, não sofrem alterações com o pH ácido, tem maior durabilidade e irritam menos a mucosa.
São extremamente maleáveis e possuem um fio guia para serem introduzidas que só são retirados após confirmação da sonda através do exame de raio-x.
As sondas de nº 12, 14, 16 ou 18 French são utilizadas para adultos e as de nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade.
Possui um adaptador em uma de suas extremidades onde é possível conectar equipos e seringas.
É desejável que a sonda seja de menor calibre para não causar desconforto.
Objetivo:
Garantir ao paciente nutrição adequada;
Suprir demanda metabólica decorrente de diversas patologias e situações de estresse.
Corrigir desnutrição aguada ou crônica e hipoproteinemia.
Equipe multiprofissional em Terapia Nutricional:
Médico: Indica e prescreve a melhor nutrição enteral para cada paciente de acordo com suas necessidades.
Enfermeiro: Responsável pela passagem de sonda nasoenteral e pela continuidade da terapia nutricional.
Técnico de Enfermagem: juntamente com o enfermeiro, é responsável pela manutenção e permeabilidade da sonda. Também é responsável pela troca das dietas e computar sua infusão no balanço hídrico.
Nutricionista: Avaliação do estado nutricional dos pacientes e suas necessidades.
Farmacêutico: Realiza todas as operações de desenvolvimento, preparo, avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte de nutrientes.
Indicação:
Anorexia severa;
Inconsciência;
Lesões orais;
Traumas;
Intervenções cirúrgicas.
Disfagia
Estados hiper catabólicos.
Contra-Indicações:
Diarréia / vômito
Íleo paralítico
Obstrução intestinal
Refluxo gástrico
Sangramento GI
Doença inflamatória intestinal
Intolerância persistente a dieta (diarreia, vômitos e náuseas).
Complicações
As complicações da nutrição enteral podem ser classificadas, em três grupos distintos:
As complicações mecânicas, as quais se relacionam com a introdução e manutenção da sonda nasoentérica;
Complicações gastrointestinais, as quais estão relacionadas com a infusão da dieta no tubo digestivo;
E as complicações metabólicas, as quais estão relacionadas com os efeitos metabólicos da dieta após a sua absorção.
Vias de Administração:
Nasoentérica (SNE): Uso para períodos curtos, até 45 dias.
Gastrostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias
Jejunostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias. Não pode administrar medicações VO por essa via.
Métodos de Administração:
Intermitente (volume 350ml);
Contínua;
Bolos (criança).
O procedimento:
Verificar na PM a solicitação de passagem de SNE.
5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.
6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos.
7. Colocar os equipamentos de proteção individual.
8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.
9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra sujidades.
10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.
11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o procedimento.
15. Verificar se a sonda não se encontra enrolada na boca;
16. Observar sinais de cianose, tosse ou desconforto respiratório, neste caso retirar, pausar enquanto o paciente se acalme e prosseguir a passagem.
Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!
17. Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:
Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo gástrico.
Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.
18. Em seguida devemos fixar a sonda na narina sem tracioná-la.
19. Posicionar o paciente confortável, agradecer pela colaboração;
20. Deixar a unidade e o material em ordem;
21. Retirar as luvas, óculos e mascara;
22. Lavar as mãos;
23. Fazer anotação de enfermagem (hora, tamanho e tipo da sonda, narina que foi introduzida, medida da parte exteriorizada, volume e aspecto da secreção drenada, intercorrências.)
Atenção: A sonda só poderá ser utilizada após confirmação de localização através do exame de raio-x e confirmação do médico.
Materiais necessários para troca do sistema:
01 seringa oral pack;
01 frasco de nutrição enteral;
01 equipo para dieta enteral;
01 rótulo para dieta;
Água mineral.
Procedimento de retirada da sonda
Confirmar se o procedimento está prescrito;
Explicar o procedimento ao cliente;
Avaliar o funcionamento intestinal auscultando para ver se há peristaltismo ou flatos;
Ajudar o cliente a assumir a posição semi-Fowler;
Lavar as mãos e calce luvas;
Usar uma seringa com 10 ml de soro fisiológico a 0,9%, para irrigar a sonda;
Certificar de que a sonda não está com conteúdo gástrico;
Soltar a fixação da sonda;
Fechar a sonda, dobrando-a em sua mão;
Pedir ao cliente para prender a respiração, para fechar a epiglote;
Cobrir e retirar imediatamente a sonda;
Ajudar o cliente a fazer uma higiene bucal completa;
Anotar a data e a hora de retirada da sonda.
Cuidados de Enfermagem:
Observar a permeabilidade da via;
Antes de iniciar a dieta, realizar teste de posicionamento da sonda;
Atentar-se a fixação da sonda, se estiver em mau estado, realizar troca imediata;
Lavar antes, durante e após medicações com 20 ml de água.
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