Categoria: Introdução a enfermagem

Prevenção de Lesão por Pressão: Estratégias Essenciais para Enfermagem

As lesões por pressão, também conhecidas como úlceras de pressão ou escaras, são um problema comum em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida e podem resultar em dor, desconforto e complicações graves. Neste artigo, vamos explorar estratégias essenciais para a prevenção de lesões por pressão, destacando o papel crucial da enfermagem nesse processo.

1. Avaliação de Risco: Realize uma avaliação de risco inicial para todos os pacientes, considerando fatores como mobilidade, estado nutricional, sensibilidade cutânea e condições médicas subjacentes.

2. Mudança de Posição: Promova a mudança de posição regularmente, especialmente para pacientes acamados ou em cadeira de rodas, para aliviar a pressão sobre áreas vulneráveis da pele.

Feridas Crônicas

 

3. Uso de Superfícies de Suporte Adequadas: Utilize colchões e almofadas adequados para distribuir uniformemente a pressão corporal e reduzir o atrito e a fricção na pele.

4. Hidratação e Nutrição Adequadas: Mantenha os pacientes bem hidratados e nutridos para promover a saúde da pele e facilitar a cicatrização de lesões existentes.

Data reforça a importância de prevenir a lesão por pressão - Portal  Hospital de Clínicas de Porto Alegre

5. Inspeção da Pele: Realize inspeções regulares da pele para identificar áreas de vermelhidão, calor ou inchaço, que podem indicar o início de uma lesão por pressão.

6. Cuidados com a Pele: Mantenha a pele limpa, seca e livre de umidade excessiva ou irritação. Utilize produtos de cuidados da pele adequados, conforme indicado.

7. Utilização de Dispositivos de Alívio de Pressão: Considere o uso de dispositivos de alívio de pressão, como almofadas de gel, colchões de ar ou sistemas de rotação automática, para reduzir a pressão sobre áreas específicas do corpo.

8. Educação ao Paciente e Cuidadores: Forneça orientações claras e educativas aos pacientes e seus cuidadores sobre a importância da prevenção de lesões por pressão e as medidas específicas a serem tomadas.

9. Registro e Documentação Precisos: Registre todas as intervenções de prevenção de lesões por pressão realizadas, incluindo a avaliação de risco, mudanças de posição, inspeções da pele e cuidados fornecidos.

10. Comunicação Interdisciplinar: Mantenha uma comunicação eficaz com outros membros da equipe de saúde, incluindo médicos, fisioterapeutas e assistentes sociais, para coordenar os cuidados e abordagens de prevenção de lesões por pressão.

A prevenção de lesões por pressão é uma responsabilidade fundamental da equipe de enfermagem, e a implementação dessas estratégias essenciais pode ajudar a reduzir significativamente o risco de ocorrência dessas lesões em pacientes vulneráveis. Ao adotar uma abordagem proativa e abrangente, os enfermeiros desempenham um papel crucial na promoção da saúde da pele e no bem-estar geral dos pacientes.

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Sinais Vitais na Prática de Enfermagem

Os sinais vitais são indicadores fisiológicos essenciais que fornecem informações valiosas sobre o estado de saúde de um paciente. Eles são medidas objetivas que auxiliam os profissionais de enfermagem a monitorar o funcionamento dos sistemas do corpo e identificar possíveis alterações clínicas. Vamos abordar cada um dos quatro principais sinais vitais – temperatura corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial – fornecendo uma visão detalhada sobre cada sinal e seus respectivos valores normais e anormais, além de suas unidades de medida.

1. Temperatura Corporal:

  • Descrição: Reflete a quantidade de calor produzido e perdido pelo corpo, indicando o equilíbrio térmico.
  • Valores Normais: 36,5°C a 37,5°C (aproximadamente).
  • Valores Fora do Normal:
    • Hipotermia (abaixo do normal): Menor que 36,5°C.
    • Febre (acima do normal): Igual ou maior que 37,6°C.
  • Unidade de Medida: Graus Celsius (°C) ou Fahrenheit (°F).

2. Frequência Cardíaca (Pulso):

  • Descrição: Representa o número de batimentos do coração por minuto e reflete a eficiência do bombeamento sanguíneo.
  • Valores Normais (para adultos em repouso): 60 a 100 batimentos por minuto (bpm).
  • Valores Fora do Normal:
    • Bradicardia (abaixo do normal): Menor que 60 bpm.
    • Taquicardia (acima do normal): Igual ou maior que 100 bpm.
  • Unidade de Medida: Batimentos por minuto (bpm).

3. Frequência Respiratória:

  • Descrição: Refere-se ao número de respirações completas (inspiração e expiração) por minuto, indicando a eficiência do sistema respiratório.
  • Valores Normais (para adultos em repouso): 12 a 20 respirações por minuto (rpm).
  • Valores Fora do Normal:
    • Bradipneia (abaixo do normal): Menor que 12 rpm.
    • Taquipneia (acima do normal): Igual ou maior que 20 rpm.
  • Unidade de Medida: Respirações por minuto (rpm).

4. Pressão Arterial:

  • Descrição: Refere-se à pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias e indica a resistência vascular.
  • Valores Normais (para adultos em repouso):
    • Pressão Sistólica: Menor que 120 mmHg.
    • Pressão Diastólica: Menor que 80 mmHg.
  • Valores Fora do Normal:
    • Hipotensão (abaixo do normal): Pressão Sistólica menor que 90 mmHg ou Pressão Diastólica menor que 60 mmHg.
    • Hipertensão (acima do normal): Pressão Sistólica igual ou maior que 140 mmHg ou Pressão Diastólica igual ou maior que 90 mmHg.
  • Unidade de Medida: Milímetros de Mercúrio (mmHg).

Importância dos Sinais Vitais: A avaliação regular dos sinais vitais é uma prática essencial na enfermagem, pois permite a detecção precoce de alterações clínicas, possibilitando intervenções oportunas e a prevenção de complicações graves. Além disso, os sinais vitais são importantes indicadores de resposta ao tratamento e permitem uma monitorização contínua do paciente.

Conclusão: Os sinais vitais são parâmetros indispensáveis para a prática de enfermagem e constituem uma base sólida para a avaliação da saúde e bem-estar do paciente. Conhecer os valores normais e anormais de temperatura corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial é fundamental para uma assistência precisa e segura, possibilitando aos profissionais de enfermagem tomar decisões informadas e proporcionar cuidados de qualidade aos pacientes.

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10 Cuidados de Enfermagem ao paciente com Sonda Nasogástrica

  1. Higiene das mãos: Lave as mãos adequadamente antes de lidar com a sonda nasogástrica (SNG). Use luvas estéreis, se necessário, para evitar a contaminação.
  2. Posicionamento adequado: Certifique-se de que a sonda esteja posicionada corretamente no estômago. Verifique a marcação da sonda e compare-a com a distância do nariz à orelha e da orelha ao umbigo do paciente. Documente essa verificação regularmente.
  3. Fixação segura: Fixe a sonda nasogástrica de forma segura ao paciente. Utilize fita adesiva ou dispositivos de fixação apropriados, levando em consideração a sensibilidade e a integridade da pele do paciente.
  4. Verificação da posição: Verifique periodicamente a posição da sonda nasogástrica. Monitore a aspiração gástrica para confirmar a presença de conteúdo gástrico adequado e ausência de sinais de aspiração pulmonar.
  5. Irrigação e administração de medicações: Siga as orientações do médico ou do protocolo institucional para a irrigação da sonda nasogástrica e administração de medicações via sonda. Lembre-se de usar seringas estéreis e soluções adequadas.
  6. Registro adequado: Registre de forma precisa todas as ações relacionadas à sonda nasogástrica, como posição, aspiração gástrica, irrigações, administração de medicações e qualquer problema ou preocupação observada.
  7. Monitoramento de sinais vitais: Observe regularmente os sinais vitais do paciente, incluindo frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura e saturação de oxigênio, para detectar possíveis complicações, como aspiração pulmonar.
  8. Hidratação e nutrição: Colabore com a equipe de saúde para garantir que o paciente receba hidratação e nutrição adequadas de acordo com as prescrições médicas. Monitore a ingestão e a eliminação de líquidos.
  9. Prevenção de infecções: Realize cuidados adequados de assepsia ao redor do local de inserção da sonda nasogástrica para prevenir infecções. Mantenha a área limpa e seca.
  10. Avaliação e conforto do paciente: Observe sinais de desconforto ou irritação relacionados à sonda nasogástrica. Se o paciente estiver relatando dor ou desconforto excessivo, comunique a equipe de saúde para que as medidas adequadas sejam tomadas.

Lembrando que os cuidados com a sonda nasogástrica podem variar de acordo com as políticas institucionais e as necessidades individuais do paciente. Sempre siga as diretrizes e orientações específicas do local de trabalho e consulte a equipe de saúde quando necessário.

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A Importância da Anotação de Enfermagem na UTI: Promovendo Comunicação Efetiva e Cuidados de Qualidade

A anotação de enfermagem é uma atividade fundamental na prática diária dos enfermeiros, especialmente em ambientes críticos, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A anotação adequada e precisa é essencial para a comunicação efetiva entre a equipe de saúde, a continuidade do cuidado e o registro completo das informações relevantes sobre o paciente. Neste artigo, exploraremos a importância da anotação de enfermagem na UTI e forneceremos orientações sobre como realizar uma anotação eficaz.

  1. Comunicação interprofissional: A anotação de enfermagem na UTI desempenha um papel vital na comunicação interprofissional. Ao registrar informações relevantes, como as condições do paciente, os cuidados prestados, as respostas aos tratamentos e a evolução do quadro clínico, os enfermeiros fornecem dados essenciais para outros profissionais de saúde que também estão envolvidos no cuidado do paciente. Isso permite uma colaboração efetiva e uma tomada de decisão embasada.
  2. Continuidade do cuidado: A anotação de enfermagem adequada garante a continuidade do cuidado ao longo das diferentes trocas de turno. Ao registrar de forma clara e detalhada todas as informações relevantes sobre o paciente, como medicações administradas, procedimentos realizados, sinais vitais, resposta ao tratamento e eventos significativos, os enfermeiros permitem que a equipe de enfermagem seguinte tenha uma visão abrangente e atualizada do estado do paciente.
  3. Registro de observações clínicas: A anotação de enfermagem na UTI é fundamental para registrar observações clínicas relevantes. Isso pode incluir mudanças nos sinais vitais, níveis de dor, estado mental, reações alérgicas, drenagem de drenos, eliminações, alterações na pele e quaisquer complicações ou eventos adversos. Essas informações ajudam a identificar tendências, alterações no estado do paciente e necessidades de intervenção imediata.
  4. Avaliação e planejamento de cuidados: A anotação de enfermagem na UTI é um recurso valioso para avaliar o progresso do paciente e planejar o cuidado futuro. Registre as metas de cuidado estabelecidas, as intervenções realizadas, as respostas do paciente e quaisquer alterações no plano de cuidados. Essas informações ajudam a monitorar a eficácia das intervenções e a ajustar o plano de cuidados de acordo com as necessidades do paciente.
  5. Registro de medicações e terapias: A anotação de enfermagem deve incluir detalhes sobre a administração de medicamentos, incluindo nome, dose, via de administração e horário. Registre também informações sobre terapias específicas, como ventilação mecânica, suporte hemodinâmico, diálise e outros procedimentos realizados. Essas informações são cruciais para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
  6. Registro de interações com o paciente e a família: A anotação de enfermagem na UTI também deve incluir informações sobre as interações com o paciente e a família. Registre as informações fornecidas, as preocupações expressas, as orientações dadas, as necessidades psicossociais identificadas e as medidas de apoio oferecidas. Esses registros ajudam a promover uma abordagem centrada no paciente e a fornecer suporte adequado às necessidades emocionais do paciente e de seus familiares.

Conclusão: A anotação de enfermagem na UTI desempenha um papel vital na comunicação, na continuidade do cuidado e no registro adequado das informações relevantes sobre o paciente. Ao registrar de forma clara, completa e precisa, os enfermeiros contribuem para a segurança, a qualidade do cuidado e a efetividade das intervenções. Seguir diretrizes institucionais e adotar um padrão consistente de anotação é fundamental para garantir uma prática de enfermagem baseada em evidências e uma prestação de cuidados de qualidade na UTI.

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Conheça os Tipos de Dieta Enteral

Hoje vamos falar dos tipos de nutrições enterais existentes no mercado. Lembrando que já estudamos sobre a sondagem nasoenteral AQUI (procedimento realizado previamente para obtermos via pérvia para o paciente receber essa nutrição e/ou medicamentos).

Definição da Nutrição enteral

De acordo com o Ministério da saúde, a nutrição é definida como “todo e qualquer alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas”.

Ou seja, a nutrição enteral,é uma maneira de repor os nutrientes que o organismo do paciente necessita, quando o mesmo está incapacitado ou com dificuldades de ingerir alimentos.

Indicação

É muito indicada para pacientes nas seguintes situações clínicas:

  • Disfagia: dificuldade na mastigação ou deglutição;
  • Odinofagia: dor ao mastigar ou deglutir;
  • Problemas no trato gastrointestinal: úlceras, tumores, hemorragias, esofagite, pós cirúrgicos;
  • Distúrbios neurológicos: como aqueles que podem afetar os processos de mastigação, deglutição ou digestão, condições de impossibilitam a consciência sobre a ação mecânica do ato de alimentar-se;
  • Baixa aceitação da dieta: principalmente em desnutridos ou com risco de desnutrição, como na anorexia, durante tratamento quimioterápicos, inapetência entre outros
  • Outras condições específicas: impossibilidade de alimentação via oral por necessidade de intubação orotraqueal, sedação, retirada total ou parcial de órgão que participam do processo de alimentação e digestão, recomendação de não estimular o funcionamento intestinal, entre outros.

Vias de administração

A dieta enteral poderá ser realizada através de algumas vias, são elas: 

  • Nasoentérica (SNE): Uso para períodos curtos, até 45 dias.
  • Nasogástrica (SNG): Uso para períodos curtos, até 45 dias
  • Gastrostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias
  • Jejunostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias. Não pode administrar medicações VO por essa via.

Conhecendo o equipo

O equipo é um tubo de material flexível que conecta o frasco com a dieta à sonda do paciente. Com o equipo podemos controlar o fluxo da dieta, ou seja, a velocidade com que o paciente vai receber a dieta. Para isso, existe uma pequena “pinça” no equipo (pinça de rolete), que pode ser aberta ou fechada para o controle do gotejamento da dieta.

Sobre o suporte

O suporte é necessário para manter o frasco de dieta suspenso acima da cabeça do paciente e facilitar o gotejamento da dieta. Existem suportes próprios para este fim, ou pode ser colocado um gancho preso à parede ou a um móvel.

O importante é deixar o frasco de dieta bem firme e posicionado acima da cabeça do paciente. O frasco de dieta deverá ficar aproximadamente 80 cm acima da altura do ombro do paciente.

Composição da dieta

Os nutrientes que estão presentes e compõem uma dieta enteral são os mesmos que o paciente receberia pelo consumo dos alimentos, como carboidratos, vitaminas, proteínas, gorduras, minerais e até mesmo água.

Atualmente, existem no mercado vários tipos diferentes de nutrições para atender às necessidades particulares de cada paciente, dependendo do peso, altura, nível de autonomia e condição médica e estado nutricional.

Existe, por exemplo, a dieta enteral hipercalórica, que contém mais calorias, para atender principalmente os pacientes com desnutrição. Tem também produtos com maior nível de proteínas e gorduras, com alto teor de fibras, isentos de lactose, sem glúten, entre muitos outros.

Tipos de dieta enteral

TIPO DE DIETA COMPOSIÇÃO INDICAÇÃO
Normocalórica Dieta enteral completa com quantidades normais de calorias. Diversas patologias, tais como doenças neurológicas, cardiopatias, hipertensão, dislipidemias, anorexia nervosa, entre outras. Essencial para pacientes com necessidades proteicas, ideal para pacientes críticos em UTI. 
Hipercalórica Dieta enteral rica em calorias. Desnutrição, anorexia nervosa, neoplasias, cardiopatias, doenças neurológicas, geriatria, restrição hídrica, pré e pós-operatório.
Hiperprotéica Dieta enteral com altos níveis de proteínas. Pacientes com necessidades proteicas muito aumentadas, críticos em UTI, entre outras.
Com fibras Dieta enteral enriquecida com
alto teor de fibras.
Pacientes com necessidades de consumir mais fibras para regularização do trânsito intestinal e outras patologias.
Pediátricas Dieta enteral específica para crianças. Crianças com má absorção, intolerância a dietas poliméricas, risco de broncoaspiração, pacientes críticos, com função gastrintestinal comprometida, pré e pós-operatório, entre outros.

Dieta Caseira

Também chamada de in natura, essa dieta é preparada com os alimentos usuais como legumes, verduras, arroz, carne, frango, leite, etc em casa. O nutricionista irá orientar os detalhes sobre a forma que deve ser preparado e as quantidades dos alimentos a serem utilizados, para que a dieta esteja completa e equilibrada.

Dieta Industrializada

É uma dieta previamente pronta, balanceada, que possui todos os nutrientes necessários. Pode ser apresentada sob a forma de pó, que deve ser liquidificada em água, ou sob a forma líquida pronta para ser administrada.

O nutricionista indicará a dieta mais adequada ao seu caso. Seja qual for o caso, o profissional de saúde (médico ou nutricionista) vai orientar o melhor tipo de dieta enteral para cada condição, a fim de garantir a melhor nutrição ao paciente.

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O Hospital

O hospital é uma criação dos cristão da Idade Média  (século V ao século XV). A palavra vem do latim Hospitale que significa: lugar onde se recebe as pessoas que necessitam de cuidados, de alojamento, hospedaria). Também provém do latim hospitalis.

Inicialmente, esses hóspedes eram, originalmente, quaisquer pessoas que necessitassem de algum tipo de cuidado como: abrigo, alojamento ou assistência e não somente os pacientes. Geralmente os hospitais ficavam próximos as igrejas ou aos mosteiros.

Aproximadamente em 330 d.C., surgiram diferentes tipos de estabelecimentos com funções assistenciais, como, por exemplo: xenodochia (locais que acolhiam estrangeiros e todo tipo de viajante), gerontochia (locais destinados ao acolhimento de idosos) e nosocomia (locais onde se prestava assistência ao paciente).

Definição de acordo com a OMS:

Segundo a definição da organização Mundial de Saúde (OMS), o hospital é:

Uma parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência médica, preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família em seu domicílio e, ainda, um centro de formação dos que trabalham no campo de saúde e para pesquisas biopsicossociais.

São consideradas funções do hospital:

  • Tratamento
  • Promoção de saúde
  • Prevenção de doenças
  • Reabilitação
  • Pesquisa
  • Ensino

Classificação dos Hospitais

 Quanto a natureza da assistência

  • Geral: hospital destinado a atender pacientes das mais variadas especialidades.
  • Especializada: Hospitais destinados a receber portadores de doenças específicas, por exemplo: câncer, doença psiquiátrica.

Quanto à propriedade, manutenção, controle

  • Público: governamentais – federais, estaduais e municipais.
  • Particulares ou privados: são patrimônios de pessoal natural ou jurídica, de direito privado e não instituída pelo poder público.
  • Beneficentes: entidades mantidas pela contribuição de seus associados e pela clientela que o utiliza, não distribuindo dividendos ou bonificações de qualquer natureza a dirigentes superiores (diretores e sócios), salvo aqueles com os quais mantêm vínculo empregatício, e reaplica os resultados patrimoniais nas finalidades da instituição. Não têm obrigatoriedade de atendimento aos usuários do SUS.
  • Filantrópico: entidades que destinam parte de seus leitos a atendimentos gratuito de pacientes (casos sociais) ou  ao SUS, respeitos a legislação vigente. Não concede remuneração ou benefício a dirigentes superiores (diretores e sócios), salvo aqueles com os quais mantêm vínculo empregatício. São considerados filantrópicos as entidades que cumprem as exigências feitas pelo conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

Quanto a Capacidade

O porte do hospital varia com a sua capacidade de atender aos pacientes, deste modo, temos:

  • Pequeno porte até 49 leitos
  • Médio porte de 50 a 149 leitos
  • Grande porte de 150 a 500 leitos
  • Tipo especial ou extra acima de 500 leitos.

Quanto à resolutividade

  • Hospitais secundários: são hospitais gerais ou especializados que oferecem assistência nas especialidades médicas básicas na própria instituição; possuem alto grau de resolução dos problemas de saúde do usuário.
  • Hospitais terciários: são hospitais caracterizados por ampla capacidade resolutiva dos casos mais complexos.

Quanto ao procedimento do corpo clínico

  • Corpo clínico aberto: não dispõe de corpo clínico efetivo, permitindo a qualquer médico comprovadamente capacitado o exercício da sua profissão.
  • Corpo clínico fechado: dispõe de corpo clínico efetivo, não sendo permitida a médicos não cadastrados a prestação de serviços, a não ser em casos especiais e com o consentimento da direção.
  • Misto: quando o corpo clínico do hospital associa as duas formas.

Quanto ao sistema  de edificação

  • Pavilhonar: quando se constitui de várias edificações do tipo pavilhão
  • Monobloco: quando a edificação é construída em um único bloco.
  • Misto: quando combina o sistema pavilhão e bloco.
  • Horizontal: edificações predominantemente em superfície.
  • Vertical: edificações com vários pavimentos.

Quanto ao tempo de permanência:

  • Curta permanência: quando o período médio de permanência é inferior a 15 dias.
  • Longa permanência: quando o período médio de permanência é superior a 15 dias.

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Aprendendo sobre a Máscara de Venturi

A Máscara de Venturi é um dos dispositivos indicados para fornecer oxigênio em fluxos programados ao paciente, evitando dosagens nocivas e facilitando o desmame do oxigênio. Seu principal objetivo é manter a saturação de oxigênio acima de 90%.  

Partes que compõe a Máscara de Venturi

  • Máscara adulto com elástico;
  • Traqueia;
  • 6 válvulas para diferentes concentrações de oxigênio;
  • Extensão de oxigênio 2,10m;
  • Copo adaptador para micronebulização.

A maioria dos fabricantes de máscaras de Venturi segue uma tabela de cores padrão. Esse dispositivo possui um sistema de válvulas para diferentes concentrações de Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2):

Além disso, possui copo conector para micronebulização, sendo possível a realização de terapia medicamentosa durante a oxigenoterapia.

Como utilizar

  • Escolha o diluidor para a concentração de oxigênio adequada ao paciente (conforme prescrição médica);
  • Conecte o diluidor selecionado acoplado entre o tubo corrugado (traqueia) e a extensão de oxigênio;
  • Conecte a outra extremidade da extensão na fonte de oxigênio;
  • Conecte a outra extremidade do tubo corrugado na máscara;
  • Defina o fluxo de oxigênio de acordo com o diluidor escolhido;
  • Passe o elástico fixador pela cabeça do paciente acima das orelhas;
  • Ajuste a tensão no elástico para fixar a máscara na face do paciente;
  • Ajuste o clip metálico nasal.

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Compreendendo o Balanço Hídrico

Balanço Hídrico

O balanço hídrico tem a função essencial de controlar a volemia do paciente mediante inserção dos dados pela equipe de enfermagem na folha de controle.  O balanço hídrico é obtido através da monitoração detalhada de liquido administrados e eliminados pelo paciente em determinado período, geralmente 24 horas.
  • Por exemplo: Um homem adulto, em condições normais pode ganhar líquidos por via oral, alimentos e água endógena e, perder pela diurese, fezes e insensíveis (pulmões e pele).

Compreendendo melhor:

  • As medicações que forem administradas devem ser incluídos como ganhos!
  • As drenagens verificadas em vômitos, drenos e sondas devem ser incluídas como perdas.

A diferença entre o ganho e perda pode resultar em: balanço positivo: retenção de líquidos ou balanço negativo: perda de líquidos ou pode igualar, a mesma quantidade de volume recebido é a mesma quantidade de volume perdido, também chamamos de balanço zerado.

perda excessiva de líquidos corpóreos ocasiona a desidratação; a retenção de líquidos ocasiona o edema que por sua vez, sobrecarrega o aparelho cardiovascular.

Patologias que mais Demandam Balanço Hídrico

Várias patologias requerem como parte do tratamento o controle do balanço hídrico;

  • Insuficiência cardíaca congestiva;
  • Insuficiência renal aguda;
  • Situações de pós operatório de grandes cirurgias;

Objetivos do Balanço Hídrico

Através do balanço hídrico, é possível monitorar os parâmetros que permitam acompanhar o equilíbrio hídrico do paciente. O objetivo do balanço hídrico é realizar um controle rígido sobre as infusões x as eliminações para avaliação da evolução clinica do paciente, diante do tratamento proposto, considerando o seu estado patológico, renal e/ou cardíaco.
ATENÇÃO: 
  • Por isto, os profissionais de enfermagem devem estar atentos ao registro correto do balanço hídrico. Pois é através desses registros que poderemos obter dados da melhora ou piora da patologia do paciente.
Para facilitar a mensuração nas 24 horas dos líquidos introduzidos ou dos eliminados, existe um formulário que é anexado ao prontuário do paciente chamado de folha de balanço hídrico. Esse documento varia de instituição para instituição, porém, as informações pertinentes sempre estão presentes.

O que pode ser considerado como Ganhos?

  •  Soros;
  • Medicações EV;
  • Diluição de medicações
  • Hemoderivados;
  • Medicações VO líquidas (óleo mineral, dipirona, etc);
  • Controle de líquidos pela copa ( ver coerência em relação à aceitação);
  • Sonda nasoenteral (dieta infundida e a quantidade de água que lavou a sonda);
  • Nutrição Parenteral;

O que pode ser considerado como Perdas?

  • Eliminações Vesicais;
  • Eliminação Instestinal (diarréia);
  • Emêse;
  • Drenagens (débito de sonda gástrica, drenos, ostomias);
  • Tratamento dialítico;
  • Pesar os curativos quando houver sangramentos ou exsudato em grande quantidade;
  • Sudorese;
  • Linfa.

Material necessário:

– Impresso próprio da instituição.
– Calculadora s/n.

Descrição da Técnica:

Em um período de 24 horas, devemos computar os ganhos e as perdas do paciente de modo rigoroso e fidedigno e após esse período, devemos somar o total de ganhos e perdas e subtrair um do outro, obtendo assim o valor do balanço hídrico.
Exemplo:

 

Vamos a outro exemplo? 

2. O cliente recebeu 1.500 ml entre dieta e medicações e eliminou 1.900 ml entre diurese e drenagens. Qual a resposta correta? 

1.500 ml – 1.900 ml = -400 ml
O Balanço das 24 horas neste caso é negativo, pois o cliente teve mais perdas do que ganhos.
Anotar o resultado final na folha de Controles, comunicando ao enfermeiro de plantão qualquer alteração.
  • O balanço hídrico parcial deverá ser somado no final do período (plantão de 6 horas e 12 horas), neste cálculo deverá conter a soma de todo volume infundido no paciente e de todo volume drenado pelo paciente. 
  • Na resposta, deve conter sempre o sinal + ou –
  • Ao término de 24 horas será realizado o balanço hídrico TOTAL do período, com a soma de todos os balanços parciais;
  • O balanço parcial é fechado ao final de cada período de 6 horas;
  • O balanço total é feito ao final das 24 horas;

Considerar na avaliação do balanço hídrico

  • Peso
  • Turgor da pele, tensão do globo ocular, umidade da mucosa bucal
  • Edemas
  • Pressão arterial
  • Pressão venosa central (PVC)
  • Ausculta pulmonar
  • Exames laboratoriais: avaliar hematócrito, níveis plasmáticos de eletrólito.

Cuidados da equipe de enfermagem

  •  É dever do Técnico e Auxiliar de enfermagem anotar todas as medicações administradas, dietas oferecidas, eliminações e drenagens durante o turno de trabalho de modo correto;
  •  É dever da equipe de enfermagem realizar o somatório e calcular a variação entre ganhos e perdas. Este dado deve estar incluso na Evolução de Enfermagem dos clientes/pacientes sob sua responsabilidade, contribuindo assim com o processo de análise e conclusão sobre o estado de saúde e, sustentar as ações definidas no Plano de Cuidados de Enfermagem em relação.

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Arrumação do leito hospitalar e tipos de leitos

A arrumação do leito compreende as trocas de roupas de cama:

  • Após o banho;
  • Após alta do paciente;
  • Quando o paciente é encaminhado para procedimento cirúrgico;
  • Ou todas as vezes que se faz necessário.

Em todas as situações, o profissional de enfermagem deve estar atento para o conforto do paciente e a facilidade para transferi-lo da maca para a cama.

Seguindo a padronização da NR32, citada anteriormente, existe parte de um parágrafo destinado a conservação de colchão e segurança do profissional ao transportar o paciente:

32.2.4.13 Os colchões, colchonetes e demais almofadas devem ser revestidos de material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização.

32.2.4.13.1 O revestimento não pode apresentar furos, rasgos, sucos ou reentrâncias. 

32.10.12 Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser: capacitados para adotar mecânica corporal correta, na movimentação de pacientes ou de materiais, de forma a preservar a sua saúde e integridade física. 

Baseado nessas informações, a arrumação do leito é um procedimento que pode ser realizado pelo setor de hotelaria ou de enfermagem de uma instituição. 

Cama fechada

É considerada cama fechada, o leito que está preparado para receber o paciente quando ele é admitido no setor. É feita após higienização da cama e limpeza do quarto. 

Material

  • 2 Lençóis
  •  Fronhas
  • Travesseiro
  • Colcha
  • Edredom ou cobertor

Procedimento

1. Reúna todo o material

2. Com a cama já limpa, começamos a arrumar o leito do seguinte modo:

  • Lençol de baixo, se possível, preferencialmente com elástico, caso contrário, poderá ser utilizado a técnica de envelope ou amarrar as pontas do lençol;
  • Lençol superior;
  •  Travesseiro;
  • Colcha e edredom, se necessário.

3. Durante a arrumação, atente-se para a limpeza das roupas e não utilize em casos de sujidade. 

4. Deixe o quarto em ordem.

5. Libere o quarto para Internação.

Cama de Operado

É a arrumação de leito destinado a receber o receber o paciente no pós-operatório imediato. Apresenta como características as roupas ficarem posicionadas lateralmente na cama, do lado oposto à entrada do paciente no leito, facilitando, assim, a transferência da maca para a cama. 

Material

  • 2 Lençóis.
  • Fronha.
  • Travesseiro, se permitido.
  • Lençol para travessa.
  • Impermeável, se necessário.
  • Forro para região da cabeça.
  • Colcha.
  • Edredom ou cobertor.
  • Luvas de procedimento.
  • Material para higienização do leito.

Procedimento

  1. Reúna todo o material;
  2. Higienize as mãos;
  3. Calce as luvas de procedimento;
  4. Realize a assepsia na cama;
  5. Estique o lençol inferior sobre a cama;
  6. Coloque  lençol impermeável na altura do quadril do paciente;
  7.  Coloque o lençol de travessa sobre o impermeável;
  8. Estique o lençol superior juntamente com o cobertor e enrole-os para a lateral da cama, lado oposto a entrada do paciente;
  9. Posicione o forro na altura da cabeça;
  10. Deixe o travesseiro com fronha caso seja autorizado seu uso;
  11. Durante a arrumação do leite, atente-se para a limpeza das roupas de cama e caso haja sujidade, não as utilize!
  12. Organize o leito;
  13. Higienize as mãos;
  14. Libere o leito para receber o paciente.

Cama ocupada

É a arrumação feita no momento do banho de leito ou higienização íntima, quando os lençóis são trocados com o paciente sobre a cama.

Material

  • 2 Lençóis;
  • Fronhas;
  • Travesseiros;
  • Lençol para travessa;
  • Impermeável, se necessário;
  • Colcha;
  • Edredom ou cobertor;
  • Luvas de procedimento;
  • Material para higienização do leito – álcool 70% ou solução utilizada na instituição.

Procedimento

  1. Reúna todo o material;
  2. Higienize as mãos;
  3. Calce as luvas;
  4. Realize a higiene no paciente;
  5. Coloque o paciente lateralizado no leito, apoiado sobre a grade ou por outro profissional;
  6. Empurre o lençol sujo para ficar embaixo do paciente;
  7. Higiene a parte do leito onde não está o paciente;
  8. Estique o lençol inferior;
  9. Coloque o impermeável na altura do quadril do paciente, se necessário;
  10. Coloque a travessa sobre o impermeável;
  11. Movimente o paciente no leito, trazendo-o para o outro lado da cama, de modo que ele fique sobre os lençóis limpos;
  12. Retire os lençóis sujos;
  13. Higienize o lado oposto da cama;
  14. Estique o lençol inferior, impermeável e travessa sobre o colchão;
  15. Posicione o paciente em decúbito dorsal;
  16. Vista-o com pijama ou camisola;
  17. Coloque sobre o paciente o lençol superior o cobertor ou edredom e a colcha.
  18. Caso o paciente faça uso de travesseiros ou coxins, não esqueça de colocar! 

Cama aberta

É a arrumação realizada na cama quando a cama está sendo ocupada por um paciente, mas ele não permanece no leito o tempo todo. No momento da arrumação do leito, o paciente não está ocupando-a.

Material

  • 2 Lençóis
  • Fronha
  • Travesseiro
  • Colcha
  • Edredom ou cobertor

Procedimento

  1. Reúna todo o material
  2. Com a cama já higienizada, realize a arrumação da cama na seguinte ordem: lençol de baixo > lençol superior > travesseiro > colcha e edredom se necessário.
  3. Realizar dobra no lençol superior como envelope para facilitar o acesso do paciente ao leito.

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Luva de procedimento x Luva estéril. Conheça as diferenças!

No ambiente hospitalar, o risco de infecção é muito elevado, e o uso de luvas é indicado, tanto para a proteção do profissional como para a proteção do paciente.

Basicamente, utilizamos dois tipos de luvas:

  • Luvas não estéreis.
  • Luvas estéreis ou de procedimento.

Luvas não estéreis ou de procedimento:

As luvas não estéreis ou de procedimento, são destinadas à proteção do profissional e/ou do paciente nos casos em que não é necessária a manutenção de ambiente estéril. Elas deverão ser utilizadas sempre que o profissional apresentar o risco de contato com fluídos e secreções corpóreas.

São exemplos de situações nas quais a luva de procedimento é indicada:

  • Banho do paciente
  • Arrumação do leito
  • Punção venosa periférica etc.

Ela também deverá ser utilizada durante a realização de limpeza e/ou desinfecção de artigos e equipamentos, contato com roupas sujas, além do contato com resíduos sólidos que apresentem risco de contaminação.

O uso de luvas deverá ser precedido da higienização das mãos. Após a realização da atividade e retirada das luvas, o profissional também deve higienizar as mãos.

As luvas não estéreis podem ser encontradas em embalagens individuais ou em caixas com vários pares. Normalmente seu tamanho é classificado como: pequeno, médio e grande. E as luvas tem como características sem ambidestra, ou seja, não há diferenciação da mão direita para a esquerda.

Elas não apresentam boa aderência as mãos pois não são destinadas a atividades de curta duração.

É necessário a troca de luvas ao mudar-se de atividade ou de pacientes. O seu uso é único, devendo ser descartada após sua utilização.

Luvas estéreis

As luvas estéreis são destinadas a proteção do paciente em situações em que é necessário manter o ambiente estéril, como passagem de sonda vesical, aspiração de vias aéreas superiores, procedimentos cirúrgicos, entre outros.

São classificados de acordo com o tamanho da mão seguindo a numeração que varia de 6,0 a 9,0, sendo o tamanho 6,0 para mãos pequenas e 9,0 para mãos grandes.

Outra características é sua embalagem individual (par) e ser diferenciada para mão direita e esquerda. Normalmente essa luva apresenta uma maior aderência ás mãos e seu cano (parte que fica no braço – punho) é mais longo que na luva de procedimento. Sua colocação requer técnica específic e treinamento pela necessidade de manter a luva estéril.

Técnica para colocação de luva estéril

  1. Separar a luva de acordo com a numeração e o tamanho de suas mãos;
  2. Higienizar as mãos;
  3. Utilizar máscara cirúrgica preferencialmente. Não converse durante o procedimento;
  4. Abra o envelope apoiando-o sobre uma superfície rígida, como uma mesa, por exemplo;
  5. Posicione a luva de modo que o desenho fique  posicionado de acordo com suas mãos, exemplo: desenho da mão direita na direção da mão direita;
  6. Abra o envelope sem encostar suas mãos nas luvas;
  7. Comece a calçar pela sua mão dominante, pegando a luva (mão dominante) pela sua parte interna. Ajuste a luva em sua mão tocando apenas na sua parte não estéril. Caso não consiga ajustá-la perfeitamente, aguarde calçar a outra mão para poder realizar o ajuste.
  8. Com a mão enluvada, posicioná-la na dobra da outra luva permitindo a entrada da mão que ainda está sem luva.
  9. Calce a outra luva e proceder aos ajustes necessários, mantendo contato apenas de luva com luva garantindo a esterilidade.
  10. Realize o procedimento mantendo técnica asséptica.

Retirando as luvas após o uso

  1. Inicie a retirada da luva por qualquer uma das duas mãos. Puxar a luva mantendo o contato apenas de luva com luva, sem encostá-la na sua pele.
  2. Puxe a luva enrolando-a de modo que permaneça na palma de sua mão.
  3. Com a mão que está sem a luva, inicie a retirada da outra luva, puxando-a pela sua parte interna. A mão sem luva deverá manter contato com a luva.
  4. Continue puxando a luva de modo que ela envolva a que está na palma de sua mão formando uma “bolinha”.
  5. Despreze a luva em local adequado
  6. Higienize suas mãos.

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