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Causas da Parada Cardiorrespiratória – Os 5Hs e 5Ts

Antes de falarmos das causas da Parada Cardíaca (5Hs e 5Ts) vamos entender melhor o que é a Parada Cardiorrespiratória!

Definição:

A parada cardiorrespiratória é uma situação súbita e inesperada, e caracteriza-se por:

  • Parada dos batimentos cardíacos de forma eficaz;
  • Inconsciência;
  • Ausência de respostas a estímulos;
  • Respiração agônica (gasping) ou Apnéia;
  • Ausência de pulso palpável.

Pode ser originada por quatro ritmos cardíacos:

  • Assistolia;
  • Atividade elétrica sem pulso (AESP);
  • Fibrilação ventricular (FV) e
  • Taquicardia ventricular (TV) sem pulso.

Ou seja, o coração não exerce sua função como “bomba”, o que resulta em alterações em da sua atividade mecânica e elétrica, diminuindo o débito cardíaco (DC), que incluirá em variações nas ondas de excitação elétrica através do miocárdio, resultando em alterações dinâmicas no volume e pressão de sangue nas câmaras cardíacas. Na parada cardíaca, irá haver uma grave anormalidade no sistema de ritmicidade da condução, resultante da parada de todos os impulsos rítmicos cardíacos, logo, nenhum ritmo espontâneo permanece!

Deu pra esclarecer? Agora que já entendemos o que é a Parada Cardiorrespiratória, vamos entender quais são os fatores que predispõe e seus tratamentos!

Os 5Hs!

Pode ser causada por:

  • Hipovolemia
  • Hipóxia
  • Hidrogênio (acidose)
  • Hipotermia
  • Hipo/ Hipercalemia

Os 5Ts!

Pode ser causada por:

  • Trombose coronária;
  • TEP – Tromboembolismo Pulmonar;
  • Tensão torácica – Pneumotórax;
  • Tóxicos;
  • Tamponamento cardíaco.

 

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Quais são os tubos para coleta de sangue?

Uma das muitas funções da equipe de enfermagem é a coleta de material para exames. Mas você conhece todos os tubos para coleta e para quê cada um serve?

Ativador de coágulo (Tampa Vermelha):

Esse tubo é classificado como um tubo seco e possui ativador de coágulo jateado na sua  parede que acelera o processo de coagulação. São utilizados para determinações em soro na bioquímica e sorologia. São também aprovados pelo FDA para imunohematologia: tipagem ABO, Rh, pesquisa de anticorpos, fenotipagem eritrocitária e teste deantiglobulina direta (coombs direto). Há modelos com volume de 4 ml ou 6 ml.

Tubo com gel separador (tampa amarela):

Esse tubo contém ativador de coágulo jateado na sua parede, que acelera o processo de coagulação, e gel separador para obtenção de soro com a mais alta qualidade, proporcionando melhor eficiência no processo de trabalho dentro do laboratório. São utilizados para análises de bioquímica (rotina e especiais), sorologia, imunologia, marcadores tumorais e marcadores cardíacos, hormônios específicos e drogas terapêuticas. Há modelos com volumes de 3,5 ml ou 5 mL

Tubo com citrato de sódio (tampa azul)

Esses tubos são utilizados para prova de coagulação. As diferentes concentrações de citrato de sódio podem ter efeitos significativos nas análises de TP e TTPa, especialmente em pacientes sob terapia de anticoagulantes e quando reagentes mais sensíveis são utilizados. Estão disponíveis em duas concentrações: 0,109 mol/L (3,2%) e 0,129 mol/L (3,8%). A proporção é de 1 parte de citrato de sódio para 9 de sangue (1:9)

 

Tubo de Fluoreto de potássio (tampa cinza)

Esses tubos são utilizados para provas glicêmicas (diabetes),  hemoglobina glicada e lactato no plasma. O Fluoreto de Potássio é utilizado como inibidor glicolítico.

Tubo de Heparina de Lítio (tampa verde)

Esses tubos são utilizados quando é necessário o uso de plasma para determinações na Bioquímica e outros exames. Possuem heparina de lítio jateada na parede do tubo. Estes aditivos são anticoagulantes que ativam as enzimas antiplaquetárias, bloqueando a cascata de coagulação.


Tubo de EDTA (tampa roxa)

Esses tubos são utilizados para hematologia por serem os melhores anticoagulantes para preservar a morfologia celular, útil também para hemograma. Neste tubo há presença de EDTA K2 ou K3 jateado na parede do tubo e são utilizados em bancos de sangue. O EDTA é o anticoagulante recomendado para rotinas de hematologia por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular.

 

Tubo com citrato de sódio (tubo preto)

Esses tubos servem pra determinar a velocidade de hemossedimentação (VHS).

 

Sem aditivo (Tampa Branca)

O tubo sem aditivo é utilizado como tubo de transporte para amostras, inclusive para provas de líquido cefalorraquidiano (LCR).

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Carrinho de emergência: Tudo que você precisa saber!

O carrinho de emergência é um armário que contém todo material necessário para situações de emergência como: intubação orotraqueal, parada cardiorrespiratória, dentre outras situações que exigem socorro imediato.

TODOS os profissionais de saúde devem estar aptos a manusear o carrinho de emergência de modo sistematizado e organizado.

O  principal objetivo do carrinho de emergência é facilitar o acesso da equipe médica e de enfermagem a drogas, equipamentos e materiais de emergência mais rápido e dinâmico.

Cuidados com o carrinho de emergência:

  • Deverá permanecer sempre organizado e reposto;
  • Toda a equipe médica e de enfermagem deverá ter conhecimento do armazenamento de cada material;
  • O critério para organização poderá ser ordem alfabética (mais indicado),ordem numérica crescente ou padronização de cores;
  • Não deverá conter excesso de materiais, pois isso pode dificultar sua utilização;
  • Deverá ser guardado em local de fácil acesso e não deverá conter obstáculos que possa dificultar sua locomoção pela equipe;
  • Deve ser revisado diariamente e após o seu uso;
  • Todo material de consumo deverá estar descrito em uma lista para facilitar a revisão diária e evitar a falta ou excesso de algum material.
  • Quando utilizado, deverá ter sua conferência realizada pela enfermeira e após lacrado;
  • A conferência deve estar atenta aos prazos de validade, funcionamento correto do desfibrilador, laringoscópio, entre outros;
  • A checagem do material deverá ser registrada, datada e assinada em impresso próprio conforme rotina institucional.

Conhecendo o carrinho de emergência:

Na parte superior do carrinho de emergência, temos: suporte para o aparelho de desfibrilação/cardioversão, suporte para soro, suporte para cilindros, tábua para auxiliar na compressão torácica,  e as gavetas onde guardamos os materiais.

1ª Gaveta:

Na primeira gaveta do carrinho de emergência, deverá conter todos os medicamentos de modo organizado, preferencialmente em ordem alfabética e seus diluentes.

  • Adalat/Mifedipina 10 mg
  • Adrenalina/Epinefrina 1 mg
  • Atropina 0,25 mg/1ml
  • Adenosina 6mg/2ml
  • Aminofilina 240 mg
  • Ancoron/ Amiodarona 5 mg
  • Berotec
  • Benadryl 50 mg/1ml
  • Bricanyl 0,5 mg
  • Bicarbonato de sódio a 8,4%
  • Cedilanide/Lanatosídio C 0,4 mg
  • Cloreto de Potássio (KCL) 10%
  • Cloreto de sódio 20%
  • Cortisonal 100 mg e 500mg
  • Diempax 10 mg/2ml
  • Diazepam 10mg
  • Dobutamina
  • Dopamina/Revivan 50 mg
  • Etomidato
  • Fentanil
  • Furosemida/Lasix 20 mg
  • Gadernal/Fenobarbital 200 mg
  • Glicose hipertônica À 50%
  • Gluconato de cálcio à 10%
  • Haldol/Halopiridol 5 mg
  • Hidantal /Fenaltoína sódica 50 mg
  • Heparina/Liquemine 500 UI
  • Hidrocortisona/Solu-cortef 500 mg
  • Isordil 10 mg
  • Morfina
  • Narcan
  • Nitroprussiato de sódio
  • Noradrenalina 1mg/ml
  • Midazolan/Dormonid 5 e 15 mg
  • Prometazina/Fernegan 50 mg
  • Salbutamol
  • Sulfato de magnésio 50%
  • Sustrate
  • Streptoquinase
  • Seloken
  • Quelicin
  • Xylocaína

2ª Gaveta

Na segunda gaveta do carrinho de parada, deverá conter: material para punção venosa, venóclise, manipulação de medicação, entre outros.

  • Agulhas nº 25×7 e 40×12
  • Polifix
  • Cateter agulhado para punção nº 18,20 e 22
  • Equipo macrogotas e microgotas
  • Soro Fisiológico 0,9% 250 ml, 500 ml e 1000 ml
  • Soro Glicosado 5% 250 ml e 500 ml
  • Bicarbonato de sódio 5%
  • Bureta
  • Dial a flor
  • Torneirinhas
  • Tesoura descartável
  • Kit punção venosa (varia de acordo com o protocolo da instituição)
  • Luva estéril
  • Película para AVP

3ª Gaveta

Na terceira gaveta, em alguns hospitais, os mesmos optam por possuir kits para faciliatr o atendimento nas intercorrências, por exemplo:

  • Kit Noradrenalina
  • Kit Tridil (Nitroglicerina)
  • Kit Revivan (Dopamina)
  • Kit Nipride (Nitroprussiato de sódio)
  • Kit Dobutamina

4ª Gaveta

  • Kit Passagem de Cateter Venoso Central
  • Kit Toracocentese
  • Kit Intubação (Ambu, Fio guia, Gaze, Tubo orotraqueal 7,0, Tubo orotraqueal 7,5, Tubo orotraqueal 8,0, Luvas estéril 7,5 e 8,0 , Cânula de Guedell, Laringoscópio diversos tamanhos, Pilhas reserva)
  • Kit sondagem Nasoenteral
  • Kit sondagem Nasogástrica (SNG nº 12, nº 14, nº 16, Xylocaína gel, Coletor Sistema Aberto, Gaze e Seringa de 20 ml)
  • Kit sondagem Vesical (Seringa 20 ml, Xylocaína, Coletor Sistema Fechado, Gaze , Clorexidina, Agulha 40 x 12, Luva estéril 7,5 e 8,0 e AD 10 ml).
  • Kit aspiração
  • Fios de sutura
  • Kit nebulização ( Água destilada 500 ml, Nebulizador completo (máscara + traquéia))
  • Máscara de venturi
  • Kit Umidificador ( Cateter O2 tipo óculos, Umidificador, Extensão de O2, Água Destilada 125 ml)
  • Kit Intracath

IMPORTANTE:

No setor ao qual atuo, devido ao modelo do carrinho, na parte superior existe uma gaveta extra, próxima ao desfibrilador onde estão armazenadas seringas, seringas preenchidas, agulhas, garrotes, swab, eletrodos para monitor e marcapasso externo, gazes,  gel condutor e luvas de procedimento, máscara e etc.

A ordem de disposição desses materiais pode variar de instituição para instituição, por vários fatores, como: modelo do carrinho de emergência e protocolo institucional. Cada gaveta deverá estar identificada com os materiais que possui. Lembrando que: todos os profissionais deverão ser treinados e habilitados com o carrinho de emergência da sua instituição e os mesmos deverão conhecer o protocolo!

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