Categoria: Material de Estudo

Ventilação Mecânica Invasiva

O que é Ventilação mecânica?

É um procedimento terapêutico invasivo que pode promover a substituição parcial ou total da função respiratória, pode ser invasivo ou não.

Principais objetivos da Ventilação Mecânica:

  • Manter as trocas gasosas;
  • Reverter hipoxemia;
  • Corrigir acidose respiratória aguda associada à hipercapnia;
  • Reduzir o desconforto respiratório;
  • Prevenir ou reverter atelectasias;
  • Reverter a fadiga dos músculos respiratórios;
  • Permitir a sedação e anestesia;
  • Reduzir o consumo de oxigênio sistêmico e do miocárdio;
  • Reduzir a pressão intracraniana;
  • Estabilizar a parede torácica;
  • Manter a oxigenação e/ou ventilação, de maneira artificial, até que os desequilíbrios dessas funções sejam corrigidos.

Classificação:

O suporte ventilatório pode ser classificado em:

  • Ventilação mecânica invasiva: utiliza-se uma cânula (endotraqueal ou traqueostomia) na via aérea;
  • Ventilação mecânica não invasiva: utiliza-se uma máscara como interface entre o ventilador e o paciente.

 Ciclo Respiratório da Ventilação:

  1. Fase inspiratória: o ventilador deverá insuflar os os pulmões, vencendo as propriedades resistivas e elásticas do sistema respiratório; a válvula inspiratória se mantém aberta.
  2. Ciclagem ou mudança de fase: transição entre a fase inspiratória e a expiratória.
  3. Fase expiratória: o ventilador deverá permitir o esvaziamento dos pulmões, normalmente, de forma passiva para a atmosfera, mediante o fechamento da válvula inspiratória e a abertura da válvula expiratória, permitindo que a pressão do sistema respiratório equilibre-se com a pressão expiratória final determinada no ventilador;
  4. Disparo ou mudança da fase expiratória para a fase inspiratória: fase em que termina a expiração e ocorre a abertura da válvula inspiratória (disparo) do ventilador, iniciando novamente a fase inspiratória.

Indicações:

  • Reanimação em virtude de PCR;
  • Hipoventilação;
  • Apneia;
  • Insuficiência respiratória em virtude de patologias pulmonares;
  • Hipoxemia;
  • Fraqueza muscular respiratória;
  • Doenças neuromusculares (paralisias);
  • Trauma craniano (comando respiratório instável);
  • Acidente vascular encefálico;
  • Intoxicação exógena;
  • Prevenção de complicações respiratórias: pós-operatórios, deformidades torácicas.
  • Situações de instabilidade da parede torácica;
  • Prevenir ou reverter atelectasias;
  • Permitir sedações e anestesias;
  • Reduzir o consumo de oxigênio sistêmico e do miocárdio.

Ciclagem dos ventiladores:

É o modo pelo qual os ciclos ventilatórios são disparados/ciclados. São classificados em quatro modalidades de acordo com o início da inspiração.

  1. Ciclados à tempo: a inspiração termina de acordo com um tempo predeterminado. A quantidade de gás ofertada e a pressão nas vias aéreas vão variar, a cada respiração, dependendo das modificações da mecânica pulmonar.
  2. Ciclados à pressão: a inspiração cessa quando é alcançada a pressão pulmonar máxima programada. Os volumes oferecidos irão variar de acordo com as mudanças da mecânica pulmonar. Contudo, o volume minuto não é garantido.
  3. Ciclados à volume: a inspiração termina assim que o volume corrente programado é administrado.
  4. Ciclados à fluxo: a inspiração termina assim que um determinado fluxo é alcançado.

Modos ventilatórios:

  • Modo controlado: Neste modo, fixa-se a freqüência respiratória, o volume corrente e o fluxo inspiratório. O inicio da inspiração (disparo) ocorre de acordo com a frequência respiratória pré-estabelecida. A transição entre a inspiração e a expiração (ciclagem) ocorre após a liberação do volume corrente pré-estabelecido em velocidade determinada pelo fluxo. Na ventilação controlada, o volume-minuto é completamente dependente da frequência e do volume corrente do respirador. Nenhum esforço respiratório do paciente irá contribuir para o volume-minuto.

Indicação: Pacientes que não conseguem realizar esforço respiratório (traumatismo raquimedular, depressão do SNC por drogas, bloqueio neuromuscular).

 

  • Modo assistido controlado: Permite um mecanismo de duplo disparo. O ventilador “percebe” o esforço inspiratório do paciente e “responde” oferecendo-lhe um volume corrente predeterminado. O ciclo respiratório são preferencialmente iniciados pelo esforço inspiratório do paciente. Esse esforço deve ser o necessário para vencer o limiar de sensibilidade da válvula de demanda do ventilador, desencadeando, a partir daí, a liberação do volume corrente.  Se não ocorrer o esforço inspiratório, o ventilador oferece ciclos controlados na frequência respiratória mínima determinada.

Indicação: Pacientes com ventilação espontânea, porém com fraqueza de musculatura respiratória, desmame ventilatório.

 

  • Ventilação mandatória intermitente (SIMV): Permite que o paciente respire espontaneamente nos intervalos de ciclos controlados pelo ventilador. Portanto, a frequência e volume corrente irão variar de acordo com a necessidade e capacidade individuais. Ao contrário do modo assistido-controlado, na SIMV não existe uma sensibilidade a ser vencida.

Indicação: Desmame ventilatório com necessidade da redução gradual da frequência respiratória do ventilador, permitindo que o paciente assuma o trabalho respiratório.

 

  • Pressão de suporte: Este é um modo de ventilação mecânica espontânea, ou seja, disparado e ciclado pelo paciente, em que o ventilador assiste à ventilação através da manutenção de uma pressão positiva pré-determinada durante a inspiração até que o fluxo inspiratório do paciente reduza-se a um nível crítico, normalmente 25% do pico de fluxo inspiratório atingido. Isto permite que o paciente controle a frequência respiratória e o tempo inspiratório e, dessa forma, o volume de ar inspirado. Assim, o volume corrente depende do esforço inspiratório, da pressão de suporte pré-estabelecida e da mecânica do sistema respiratório.

CPAP: é a ventilação espontânea contínua assistida por um ventilador. Neste modo, o ventilador mantém uma pressão positiva durante todo o ciclo respiratório, tanto da inspiração como na expiração.

Para conhecimento:

  • FiO2 (concentração de oxigênio): necessária para manter uma taxa arterial de oxigênio (PaO2) adequada. O FiO2 inicial em qualquer paciente que é introduzido na ventilação mecânica deve ser de 100%. Esse valor deve ser alterado de acordo com a evolução do paciente até alcançar os valores de oferta de O2 em ar ambiente, que é de 21%.
  • Pressão inspiratória: é a pressão máxima que deve ser exercida internamente na caixa torácica, esta não deve ultrapassar o valor de 40 cmH2O.
  • Volume minuto: é a quantidade de ar que foi administrado ao paciente durante um minuto.
  • PEEP: é a pressão expiratória final que fica dentro do alvéolo. Quando um paciente está em um ventilador mecânico, é necessário que a PEEP seja mantida para evitar o colabamento dos alvéolos. O valor fisiológico da PEEP é de 5 cmH2O e esse deve ser o valor programado no ventilador.

Referências:

Livros:

Técnicas de UTI – Rosangêla Jeronimo. Editora Rideel

Enfermagem em Cardiologia cuidados avançados – Jurema Palomo

Sites/Material online:

www.acls.com.br

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Associação de Medicina Intensiva Brasileira. II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2000, 26(Supl 2)

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Associação de Medicina Intensiva Brasileira. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007, 33 (Supl 2)

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Bulário: Propofol – para que serve, indicações e efeitos colaterais.

O Propofol é uma das principais escolhas para sedativos em hospitais. O seu início de ação verifica-se cerca de 30 segundos após a administração. Usualmente, o recobro da anestesia é rápido. Tal como acontece com todos os anestésicos gerais, o mecanismo de ação deste medicamento é pouco conhecido.

A recuperação da anestesia é geralmente rápida e total com uma incidência baixa de cefaleias, náusea e vômitos pós-operatórios.

Medicamento de referência:  Diprivan.

Indicação:

  • Esse medicamento é um anestésico de curta duração, indicado para indução da anestesia geral e a manutenção da mesma.
  • Manutenção de sedação de doentes em unidades de cuidados intensivos .

Posologia:

  • Seu uso é injetável, por via intravenosa que pode ser em infusão contínua ou em bolus.
  • Medicamento de uso hospitalar, – restritos a médicos especializados.
  • As doses devem ser individualizadas de acordo com  idade e a condição do paciente.
  • Quando administrado na sedação consciente de adultos para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os doentes deverão ser monitorizados permanentemente, tendo em atenção os primeiros sinais de hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessaturação de oxigénio.

Contraindicações:

  • Anestesia obstétrica;
  • Gestantes;
  • Hipersensibilidade ao medicamento;
  • Diprivan contém óleo de soja refinado. Este medicamento não deve ser administrado a doentes alérgicos à soja ou ao amendoim;
  • propofol não está recomendado para a indução da anestesia geral em crianças com menos de 3 anos de idade e na manutenção da anestesia geral em crianças com idade inferior a 2 meses;
  • Pressão intracraniana aumentada ou circulação cerebral prejudicada.

Contraindicações que exigem avaliação (Risco x Benefícios):

  • Distúrbios circulatórios;
  • Distúrbios metabólicos lipídico – pancreatite, hiperlipoproteinemia, hiperlipidemia diabética;
  • Hipovolemia;
  • Insuficiência cardíaca, hepática, renal e respiratória.

Efeitos colaterais:

  • Acidose respiratória;
  • Hiperlipidemia;
  • Cólica abdominal;
  • Contrações musculares;
  • Convulsões;

Cuidados de enfermagem:

  • Uso hospitalar
  • Testar a permeabilidade do acesso venoso antes de administrar o anestésico.
  • Pode ter os efeitos depressores do SNC aumentados por álcool.
  • Antes da administração, o produto pode ser misturado apenas por dextrose a 5% ou lidocaína.
  • Manter o produtto a uma temperatura entre 4 e 22ºC. Não refrigerar.
  • Disponibilizar materiais e medicamentos para os casos de atendimento de emergência, como parada cardiorrespiratória ou choque anafilático;
  • Não utilizar a medicação durante a gestação ou lactação – avaliar risco benefício.
  • Monitorar a pressão arterial pois pode gerar hipotensão.
  • Cuidados a ter no manuseamento: Agitar antes de usar, usar apenas preparações homogêneas e recipientes não danificados.
  • A assepsia deve ser estendida a todo o equipamento de perfusão. O limite de tempo de perfusão não deve exceder as 12 horas (emulsão lipídica). Após este tempo deve ser eliminado e substituído.
  • Os agentes bloqueadores neuromusculares, Atracurium e Mivacurium, não devem ser administrados através da mesma via intravenosa do Propofol, sem primeiro limpar essa via.
  • A duração da administração não deve exceder os 7 dias.

 

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Trombose Venosa Profunda TVP – Entenda o que é!

A Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose. Quando um vaso sanguíneo é lesado, o sangue coagula para evitar perda. Entretanto, em algumas situações, o sangue pode coagular no interior de artérias e veias do nosso corpo, quadro que caracteriza a trombose venosa profunda.

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São três os fatores que classicamente ocasionam o desenvolvimento de trombose venosa:

1. Diminuição do fluxo de sangue nas veias: isto pode ocorrer quando alguém está engessado, acamado em pós-operatórios ou permanece sentado por muito tempo (em uma viagem longa de avião, por exemplo).

2. Alterações na coagulação do sangue: costuma ocorrer em pacientes com câncer ou com doenças genéticas raras que podem contribuir para o aumento da coagulação do sangue.

3. Alterações na estrutura dos vasos sanguíneos: em cirurgias ou pacientes vítimas de trauma, o organismo, para reparar a lesão, pode estimular um processo exagerado de coagulação.

Vale ressaltar que: muitos anticoncepcionais aumentam os riscos de trombose – a grande maioria causa esse efeito. Mesmo assim, a doença é mais comum em pessoas que têm predisposição genética e agravantes, como fumar, ser sedentário, obesidade, doenças crônicas, etc.

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Sintomas

A trombose venosa pode não apresentar sinais se o trombo (coágulo) for muito pequeno. Os sintomas mais comuns de uma trombose venosa profunda nas pernas não são absolutamente específicos e o diagnóstico requer confirmação por exames.

Na maioria dos casos, os pacientes costumam apresentar dor, inchaço e vermelhidão na perna que contém o trombo. Outros sintomas possíveis são: calor nas pernas, dificuldade para andar, inchaço intenso e pele de cor esbranquiçada ou azulada.

Diagnóstico

A suspeita na maioria das vezes é confirmada por meio exame físico detalhado. O principal método para diagnóstico é a ultrassonografia Doppler, exame fundamental para a confirmação do quadro.

Tratamentos

O objetivo do tratamento da trombose venosa profunda é evitar a formação de novos coágulos e promover a reabsorção pelo organismo dos que já se formaram.

Para isto, são utilizados medicamentos anticoagulantes como a heparina, a varfarina e o rivaroxaban. Estes pacientes também se beneficiam da utilização de meia elástica.

Em casos graves com trombose extensa, pode ser realizada cirurgia ou a infusão de medicamentos fibrinolíticos.

A TEV e a TVP são a mesma coisa?

Não são a mesma coisa, mas estão extremamente relacionados.

  • TEV significa Tromboembolismo Venoso, um termo que inclui tanto a Trombose Venosa Profunda (TVP) como a sua maior complicação, que é a embolia pulmonar. A TVP, como o próprio nome diz, significa a formação de um trombo (um coágulo de sangue) em uma veia localizada profundamente, na maioria das vezes nas pernas. Muitas vezes, parte desse coágulo se solta, “viaja” pelas veias e pára em uma das veias do pulmão, e é isto que chamamos de embolia pulmonar.
  • Para não esquecer mais: TEV = TVP + EP!

SE LIGA! Mapa conceitual da aula!

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Bulário: HEPARINA – Tudo que você precisa saber!

A Heparina é uma medicação pertencente ao grupo farmacológico dos anticoagulantes e sua principal função é evitar a formação de trombos. É muito utilizado na redução da capacidade de coagulação sanguínea, ajudando assim na prevenção ativa da formação de coágulos.

   Medicamento de referência: Liquemine.

   Indicação:

  • Tratamento: Coagulação intravascular disseminada.
  • Profilaxia: Tromboembolismo
  • Profilaxia e tratamento: Tromboembolismo pulmonar e Trombose venosa profunda (TVP).

Outras indicações:

-Anticoagulante para indução de circulação extracorpórea em cirurgia cardíaca.
-Anticoagulante para auxílio no tratamento da fibrilação atrial (F.A).
-Anticoagulante para utilização em procedimentos de hemodiálise.

-Tratamento de síndromes coronarianas agudas incluindo infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina instável.

Você sabia?

A heparina interage com a antitrombina, formando um complexo ternário que inativa várias enzimas da coagulação, tais como os fatores da coagulação (II, IX e X) e mais significativamente a trombina. Esta interação aumenta em mais de 1000 vezes a atividade intrínseca da antitrombina. Pode-se reverter o efeito da heparina através da administração de um antídoto, chamado protamina.

Atualmente encontra-se disponível no mercado a heparina de baixo peso molecular, que possui maior efetividade e menor incidência de efeitos colaterais.

Como ela age no organismo?

Encontra-se presente nos tecidos que estão em contato com o meio externo, tais como pulmões, pele e mucosa intestinal, ou em órgãos responsáveis pela defesa do organismo, tais como timo e gânglios linfáticos. A heparina encontra-se dentro dos grânulos secretórios dos mastócitos.

Posologia:

Uso injetável (em bolus ou em infusão contínua) ou por via subcutânea. E as suas doses e intervalos devem ser estabelecidos pelas provas de coagulação!

Principais Precauções com o uso de Heparina!

Como o seu efeito útil é de tornar o sangue mais fino e inibe a formação de trombos ou coágulos, e também aumenta as concentrações de lípidos no sangue, é preciso tomar certos cuidados com o uso da heparina. Ele pode causar alguns efeitos adversos como:

-Hemorragias
-Trombocitopenia (diminuição da contagem de plaquetas).
-Queda do cabelo (alopécia) transitória.
-Osteoporose.
-Reações alérgicas.
-Necrose de pele.

É também contraindicada em doentes com hemofilia, trombocitopenia, púrpuras, hipertensão arterial, endocardite, úlcera ou insuficiência hepática ou renal.

 

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Agulhas e seringas, saiba como usá-las!

Um dos materiais mais utilizados pelos profissionais de enfermagem sem dúvidas são as agulhas e seringas! Seja para aspirar ou administrar medicação, esses materiais estão sempre presentes em nossa rotina e por isso devemos ter conhecimento sobre sua utilização.

Você conhece os componentes básicos de uma seringa e de uma agulha?

As agulhas são formadas por três partes principais: o bisel que é a ponta da agulha e possui um óstio em diagonal, seguida da haste que é a feita de metal e é a parte mais fina da agulha e por último o canhão que é a base da agulha e é colorido o que indica sua utilização.

 

 

Tipos de seringas disponíveis:

A seringa é um recipiente que utilizamos para o preparar e administrar medicações. Seus componentes básicos são:
– Êmbolo (local onde “puxamos” para aspirar e “empurramos” para injetar);
– Corpo (local que será preenchido pela medicação ou outro líquido);
– Bico (local onde se conecta a agulha).
Seringas 2

Atenção!

A escolha da seringa deve ser realizada levando-se em consideração a via de administração e o volume a ser administrado.

SERINGA DE 20 ml
As seringas são graduadas e divididas em mm3, o que significa que 20 ml. Foram divididas em partes iguais com graduação de identificação da quantidade a ser aspirada e posteriormente administrada.
Devemos entender que em uma seringa de 20 ml, teremos números inteiros, pois:
Temos 20/20 = 1 ou 1 ml, podemos definir que essa seringa é dividida de 1 em 1 ml.

SERINGA DE 10 ml
As seringas são graduadas e divididas em mm3, o que significa que 10 ml. Foram divididas em partes iguais que corresponde a:
10/50 = 0,2 ml ou seja, é divida de 1 em 1 ml e cada 1 ml e cada 1ml é dividido em 0,2 ml.

SERINGA DE 5 ml
É uma seringa divididas em mm3, os 5 ml, foram divididas em partes iguais, que corresponde a: 5/25 = 0,2 ml, ou seja, é dividida de 1 em 1 ml, e cada 1 ml é dividido em 0,2 ml.

SERINGA DE 3 ml
É uma seringa divididas em mm3, os 3 ml, foram divididas em partes iguais, que corresponde a: 3/30 = 0,1 ml, ou seja, é dividida de 0,5 em 0,5 ml, e cada 1 ml e cada 0,5 é dividido em 0,1 ml.

SERINGA DE 1 ml.

É uma seringa de 1 ml, é dividida em 100 partes iguais, que correspondem a: 1/100, pois 1 ml é = a 100UI.

É isso pessoal, espero que tenham gostado. Fiquem de olho nas nossas redes sociais para não perder nenhum conteúdo! Lembrando que esse material está disponível em Slides para download!

 

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Dicas para ir bem na redação do ENEM!

Em época de ENEM, qualquer ajuda é válida, não é? Pensando nisso, resolvemos dar nossa ajudinha também para a redação do ENEM! rs

A redação do ENEM é um momento complicado para muitos ainda… Como começar? O que escrever? O que pode ou não conter no texto?

Por essas e outras dúvidas que resolvemos criar um post reunindo dicas valiosas para lhe ajudar a ir bem na redação. Um dos segredos de sucesso para a redação do ENEM, é organizar e estruturar bem sua redação.

Vamos conhecer como a dissertação funciona e as partes que a compõem:

INTRODUÇÃO:

A introdução é a parte que irá levar o leitor para dentro do texto.

Funções:

  • Mostrar a atualidade e relevância do tema colocando dentro de um contexto;
  • Sugestão de uma abordagem contra ou a favor: TESE!

Estratégias de introdução:

  • Citação de argumentos;
  • Contexto Histórico;
  • Exemplo concreto;
  • Flashes ou frases nominais;
  • Dados estatísticos;
  • Alusão cultural;
  • Conceituação.

DESENVOLVIMENTO:

O desenvolvimento é composto por dois ou três parágrafos. São eles que irão dar sustentação à tese apresentada na introdução. É esse o momento de justificar, demonstrar, provar as declarações feitas na introdução. Os parágrafos de desenvolvimento devem ser marcados pela progressão, ou seja, o texto deve ser construído de forma que vá apresentando novas informações, claras e pertinentes. Portanto, nada de enrolação ou de repetição desnecessária do que já foi dito! Para facilitar sua argumentação, você pode separar o desenvolvimento de cada ideia em um parágrafo diferente.

Além de apresentar fatos que fundamentem a sua dissertação, é importante que você também aponte argumentos contrários e que aponte porque, de acordo com a sua tese, eles não são verdadeiros. Afinal, dissertação não é um artigo de opinião, o que significa que as opiniões contrárias também devem ser consideradas.

 O parágrafo é uma unidade de texto que desenvolve apenas 1 ideia principal que deve ser articulada com o todo. 
Parágrafo – Padrão:
Tópico frasal + ampliação = É o período que contém a síntese da ideia que vai ser desenvolvida no parágrafo. 
Formas de ampliação:
  • Exemplificação;
  • Explicação; 
  • Argumentos de autoridade;
  • Causas e cnsequências
  • Raciocínio lógico.

Conclusão:

Parte final do texto. Mas é preciso que uma coisa fique clara: concluir não é simplesmente “terminar” o texto. A conclusão é feita de comentários que confirmam os aspectos desenvolvidos nos parágrafos anteriores. É o momento de oferecer uma solução ou demonstrar algum tipo de expectativa em relação à sua tese e ao assunto como um todo.

Atenção: a conclusão não é o momento de levantar questionamentos que não tenham sido esclarecidos nos parágrafos argumentativos, portanto EVITE frases interrogativas.

Funções: 

  • Evidenciar o final do texto (conectivo conclusivo);
  • Esclarecer o ponto de vista;
  • Ratificar a tese (Paráfrase);
  • Estabelecer um diálogo com a introdução.

Estratégias:

  • Promover uma reflexão;
  • ENEM: Proposta de intervenção/ solução para o problema do tema.

Com essas instruções em mente, o segredo do planejamento da redação é já saber exatamente o que vai abordar em cada parágrafo antes mesmo de iniciar o texto. Além disso, compreender quantas linhas você vai ter para desenvolver cada argumento é absolutamente vital para você saber de quanto espaço dispõe para expor cada ideia. E não se esqueça: a redação deve ter 30 linhas! Boa sorte!

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MEGA AULA: Infarto Agudo do Miocárdio!

INFARTO! Com certeza você conhece alguém que já sofreu um ou já ouviu falar. Mas você sabe o que é o Infarto Agudo do Miocárdio?

Fisiopatologia:

O infarto do Miocárdio ou só Infarto, como é popularmente conhecido,  acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente, com isso há um redução ou interrupção total do suprimento de sangue para um local do músculo cardíaco.

Lembrando que:

Infarto é toda e qualquer obstrução da luz do vaso ou ruptura do mesmo, impedindo o fluxo sanguíneo ao órgão ou tecido, caracterizando escassez de oxigênio e nutrientes essenciais para a sobrevivência celular.

Você sabia que existem dois tipos de infarto?

O infarto pode ser branco ou vermelho, conforme o aspecto do órgão.

  • O infarto Isquêmico (branco): ocorre uma obstrução arterial antes de chegar no órgão. Geralmente produzida por trombose ou embolia.
  • Já o infarto Hemorrágico (vermelho): ocorre no órgão propriamente dito, devido a hemorragia tem a cor vermelha.

Com a falta total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita (também conhecido popularmente como Infarto Fulminante), morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.

Causas

As artérias coronárias podem ser obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria.

A presença de placas de gordura no sangue é chamada de aterosclerose (placa de colesterol).  O excesso de placas de ateroma, causa a obstrução da luz da artéria e consequentemente desenvolve uma patologia chamada: Doença Arterial Coronariana. (DAC).  A medida que essas placas crescem, elas vão obstruindo cada vez  mais a luz do vaso e isso desencadeia sintomas como: dor no peito aos esforços – angina. Essas dores passam a ser sentidas quando a obstrução é maior que 70%.

Espasmo coronariano (colabamento das paredes das artérias coronárias), impedindo o fluxo sanguíneo ao coração. Embora não se saiba ao certo o que causa o espasmo das artérias coronárias, muitas vezes esta condição está relacionada ao uso de drogas, como: cocaína.

Suprimento de oxigênio diminuído: Devido a uma perda sanguínea aguda (choque – hemorragia), anemia ou hipotensão.

Sintomas:

Dor ou forte pressão no peito, dor no peito refletindo nos ombros, braço esquerdo (ou os dois) pescoço e maxilar. Dor abdominal, suor, palidez, falta de ar, perda temporária de consciência, sensação de morte eminente, náuseas e vômitos.

Fatores de risco: 

Colesterol alto, sedentarismo, tabagismo, menopausa, estresse, excesso de peso, diabetes mellitus, histórico familiar ou predisposição genética, idade, alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.

Porém, não confunda com IAM e Angina!

Podemos definir Angina como a interrupção parcial da irrigação de sangue no coração enquanto que no Infarto a interrupção do fornecimento de sangue é total. O IAM deixa normalmente sequelas além do risco de vida ser maior, enquanto que a Angina não deixa sequelas a curto prazo.

As duas são síndromes coronárias, mas se diferenciam por ser de tipos diferentes. O infarto é agudo, o que significa que acontece em um tempo determinado, já a angina de peito é crônica e se diagnostica como uma doença para a vida inteira.

Ambos são síndromes coronárias que tem como causam a obstrução das artérias coronárias. A principal diferença entre elas é que no infarto a obstrução dessas artérias é completa levando à morte do miocárdio e no caso da angina do peito encontramos uma obstrução parcial que resulta em uma lesão.

Por consequência, a morte ou necrose do miocárdio nos infartos são produzidos pela perda total de oxigenação do coração. Mas na angina de peito a falta de oxigênio é transitória.

O infarto agudo de miocárdio e angina de peito são síndromes produzem dor precordial que se caracterizam por serem intensas e irradiarem desde o esterno em direção ao: braço, coluna, pescoço, mandíbula e inclusive a boca do estômago.

Ao mesmo tempo, a dor é uma aliada para diferenciar as duas condições cardíacas; no caso do infarto a dor aparece em repouso, e tem uma duração de 30 a 45 minutos. Por outro lado, a dor da angina de peito aparece com o esforço (exercício, atividade sexual etc), e alivia com o repouso, sem durar mais de 2 ou 3 minutos.

Tratamento:

Aspirina:  Auxilia a manter o fluxo sanguíneo em uma artéria que está mais estreita;

Trombolíticos: medicamentos que ajudam a dissolver um coágulo de sangue que está bloqueando a passagem de sangue nas artérias coronárias. Quanto antes receber esse medicamento, maiores são as chances de sobrevivência e com menos sequelas;

Agentes antiplaquetários: auxiliam a prevenir a formação de outros coágulos e a manter os coágulos já existentes no tamanho em que estão. Um exemplo de medicamento dessa classe é o clopidogrel;

Outros medicamentos que diluem o sangue: medicamentos como a heparina podem ser administrados a fim de tornar o seu sangue menos “viscoso” e provável de formar coágulos;

Analgésicos: para aliviar a algia, morfina poderá ser utilizada;

Nitroglicerina: auxiliam na melhora do fluxo sanguíneo para o coração, pois ele dilata os vasos;

Betabloqueadores: auxiliam a relaxar o músculo cardíaco, diminuir o ritmo do coração e também a pressão arterial, para que o órgão possa trabalhar mais facilmente. Os betabloqueadores limitam a quantidade de dano ao músculo do coração, além de prevenir futuros infartos;

Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA): reduzem a pressão arterial e o estresse sobre o coração. Uma das opções que podem ser indicadas é o captopril.

Estatinas: utilizadas para diminuir o nível de LDL (“mau colesterol”) e aumentar o HDL (“bom colesterol”). Constata-se que muitas pessoas que fazem uso de medicamentos como sinvastatina ou lovastatina, diminuíram as suas chances de infarto.

Exames que diagnosticam o infarto:

Eletrocardiograma (ECG): Exame que identifica onde o dano ocorreu e qual foi a intensidade com que atingiu o órgão. O ECG tem a função, basicamente, de medir quão rápido o seu coração está batendo e qual é o seu ritmo (estável ou irregular), além de registrar a força e o tempo com que os sinais elétricos passam através de cada parte do coração.

Exames de sangue: Através de exames de sangue, os níveis de determinadas enzimas cardíacas que indicam danos no músculo cardíaco podem ser medidas. Medindo essas enzimas, o médico consegue ter uma noção do tamanho do infarto e aproximadamente quando ele começou. Além das enzimas, troponinas também são medidas, isto é, proteínas encontradas dentro das células cardíacas que são liberadas apenas quando as células são danificadas pela falta de sangue suficiente no coração.

Ecocardiografia: É um tipo de exame de imagem que é utilizado para saber como o coração está bombeando o sangue, bem como as áreas em que não está sendo bombeado corretamente. A ecocardiografia mostra também quais estruturas do coração sofreram lesões com o infarto.

Cateterismo: Caso os medicamentos não aliviem os sintomas do infarto, o cateterismo pode ser recorrido pelos médicos. Esse exame é usado para visualizar diretamente a artéria bloqueada e ajudar o especialista a determinar qual será o melhor tratamento para aquele caso.

Cuidados de enfermagem:

  • Repouso absoluto no leito evitando movimentos bruscos;
  • Realizar ECG conforme Prescrição Médica.
  • Oxigenioterapia (Constante, umidificado)
  • Verificar sinais vitais de 2 em 2 horas, principalmente PA e FC (observando alterações nos mesmos, arritmias ou choque cardiogênico);
  • Controle hídrico rigoroso (evitar sobrecarga cardíaca);
  • Prestar cuidados de higiene no leito;
  • Manter decúbito elevado;
  • Administrar medicamentos prescritos;
  • Orientar os familiares a evitarem conversas excessivas e assuntos desagradáveis;
  • Oferecer dieta leve, hipossódica e hipolipédica;
  • Orientar o paciente para a alta;
  • Evitar alimentos ricos em carboidratos e gorduras, bebidas alcoólicas, fumo e café;
  • Repouso relativo: nas 1º 8 -12 semanas, retomando gradativamente à vida normal;
  • Manter a tranquilidade emocional, equilíbrio entre sono, repouso e atividades física evitando excessos;
  • Procurar o hospital se ocorrerem sintomas de recidiva;

Você sabia que…

  • A dor pré-cordial é o sintoma mais frequente nos homens e nas mulheres o cansaço, fadiga extrema, náuseas, dores no epigástrio, ou nas costas, pescoço ou queixo são os sintomas mais comuns em mulheres.
  • Nem sempre a dor é o primeiro sinal clínico do infarto. A dor geralmente irradia para o braço esquerdo, mas em alguns irradia para o braço direito.
  • A parte do coração que necrosar, por ocasião de um infarto não é mais viável e não produzirá sintomas como dor. Logo, enquanto o doente sentir dor resta tecido cardíaco viável que pode se recuperar por si ou com tratamentos adequados. Quanto antes esse tecido doente for tratado, maiores as chances de ser recuperado.
  • Se isso acontecer, se notar uma ou mais de uma das manifestações acima, não espere, vá ou chame imediatamente um serviço de emergência.

Fonte:

Site: Coração Alerta | Diretrizes para o Tratamento do IAM — Revista Brasileira de Cardiologia | V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento

Brunner e Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Volume 1 – 11ª edição. Guanabara Koogan. Capítulo 28- Cuidados aos Pacientes com Distúrbios Vasculares Coronarianos.

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Tudo que você precisa saber sobre Eletrocardiograma!

Verde. Vermelho. Amarelo. Preto.

É hora de fazer um eletrocardiograma, mas… como fazê-lo corretamente?

Imagine um cenário de emergência em que um paciente com suspeita de problemas cardíacos é levado às pressas ao pronto-socorro. Todo mundo está em pânico, a sala de emergência está cheia de pacientes. Como o paciente se queixa de dores no peito, o residente de plantão pede um Eletrocardiograma de 12 derivações para fazer agora mesmo. Você é o único profissional de enfermagem disponível, uma vez que todos os outros colegas estão ocupados demais com outros pacientes. Você pega a máquina de ECG (eletrocardiógrafo é o nome correto, tá?) e olha para as diferentes cores que estão ali sua na frente. Como você vai fazer isso? Qual é a maneira mais fácil de lembrar-se de posicionar os cabos corretamente?

Para um Eletrocardiograma de 12 derivações, existem 10 fios em uma máquina de ECG que estão ligados a partes específicas do corpo, especificamente, 6 eletrodos no peito (denominados eletrodos precordiais) e quatro eletrodos nos membros (os chamados eletrodos periféricos).

Derivações Precordiais: 

Estes 6 eletrodos torácicos são denominados eletrodos V e são numerados de V1-V6. Tais eletrodos devem estar posicionados em posições específicas na caixa torácica.

 

V1 deve ser posicionado no quarto espaço intercostal, na margem direita do esterno.

V2 deve para ser colocado no quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno.

V3 deve ser posicionado entre V2 e V4.

V4 deve ser então posicionado no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular.

V5 na linha axilar anterior, no mesmo nível que V4.

Por último, V6 é deve ser colocado na linha axilar média, ao mesmo nível que V4 e V5.

Outra maneira de posicionar com precisão os eletrodos é primeiro identificar o “ângulo de Louis”, ou “ângulo esternal”, que pode ser encontrado quando você coloca os dedos suavemente na base de sua garganta em uma posição central e, movendo os dedos para baixo, pode sentir a parte superior do esterno. Em seguida, continue a mover os dedos para baixo até sentir um nódulo ósseo, que é o “ângulo de Louis”.

A partir de então, mova os dedos para a direita e você vai sentir uma diferença entre as costelas. Essa lacuna é o 2º espaço intercostal. A partir desta posição, passe os dedos para baixo em toda a próxima costela (3º espaço intercostal logo abaixo). Passe para a próxima costela e mova os dedos para o espaço abaixo dela. O espaço no qual que você está é o 4º espaço intercostal. No ponto onde este espaço encontra o esterno é a posição de V1.

Faça novamente estes movimentos, mas desta vez para a esquerda. Onde este espaço encontra o esterno (no 4º espaço intercostal) é a posição de V2.

A partir desta posição, deslize os dedos para baixo ao longo da próxima costela e você estará no 5º espaço intercostal. Olhe para o tórax do paciente e identifique a clavícula esquerda. A posição para V4 está no 5º espaço intercostal, na linha do meio da clavícula (linha clavicular média).

V3 fica a meio caminho entre V2 e V4.

Siga o 5º espaço intercostal à esquerda até que seus dedos estejam imediatamente abaixo do início da axila, onde você vai posicionar V5.

Siga esta linha do 5º espaço intercostal um pouco mais até que você esteja imediatamente abaixo do ponto central da axila esquerda, (linha axilar média). Esta é a posição para a V6.

Conexões periféricas:

Para as conexões periféricas, os eletrodos RA (braço direito – VERMELHO) e LA (braço esquerdo – AMARELO) devem ser colocados em qualquer lugar entre o punho e o cotovelo. Os eletrodos RL (perna direita – PRETO) e LL (perna esquerda – VERDE) devem ser posicionados em qualquer lugar acima do tornozelo e abaixo do torso.

Vai uma ajudinha ai?

Eu particularmente utilizo uma colinha que sempre me ajuda, talvez lhe ajude também! Evito me basear na cor porque já utilizei aparelhos em que os fios estavam diferentes, e foi assim que aprendi.

Vamos lá! Do ombro direito para a esquerda diga: RA-LA! Isso mesmo! Rs

RA -Braço Direito e o LA: Braço Esquerdo.

Seguindo essa lógica fica fácil entender que o RL será: Perna Direita e o LL: Perna Esquerda.

Ou existe ainda outra dica: imagine que o paciente é brasileiro e torce para o Flamengo: a bandeira do Flamengo ocupa o lado direito do paciente e a bandeira da seleção brasileira ocupa o lado esquerdo do corpo do paciente, com as cores mais claras sempre na parte de cima.

É muito importante que as derivações sejam posicionadas corretamente, tendo em vista que a colocação incorreta pode levar a um falso diagnóstico de infarto ou alterações negativas no ECG. No entanto, esta tarefa não deve ser uma questão complicada quando se sabe a técnica para se lembrar facilmente.

Então, agora que você sabe como, vá em frente com confiança e posicione os eletrodos para o ECG como um expert!

Fonte:

MD Saúde | CAEP Campinas | ADClinic.com | Cardiopapers

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Desvendando os cálculos de gotejamento!

Quem já estuda ou atua na área de enfermagem seja como auxiliar, técnico ou enfermeiro, deve conhecer ou ao menos já ouviu falar dos cálculos de medicações! É uma das atividades que a equipe de enfermagem realiza e requer total atenção para fazê-lo, até porque nem sempre a dose que está presente no frasco corresponde ao que iremos administrar conforme a PM!

Mas não se assuste, vamos passo a passo entender e aprender Cálculos de Gotejamento!

Continue lendo

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Conheça a diferença entre anotação e evolução de enfermagem!

Qual a diferença entre anotação de enfermagem e evolução de enfermagem?

Este tema apesar de fazer parte do nosso cotidiano ainda traz tantas dúvidas, principalmente aos estudantes. Quem realiza a anotação? Quem evolui? Qual a diferença? Vamos sanar todas essas dúvidas!

A anotação de enfermagem trata-se de um registro pontual, que visa garantir o registro da situação em que o paciente se encontra naquele momento, dos procedimentos de enfermagem realizados ou não realizados e das observações feitas. A anotação de enfermagem pode ser realizada pelo enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem.

Já a evolução de enfermagem, trata-se do registro da evolução do paciente nas últimas 24 horas, sendo esta realizada exclusivamente pelo enfermeiro, uma vez que depende de conhecimento técnico-científico e raciocínio clínico para reflexão, análise e contextualização dos dados coletados, características estas que não são exigidas para a formação do profissional de enfermagem, de nível técnico.

Diferente do que muitas pessoas pensam, a anotação de enfermagem pode e deve ser realizada pelo Enfermeiro. Erroneamente, muitas instituições e profissionais de enfermagem utilizam o impresso de evolução de enfermagem para anotar um procedimento realizado, por ter sido realizado pelo enfermeiro, mas o correto é que essas anotações pontuais sejam feitas na anotação de enfermagem e a evolução do paciente nas últimas 24 horas seja realizada na evolução de enfermagem, pelo enfermeiro.

Espero que esse conteúdo tenha lhe ajudado! Se gostou do artigo, deixe seu comentário, compartilhe com os seus amigos e/ou com sua equipe.

Até a próxima!

Utilizei como referência bibliográfica:

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – COREN. Anotações de enfermagem. [on line]. Disponível em: http://www.portaldaenfermagem.com.br/downloads/manual-anotacoes-de-enfermagem-coren-sp.pdf [31/08/2016]

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