Lorena Prazeres

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Sondagem Nasogástrica e os Cuidados de Enfermagem

A sondagem nasogástrica é frequentemente utilizada no ambiente hospitalar. Neste procedimento, utilizamos uma sonda de Levine onde introduzimos a mesma através da boca ou nariz até o estômago com a finalidade de estabelecer via pérvia para alimentação e/ou administração de medicamentos ou para alívio de distensão abdominal por meio de drenagem de conteúdo gástrico.

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A sonda nasogástrica é feita de PVC e é transparente, flexível e atóxico. Ela não é radiopaca e não possui fio guia.

Indicação:

  • Descompressão estomacal;
  • Diagnosticar motilidade intestinal;
  • Prevenção de distensão abdominal no pós cirúrgico;
  • Administração de dietas ou medicações;
  • Obter amostras de materiais gástricos para exames;
  • Remover substâncias tóxicas ingeridas;
  • Remover gás e secreções do estômago;
  • Controlar sangramento gástrico;
  • Dificuldade para deglutição.

Pode ser utilizada:

Aberta: drenagem de conteúdo gástrico e gases.

Fechada: Administração de medicamentos e dietas.

Contraindicações:

  • Atresisas e estenoses de esôfago;
  • Varizes esofagianas sem sangramento (a sonda pode ferir as varizes ou deslocar coágulos tamponantes);
  • Pós operatório de cirurgia realizada via transnasal;
  • Traumas de base de crânio;
  • Fraturas de face;
  • Fístulas nasais;
  • Restrições anatômicas;
  • Lesões de mucosas orais ou nasais por ingestão cáustica.

Quem passa a SNG?

Conforme a Ressolução do COFEN 453/2014, a passagem de SNG passou a ser competência do Enfermeiro devido a sua complexidade e cabendo aos técnicos e auxiliares a sua manutenção.

Materiais:

  • EPI’S (Óculos de proteção, máscara, luvas de procedimento);
  • Sonda de calibre adequado (nº 12, 14,16 ou 18 French para adulto normal e nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade);
  • Lubrificante hidrossolúvel (xilocaína a 2% sem vasoconstritor);
  • Gazes;
  • Seringa de 20 ml;
  • Toalha;
  • Recipiente com água;
  • Estetoscópio;
  • Luvas de Procedimento;
  • Tiras de fita adesiva (micropore, etc)
  • Coletor s/n.

Como passar a SNG:

  1. Verificar na PM a solicitação de passagem de SNG.

5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.

6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos.

7. Colocar os equipamentos de proteção individual.

8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.

9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra sujidades.

10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.

11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o procedimento.

Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!

Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:

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Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo gástrico.

Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.

Em seguida devemos fixar a sonda na narina sem tracioná-la. 

Em seguida deixe o paciente confortável e não se esqueça de descartar os materiais e anotar o procedimento!

Cuidados de enfermagem: 

  • Realizar meso para evitar o tracionamento da sonda;
  • Observar o volume e aspecto do líquido drenado e anotar;
  • Sempre testar o posicionamento da sonda antes de administrar nutrientes ou medicações;
  • A seringa para ministrar medicações e nutrientes deve estar sem agulha;
  • lavar a sonda antes, durante a após a administração de medicações;
  • Antes de ser aberta a sonda deve ser pinçada para evitar a entrada de ar;
  • Após administrar medicações via sonda, a mesma deve permanecer fechada por 30 mim e só então ser aberta;
  • Sempre observar se a sonda não está exteriorizada.

 

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Mulher tem parto ‘apressado’ de 6º filho em corredor de hospital nos EUA!

A sexta vez que Jessica Hogan, de 31 anos, deu à luz impressionou até mesmo a equipe do hospital. O pequeno Maxwell, seu primeiro filho homem, veio ao mundo em pleno corredor da emergência em uma unidade de saúde do Kansas, nos Estados Unidos, em julho do ano passado.

O momento foi registrado pela fotógrafa Tammy Karin, que publicou uma série de imagens em sua página profissional, “Little Leapling Photography”, no último sábado, que viralizaram.

 A mãe e o pai correram, mas não conseguiram chegar a tempo para ter o bebê no quarto de hospital. O filho nasceu no corredor da emergência. O pequeno Maxwell realmente estava ansioso para chegar ao mundo. O parto ocorreu em 24 de julho do ano passado.

Jesica Wright Hogan, até então mãe de cinco meninas, conta que “desde o início, a gravidez de Max foi no mínimo imprevisível”.

A história do nascimento de Max é narrada pela mãe no blog da fotógrafa. Virando na cama por volta das 2h, ela acordou uma hora depois sentindo uma “estranha, longa contração”. Ela disse que não vê sua história especificamente como algo especial, porque mulheres fazem isso todos os dias. Ela disse que ficou surpresa com o parto por ter tido poucas dificuldades até as 37 semanas. “Não era totalmente tranquila, mas muito mais que as minhas gravidezes anteriores”, disse.

As contrações começaram no dia 19 de julho. Jesica relata, que foi ao hospital por volta das 5h da manhã. As contrações ocorriam a cada 3 minutos, quando surgiram três centímetros de dilatação. “Achamos que estávamos nos estágios iniciais de receber o último bebê da nossa família”, escreveu.

Depois de quatro horas de trabalho na banheira e caminhada pelos salões da emergência, ela e o marido decidiram manter o plano de um nascimento natural e livre de intervenção. Eles escolheram deixar o hospital, já que estavam sem progresso e as contrações ficaram mais espaçadas. Os dias seguintes foram de estimulação.

“Passamos os dias caminhando, indo para a piscina com nossas filhas e completando pequenos projetos ao redor da casa. Tive contrações temporárias todas as noites, que não me deixavam dormir. Eu estava perdendo a fé de que o meu corpo soubesse o que estava fazendo. No domingo (23 de julho), passamos quase todo o dia na piscina e à noite ficamos com a minha sogra, pintando as unhas enquanto assistíamos ‘Game of Thrones'”, completou.

A mãe disse que chegou a avisar o marido que estava tendo novas contrações mais tarde, mas que elas não significavam muita coisa. Jesica ficou acordada até as 2h. Ela disse que chegou a escrever para um grupo de outras grávidas, se queixando das contrações e do medo de não chegar ao hospital a tempo.

“Ah, essa intuição é real. Se eu tivesse dado crédito para essa voz que estava na minha cabeça naquela noite! No lugar disso, decidi finalmente que iria dormir um pouco, certa de que saberia quando era a hora. Afinal, era meu 6º bebê”, escreveu Jesica.

 Ela acordou cerca de 1 hora depois, com uma longa contração. Disse ao marido: “Travis, acho que é isso”. Pediu ajuda para sair da cama, quando a bolsa rompeu. “Meu Deus, não vamos conseguir chegar. Vamos ter esse bebê em casa”, disse no momento.

O pai dirigiu rapidamente até o hospital e a mãe mandou uma mensagem para a fotógrafa, Tammy. Entre sair de casa após a bolsa romper e chegar ao hospital foram menos de 25 minutos. Quando chegou ao local, Jesica disse que pensou: “Deus, ele já está aqui”.

“Comecei a tirar minhas calças porque podia sentir meu corpo empurrando a cabeça do bebê para fora. Abaixei minha mão e senti a cabeça saindo.Olhei para o meu marido e disse: ‘Travis, vá pegá-lo’!

  

 

 

 

As enfermeiras chegaram correndo, ajudaram Jesica a se deitar. Com mais um impulso e com mais ajuda, o resto do corpo do bebê saiu. Max foi colocado no peito da mãe.

 “Estava totalmente apaixonada pela pequena pessoa deitada em mim, e mais apaixonada pelo meu marido que não perdeu a calma e manteve a palavra ao me levar ao hospital. Foi o meu parto mais louco, mas também o mais perfeito. Não foi da forma como planejei, mas terminou sem qualquer intervenção (cirúrgica), com o meu bebê saudável e o maravilhoso apoio das pessoas ao nosso lado. Foi lindo e eu vou para sempre amar cada lembrança disso”, frisou Jesica.

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Trombose Venosa Profunda TVP – Entenda o que é!

A Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose. Quando um vaso sanguíneo é lesado, o sangue coagula para evitar perda. Entretanto, em algumas situações, o sangue pode coagular no interior de artérias e veias do nosso corpo, quadro que caracteriza a trombose venosa profunda.

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São três os fatores que classicamente ocasionam o desenvolvimento de trombose venosa:

1. Diminuição do fluxo de sangue nas veias: isto pode ocorrer quando alguém está engessado, acamado em pós-operatórios ou permanece sentado por muito tempo (em uma viagem longa de avião, por exemplo).

2. Alterações na coagulação do sangue: costuma ocorrer em pacientes com câncer ou com doenças genéticas raras que podem contribuir para o aumento da coagulação do sangue.

3. Alterações na estrutura dos vasos sanguíneos: em cirurgias ou pacientes vítimas de trauma, o organismo, para reparar a lesão, pode estimular um processo exagerado de coagulação.

Vale ressaltar que: muitos anticoncepcionais aumentam os riscos de trombose – a grande maioria causa esse efeito. Mesmo assim, a doença é mais comum em pessoas que têm predisposição genética e agravantes, como fumar, ser sedentário, obesidade, doenças crônicas, etc.

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Sintomas

A trombose venosa pode não apresentar sinais se o trombo (coágulo) for muito pequeno. Os sintomas mais comuns de uma trombose venosa profunda nas pernas não são absolutamente específicos e o diagnóstico requer confirmação por exames.

Na maioria dos casos, os pacientes costumam apresentar dor, inchaço e vermelhidão na perna que contém o trombo. Outros sintomas possíveis são: calor nas pernas, dificuldade para andar, inchaço intenso e pele de cor esbranquiçada ou azulada.

Diagnóstico

A suspeita na maioria das vezes é confirmada por meio exame físico detalhado. O principal método para diagnóstico é a ultrassonografia Doppler, exame fundamental para a confirmação do quadro.

Tratamentos

O objetivo do tratamento da trombose venosa profunda é evitar a formação de novos coágulos e promover a reabsorção pelo organismo dos que já se formaram.

Para isto, são utilizados medicamentos anticoagulantes como a heparina, a varfarina e o rivaroxaban. Estes pacientes também se beneficiam da utilização de meia elástica.

Em casos graves com trombose extensa, pode ser realizada cirurgia ou a infusão de medicamentos fibrinolíticos.

A TEV e a TVP são a mesma coisa?

Não são a mesma coisa, mas estão extremamente relacionados.

  • TEV significa Tromboembolismo Venoso, um termo que inclui tanto a Trombose Venosa Profunda (TVP) como a sua maior complicação, que é a embolia pulmonar. A TVP, como o próprio nome diz, significa a formação de um trombo (um coágulo de sangue) em uma veia localizada profundamente, na maioria das vezes nas pernas. Muitas vezes, parte desse coágulo se solta, “viaja” pelas veias e pára em uma das veias do pulmão, e é isto que chamamos de embolia pulmonar.
  • Para não esquecer mais: TEV = TVP + EP!

SE LIGA! Mapa conceitual da aula!

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Bulário: HEPARINA – Tudo que você precisa saber!

A Heparina é uma medicação pertencente ao grupo farmacológico dos anticoagulantes e sua principal função é evitar a formação de trombos. É muito utilizado na redução da capacidade de coagulação sanguínea, ajudando assim na prevenção ativa da formação de coágulos.

   Medicamento de referência: Liquemine.

   Indicação:

  • Tratamento: Coagulação intravascular disseminada.
  • Profilaxia: Tromboembolismo
  • Profilaxia e tratamento: Tromboembolismo pulmonar e Trombose venosa profunda (TVP).

Outras indicações:

-Anticoagulante para indução de circulação extracorpórea em cirurgia cardíaca.
-Anticoagulante para auxílio no tratamento da fibrilação atrial (F.A).
-Anticoagulante para utilização em procedimentos de hemodiálise.

-Tratamento de síndromes coronarianas agudas incluindo infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina instável.

Você sabia?

A heparina interage com a antitrombina, formando um complexo ternário que inativa várias enzimas da coagulação, tais como os fatores da coagulação (II, IX e X) e mais significativamente a trombina. Esta interação aumenta em mais de 1000 vezes a atividade intrínseca da antitrombina. Pode-se reverter o efeito da heparina através da administração de um antídoto, chamado protamina.

Atualmente encontra-se disponível no mercado a heparina de baixo peso molecular, que possui maior efetividade e menor incidência de efeitos colaterais.

Como ela age no organismo?

Encontra-se presente nos tecidos que estão em contato com o meio externo, tais como pulmões, pele e mucosa intestinal, ou em órgãos responsáveis pela defesa do organismo, tais como timo e gânglios linfáticos. A heparina encontra-se dentro dos grânulos secretórios dos mastócitos.

Posologia:

Uso injetável (em bolus ou em infusão contínua) ou por via subcutânea. E as suas doses e intervalos devem ser estabelecidos pelas provas de coagulação!

Principais Precauções com o uso de Heparina!

Como o seu efeito útil é de tornar o sangue mais fino e inibe a formação de trombos ou coágulos, e também aumenta as concentrações de lípidos no sangue, é preciso tomar certos cuidados com o uso da heparina. Ele pode causar alguns efeitos adversos como:

-Hemorragias
-Trombocitopenia (diminuição da contagem de plaquetas).
-Queda do cabelo (alopécia) transitória.
-Osteoporose.
-Reações alérgicas.
-Necrose de pele.

É também contraindicada em doentes com hemofilia, trombocitopenia, púrpuras, hipertensão arterial, endocardite, úlcera ou insuficiência hepática ou renal.

 

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Agulhas e seringas, saiba como usá-las!

Um dos materiais mais utilizados pelos profissionais de enfermagem sem dúvidas são as agulhas e seringas! Seja para aspirar ou administrar medicação, esses materiais estão sempre presentes em nossa rotina e por isso devemos ter conhecimento sobre sua utilização.

Você conhece os componentes básicos de uma seringa e de uma agulha?

As agulhas são formadas por três partes principais: o bisel que é a ponta da agulha e possui um óstio em diagonal, seguida da haste que é a feita de metal e é a parte mais fina da agulha e por último o canhão que é a base da agulha e é colorido o que indica sua utilização.

 

 

Tipos de seringas disponíveis:

A seringa é um recipiente que utilizamos para o preparar e administrar medicações. Seus componentes básicos são:
– Êmbolo (local onde “puxamos” para aspirar e “empurramos” para injetar);
– Corpo (local que será preenchido pela medicação ou outro líquido);
– Bico (local onde se conecta a agulha).
Seringas 2

Atenção!

A escolha da seringa deve ser realizada levando-se em consideração a via de administração e o volume a ser administrado.

SERINGA DE 20 ml
As seringas são graduadas e divididas em mm3, o que significa que 20 ml. Foram divididas em partes iguais com graduação de identificação da quantidade a ser aspirada e posteriormente administrada.
Devemos entender que em uma seringa de 20 ml, teremos números inteiros, pois:
Temos 20/20 = 1 ou 1 ml, podemos definir que essa seringa é dividida de 1 em 1 ml.

SERINGA DE 10 ml
As seringas são graduadas e divididas em mm3, o que significa que 10 ml. Foram divididas em partes iguais que corresponde a:
10/50 = 0,2 ml ou seja, é divida de 1 em 1 ml e cada 1 ml e cada 1ml é dividido em 0,2 ml.

SERINGA DE 5 ml
É uma seringa divididas em mm3, os 5 ml, foram divididas em partes iguais, que corresponde a: 5/25 = 0,2 ml, ou seja, é dividida de 1 em 1 ml, e cada 1 ml é dividido em 0,2 ml.

SERINGA DE 3 ml
É uma seringa divididas em mm3, os 3 ml, foram divididas em partes iguais, que corresponde a: 3/30 = 0,1 ml, ou seja, é dividida de 0,5 em 0,5 ml, e cada 1 ml e cada 0,5 é dividido em 0,1 ml.

SERINGA DE 1 ml.

É uma seringa de 1 ml, é dividida em 100 partes iguais, que correspondem a: 1/100, pois 1 ml é = a 100UI.

É isso pessoal, espero que tenham gostado. Fiquem de olho nas nossas redes sociais para não perder nenhum conteúdo! Lembrando que esse material está disponível em Slides para download!

 

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Retirada do dente siso! Cuidados com o pós-operatório!

Há alguns dias comecei a sentir um certo desconforto que em pouco tempo virou uma terrível dor de dente, não demorei para descobrir que era o terrível: SISO

Popularmente conhecido como “o dente do juízo” , o siso geralmente nasce nos jovens de 17 a 21 anos, as vezes um pouco mais ou um pouco menos do que isso.  O surgimento do dente siso pode dar inicio a vários desconfortos, por exemplo: dores causadas pelo desalinhamento dos dentes ou pela falta de espaço na boca para ele. Inchaço, infecção na gengiva e até o surgimento de cáries são complicações comuns, (essa última, devido a má higienização devido ao local onde o dente se encontra). A extração do dente é recomendada aos pacientes logo no início das complicações como uma forma de driblá-las.

A extração:

As pessoas que já realizaram esse tipo de procedimento, são tem opiniões diversas sobre o procedimento em si e o pós-operatório. Algumas pessoas referem que não tiveram qualquer tipo de problema depois da cirurgia e, por outro lado, há os que classificam o pós-operatório como uma das experiências mais desagradáveis que viveram. Ainda que possa parecer, não é exagero: o mesmo procedimento pode ser realmente mais complicado para algumas pessoas (como foi comigo, todo o procedimento durou três horas e as primeiras duas horas após a extração foi bem complicada, mas não estou sentindo muita dor).

Quando a extração é necessária?

Caso não seja possível alcançar o siso durante a escovação, a cirurgia com toda a certeza deve ser considerado. Outros motivos que levam à extração:

  •  Quando o paciente tem pericoronarite, uma inflamação que recobre todo o dente.
  • Quando o siso nasce parcialmente e está inclinado sobre o dente da frente, fazendo pressão. (Foi o meu caso)
  • Quando o dente está incluso ou impactado dentro do osso, ou seja, não nasceu.

Posições que o dente pode estar.

Cuidados no Pós-operatório:

A principal recomendação, sem dúvidas é o repouso! Isso mesmo! Repousar bastante! Outra importante recomendação, é: Não fazer esforços! Nada de peso no pós-operatório! Tome todas as medicações corretamente. Tenha muito cuidados ao escovar os dentes. Se necessário, faça compressas para o inchaço. No dia seguinte, mantenha uma dieta à base de líquidos ou pastosa. Nada de alimentos duros e nada de mastigar também! Caso for ingerir sopas ou caldos por exemplo, temperatura morna a fria. E a melhor recomendação de todas! Consuma muitos alimentos gelados, ou seja, sorvete liberado! 

Bom, é isso pessoal. Espero que ajude vocês! 

Até a próxima.

 

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Dicas para ir bem na redação do ENEM!

Em época de ENEM, qualquer ajuda é válida, não é? Pensando nisso, resolvemos dar nossa ajudinha também para a redação do ENEM! rs

A redação do ENEM é um momento complicado para muitos ainda… Como começar? O que escrever? O que pode ou não conter no texto?

Por essas e outras dúvidas que resolvemos criar um post reunindo dicas valiosas para lhe ajudar a ir bem na redação. Um dos segredos de sucesso para a redação do ENEM, é organizar e estruturar bem sua redação.

Vamos conhecer como a dissertação funciona e as partes que a compõem:

INTRODUÇÃO:

A introdução é a parte que irá levar o leitor para dentro do texto.

Funções:

  • Mostrar a atualidade e relevância do tema colocando dentro de um contexto;
  • Sugestão de uma abordagem contra ou a favor: TESE!

Estratégias de introdução:

  • Citação de argumentos;
  • Contexto Histórico;
  • Exemplo concreto;
  • Flashes ou frases nominais;
  • Dados estatísticos;
  • Alusão cultural;
  • Conceituação.

DESENVOLVIMENTO:

O desenvolvimento é composto por dois ou três parágrafos. São eles que irão dar sustentação à tese apresentada na introdução. É esse o momento de justificar, demonstrar, provar as declarações feitas na introdução. Os parágrafos de desenvolvimento devem ser marcados pela progressão, ou seja, o texto deve ser construído de forma que vá apresentando novas informações, claras e pertinentes. Portanto, nada de enrolação ou de repetição desnecessária do que já foi dito! Para facilitar sua argumentação, você pode separar o desenvolvimento de cada ideia em um parágrafo diferente.

Além de apresentar fatos que fundamentem a sua dissertação, é importante que você também aponte argumentos contrários e que aponte porque, de acordo com a sua tese, eles não são verdadeiros. Afinal, dissertação não é um artigo de opinião, o que significa que as opiniões contrárias também devem ser consideradas.

 O parágrafo é uma unidade de texto que desenvolve apenas 1 ideia principal que deve ser articulada com o todo. 
Parágrafo – Padrão:
Tópico frasal + ampliação = É o período que contém a síntese da ideia que vai ser desenvolvida no parágrafo. 
Formas de ampliação:
  • Exemplificação;
  • Explicação; 
  • Argumentos de autoridade;
  • Causas e cnsequências
  • Raciocínio lógico.

Conclusão:

Parte final do texto. Mas é preciso que uma coisa fique clara: concluir não é simplesmente “terminar” o texto. A conclusão é feita de comentários que confirmam os aspectos desenvolvidos nos parágrafos anteriores. É o momento de oferecer uma solução ou demonstrar algum tipo de expectativa em relação à sua tese e ao assunto como um todo.

Atenção: a conclusão não é o momento de levantar questionamentos que não tenham sido esclarecidos nos parágrafos argumentativos, portanto EVITE frases interrogativas.

Funções: 

  • Evidenciar o final do texto (conectivo conclusivo);
  • Esclarecer o ponto de vista;
  • Ratificar a tese (Paráfrase);
  • Estabelecer um diálogo com a introdução.

Estratégias:

  • Promover uma reflexão;
  • ENEM: Proposta de intervenção/ solução para o problema do tema.

Com essas instruções em mente, o segredo do planejamento da redação é já saber exatamente o que vai abordar em cada parágrafo antes mesmo de iniciar o texto. Além disso, compreender quantas linhas você vai ter para desenvolver cada argumento é absolutamente vital para você saber de quanto espaço dispõe para expor cada ideia. E não se esqueça: a redação deve ter 30 linhas! Boa sorte!

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Manobra de Heimlich – aprenda como realizar!

Você sabia que uma pessoa pode morrer por asfixia em apenas 4 minutos??Você sabe como agir em uma situação como essa?  A manobra de Heimlich é de fácil aplicação e grande importância, pois pode salvar uma vida!

Você sabe como surgiu?

Criada pelo médico Henry Heimlich no ano de 1974, a manobra de Heimlich (também conhecida como “tosse artificial”) é uma técnica de primeiros socorros para asfixia, deve ser realizada quando a vítima estiver engasgada, a fim de retirar qualquer objeto da traqueia, facilitando a passagem de ar para os pulmões e evitando o sufocamento. A técnica baseia-se em utilizar as mãos para fazer uma pressão sobre o diafragma para que os pulmões se comprimam e assim façam pressão sobre o alimento ou objeto que possa ter ficado retido na garganta. A técnica, normalmente é feita por uma outra pessoa, mas também pode ser auto-aplicável, para o caso de não haver ninguém por perto.

Sinais de dificuldade para respirar:

  • Dificuldade ou incapacidade de falar;
  • Sentido de agitação;
  • Levar as mãos à garganta;
  • Incapacidade de respirar, ou fazê-lo com grande dificuldade (observe se há qualquer depressão na pele entre as costelas e acima das clavículas)
  • Respiração ruidosa
  • Incapacidade de tossir de forma eficaz
  • Lábios e unhas de coloração roxa ou cinza, rosto de cor acinzentada, devido à falta de oxigênio
  • Inconsciência

Como realizar a manobra:

 

  • Com a vítima em pé
  • Posicione-se atrás da vítima de modo que uma de suas pernas fique entre as pernas da vítima, servindo de base caso ela desmaie;
  • Coloque o braço em volta da cintura da mesma;
  • Feche uma mão e coloque o lado do polegar contra o abdômen da vítima entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifóide;
  • Com a outra mão envolva a mão fechada e pressione o abdômen da vítima;
  • Puxe ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para cima e para dentro, comprimindo a parte superior do abdômen com a base do pulmão, expulsando o ar e movimentando o objeto causador da obstrução.
  • Realize cinco vezes a manobra com uma compressão firme e vigorosa, suficiente para movimentar o objeto e desobstruir as vias aéreas;
  • Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deverá ser interrompida e deve-se iniciar a reanimação 
  • cardiorrespiratória.

Com a vítima deitada ou inconsciente

  • A vítima deve ser colocada em decúbito dorsal, ou seja, com as costas no chão;
  • Ajoelhe-se por cima da coxa da vítima ou posicione-se lateralmente a ela;
  • Coloque a segunda mão diretamente sobre a primeira e realize a compressão abdominal;
  • Observe se o objeto foi expulso.

Em vítimas obesas ou grávidas

  • Posicione-se atrás da vítima de modo que uma de suas pernas fique entre as pernas da vítima;
  • Posicione suas mãos acima do apêndice xifóide;
  • Realize as compressões abdominais;
  • Verifique se o objeto foi expulso.

Em bebês

  • Coloque a vítima em decúbito ventral (de bruços sobre o braço) com a cabeça mais baixa do que o resto do corpo, suportando a cabeça com uma mão e apoiando o tórax sobre o antebraço e/ou coxa.
  • Aplique 5 batidas interescapulares (entre as omoplatas, com a mão em forma de concha), para remover o objeto;
  • Se não resultar, inicie 5 compressões torácicas com dois dedos (terceiro e quarto metacarpo).
  • Continue esse ciclo se não obtiver sucesso.

Em crianças:

  • Encoraje a criança a tossir;
  • Se a tosse for ineficaz, aplique 5 batidas interescapulares;
  • Se continuar com obstrução, inicie a Manobra de Heimlich (5 compressões abdominais);
  • Repita sucessivamente séries de 5 batidas interescapulares e 5 compressões abdominais, até o objeto sair.

Fonte: Ministério da Saúde 

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MEGA AULA: Infarto Agudo do Miocárdio!

INFARTO! Com certeza você conhece alguém que já sofreu um ou já ouviu falar. Mas você sabe o que é o Infarto Agudo do Miocárdio?

Fisiopatologia:

O infarto do Miocárdio ou só Infarto, como é popularmente conhecido,  acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente, com isso há um redução ou interrupção total do suprimento de sangue para um local do músculo cardíaco.

Lembrando que:

Infarto é toda e qualquer obstrução da luz do vaso ou ruptura do mesmo, impedindo o fluxo sanguíneo ao órgão ou tecido, caracterizando escassez de oxigênio e nutrientes essenciais para a sobrevivência celular.

Você sabia que existem dois tipos de infarto?

O infarto pode ser branco ou vermelho, conforme o aspecto do órgão.

  • O infarto Isquêmico (branco): ocorre uma obstrução arterial antes de chegar no órgão. Geralmente produzida por trombose ou embolia.
  • Já o infarto Hemorrágico (vermelho): ocorre no órgão propriamente dito, devido a hemorragia tem a cor vermelha.

Com a falta total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita (também conhecido popularmente como Infarto Fulminante), morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.

Causas

As artérias coronárias podem ser obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria.

A presença de placas de gordura no sangue é chamada de aterosclerose (placa de colesterol).  O excesso de placas de ateroma, causa a obstrução da luz da artéria e consequentemente desenvolve uma patologia chamada: Doença Arterial Coronariana. (DAC).  A medida que essas placas crescem, elas vão obstruindo cada vez  mais a luz do vaso e isso desencadeia sintomas como: dor no peito aos esforços – angina. Essas dores passam a ser sentidas quando a obstrução é maior que 70%.

Espasmo coronariano (colabamento das paredes das artérias coronárias), impedindo o fluxo sanguíneo ao coração. Embora não se saiba ao certo o que causa o espasmo das artérias coronárias, muitas vezes esta condição está relacionada ao uso de drogas, como: cocaína.

Suprimento de oxigênio diminuído: Devido a uma perda sanguínea aguda (choque – hemorragia), anemia ou hipotensão.

Sintomas:

Dor ou forte pressão no peito, dor no peito refletindo nos ombros, braço esquerdo (ou os dois) pescoço e maxilar. Dor abdominal, suor, palidez, falta de ar, perda temporária de consciência, sensação de morte eminente, náuseas e vômitos.

Fatores de risco: 

Colesterol alto, sedentarismo, tabagismo, menopausa, estresse, excesso de peso, diabetes mellitus, histórico familiar ou predisposição genética, idade, alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.

Porém, não confunda com IAM e Angina!

Podemos definir Angina como a interrupção parcial da irrigação de sangue no coração enquanto que no Infarto a interrupção do fornecimento de sangue é total. O IAM deixa normalmente sequelas além do risco de vida ser maior, enquanto que a Angina não deixa sequelas a curto prazo.

As duas são síndromes coronárias, mas se diferenciam por ser de tipos diferentes. O infarto é agudo, o que significa que acontece em um tempo determinado, já a angina de peito é crônica e se diagnostica como uma doença para a vida inteira.

Ambos são síndromes coronárias que tem como causam a obstrução das artérias coronárias. A principal diferença entre elas é que no infarto a obstrução dessas artérias é completa levando à morte do miocárdio e no caso da angina do peito encontramos uma obstrução parcial que resulta em uma lesão.

Por consequência, a morte ou necrose do miocárdio nos infartos são produzidos pela perda total de oxigenação do coração. Mas na angina de peito a falta de oxigênio é transitória.

O infarto agudo de miocárdio e angina de peito são síndromes produzem dor precordial que se caracterizam por serem intensas e irradiarem desde o esterno em direção ao: braço, coluna, pescoço, mandíbula e inclusive a boca do estômago.

Ao mesmo tempo, a dor é uma aliada para diferenciar as duas condições cardíacas; no caso do infarto a dor aparece em repouso, e tem uma duração de 30 a 45 minutos. Por outro lado, a dor da angina de peito aparece com o esforço (exercício, atividade sexual etc), e alivia com o repouso, sem durar mais de 2 ou 3 minutos.

Tratamento:

Aspirina:  Auxilia a manter o fluxo sanguíneo em uma artéria que está mais estreita;

Trombolíticos: medicamentos que ajudam a dissolver um coágulo de sangue que está bloqueando a passagem de sangue nas artérias coronárias. Quanto antes receber esse medicamento, maiores são as chances de sobrevivência e com menos sequelas;

Agentes antiplaquetários: auxiliam a prevenir a formação de outros coágulos e a manter os coágulos já existentes no tamanho em que estão. Um exemplo de medicamento dessa classe é o clopidogrel;

Outros medicamentos que diluem o sangue: medicamentos como a heparina podem ser administrados a fim de tornar o seu sangue menos “viscoso” e provável de formar coágulos;

Analgésicos: para aliviar a algia, morfina poderá ser utilizada;

Nitroglicerina: auxiliam na melhora do fluxo sanguíneo para o coração, pois ele dilata os vasos;

Betabloqueadores: auxiliam a relaxar o músculo cardíaco, diminuir o ritmo do coração e também a pressão arterial, para que o órgão possa trabalhar mais facilmente. Os betabloqueadores limitam a quantidade de dano ao músculo do coração, além de prevenir futuros infartos;

Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA): reduzem a pressão arterial e o estresse sobre o coração. Uma das opções que podem ser indicadas é o captopril.

Estatinas: utilizadas para diminuir o nível de LDL (“mau colesterol”) e aumentar o HDL (“bom colesterol”). Constata-se que muitas pessoas que fazem uso de medicamentos como sinvastatina ou lovastatina, diminuíram as suas chances de infarto.

Exames que diagnosticam o infarto:

Eletrocardiograma (ECG): Exame que identifica onde o dano ocorreu e qual foi a intensidade com que atingiu o órgão. O ECG tem a função, basicamente, de medir quão rápido o seu coração está batendo e qual é o seu ritmo (estável ou irregular), além de registrar a força e o tempo com que os sinais elétricos passam através de cada parte do coração.

Exames de sangue: Através de exames de sangue, os níveis de determinadas enzimas cardíacas que indicam danos no músculo cardíaco podem ser medidas. Medindo essas enzimas, o médico consegue ter uma noção do tamanho do infarto e aproximadamente quando ele começou. Além das enzimas, troponinas também são medidas, isto é, proteínas encontradas dentro das células cardíacas que são liberadas apenas quando as células são danificadas pela falta de sangue suficiente no coração.

Ecocardiografia: É um tipo de exame de imagem que é utilizado para saber como o coração está bombeando o sangue, bem como as áreas em que não está sendo bombeado corretamente. A ecocardiografia mostra também quais estruturas do coração sofreram lesões com o infarto.

Cateterismo: Caso os medicamentos não aliviem os sintomas do infarto, o cateterismo pode ser recorrido pelos médicos. Esse exame é usado para visualizar diretamente a artéria bloqueada e ajudar o especialista a determinar qual será o melhor tratamento para aquele caso.

Cuidados de enfermagem:

  • Repouso absoluto no leito evitando movimentos bruscos;
  • Realizar ECG conforme Prescrição Médica.
  • Oxigenioterapia (Constante, umidificado)
  • Verificar sinais vitais de 2 em 2 horas, principalmente PA e FC (observando alterações nos mesmos, arritmias ou choque cardiogênico);
  • Controle hídrico rigoroso (evitar sobrecarga cardíaca);
  • Prestar cuidados de higiene no leito;
  • Manter decúbito elevado;
  • Administrar medicamentos prescritos;
  • Orientar os familiares a evitarem conversas excessivas e assuntos desagradáveis;
  • Oferecer dieta leve, hipossódica e hipolipédica;
  • Orientar o paciente para a alta;
  • Evitar alimentos ricos em carboidratos e gorduras, bebidas alcoólicas, fumo e café;
  • Repouso relativo: nas 1º 8 -12 semanas, retomando gradativamente à vida normal;
  • Manter a tranquilidade emocional, equilíbrio entre sono, repouso e atividades física evitando excessos;
  • Procurar o hospital se ocorrerem sintomas de recidiva;

Você sabia que…

  • A dor pré-cordial é o sintoma mais frequente nos homens e nas mulheres o cansaço, fadiga extrema, náuseas, dores no epigástrio, ou nas costas, pescoço ou queixo são os sintomas mais comuns em mulheres.
  • Nem sempre a dor é o primeiro sinal clínico do infarto. A dor geralmente irradia para o braço esquerdo, mas em alguns irradia para o braço direito.
  • A parte do coração que necrosar, por ocasião de um infarto não é mais viável e não produzirá sintomas como dor. Logo, enquanto o doente sentir dor resta tecido cardíaco viável que pode se recuperar por si ou com tratamentos adequados. Quanto antes esse tecido doente for tratado, maiores as chances de ser recuperado.
  • Se isso acontecer, se notar uma ou mais de uma das manifestações acima, não espere, vá ou chame imediatamente um serviço de emergência.

Fonte:

Site: Coração Alerta | Diretrizes para o Tratamento do IAM — Revista Brasileira de Cardiologia | V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento

Brunner e Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Volume 1 – 11ª edição. Guanabara Koogan. Capítulo 28- Cuidados aos Pacientes com Distúrbios Vasculares Coronarianos.

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Tudo que você precisa saber sobre Eletrocardiograma!

Verde. Vermelho. Amarelo. Preto.

É hora de fazer um eletrocardiograma, mas… como fazê-lo corretamente?

Imagine um cenário de emergência em que um paciente com suspeita de problemas cardíacos é levado às pressas ao pronto-socorro. Todo mundo está em pânico, a sala de emergência está cheia de pacientes. Como o paciente se queixa de dores no peito, o residente de plantão pede um Eletrocardiograma de 12 derivações para fazer agora mesmo. Você é o único profissional de enfermagem disponível, uma vez que todos os outros colegas estão ocupados demais com outros pacientes. Você pega a máquina de ECG (eletrocardiógrafo é o nome correto, tá?) e olha para as diferentes cores que estão ali sua na frente. Como você vai fazer isso? Qual é a maneira mais fácil de lembrar-se de posicionar os cabos corretamente?

Para um Eletrocardiograma de 12 derivações, existem 10 fios em uma máquina de ECG que estão ligados a partes específicas do corpo, especificamente, 6 eletrodos no peito (denominados eletrodos precordiais) e quatro eletrodos nos membros (os chamados eletrodos periféricos).

Derivações Precordiais: 

Estes 6 eletrodos torácicos são denominados eletrodos V e são numerados de V1-V6. Tais eletrodos devem estar posicionados em posições específicas na caixa torácica.

 

V1 deve ser posicionado no quarto espaço intercostal, na margem direita do esterno.

V2 deve para ser colocado no quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno.

V3 deve ser posicionado entre V2 e V4.

V4 deve ser então posicionado no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular.

V5 na linha axilar anterior, no mesmo nível que V4.

Por último, V6 é deve ser colocado na linha axilar média, ao mesmo nível que V4 e V5.

Outra maneira de posicionar com precisão os eletrodos é primeiro identificar o “ângulo de Louis”, ou “ângulo esternal”, que pode ser encontrado quando você coloca os dedos suavemente na base de sua garganta em uma posição central e, movendo os dedos para baixo, pode sentir a parte superior do esterno. Em seguida, continue a mover os dedos para baixo até sentir um nódulo ósseo, que é o “ângulo de Louis”.

A partir de então, mova os dedos para a direita e você vai sentir uma diferença entre as costelas. Essa lacuna é o 2º espaço intercostal. A partir desta posição, passe os dedos para baixo em toda a próxima costela (3º espaço intercostal logo abaixo). Passe para a próxima costela e mova os dedos para o espaço abaixo dela. O espaço no qual que você está é o 4º espaço intercostal. No ponto onde este espaço encontra o esterno é a posição de V1.

Faça novamente estes movimentos, mas desta vez para a esquerda. Onde este espaço encontra o esterno (no 4º espaço intercostal) é a posição de V2.

A partir desta posição, deslize os dedos para baixo ao longo da próxima costela e você estará no 5º espaço intercostal. Olhe para o tórax do paciente e identifique a clavícula esquerda. A posição para V4 está no 5º espaço intercostal, na linha do meio da clavícula (linha clavicular média).

V3 fica a meio caminho entre V2 e V4.

Siga o 5º espaço intercostal à esquerda até que seus dedos estejam imediatamente abaixo do início da axila, onde você vai posicionar V5.

Siga esta linha do 5º espaço intercostal um pouco mais até que você esteja imediatamente abaixo do ponto central da axila esquerda, (linha axilar média). Esta é a posição para a V6.

Conexões periféricas:

Para as conexões periféricas, os eletrodos RA (braço direito – VERMELHO) e LA (braço esquerdo – AMARELO) devem ser colocados em qualquer lugar entre o punho e o cotovelo. Os eletrodos RL (perna direita – PRETO) e LL (perna esquerda – VERDE) devem ser posicionados em qualquer lugar acima do tornozelo e abaixo do torso.

Vai uma ajudinha ai?

Eu particularmente utilizo uma colinha que sempre me ajuda, talvez lhe ajude também! Evito me basear na cor porque já utilizei aparelhos em que os fios estavam diferentes, e foi assim que aprendi.

Vamos lá! Do ombro direito para a esquerda diga: RA-LA! Isso mesmo! Rs

RA -Braço Direito e o LA: Braço Esquerdo.

Seguindo essa lógica fica fácil entender que o RL será: Perna Direita e o LL: Perna Esquerda.

Ou existe ainda outra dica: imagine que o paciente é brasileiro e torce para o Flamengo: a bandeira do Flamengo ocupa o lado direito do paciente e a bandeira da seleção brasileira ocupa o lado esquerdo do corpo do paciente, com as cores mais claras sempre na parte de cima.

É muito importante que as derivações sejam posicionadas corretamente, tendo em vista que a colocação incorreta pode levar a um falso diagnóstico de infarto ou alterações negativas no ECG. No entanto, esta tarefa não deve ser uma questão complicada quando se sabe a técnica para se lembrar facilmente.

Então, agora que você sabe como, vá em frente com confiança e posicione os eletrodos para o ECG como um expert!

Fonte:

MD Saúde | CAEP Campinas | ADClinic.com | Cardiopapers

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