As mãos são as principais vias de transmissão de infecção hospitalar, e sua adequada higienização é fundamental para o controle de infecções. A equipe hospitalar, ao iniciar suas atividades em áreas críticas, deve retirar adornos (anéis, pulseiras, relógios) e lavar as mãos até o cotovelo com sabão degermante.
Nunca esqueça! Higienizar as mãos constantemente ajuda a evitar uma série de infecções e salvar vidas!
Lavar ou higienizar: qual a diferença entre os dois?
O termo “lavagem das mãos” é mais conhecido popularmente, geralmente os profissionais da saúde, referem-se a esse ato como: “higienização das mãos” devido à técnica e maior abrangência deste procedimento. Esse procedimento pode ser realizado tanto com água e sabão, quanto com álcool gel!
Por que higienizar as mãos é tão importante?
Usamos as mãos praticamente para tudo que fazemos e a pele é um reservatório de diversos microrganismos. Por meio do contato direto (pele com pele) ou indireto (toque em objetos e superfícies contaminadas), esses microrganismos podem se transferir de uma superfície para outra. As mãos são um veículo eficiente para a transmissão de infecções e bactérias.
Água com sabonete ou soluções alcoólicas: o que usar?
A higienização das mãos com soluções alcoólicas e com água e sabão são igualmente eficazes! Devemos utilizar água e sabão quando as mãos estiverem com sujidades visíveis. Esse procedimento deve durar em torno de um minuto. Nas demais situações, podemos utilizar álcool gel, utilizando a mesma técnica por 20 a 30 segundos.
Quando higienizar as mãos?
Em casa: Há várias situações em que a higienização de mãos é obrigatória: antes, durante e depois do preparo de qualquer alimento; antes de tocar em qualquer coisa que vá à boca do bebê; antes e depois de pegar numa pessoa doente; após coçar ou assoar o nariz; antes e depois das refeições; após ir ao banheiro; antes e depois de tratar algum machucado ou ferimento; depois de trocar fraldas ou ajudar uma criança a se limpar; depois de tocar, alimentar ou limpar um animal; depois de manipular a comida ou objetos de seu gato ou cachorro e depois de tocar no lixo.
No hospital: Ao chegar ao quarto do paciente para visitá-lo, higienize as mãos para não trazer micro-organismos de fora. Ao sair do quarto, também.
Como higienizar as mãos corretamente?
Higienize suas mãos sempre!
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Quem já está na área sabe que uma das coisas que mais fazemos durante o plantão é aferir sinais vitais! E é sobre isso que vamos falar hoje!
O que são Sinais Vitais?
São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença.
Você sabia? A atenção especial aos sinais vitais foi defendida desde a antiguidade por Hipócrates, como um dos mais importantes dados do exame físico. Porém hoje, são frequentemente tratados com negligência; esses sinais permitem diagnosticar doenças como hipertensão arterial, choque, sepse, febre, hiperatividade simpática, entre tantas outras, bem como monitorizar evolutivamente doenças em curso.
Os sinais vitais são:
Pulso
Temperatura
Respiração
Pressão Arterial
Dor (sim, a dor recentemente passou a ser o quinto sinal vital!)
Pulso
Após cada batimento cardíaco, quando o sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume resultantes provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial. Essa onda resultante é chamada de Pulso.
Alguns fatores podem provocar alterações passageiras no pulso, como: hipotensão, emoções, exercícios, alimentação, consumo de tóxico, etc.
Locais para verificação do pulso:
Habitualmente, aferimos o pulso através da artéria radial. Porém, existem outros locais do corpo onde podemos realizar essa mensuração:
Terminologias:
Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal;
Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais;
Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais;
Pulso dicrótico: dá impressão de dois batimentos;
Taquisfigmia: pulso acelerado;
Bradisfigmia: frequência abaixo da faixa normal;
Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico.
Parâmetros de referência para pulsação:
Adultos – 60 a 100 bpm;
Crianças – 80 a 120 bpm;
Bebês – 100 a 160 bpm.
Técnica – como aferir?
Higienize as mãos;
Explique o procedimento ao paciente;
Aqueça as mãos se necessário, friccionando-as;
Coloque as polpas digitais dos dedos médios e indicador sobre uma artéria superficial e comprima levemente;
Conte os batimentos durante 1 min;
Observe arritmias e amplitude;
Higienize as mãos;
Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.
ATENÇÃO:
Pulsos filiformes devem sempre ser confirmados em um grande tronco (carotídeo, femoral, ou mesmo ápex cardíaco).
Nunca use o polegar para aferir o pulso, pelo risco de confundir a sua própria pulsação com a do paciente.
Preferencialmente, não aferir em membro que possua fístula ou que tenha sido realizado cateterismo cardíaco.
Temperatura
A temperatura corporal de uma pessoa varia de acordo com o sexo, suas atividades físicas recentes, consumo de alimentos e líquidos, horário do dia que é mensurada e nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual.
Terminologia
Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C;
Afebril: 36,1°C a 37,2°C;
Febril: 37,3°C a 37,7°C;
Febre: 37,8°C a 38,9°C;
Pirexia: 39°C a 40°C;
Hiperpirexia: acima de 40°C.
Valores de referência para a temperatura
Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C;
Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C;
Temperatura retal: 37°C a 38°C.
Verificação da temperatura axilar
Higienize as mãos;
Prepare o material necessário;
Explique o procedimento ao paciente;
Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%;
Enxugue a axila, caso seja necessário, coloque o termômetro na região axilar com o bulbo em contato direto com a pele do paciente, pedindo ao paciente que mantenha o braço por sobre o tórax, com a mão no ombro oposto e o cotovelo rente ao corpo;
Retire o termômetro após 5 min, realiza a leitura e memorize o resultado;
Agite o termômetro para que o mercúrio desça abaixo de 35°C;
Realize a assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%;
Higienize as mãos;
Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.
Verificação de temperatura oral
Higienize as mãos;
Prepare o material necessário;
Explique o procedimento ao paciente;
Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%;
Coloque o termômetro sob a língua do paciente, recomendando a ele que o conserve na posição, mantendo a boca fechada;
Retire o termômetro após 5 min, realize a leitura e memorize o resultado;
Realize assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70% e guarde-o em local apropriado;
Higienize as mãos;
Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.
Verificação da temperatura retal
Higienize as mãos;
Prepare o material necessário;
Explique o procedimento ao paciente;
Calce as luvas de procedimento;
Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%;
Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo com a perna direita flexionada (posição de Sims);
Lubrifique a ponta do termômetro e introduza-o no ânus, acompanhado a curvatura do reto, aproximadamente 1,5 cm em lactentes e 4 cm em adultos;
Retire o termômetro após 3 min, realize a leitura e memorize o valor;
Lave o termômetro com água e sabão;
Realize assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%;
Retire as luvas de procedimento;
Higienize as mãos;
Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.
Respiração:
O processo complexo que envolve o aparelho cardiorrespiratório, que consiste nas trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente, com particular importância na captação de Oxigênio e eliminação do Gás carbônico. O oxigênio inspirado entra no sangue e o dióxido de carbono (CO2) é expelido, com frequência regular. Essa troca de gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos pulmonares, que é a parte funcional do pulmão. É nesse processo que o sangue venoso se transforma em sangue arterial. A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto.
Terminologia
Eupneia: respiração normal.
Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.
Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta.
Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco profunda.
Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade.
Apneia: ausência da respiração.
Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui a profundidade, com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação da morte.
Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apneia e expiração suspirante, característica de como diabético.
Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período irregular de apneia.
Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios.
Valores de referência para respiração
Adultos – 12 a 20 inspirações/ min;
Crianças – 20 a 25 inspirações/ min;
Bebês – 30 a 60 respirações/ min.
Verificação de frequência respiratória
Higieniza as mãos;
Posicione o paciente confortavelmente;
Coloque a mão no pulso radial do paciente, como se fosse controlar o pulso, e observe os movimentos respiratórios;
Conte a frequência respiratória por 1 minuto e memorize;
Higienize as mãos;
Registre o valor e as características da respiração na folha de anotação de enfermagem.
Pressão Arterial
A pressão ou tensão arterial é função do produto: débito cardíaco x resistência vascular periférica, ou seja, a pressão arterial reflete na pressão que o sangue exerce contra a parede dos vasos, quando é lançado na corrente sanguínea, pelo ventrículo esquerdo, sendo essa pressão dependente de cinco fatores:
Força contrátil do coração (ventrículo esquerdo): uma fraca contração da bomba cardíaca leva a uma queda na pressão; já que o débito cardíaco, que é a quantidade de sangue ejetado do ventrículo esquerdo fica prejudicado.
Resistência Vascular periférica: quando o calibre dos vasos periféricos torna-se reduzido (vasoconstrição) a pressão se eleva, devido ao aumento da resistência, já quando esses têm um calibre mais amplo (vasodilatação), ocorre diminuição da pressão sanguínea.
Volume do sangue circulante (volemia): é de fácil compreensão de que quanto maior a quantidade de sangue no interior dos vasos, maior será a pressão exercida sobre os mesmos e vice-versa.
Viscosidade sanguínea: é decorrente da composição dos fluídos corporais circulantes, das proteínas (pressão oncótica) e dos elementos figurados do sangue: Quanto mais viscoso, mais alta será a pressão arterial.
Elasticidade da parede dos vasos: Relaciona-se à resistência oferecida pelos vasos ao fluxo sanguíneo, Quanto menos elástica for a parede do vaso, maior será a resistência oferecida por ele, consequentemente, a pressão.
Temos a pressão máxima, chamada de sistólica que é exercida pelo batimento cardíaco no momento em que o ventrículo esquerdo ejeta o sangue através da artéria aorta. E pressão mínima que é a diastólica, que é apressão que está continuamente presente nas arteriais na fase de relaxamento e enchimento do ventrículo.
Terminologia
Hipertensão: PA acima da média
Hipotensão: PA inferior à média
Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam
Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam
Valores de referência para pressão arterial
Hipotensão – inferior a 100 x 60
Normotensão – 120 x 80
Hipertensão limite – 140 x 90
Hipertensão moderada – 160 x 100
Hipertensão grave – superior a 180 x 110
Verificação da pressão arterial
Higienize as mãos;
Prepare o material na bandeja;
Explique o procedimento ao paciente;
Remova as roupas do braço no qual será colocado o manguito;
Posicione o braço na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima;
Realize a assepsia, com algodão embebido em álcool a 70% nas olivas e no diafragma do estetoscópio;
Selecione o manguito de tamanho adequado ao braço;
Centralize o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
Solicite que o paciente não fale durante a mensuração;
Palpe a artéria braquial e coloque o estetoscópio sobre ela sem comprimi-la excessivamente;
Insufle o manguito até ultrapassar 20 a30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica ( ponto de desaparecimento do pulso radial);
Proceda à deflação lentamente;
Determine a pressão sistólica na ausculta do primeiro som ( Fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e em seguida, aumente ligeiramente a velocidade de deflação;
Determine a pressão diastólica no desaparecimento do som (Fase V de Korotkoff);
Ausculte cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som, para confirmar seu desaparecimento;
Informe o valor da pressão arterial medido ao paciente;
Realize a assepsia com álcool a 70% nas olivas e no diafragma do estetoscópio;
Guarde o material;
Higienize as mãos;
Registre o valor obtido na folha de anotação de enfermagem.
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A sondagem nasogástrica é frequentemente utilizada no ambiente hospitalar. Neste procedimento, utilizamos uma sonda de Levine onde introduzimos a mesma através da boca ou nariz até o estômago com a finalidade de estabelecer via pérvia para alimentação e/ou administração de medicamentos ou para alívio de distensão abdominal por meio de drenagem de conteúdo gástrico.
A sonda nasogástrica é feita de PVC e é transparente, flexível e atóxico. Ela não é radiopaca e não possui fio guia.
Indicação:
Descompressão estomacal;
Diagnosticar motilidade intestinal;
Prevenção de distensão abdominal no pós cirúrgico;
Administração de dietas ou medicações;
Obter amostras de materiais gástricos para exames;
Remover substâncias tóxicas ingeridas;
Remover gás e secreções do estômago;
Controlar sangramento gástrico;
Dificuldade para deglutição.
Pode ser utilizada:
Aberta: drenagem de conteúdo gástrico e gases.
Fechada: Administração de medicamentos e dietas.
Contraindicações:
Atresisas e estenoses de esôfago;
Varizes esofagianas sem sangramento (a sonda pode ferir as varizes ou deslocar coágulos tamponantes);
Pós operatório de cirurgia realizada via transnasal;
Traumas de base de crânio;
Fraturas de face;
Fístulas nasais;
Restrições anatômicas;
Lesões de mucosas orais ou nasais por ingestão cáustica.
Quem passa a SNG?
Conforme a Ressolução do COFEN 453/2014, a passagem de SNG passou a ser competência do Enfermeiro devido a sua complexidade e cabendo aos técnicos e auxiliares a sua manutenção.
Materiais:
EPI’S (Óculos de proteção, máscara, luvas de procedimento);
Sonda de calibre adequado (nº 12, 14,16 ou 18 French para adulto normal e nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade);
Lubrificante hidrossolúvel (xilocaína a 2% sem vasoconstritor);
Gazes;
Seringa de 20 ml;
Toalha;
Recipiente com água;
Estetoscópio;
Luvas de Procedimento;
Tiras de fita adesiva (micropore, etc)
Coletor s/n.
Como passar a SNG:
Verificar na PM a solicitação de passagem de SNG.
5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.
6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos.
7. Colocar os equipamentos de proteção individual.
8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.
9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra sujidades.
10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.
11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o procedimento.
Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!
Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:
Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo gástrico.
Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.
Em seguida devemos fixar a sonda na narina sem tracioná-la.
Em seguida deixe o paciente confortável e não se esqueça de descartar os materiais e anotar o procedimento!
Cuidados de enfermagem:
Realizar meso para evitar o tracionamento da sonda;
Observar o volume e aspecto do líquido drenado e anotar;
Sempre testar o posicionamento da sonda antes de administrar nutrientes ou medicações;
A seringa para ministrar medicações e nutrientes deve estar sem agulha;
lavar a sonda antes, durante a após a administração de medicações;
Antes de ser aberta a sonda deve ser pinçada para evitar a entrada de ar;
Após administrar medicações via sonda, a mesma deve permanecer fechada por 30 mim e só então ser aberta;
Sempre observar se a sonda não está exteriorizada.
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