Categoria: Patologias

Compreenda os Tipos de Derrames (AVC): Cuidados de Enfermagem Essenciais

Os derrames cerebrais como são popularmente conhecidos, ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs), podem se manifestar de diferentes maneiras, cada um exigindo uma abordagem específica. Vamos explorar os principais tipos de derrames e destacar os cuidados de enfermagem necessários para cada um deles.

1. AVC Isquêmico:

  • Causa: Bloqueio de um vaso sanguíneo cerebral.
  • Cuidados de Enfermagem:
    • Administração de medicamentos anticoagulantes conforme prescrição médica.
    • Monitoramento rigoroso de sinais vitais.
    • Prevenção de úlceras de pressão, especialmente em pacientes imobilizados.

2. AVC Hemorrágico:

  • Causa: Ruptura de um vaso sanguíneo cerebral.
  • Cuidados de Enfermagem:
    • Controle da pressão arterial para prevenir novas hemorragias.
    • Monitoramento constante dos sinais de aumento da pressão intracraniana.
    • Vigilância quanto a possíveis complicações, como hidrocefalia.

3. AVC Lacunar:

  • Causa: Pequenas obstruções em pequenos vasos sanguíneos.
  • Cuidados de Enfermagem:
    • Foco na prevenção de complicações a longo prazo, como diabetes e hipertensão.
    • Estímulo à reabilitação para minimizar sequelas motoras.

4. Ataque Isquêmico Transitório (AIT):

  • Causa: Bloqueio temporário de um vaso sanguíneo cerebral.
  • Cuidados de Enfermagem:
    • Avaliação rápida para determinar a causa do AIT.
    • Implementação de medidas preventivas para reduzir o risco de um AVC subsequente.

Cuidados Gerais para Todos os Tipos:

  1. Monitoramento Neurológico:
    • Avaliação regular de nível de consciência, resposta a estímulos e alterações motoras.
  2. Controle de Fatores de Risco:
    • Identificação e gerenciamento de fatores de risco modificáveis, como pressão arterial elevada, diabetes e colesterol alto.
  3. Reabilitação Adequada:
    • Colaboração com equipes de fisioterapia e terapia ocupacional para facilitar a reabilitação.
  4. Prevenção de Complicações:
    • Especial atenção à prevenção de complicações, como pneumonias associadas à imobilidade.

Ao personalizar os cuidados de enfermagem de acordo com o tipo específico de derrame, os profissionais podem contribuir significativamente para a recuperação do paciente e reduzir o impacto a longo prazo dessas condições.

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Autismo: Diagnósticos, Prognósticos, Classificação e Cuidados de Enfermagem

Diagnósticos: O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é complexo e multidisciplinar, geralmente realizado por uma equipe que inclui psiquiatras, psicólogos e outros profissionais de saúde. A avaliação abrange o comportamento, interação social, comunicação e padrões repetitivos.

Prognósticos: O prognóstico do autismo varia consideravelmente, uma vez que o espectro abrange uma ampla gama de habilidades e desafios. Intervenções precoces e abordagens terapêuticas personalizadas têm demonstrado melhorar significativamente os resultados, proporcionando aos indivíduos com autismo oportunidades para desenvolver suas habilidades e independência.

Classificação: O TEA é classificado em três níveis de gravidade, baseados na intensidade dos sintomas e no impacto nas habilidades diárias:

  1. Nível 1 (Leve):
    • Requer algum suporte, com dificuldades percebidas principalmente na interação social.
  2. Nível 2 (Moderado):
    • Necessita de suporte substancial, com desafios mais evidentes na comunicação e interação sociais.
  3. Nível 3 (Grave):
    • Exige suporte muito substancial, com déficits significativos em comunicação, interação social e padrões de comportamento repetitivos.

Cuidados de Enfermagem: Os profissionais de enfermagem desempenham um papel vital na oferta de cuidados holísticos para indivíduos com autismo. Algumas considerações incluem:

  1. Compreensão Individualizada:
    • Reconhecer a singularidade de cada pessoa com autismo, adaptando os cuidados para atender às suas necessidades específicas.
  2. Comunicação Sensível:
    • Utilizar estratégias de comunicação adaptadas, como o uso de comunicação visual, para garantir compreensão mútua.
  3. Suporte à Rotina:
    • Oferecer uma estrutura e rotina previsível, o que pode proporcionar conforto e segurança.
  4. Treinamento em Intervenções Específicas:
    • Participar de treinamentos para compreender e implementar abordagens terapêuticas, como ABA (Análise do Comportamento Aplicada).
  5. Colaboração Interdisciplinar:
    • Trabalhar em estreita colaboração com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, para proporcionar uma abordagem integrada.

Ao abordar o autismo com empatia, compreensão e uma abordagem individualizada, os profissionais de enfermagem contribuem significativamente para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas dentro do espectro do autismo.

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Insuficiência Cardíaca: Fisiologia, Causas, Tratamento, Diagnóstico e cuidados de enfermagem

A insuficiência cardíaca é uma condição médica crônica em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente para atender às necessidades do corpo. Neste post, abordaremos em detalhes a fisiologia da doença, suas causas, opções de tratamento e métodos de diagnóstico.

Fisiologia da Insuficiência Cardíaca:
A insuficiência cardíaca pode se desenvolver quando o coração se torna incapaz de manter um débito cardíaco adequado, ou seja, a quantidade de sangue que bombeia a cada minuto. Isso pode ocorrer devido a danos no músculo cardíaco, alterações nas válvulas cardíacas ou sobrecarga de pressão ou volume nos ventrículos. Como resultado, o organismo não recebe oxigênio e nutrientes suficientes para funcionar adequadamente.

Causas da Insuficiência Cardíaca:
As causas da insuficiência cardíaca podem ser variadas e incluem danos causados por ataques cardíacos anteriores, hipertensão arterial não controlada, doenças das válvulas cardíacas, doença arterial coronariana, miocardiopatias, infecções do coração e outras condições cardíacas subjacentes. Fatores de risco como tabagismo, obesidade, sedentarismo e histórico familiar também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Tratamento da Insuficiência Cardíaca:
O tratamento da insuficiência cardíaca tem como objetivo melhorar os sintomas, retardar a progressão da doença e reduzir o risco de complicações. As abordagens terapêuticas podem incluir mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e exercícios físicos regulares, controle rigoroso da pressão arterial e uso de medicamentos para ajudar o coração a bombear mais eficientemente e reduzir a sobrecarga de fluidos.

Diagnóstico da Insuficiência Cardíaca:
O diagnóstico precoce da insuficiência cardíaca é fundamental para iniciar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida do paciente. Os profissionais de saúde utilizam uma combinação de exames clínicos, história médica detalhada, radiografias torácicas, eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma e testes de sangue específicos para avaliar a função cardíaca e identificar possíveis causas subjacentes.

É importante enfatizar que o tratamento da insuficiência cardíaca é individualizado para cada paciente, levando em consideração suas condições de saúde específicas. O acompanhamento médico regular e a adesão ao plano de tratamento são essenciais para o gerenciamento eficaz dessa condição desafiadora.

Os cuidados de enfermagem para pacientes com insuficiência cardíaca são essenciais para gerenciar a condição, aliviar sintomas, melhorar a qualidade de vida do paciente e prevenir complicações. Abaixo estão alguns dos principais cuidados a serem observados pela equipe de enfermagem:

  1. Monitoramento dos sinais vitais: Aferir e registrar regularmente os sinais vitais do paciente, incluindo frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória e temperatura, para avaliar a estabilidade cardiovascular e identificar possíveis mudanças na condição do paciente.
  2. Avaliação clínica constante: Realizar avaliações frequentes do paciente, observando sinais de edema, dispneia, fadiga, ganho de peso repentino e outros sintomas relacionados à insuficiência cardíaca.
  3. Controle da ingestão de líquidos: Monitorar a ingestão e a eliminação de líquidos do paciente, orientando-o sobre a importância de seguir as recomendações médicas quanto à restrição ou controle do consumo de líquidos.
  4. Administração de medicamentos: Garantir a administração correta dos medicamentos prescritos pelo médico, incluindo diuréticos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), betabloqueadores e outros fármacos para o tratamento da insuficiência cardíaca.
  5. Educação do paciente: Orientar o paciente e seus familiares sobre a insuficiência cardíaca, sua fisiopatologia, tratamento, dieta adequada e importância da adesão ao plano de cuidados. Isso inclui instruções sobre o uso correto dos medicamentos, importância da restrição de sódio, limitação do consumo de álcool e a necessidade de manter um estilo de vida saudável.
  6. Monitoramento do balanço hídrico: Registrar a entrada e saída de líquidos do paciente para avaliar o equilíbrio hídrico e identificar qualquer retenção excessiva de líquidos.
  7. Controle do peso corporal: Incentivar o paciente a monitorar seu peso regularmente e relatar ganhos repentinos, pois isso pode indicar retenção de líquidos e piora da insuficiência cardíaca.
  8. Prevenção de complicações: Adotar medidas preventivas para evitar complicações associadas à insuficiência cardíaca, como úlceras de pressão, trombose venosa profunda (TVP) e infecções.
  9. Apoio emocional: Fornecer suporte emocional ao paciente e seus familiares, uma vez que a insuficiência cardíaca pode ser uma condição crônica que impacta a qualidade de vida e causa ansiedade.
  10. Promoção do autocuidado: Incentivar o paciente a participar ativamente do seu próprio cuidado, cumprindo as orientações médicas, adotando um estilo de vida saudável e comunicando qualquer mudança ou desconforto ao profissional de enfermagem.

Esses cuidados de enfermagem são fundamentais para garantir uma abordagem abrangente e eficiente no cuidado do paciente com insuficiência cardíaca, contribuindo para a melhoria de sua saúde e qualidade de vida. É importante que a equipe de enfermagem trabalhe em conjunto com outros profissionais de saúde para proporcionar um tratamento integrado e personalizado ao paciente.

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Insuficiência Renal Crônica: Fisiologia, Causas, Tratamento e Diagnóstico

A insuficiência renal crônica (IRC) é uma condição médica complexa que afeta os rins, órgãos essenciais para a regulação do equilíbrio de líquidos, eletrólitos e resíduos metabólicos no organismo. Neste post, abordaremos em detalhes a fisiologia da doença, suas causas, opções de tratamento e métodos de diagnóstico.

Fisiologia da Insuficiência Renal Crônica:
A IRC é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal ao longo do tempo. Os rins são compostos por milhões de néfrons, unidades funcionais responsáveis por filtrar o sangue e remover os resíduos metabólicos através da formação de urina. Com a IRC, esses néfrons começam a deteriorar-se, comprometendo sua capacidade de filtrar adequadamente, e a função renal global é prejudicada.

Causas da Insuficiência Renal Crônica:
As causas da IRC são variadas e podem incluir hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças renais hereditárias, infecções recorrentes, obstruções do trato urinário e uso prolongado de certos medicamentos. Além disso, fatores como idade avançada, tabagismo e histórico familiar de doença renal também podem aumentar o risco de desenvolvimento da IRC.

Tratamento da Insuficiência Renal Crônica:
O tratamento da IRC visa retardar a progressão da doença, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. As abordagens terapêuticas podem incluir mudanças na dieta para reduzir a carga de trabalho renal, controle rigoroso da pressão arterial e do açúcar no sangue (no caso de diabetes), além do uso de medicamentos para controlar os níveis de eletrólitos e a anemia.

Diagnóstico da Insuficiência Renal Crônica:
O diagnóstico precoce é crucial para gerenciar a IRC efetivamente. Os profissionais de saúde usam uma combinação de exames de sangue e urina para avaliar a função renal, incluindo a taxa de filtração glomerular (TFG) e a presença de proteínas ou outros marcadores anormais na urina. Além disso, testes de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada, podem ajudar a identificar possíveis obstruções ou anomalias estruturais nos rins.

É importante enfatizar que o tratamento da IRC é personalizado para cada paciente, levando em consideração suas condições de saúde específicas. A colaboração contínua entre o paciente, familiares e profissionais de saúde é essencial para o manejo bem-sucedido dessa condição desafiadora.

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Edema Agudo de Pulmão: Uma Emergência Respiratória que Requer Atenção Imediata

O edema agudo de pulmão (EAP) é uma emergência médica caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido nos tecidos pulmonares, resultando em comprometimento grave da função respiratória. O EAP pode ser desencadeado por uma variedade de condições subjacentes e requer intervenção rápida para evitar complicações graves. Neste artigo, exploraremos os principais aspectos do edema agudo de pulmão, incluindo seus sintomas, causas, diagnóstico e cuidados de enfermagem.

O que é Edema Agudo de Pulmão? O edema agudo de pulmão é uma condição em que ocorre um acúmulo excessivo de líquido nos pulmões, dificultando a oxigenação adequada e resultando em insuficiência respiratória aguda. Esse acúmulo de líquido ocorre devido ao mau funcionamento do sistema cardiovascular, geralmente relacionado a problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca congestiva.

Causas e Fatores de Risco: O EAP é frequentemente desencadeado por condições subjacentes, como insuficiência cardíaca congestiva, infarto agudo do miocárdio, valvulopatias, hipertensão pulmonar, arritmias cardíacas ou doença renal. Fatores de risco incluem histórico de doenças cardíacas, hipertensão, tabagismo, obesidade e idade avançada.

Sintomas: Os sintomas do EAP podem variar em gravidade, mas geralmente incluem dispneia (dificuldade respiratória), tosse com expectoração espumosa ou sanguinolenta, respiração rápida e superficial, ansiedade, taquicardia, sudorese e sensação de sufocamento. O paciente pode apresentar pele pálida, cianose e sinais de má perfusão periférica.

Diagnóstico: O diagnóstico do EAP é baseado nos sinais e sintomas clínicos, exame físico, radiografias de tórax e exames complementares, como gasometria arterial, ecocardiograma, eletrocardiograma (ECG) e biomarcadores cardíacos. Esses exames ajudam a identificar a causa subjacente do EAP e avaliar a gravidade da condição.

Cuidados de Enfermagem:

  • Avaliação inicial: Realize uma avaliação completa, incluindo sinais vitais, ausculta pulmonar, oximetria de pulso e monitoramento cardíaco contínuo.
  • Oxigenoterapia: Forneça oxigenioterapia para melhorar a oxigenação e aliviar a dispneia.
  • Posicionamento adequado: Coloque o paciente em posição semissentada, ajudando a reduzir a sobrecarga nos pulmões e melhorar a ventilação.
  • Monitorização rigorosa: Monitore o padrão respiratório, a frequência cardíaca, a pressão arterial e a saturação de oxigênio.
  • Terapia farmacológica: Administre medicamentos conforme prescrição médica, como diuréticos, vasodilatadores ou agentes inotrópicos, para reduzir a carga de fluidos e melhorar a função cardíaca.
  • Restrição hídrica: Limite a ingestão de líquidos de acordo com a prescrição médica para evitar sobrecarga de fluidos.
  • Suporte emocional: Forneça apoio emocional ao paciente e à família, pois o EAP pode ser uma experiência angustiante.
  • Educação do paciente: Explique a condição, o tratamento e a importância da adesão às medicações prescritas e às medidas de autocuidado.
  • Comunicação interprofissional: Colabore com outros profissionais de saúde para garantir uma abordagem multidisciplinar no cuidado do paciente.

Conclusão: O edema agudo de pulmão é uma condição respiratória grave que exige cuidados de enfermagem imediatos e eficazes. É essencial reconhecer os sinais e sintomas precocemente, implementar intervenções adequadas e colaborar com a equipe de saúde para otimizar os resultados do paciente. A enfermagem desempenha um papel crucial na avaliação, monitorização e no fornecimento de cuidados de suporte, visando a estabilização do paciente e a prevenção de complicações relacionadas ao EAP.

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Hepatite – Definição, Causas e Tratamento

Conceito

A Hepatite é uma patologia desenvolve-se devido a qualquer processo inflamatório que resulta em necrose dos hepatócitos que são as células hepáticas. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas

É uma doença benigna na maioria dos casos, porém, pode atingir outros órgãos secundariamente. É classificada como uma patologia aguda e crônica. Causada principalmente por 5 tipos de vírus: 

  • Vírus da Hepatite A (VHA): RNA vírus
  • Vírus da Hepatite B (VHB): DNA vírus
  • Vírus da Hepatite C (VHC): RNA vírus
  • Vírus da Hepatite D (VHD): RNA vírus
  • Vírus da Hepatite E  (VHE): RNA vírus

Modo de transmissão da Hepatite

Tipo de Vírus  Modo de Transmissão
A  Fecal-oral.
B  Sexual, parenteral, sangue e hemoderivados, procedimento cirúrgico/odontológico, vertical.
C Sexual, parenteral, sangue e hemoderivados, procedimento cirúrgico/odontológico, vertical.  As transmissões: sexual e vertical são menos frequentes.
D Sexual, parenteral, sangue e hemoderivados, procedimento cirúrgico/odontológico, vertical.
E Fecal-oral.

Tipos de Hepatite

  • Tipo de vírus: A
  • Sintomas: Durante o período de incubação, a doença não se manifesta. Inicialmente assemelha-se a uma gripe com febre, mialgias e mal-estar geral, depois aparecem a icterícia, a falta de apetite e os vômitos.
  • Tipo de vírus: B
  • Sintomas: Os primeiros sintomas são: febre, mal-estar, desconforto, dores abdominais, mais tarde surge: icterícia, urina escura e fezes claras. Esse tipo de hepatite decorre sem sintomas em 90% dos casos.
  • Tipo de vírus: C
  • Sintomas: Em 75% dos casos, os infectados pelo VHC não apresentam sintomas. Podem ocorrer letargia, mal-estar geral e intestinal, febre, perda de apetite, intolerância ao álcool, dores na região do fígado e muito raramente icterícia. O indivíduo com infecção crônica pelo vírus da hepatite C pode não apresentar qualquer sintoma e no entanto estar desenvolvendo uma cirrose hepática progressivamente.
  • Tipo de vírusD
  • Sintomas: Na coinfecção: fadiga, letargia, anorexia, náuseas durante 3 a 7 dias, após o período de incubação; depois surgem icterícia, urina escuras e fezes claras. Na superinfecção: a fase aguda é idêntico aos sintomas da fase crônica, porém, menos intensos. A hepatite D fulminante é rara, mas é dez vezes mais comum do que outros tipos de hepatites provocadas por vírus. Caracteriza-se por encefalopatia hepática, mudanças de personalidade, distúrbios no sono, confusão e dificuldade de concentração, comportamentos anormais, sonolência e estado de coma. É mias frequente na na Região Norte do Brasil e para causar infecção precisa da presença do vírus tipo B (HBV).
  • Tipo de vírus: E
  • Sintomas:  Possui relatos esporádicos no Brasil. Os jovens e adultos, entre os 15 e os 45 anos, apresentam icterícia, falta de apetite, náuseas, vômitos, febre, dores abdominais, aumento do volume do fígado e mal-estar geral.  As crianças em geral, não apresentam sintomas. 

Sinais e sintomas: 

São parecidos para todas as hepatites virais, quando sintomáticas, tais como:

  • Cansaço;
  • Cefaleia;
  • Febre;
  • Astenia;
  • Artralgia;
  • Acolia ( ausência de coloração nas fezes);
  • Hepatomegalia;
  • Esplenomegalia;
  • Mal-estar;
  • Tontura;
  • Enjoo;
  • Vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Urina escura.

Exames para diagnóstico da Hepatite:

O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado. Por isso, é tão importante fazer os exames. O diagnóstico pode ser feito por testes rápidos que dão o resultado em uma hora. Também existem exames feitos em laboratório.

Testes Rápidos – Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Se você tiver mais de 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C. Você pode ter sido exposto a esse vírus na juventude. Em 2017, foram distribuídos 12 milhões de testes rápidos de hepatite B e C em todo o país.

Pré-natal – O exame de hepatite B também faz parte do rol de exames do pré-natal. A gestante deve ser diagnosticada e será tratada, se houver indicação, ainda durante a gravidez.

Tipo de Vírus Exame
A Anti-HAV IgM

Anti-HAV IgG

B HBSAg e anti-HBs

Anti-HBcIgM ou IgG

HBeAg e anti-HBe

C Anti-HCV

RNA HCV

D HDVAg

Anti-HDV IgM

E Anticorpos anti-HEV

Tratamento

Hepatite A: Não existem medicamentos específicos para tratar essa doença. Este tipo de hepatite trata-se, essencialmente, com repouso, durante a fase aguda, até que os valores das análises hepáticas voltem ao normal e a maioria das pessoas restabelece-se completamente em cinco semanas.

Hepatite B: A hepatite B aguda é tratada com repouso e aconselha-se o doente a não consumir bebidas alcoólicas e alimentos ou medicamentos que possam ser tóxicos para o fígado. Se a Hepatite B evoluir para uma doença crônica, pode-se fazer o tratamento com Interferon ou com medicamentos designados por análogos dos nucleosídeos, que têm como objetivo interromper a multiplicação do vírus e estimular a destruição das células infectadas. 

Hepatite C: Atualmente faz-se um tratamento combinado, com Peg Interferon e Ribavirina, que tem demonstrado melhores taxas de resposta, e que é bem tolerado pelos doentes. Usa-se também a Ribavirina combinada com o Peg Interferon, por possibilitar melhores respostas de tratamento. Em situações mais graves de doenças hepáticas avançada, é necessário fazer um transplante de fígado (o risco de recidiva é de 90 a 100%).

Hepatite D: Até agora, ainda não surgiu qualquer tratamento cem por cento eficaz, apenas o Interferon alfa tem proporcionado alguns resultados positivos: somente em um em cada dois casos se assiste a uma redução significativa da multiplicação do vírus, mas, geralmente, a doença é recidiva quando se interrompe o tratamento. 

Hepatite E: Deve ser tratada com antibiótico. As infecções são, em geral, limitadas e, normalmente, não é necessária hospitalização, exceto em caso de hepatite fulminante.

Prevenção

Vacina – A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D, e está disponível gratuitamente no SUS. Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.

  • Hepatite A  – a vacina está disponível no SUS, sendo oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias), e  também no CRIE, para pessoas de qualquer idade que tenham: hepatopatias crônicas de qualquer etiologia incluindo os tipos B e C; coagulopatias; pessoas vivendo com HIV; portadores de quaisquer doenças imunossupressoras; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; candidatos a transplante de órgãos; doadores de órgãos, cadastrados em programas de transplantes; pessoas com hemoglobinopatias.

Devido ao surto local observado em São Paulo, a vacinação para hepatite A foi ampliada para populações específicas: homens que fazem sexo por homens.

  • Hepatite B: em crianças, é dada em quatro doses: ao nascer, 2,4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação vacina. É importante que todos que ainda não se vacinaram tomem as três doses da vacina. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou que tenham o vírus HIV, precisam de um esquema especial com dose em dobro, dada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE). Em 2017, foram distribuídas 18 milhões de vacinas. Atualmente, 31.191 pacientes estão em tratamento para hepatite B.

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Aprendendo sobre as Meias Antiembólicas

As meias elásticas terapêuticas tiveram seu grande avanço com Conrad Jobst, em 1950, quando ele desenvolveu o gradiente de compressão ambulatorial, empregado até os dias de hoje.  Essas meias terapêuticas baseiam-se no gradiente, pois a compressão máxima é exercida no tornozelo, decrescendo em direção a coxa.

As meias elásticas são classificadas de acordo com o gradiente de compressão, e segundo as diretrizes para compressão dividem-se em:

  • Meias elásticas preventivas: possuem menos de 15mmHg de compressão no tornozelo e dispensam prescrição médica;
  • Meias elásticas terapêuticas: compressão no tornozelo acima de 15mmHg e necessitam de orientação médica para serem utilizadas;
  • Meias antiembólicas: específicas para a profilaxia de tromboembolismo venoso, cor branca, sem ponteira, apresentando 18 a 23mmHg de compressão no tornozelo.

Como funciona?

O corpo humano dispões de um mecanismo fisiológico complexo que mantém o sangue fluído, proporcionando sua circulação dentro dos vasos sanguíneos. Distúrbios hematológicos ou relacionados aos vasos sanguíneos podem ocasionar alterações tanto na fluidez como da circulação sanguínea.

As alterações hematológicas podem ocasionar sangranento excessivo ou formação de massas endovasculares, denominadas trombos. 

As alterações nos vasos sanguíneos também podem propiciar a formação desses mesmos trombos, por deficiência circulatória. Estes ocasionam a trombose, que pode ser venosa ou arterial, e muitas vezes, leva o paciente ao óbito.   

TVP x TEP compreendendo a diferença

Entende-se como Trombose Venosa Profunda (TVP) a formação de um trombo dentro do vaso venoso profundo, tendo como principal complicação o Tromboembolismo Pulmonar (TEP)

A etiologia da trombose encontra-se na interação de três fatores:

  • Estase venosa
  • Lesão da parede endotelial
  • Hipercoagulabilidade

Sendo a estase venosa o principal fator predisponente da trombose venosa. Esses três fatores, compõe a Tríade de Virchow que foi descrita pela primeira vez em 1856, pelo patologista Rudolf Virchow.

A estase venosa ocorre quando há diminuição do fluxo venoso, ocasionando maior quantidade de sangue dentro do vaso. os fatores pró e anticoagulantes da crculação encontram-se em equilíbrio, sendo que a diminuição do fluxo, ocasionada por relaxamento da musculatura, principalmente da panturrilha, e a diminuição do débito cardíaco provocam a ativação de fatores pró-coagulantes, favorecendo a formação de trombos. O relaxamento dessa musculatura pode ser causado por repouso, por anestesias e paralisias.

Essa condição pode acometer tanto pacientes cirúrgicos quanto  clínicos, colocando-os em risco de TEP quando o trombo aderido à parede do vaso se desprende, podendo causar a obstrução de vasos arteriais ou venosos de acordo com sua origem. 

A TVP é um importante problema médico que resultam em altos índices de morbimortalidade. Existem evidências de que o uso de tromboprofilaxia  deve ser realizados para muitos grupos de pacientes, incluídos aqueles submetidos a grandes cirurgias gerais, ginecológicas, urológicas, cirurgias de extremidade inferior, artroplastias e fraturas de quadril, neurocirurgias, bem como em grandes traumatizados ou casos de lesões na medula e em pacientes com patologias clínicas de alto risco para tromboembolismo.

Desta forma, a Joint Commission on Acreditation of Healthcare  Organizations e a National Quality Forum estabeleceram a padronização de medidas preventivas, diagnósticas e de tratamento criterioso no ambiente hospitalar. 

O tratamento de melhor resultado, ainda, é a prevenção, que consiste na estratificação de risco dos pacientes, deambulação precoce, exercícios ativos e passivos.  De acordo com a estratificação de riscos, o Conselho Internacional indica a utilização de métodos mecânicos:

Meias antiembólicas:

Meias antiembólicas + compressão pneumática intermitente   

As meias antiembólicas de compressão graduada estimulam o fluxo sanguíneo e impedem a dilatação de dos vasos venosos. Apresentam compressão graduada ao longo da trama, exercendo maior pressão nos tornozelos que na fossa poplítea e na região superor da coxa. 

As meias destinadas as profilaxias da TVP são de cor branca, apresentam diferentes compressões ao longo da trama e são abertas nos dedos, de acordo com o Consenso Internacional para a Prevenção da TVP.

Para a afetividade da terapêutica, é necessária a mensuração da perna do paciente, de modo a adequar a meia ao comprimento e à circunferência da panturrilha e da coxa.

Material necessário:

  • Meia de compressão antiembólica adequadas ao tamanho do paciente de acordo com as medidas.
  • Fita métrica.

Procedimento de mensuração:

  1. Higienizar as mãos.
  2. Orientar o paciente e familiar sobre o procedimento e sua importância.
  3. Higienizar as mãos novamente.
  4. Aferir com a fita métrica a circunferência da panturrilha e o comprimento do calcanhar até a fossa poplítea (para meias de compressão até o o joelho).
  5. Aferir com a fita métrica a circunferência da coxa (na parte mais larga) , a circunferência da panturrilha e o comprimento da perna (do calcanhar até a prega glútea).
  6. Identificar nas orientações contidas na embalagem das meias, aquela que se adequou às medidas mensuradas.

Procedimento de calçamento (ou colocação):

  1. Conferir se a meia escolhida é a adequada ao paciente.
  2. Higienizar as mãos.
  3. Abrir o invólucro.
  4. Retirar as meias do pacote.
  5. Virar as meias do avesso e calça-las até o calcanhar (na meia, há marcação da localização do calcanhar) do paciente.
  6. Posicionar-se lateralmente em relação ao membro do paciente e vestir a meia até o joelho ou até a coxa dele.

Cuidados de enfermagem:

  • Deixar a meia sem vincos ou dobras, para evitar o garroteamento.
  • Manter os dedos cobertos.
  • Verificar perfusão periférica.
  • Só retirar a meia para o banho ou quando estiver suja.
  • No caso de retirada para o banho, por logo em seguida.
  • No caso de sujidade, providenciar a lavagem ou outro par.
  • Não é necessário realizar “pausa” na terapêutica.
  • Sempre atentar-se para vestir corretamente as meias.

Contraindicações:

  • Isquemia do membro.
  • Infecção do membro.
  • Neuropatia periférica.

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Parada Cardíaca x Infarto – Entenda qual a diferença!

Muitas pessoas acreditam que a Parada Cardíaca e o Infarto são a mesma coisa, porém, engana-se quem pensa assim. Entenda a diferença! 

Parada Cardíaca:

É a interrupção da circulação sanguínea, decorrente da paralisação súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. 

Esse evento é desencadeado por uma disfunção elétrica que faz com que o coração bata irregularmente, ou seja, sofra uma arritmia. Com essa atividade interrompida, o coração não bombeia sangue para o cérebro e todo o corpo.

O que acontece?

A pessoa fica inconsciente, passa a não responder a estímulos e não respirar. O coração ‘treme’ ao invés de bater corretamente.

O que fazer?

Verifique se o indivíduo está respirando e se responde a estímulos simples, como um tapa no ombro por exemplo. Se não houver resposta, ligue imediatamente para o SAMU >192, enquanto aguarda o resgate, inicie a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), manobra pela qual se comprime o tórax da vítima cerca de 100 vezes por minuto. Caso haja um DEA (Desfibrilador Externo Automático). Atenção: só realize esse procedimento caso saiba fazê-lo corretamente. 

 

Infarto:

É a consequência da obstrução de uma artéria do coração. Quando uma placa de gordura fica “presa” na parede de um desses vasos, um coagulo pode se formar sobre a placa. Se o coagulo se desprende, há o risco dele entupir a artéria, que deixará de irrigar parte do coração. 

Sem oxigênio, o tecido cardíaco começa a sofrer morte celular, podendo ocorrer morte súbita.

O que acontece?

Durante o infarto, os sintomas podem ser intensos e fortes, com dor e desconforto no peito e nos membros superiores, além de suor excessivo e náuseas. No entanto, muitas vezes, a pessoa pode sentir sinais que começam devagar e duram por horas ou até dias antes do infarto. O coração não necessariamente para de bater. 

O que fazer?

Ligue para a emergência, SAMU > 192, para que a vítima possa ser atendida o quanto antes. 

Qual a relação entre os dois eventos?

Em mais de 85% das vezes, a parada súbita do coração é provocada por um Infarto Agudo do Miocárdio (já falamos disso aqui no site, se quiser entender mais sobre, clica AQUI ). Quando o infarto acontece, um dos mecanismos do coração para preservar a si mesmo é desencadear arritmias que podem progredir para parada cardíaca. No entanto, cada um desses eventos pode ocorrer separadamente. 

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