O uso de cloreto de cálcio endovenoso é uma prática comum em pacientes submetidos à terapia de Plasmaférese (PRISMA), desempenhando um papel vital na correção de distúrbios eletrolíticos. Este post explora as razões para a administração de cloreto de cálcio nesse contexto, incluindo dosagens, via de administração e os cuidados essenciais dos profissionais de enfermagem.
Por que Usar Cloreto de Cálcio na Terapia PRISMA?
Anticoagulação:
A terapia PRISMA muitas vezes envolve a anticoagulação do sangue fora do corpo. O cloreto de cálcio é administrado para reverter temporariamente os efeitos da anticoagulação, evitando complicações hemorrágicas.
Estabilidade Eletrolítica:
A PRISMA pode causar distúrbios eletrolíticos, incluindo hipocalcemia. O cloreto de cálcio é utilizado para manter a estabilidade dos níveis de cálcio no sangue.
Administração e Dosagem:
Via de Administração:
A administração de cloreto de cálcio na PRISMA é geralmente realizada por via endovenosa (IV), permitindo rápida absorção e resposta.
Dosagem:
A dosagem varia dependendo da resposta do paciente, da gravidade da hipocalcemia e das necessidades específicas do tratamento. Pode ser prescrita em miligramas (mg) ou milimoles (mmol).
Cuidados de Enfermagem:
Avaliação Prévia:
Realizar uma avaliação detalhada do paciente, incluindo histórico médico, exames laboratoriais e sinais clínicos de distúrbios eletrolíticos.
Monitoramento Contínuo:
Durante a administração, monitorar os sinais vitais, especialmente a pressão arterial, frequência cardíaca e padrões respiratórios.
Atenção a Sintomas de Toxicidade:
Estar atento a sinais de toxicidade, como náuseas, vômitos, fraqueza muscular e arritmias cardíacas.
Controle da Velocidade de Infusão:
A administração deve ocorrer em uma velocidade controlada para prevenir riscos de toxicidade. Em alguns casos, pode ser administrado em infusões contínuas.
Verificação de Compatibilidade:
Assegurar que o cloreto de cálcio seja compatível com outros medicamentos administrados simultaneamente, evitando interações indesejadas.
Avaliação Pós-Administração:
Monitorar os níveis séricos de cálcio após a administração para avaliar a eficácia da reposição.
Considerações Importantes:
Riscos em Populações Específicas:
Pacientes com insuficiência renal podem ter maior risco de retenção de cálcio, exigindo ajustes na dosagem.
Monitoramento Regular:
Em pacientes em terapia prolongada de PRISMA, é crucial monitorar regularmente os níveis de cálcio para evitar desequilíbrios.
Avaliação de Sintomas Clínicos:
Além dos exames laboratoriais, estar atento a sintomas clínicos de distúrbios eletrolíticos, como tremores musculares e convulsões.
Ao administrar cloreto de cálcio endovenoso durante a terapia PRISMA, os profissionais de enfermagem desempenham um papel crucial na manutenção da estabilidade eletrolítica, contribuindo para a eficácia e segurança do tratamento. Sensibilidade e atenção aos detalhes são fundamentais para garantir uma administração adequada dessa medicação.
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