Nutrição: Introdução e principais definições

A avaliação nutricional surgiu na área hospitalar por volta de 1936, quando Studley relacionou a perda de peso em pacientes com úlcera péptica exposto à cirurgia com o aumento de complicações no pós-operatório, passando o peso corporal a ser um dado expressivo no acompanhamento de pacientes, determinando assim o risco nutricional como primeiro indicador.
Risco nutricional é qualquer circunstância em que há presença de fatores, condições ou diagnósticos que possam concernir o estado nutricional do indivíduo. O déficit nutricional está associado com o acréscimo de ocorrência de infecções, lesão por pressão tempo de internações, custo hospitalares e, consequentemente, morbimortalidade.

Quando detectada a subnutrição, especialmente em pacientes sob cuidados hospitalares, torna-se fundamental o planejamento para a reabilitação nutricional. Com a avaliação nutricional, é possível intervir adequadamente para manutenção ou restabelecimento do estado de saúde não apenas de pacientes hospitalizados, mas também de atletas, trabalhadores, gestantes, ou de indivíduos de qualquer idade, gênero, estado fisiológico ou condição física.

O estado nutricional da população é um bom indicador de qualidade de vida da população proporcionado um aporte para uma intervenção nutricional adequada, promovendo uma vida mais saudável.

Alimentar-se é uma necessidade humana básica, fundamental para termos uma boa qualidade de vida, sendo os nutrientes fornecedores de energia e materiais constituintes essenciais para o crescimento e sobrevivência dos seres vivos, sendo necessário fazer de forma balanceada e diversificada.

Para obtermos uma qualificação adequada, é de competência dos profissionais da área compreender e diferenciar conceitos importantes sobre nutrição e dietética.

Conteúdo:

Para isto segue alguns conceitos básicos:

  • Alimentação: é a prática conceder e consumir alimentos;
  • Alimentos: são produtos in natura ou industrializados com diferentes gostos, cheiro, cores e nutrientes que integra as refeições diárias;
  • Nutrientes: elementos presentes nos alimentos indispensáveis para o desempenho do organismo, sendo divididos em carboidratos, fibras alimentares, proteínas, lipídios, vitaminas, sais minerais e água;
  • Metabolismo: concordância de procedimentos através dos quais o corpo recebe e gasta energia oriundo dos alimentos sendo dividida em anabolismo (obtenção) e catabolismo (degradação);
  • Recomendações nutricionais: parâmetros de comparação usado para estimativa de energia e nutrientes dos alimentos consumidos que satisfazem as necessidades nutricionais da maioria dos indivíduos de uma população sadia;
  • Necessidades nutricionais: proporções de nutrientes essenciais diariamente de acordo com o sexo, idade e condições fisiológicas do indivíduo, a fim de apresentar, assegurar ou reaver o estado nutricional, concedendo o funcionamento adequado do organismo;
  • Necessidade energética basal: é a menor quantidade de caloria indispensável para assegurar o metabolismo basal, pertinente aos processos vitais como respiração, circulação, metabolismo celular, secreção hormonal, conservação da temperatura corpórea e atividade nervosa de um indivíduo em repouso. Aproximadamente 60 a 65% da energia consumida pelo ser humano serão oriundas da necessidade basal;
  • Necessidade energética total: é a totalidade da necessidade energética basal à energia essencial para a consumação da atividade física diária de acordo com a sua intensidade;
  • Dieta equilibrada: consumo apropriado de nutrientes, considerando as orientações nutricionais vigentes;
  • Dieta balanceada: consumo diferente dos valores descritos nas orientações nutricionais de um ou mais nutrientes, tendo em vista a necessidade específica de cada paciente de acordo com a condição patológica;
  • Dietética: representa na execução da ciência da nutrição uma elaboração de refeições balanceadas através do uso da criatividade e técnicas oportunas a fim de possibilitar prazer gastronômicos a pessoas;
  • Dietoterapia: é a Ciência da nutrição que se aplica às dietas próprias para cada enfermidade.

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