Primeira teorista de enfermagem publicada após Florence Nightingale, a enfermeira americana Hildegard Peplau tinha como foco as relações entre paciente e cuidador, em que este deve ser capaz de reconhecer a necessidade de ajudar aquele a reagir à doença. O processo interpessoal terapêutico, mediante a relação entre enfermeiro e paciente, ajuda a atingir a maturidade e facilita uma vida criativa, construtiva e produtiva. Desse modo, tal processo passa por quatro fases: orientação, identificação, exploração e resolução, cada uma delas é caracterizada por um conjunto de funções, relacionadas aos problemas de saúde, que se desenvolvem à medida que o cuidador e o paciente trabalham conjuntamente com o intuito de sanar as dificuldades.
Fase de Orientação: é necessário compreender, para se obter sucesso nesta fase, que pessoas diferentes reagem de formas diferentes diante da doença. O profissional deve compreender quais necessidades educativas o paciente possui e como pode auxiliá-lo a entender o que está por acontecer no processo da doença e de recuperação. Nesta fase, é fundamental que o profissional de enfermagem estimule o paciente a participar das etapas de diagnóstico e avaliação do seu problema, para que adquira conhecimentos que serão aplicados em um momento futuro. Você pode encorajar o paciente a expor seus receios, seus medos e suas ansiedades. Isso é importante para que não se acumule inquietações que irão refletir negativamente na recuperação da saúde. Assim, o paciente se sentirá mais forte e menos impotente no enfrentamento da doença. No entanto, nem todos os pacientes lidam bem com a difícil situação da doença, que, muitas vezes, envolve o afastamento da família, incluindo os filhos. O paciente aceita a ajuda do profissional de enfermagem, mas, algumas vezes, a rejeita, sentindo-se diminuído por não poder se autocuidar;
Fase de Identificação: o paciente reage seletivamente no enfermeiro; ambos precisam esclarecer as percepções e expectativas mútuas. Ou seja, o paciente reconhece a necessidade de ajuda e colabora com aqueles que fornecerão apoio; enquanto a enfermeira faz o diagnóstico e estabelece um plano de ação. No final desta fase o paciente começa a lidar com o problema, o que diminui a sensação de desamparo e desespero;
Fase de Exploração: depois da identificação entre o paciente e o profissional cuidador, é possível que o indivíduo usufrua de todos os serviços oferecidos pela equipe de enfermagem. Esta fase se caracteriza por uma posição de recuo e avanço por parte do paciente e se sobrepõe sobre as fases que estudamos anteriormente. Podemos comparar a fase de exploração com o comportamento de um adolescente que muda rapidamente de opinião e, muitas vezes, não sabe que direção seguir;
Fase de Resolução: quando o paciente tem suas necessidades satisfeitas, é comum que ele passe a estabelecer novas metas para sua vida, por exemplo: atividade física, ingestão de alimentos saudáveis, entre outras (PEPLAU, 1993).
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