Placenta Prévia

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Placenta

A placenta é um órgão materno-fetal que começa a se desenvolver a partir da nidação, ou seja, durante a implantação do blastocisto e é expulsa com o feto no momento do nascimento. Este órgão proporciona nutrição, troca gasosa, remoção de resíduos, células-tronco hematopoiéticas, endócrinas e suporte imunológico para o feto em desenvolvimento.

Placenta Prévia

Ocorre quando a placenta está posicionada em um local que provoca obstrução total ou parcial do colo do útero, ou seja, é a obstrução da saída do útero provocada por uma placenta mal localizada.

Na verdade, a placenta não fica fixa em uma localização única durante toda a gravidez. Conforme o útero e a própria placenta crescem, a sua posição costuma mudar. Uma gestante pode ter placenta prévia durante as fases iniciais da gravidez, mas chegar ao terceiro trimestre com a placenta localizada mais acima, sem risco de obstruir a saída do útero.

Tipos de Placenta Prévia:

🔹Placenta baixa → A placenta apresenta inserção baixa, mas não chega a encobrir a saída do útero

🔹Placenta prévia marginal → A borda da placenta chega a encostar na abertura do colo do útero, mas não chega a obstruí-lo.

🔹Placenta prévia parcial → A placenta cobre parcialmente a saída do útero.

🔹Placenta prévia total → A placenta cobre totalmente a saída do útero.

Atualmente, porém, a classificação da placenta prévia foi reduzida para apenas 2 categorias, que acabam por ditar a forma de parto a ser escolhida (explicamos mais à frente):

  • Placenta previa de inserção baixa: são os casos em que há obstrução parcial da saída do útero, havendo um distância de até 2 cm entre a borda da placenta e o orifício interno do colo uterino.
  • Placenta previa completa : Obstrução total do orifício interno do colo do útero.

Indicadores

 Ainda que a placenta modifique sua localização durante a gravidez, quanto mais tempo a placenta permanece com implantação baixa, maior é o risco dela estar obstruindo a saída do útero no final da gravidez. 

Se a placenta estiver baixa entre a 15ª e 19ª semanas de gestação, apenas 12% dessas irão permanecer como placenta prévia até o momento do parto;

Se a placenta estiver baixa entre a  20ª e 23ª semanas de gestação, apenas 34% dessas irão permanecer como placenta prévia até o momento do parto;

 Se a placenta estiver baixa entre a 24ª e 27ª semanas de gestação, apenas 49% dessas irão permanecer como placenta prévia até o momento do parto;

Se a placenta estiver baixa entre a 28ª e 31ª semanas de gestação, apenas 62% permanecem como placenta prévia até o momento do parto.

Se a placenta estiver baixa entre a 32ª e 35ª semanas de gestação, apenas 73% permanecem como placenta préviaa até o momento do parto.

Fatores de risco

Algumas mulheres têm um risco maior de desenvolverem a placenta prévia:

1. Gemelaridade
2. Abortos espontâneos ou induzidos
3. Cirurgias uterinas (cesáreas ou retirada de miomas)
4. Tabagismo
5. Placenta prévia em gestação anterior
6. Tratamentos de infertilidade
7. Idade materna.

Identificando a Placenta Prévia

Os sintomas se tornam perceptíveis a partir do 3º trimestre de gravidez, por exemplo: sangramento vaginal, normalmente indolor, de cor vermelho vivo. 

Caso apresente sangramento, a gestante deverá procurar imediatamente atendimento médico e realizar exame de ultrassonografia para verificar a localização da placenta. 

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